Tópicos | Transposição do São Francisco

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) informou, em nota divulgada nesta terça-feira (12), que o governo federal está destinando R$ 144 milhões para assegurar a execução de serviços do Projeto de Integração do Rio São Francisco e outras obras que garantirão o abastecimento da população nos estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e de Alagoas. Com esses recursos, os investimentos em projetos para reforçar o abastecimento de água no Nordeste somam R$ 1,4 bilhão em 2019.

O montante contabiliza investimentos para operação e manutenção da transposição do Rio São Francisco nos dois eixos do projeto (Norte e Leste), a recuperação de reservatórios considerados estratégicos e outras obras para ampliar a oferta de água na região. As primeiras obras da transposição foram iniciadas em 2007 pelo Exército.

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O Eixo Norte é um canal de 400 quilômetros que faz a captação de águas próximo à cidade de Cabrobó (oeste de Pernambuco) para alimentação dos rios Salgado e Jaguaribe, com a finalidade de levar água a reservatórios no Ceará, no Rio Grande do Norte e na Paraíba. No Eixo Leste, o canal, que tem mais de 200 quilômetros, leva água ao Rio Paraíba para abastecer reservatórios em Pernambuco e na Paraíba.

Além de viabilizar o fornecimento de água, a execução das obras gera emprego na região. Em Pernambuco, foram aplicados R$ 24,2 milhões no Ramal do Agreste (Eixo Leste), que emprega 2,6 mil trabalhadores. Só no estado, a obra leva águas do São Francisco “a mais 2,2 milhões de pessoas em 68 municípios”, informa o MDR.

Também este ano, os investimentos somam cerca de R$ 77 milhões no Cinturão das Águas do Ceará (CAC). “A expectativa é que, no primeiro trimestre do próximo ano, a água esteja disponível no Reservatório Jati (...) beneficiando os municípios abastecidos pelo Rio Jaguaribe e a Região Metropolitana de Fortaleza - cerca de 4,5 milhões de pessoas”, diz a pasta.

Já o Canal do Sertão Alagoano totaliza R$ 84,1 milhões de investimentos em 2019. Os recursos visam ao funcionamento de um sistema adutor (transporte da água) com captação no reservatório da Usina Hidrelétrica de Moxotó. De acordo com descrição da pasta do Desenvolvimento Regional, essa estrutura parte do município de Delmiro Gouveia e segue até a cidade de Arapiraca “e atenderá mais de 1 milhão de moradores em 42 municípios alagoanos”.

Na Paraíba, o projeto Vertente Litorânea totalizará R$ 36,3 milhões do ministério em 2019. Esse sistema adutor vai integrar bacias litorâneas com as águas do Eixo Leste do Projeto São Francisco disponibilizadas no Rio Paraíba, após abastecer o Reservatório Epitácio Pessoa, em Boqueirão, na Paraíba. “Quando concluídas, as obras irão beneficiar uma população de 630 mil habitantes, com abastecimento humano e água para irrigação e indústria”, prevê o MDR.

 

O governador Paulo Câmara (PSB) encaminhou um ofício, nesta sexta-feira (10), para o presidente Michel Temer (MDB) reclamando da falta de investimentos do Governo Federal nas obras da Adutora do Agreste, equipamento responsável pelo escoamento das águas da Transposição do Rio São Francisco para a região do Agreste pernambucano. No texto, Paulo aponta que o Estado vem sendo “injustiçado” nesse quesito que, por falta de previsibilidade e regularidade, tem prejudicado a conclusão da obra.

“É possível afirmar que nos encontramos numa situação de extrema injustiça, visto que as águas da transposição atravessam o nosso território, mas não trazem qualquer benefício à população pernambucana, porque não chegam às torneiras de seus principais destinatários”, pontua o governador no ofício.

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No documento enviado ao Palácio do Planalto, Paulo Câmara informa que, em 2016, a União repassou R$ 136 milhões para a Compesa, responsável pelas obras. Já em 2017, o repasse caiu para a metade: apenas R$ 68 milhões. Já em 2018, mesmo com as promessas do Ministério da Integração Nacional, nenhum recurso foi repassado a Pernambuco.

O pessebista pondera também que a situação só não foi pior porque ele articulou com a bancada federal no Congresso Nacional o repasse de mais R$ 126 milhões da emenda de bancada ao Orçamento Geral da União. 

Para o governador, “apesar de todos os esforços locais, a conclusão da Adutora do Agreste, que depende em grande medida do Governo Federal, é imprescindível para solucionarmos tão delicada questão, definitivamente”. “O Estado de Pernambuco tem sido permanentemente afetado pelo fenômeno cruel da seca, que agrava significativamente a já difícil situação da população pobre que vive no Agreste”, destaca Paulo.

Para combater a seca, Paulo Câmara informou que se encontra na fase de testes a Adutora do Moxotó, obra que fará a conexão do Eixo Leste da Transposição com a Adutora do Agreste. “Cumpre enfatizar que, embora tenham ocorrido chuvas na região do Agreste em 2018, o volume de precipitações não foi grande o suficiente para equalizar a oferta de água em vários Municípios que precisam ser atendidos pelas almejadas Adutoras do Moxotó e do Agreste”, alertou.

O governador de Pernambuco lembrou ainda que cidades como Arcoverde, Pesqueira, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó e São Bento do Una se encontram “em situação de pré-colapso”. Já os municípios de Poção e de Taquaritinga “estão colapsados e simulações hidráulicas apontam que, em 60 dias, vários outros municípios do Estado entrarão em colapso total”.

Por fim, o pessebista pediu que o presidente “se digne determinar o repasse imediato dos recursos financeiros ora pleiteados, como única medida capaz de evitar uma nova paralisação dessa obra tão essencial que, caso retroceda, representará um dano irreparável, levando-se em conta todo o trabalho que já foi feito e toda a história de sofrimento do povo nordestino”.

Veja o ofício na íntegra:

O presidente Michel Temer (MDB) visitará Pernambuco nesta sexta-feira (3). O emedebista vai para participar da cerimônia de acionamento da terceira Estação de Bombeamento do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Salgueiro, no Sertão.

Neste eixo, a transposição passa pelos municípios pernambucanos de Cabrobó, Salgueiro, Terranova e Verdejante, já no Leste, atravessa Floresta, Custódia, Betânia e Sertânia.

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O empreendimento pretende atender 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. A construção, que tinha previsão inicial de entrega para 2012, vem se arrastando há anos. Em 2017, o presidente chegou a anunciar que a conclusão do eixo norte do projeto seria efetuada ainda naquele ano, mas não aconteceu. 

Na ocasião, inclusive, Temer reforçou o desejo de ser em 2018 o "presidente mais nordestino" da história do país. A obra, entretanto, precisou ser relicitada, já que estava parada desde que a construtora Mendes Júnior deixou os trabalhos em 2016, após recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), resultado de investigações da Lava Jato. 

Pré-candidato a presidente pelo PSOL, Guilherme Boulos admitiu, nesta quarta-feira (16), que “não tem soluções mágicas” para todos os problemas que o país enfrenta, mas apresentou ponderações, durante um debate no Recife, sobre investimentos que pretende fazer para combater à seca, dar equidade a distribuição da água da Transposição do Rio São Francisco e garantir um desenvolvimento, segundo ele, “mais justo” para o Brasil. 

Sob a ótica de Boulos, o programa de governo ideal precisa ser “calcado em investimento público”, deixando de lado a tese de que o interesse econômico precisa estar à frente do social.

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“Precisamos pensar em um novo modelo de desenvolvimento para o país, um modelo que tenha investimento público, em infraestrutura, que gere emprego, mas que não seja um modelo que devaste o meio ambiente e passe por cima das populações tradicionais e privatize os bens naturais, como a água”, salientou, ao participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre "convivência com a seca e combate à desertificação do semiárido". 

Nesse aspecto, Boulos disse que era possível “conviver com a seca tendo água” a partir da retomada da instalação de cisternas que sejam construídas com a participação dos agricultores e suspensão dos recipientes de armazenamento de água de plástico. 

Já sobre a transposição do São Francisco, que até hoje não foi concluída, o pré-candidato destacou que “o rio precisa servir, sobretudo, a população que vive em torno dele”. 

“Um rio que dá água apenas para as grandes empresas de agronegócio ou esteja focada nas hidroelétricas não é a transposição que interessa ao povo nordestino. O debate de levar água para quem precisa é essencial, estamos em pleno século 21 e é inadmissível que em 2018 a falta de água ainda atinge centenas de milhares de pessoas. É possível conviver com a seca tendo água”, salientou.

Origem dos investimentos e reforma tributária

Ao apresentar sua visão sobre dois temas que são latentes em Pernambuco, Guilherme Boulos também disse que tais implementações passam por um debate de financiamento de políticas públicas no país. 

“Essa história de que não tem dinheiro não convence. O Brasil é a sétima economia do mundo. Dinheiro tem, o problema é que ele está mal distribuído e faz da gente, além de ser a sétima economia, estar entre os países mais desiguais do mundo”, argumentou. “O problema não é falta de recurso, mas de prioridade de investimentos. Falta de uma política de distribuição de renda. Hoje no Brasil quem paga imposto de verdade é quem tem menos”, completou.

Para Boulos, a solução para encontrar um novo modelo econômico que possibilite crescimento, mas também distribuição de renda e combate a desigualdade é a reforma tributária. 

“De onde vem o dinheiro para fazer este investimento? De uma reforma tributária progressiva que é o que nós temos defendido no país afora. O sistema tributário do país precisa deixar de ser um Robin Hood ao contrário, que pelas altas taxas de juros se tira do pobre para repassar aos mais ricos. Queremos imposto sobre operação financeira, imposto sobre grandes fortunas”, explicou.

Apesar de não ter prerrogativa para isso, a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao trecho do eixo leste da Transposição do Rio São Francisco, no sertão de Pernambuco e da Paraíba, vem sendo divulgada por petistas como um ato de “inauguração” da etapa entregue na semana passada pelo presidente Michel Temer (PMDB). 

O líder-mor petista desembarca nas cidades de Sertânia (PE) e Monteiro (PB) no próximo domingo (19) e, ao contrário do previsto inicialmente, o evento também deve contar com a participação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), que foi ministro da Integração Nacional durante o governo Lula. 

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A passagem da comitiva pela Transposição é para demarcar território e reforçar a disputa pela paternidade da obra iniciada em 2008, no segundo mandato de Lula. A conclusão da obra está atrasada em cinco anos e passou pelas duas gestões petistas, inclusive, com a paralisação do eixo norte, após a construtora Mendes Júnior abandonar o projeto por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). 

Na última sexta-feira (10), Michel Temer abriu as comportas do Reservatório de Campos em Sertânia e participou da cerimônia de chegada das águas do São Francisco a Monteiro. Anfitrião, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), chegou a mencionar Dilma e Lula no evento. “Não poderia deixar de me reportar ao governo que Vossa Excelência (Michel Temer) fez parte, o governo da presidenta Dilma Rousseff. A presidenta foi responsável pelo pagamento de 70% dessa obra. [...] É preciso relembrar as coisas a quem deixar de lembrar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presidente que iniciou essa obra”, disse. Ele também estará no palanque petista no domingo. 

Michel Temer, por sua vez, rebateu a tese de paternidade da obra pontuando que os recursos utilizados eram da população. O peemedebista foi alvo de protestos durante a chegada da água à cidade paraibana. Segundo o governo federal, a expectativa é de que a Transposição seja concluída em 2018.

A paternidade da Transposição do Rio São Francisco no Nordeste tem gerado um debate acalorado entre os partidos de oposição e do governo. Na manhã desta sexta-feira (10), a Agência PT divulgou um texto dizendo que "com a conclusão de boa parte do projeto, não faltam políticos golpistas tentando se apropriar dos resultados de um dos maiores legados de Lula e Dilma". 

A legenda acusa o PSDB e o presidente Michel Temer (PMDB) de tentar "se aproveitar da chegada da água ao Sertão". Na tarde de hoje, Temer visitará Pernambuco e a Paraíba para inaugurar o eixo leste da Transposição. A chegada da água ao trecho que atende a cidade de Monteiro, no sertão paraibano, foi o que trouxe à tona a discussão entre os aliados do peemedebista e dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula, ambos do PT, sobre o assunto. 

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De um lado, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) disse esta semana que “FHC foi ao Ceará e fez um belo comício, em 1994, quando disse: ‘no meu governo, nos primeiros 4 anos, eu vou começar a obra’. Passaram os 8 anos e não fizeram nada, mas o país sabe que esta obra foi pensada estrategicamente pelo presidente Lula”. E o líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT), também aproveitou para anunciar que está articulando uma visita de Lula à região. 

Do outro, o vice-governador de Pernambuco Raul Henry (PMDB) rebateu as afirmativas petistas e disse que “a Transposição é do povo nordestino e ninguém tem que estar disputando paternidade”. “É uma obra feita com dinheiro arrecadado do povo a partir dos impostos, mas com o governo Temer a obra teve mais velocidade que no passado”, alfinetou.  

A inauguração do trecho leste está previsto para iniciar às 13h40, com a abertura da comporta do reservatório de Campos, em Sertânia, no Sertão pernambucano, seguido pela celebração da chegada das águas em Monteiro, na mesma região da Paraíba, às 14h55. 

O presidente Michel Temer (PMDB) começa sua agenda no Nordeste, hoje, às 11 horas, por Campina Grande, onde desembarca e segue direto para o complexo habitacional Aluízio Campos – quatro mil casas do programa Minha Casa, Minha vida. No local, assina a ordem de serviço da triplicação da BR-230, no trecho que começa em Cabedelo e segue até km 28, nas imediações do viaduto Ivan Bichara, também conhecido como viaduto do Oitizeiro, em João Pessoa.

Também assina a ordem de serviço da duplicação da BR-230 entre Campina Grande e a Comunidade Farinha, a Praça do Meio do Mundo. De Campina Grande, o presidente segue para Sertânia, onde faz a inauguração das duas estações de bombeamento do Eixo Leste, que já fizeram as águas do Velho Chico transbordar nos canais do projeto no território do município.

A agenda de Temer acaba em Monteiro, na Paraíba, cidade separada de Sertânia, em Pernambuco, por apenas 27 km. Lá, as águas do Velho Chico começaram a chegar aos canais do município na madrugada de ontem. Na visita, o presidente aciona, simbolicamente, o sistema de bombeamento dos canais. Iniciadas em 2007, as obras de transposição do São Francisco devem ficar prontas em 2015. Já foram investidos R$ 4,5 bilhões dos R$ 8,2 bilhões previstos.

O projeto é formado por dois canais que percorrem 477 km lineares. A Integração do Rio São Francisco também envolve a construção de 14 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios e quatro túneis para transporte de água. O projeto vai garantir a segurança hídrica de mais de 12 milhões de pessoas em 390 cidades de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A obra tem o carimbo do ex-presidente Lula, mas Temer passará também à história como o presidente que destravou o projeto e deu celeridade as obras, que estavam em ritmo bem lento no Governo Dilma. Não fosse a prioridade dada por Temer, a Transposição acabaria virando um verdadeiro elefante branco. Ele quer, aliás, concluir e entregar todo o sistema São Francisco até o final da sua gestão.

SEM PEDIDOS– A chegada de Temer em Sertânia está prevista para as 13h30, onde será recebido pelo governador Paulo Câmara e o prefeito Ângelo Ferreira (PSB). Ferreira vai aproveitar a oportunidade para fazer alguns pleitos, como uma maior agilidade nas obras do Ramal do Agreste e a construção de uma pista de pouso. “A que nós tínhamos foi inviabilizada devido às obras da transposição”, diz ele. Ainda assim, o socialista diz ter mais gratidão do que pedidos. “Eu não vou pedir muito não, vou mais agradecer. Deixa os pedidos pra depois”.

Também é padrinho– Convidado para integrar a comitiva presidencial na visita de Temer ao município de Sertânia, o deputado Kaio Maniçoba (PMDB) aproveita as duas horas e meia de voo de Brasília até Campina Grande, a primeira etapa, para sugerir ao presidente que assuma um discurso mais contundente em relação ao papel que o seu Governo vem cumprindo na conclusão da Transposição. “Todos nós sabemos que a iniciativa e o projeto vêm da era Lula, mas se não fossem o empenho e a dedicação de Temer não estava sendo concluído”, afirmou.

Palanque de Ciro– Presidente estadual do PDT, o deputado Wolney Queiroz disse, ontem, que o start nas conversas com o presidente estadual do PTdoB, Silvio Costa, com vistas às eleições de 2018, se dá no sentido de abrir um palanque no Estado para o candidato pedetista ao Planalto, Ciro Gomes. “Estamos dialogando com as forças com as quais temos mais identidade nacional. Estamos começando pelas legendas que se contrapõem às reformas previdenciárias e trabalhistas”, afirmou.

Ducha fria– O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou, ontem, que a reforma da Previdência não vai passar da forma como está e que alterações terão que ser feitas, entre elas nas regras de transição. "As regras de transição terão que ser alteradas, está muito mal formulada", disse o deputado, durante debate sobre a reforma no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília.

Maciel homenageado– Autor do requerimento da sessão da Câmara dos Deputados em homenagem a Marco Maciel, na próxima quarta-feira, pela passagem dos 50 anos de vida pública do ex-senador, o deputado Augusto Coutinho (SD) certamente terá dificuldades de selecionar o número de oradores, porque tem muita gente querendo prestar-lhe homenagens. "Marco Maciel é uma das maiores figuras públicas do Brasil, referência ética e moral. Merece o reconhecimento por todos os serviços que prestou ao Brasil em 50 anos de vida pública. A Câmara fará uma justa homenagem a um político ficha limpa, exímio articulador e gestor público, que participou de importantes momentos da vida pública brasileira", diz ele.

CURTAS

CAPOEIRAS– Hoje, a juíza Priscila Brandão, da comarca de Capoeiras, começa a ouvir as testemunhas indicadas pelo DEM para apurar se houve ou não abuso de poder político e econômico na última eleição realizada no município. Segundo o blog do companheiro Roberto Almeida, seis testemunhas serão ouvidas pela magistrada, a partir das 8h30.

DOAÇÃO – O secretário de Transportes, Sebastião Oliveira, conseguiu a doação de um terreno, com 31 mil metros quadrados, para construção do Hospital Geral do Sertão, em Serra Talhada. A doação, segundo ele, foi feita pelo empresário Germano Duarte, da GD Construções. Em laudo avaliado pela CEF, o terreno está avaliado em R$ 6,5 milhões.

Perguntar não ofende: Diante das manifestações contrárias das principais lideranças na Câmara, Temer vai conseguir aprovar a reforma da Previdência da forma como deseja? 

O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT), visitou, neste sábado (4), a estação de bombeamento da Transposição do Rio São Francisco, em Sertânia, no Sertão de Pernambuco. O local é um dos primeiros a registrar a nova leva de água ofertada pela obra para a região. Na próxima quinta-feira (9), o presidente Michel Temer (PMDB) vai a Monteiro, na Paraíba, para acionar o dispositivo que estende o benefício hídrico.

A presença de Temer na região tem instigado uma disputa pela paternidade da obras da transposição. Para o senador petista, o empreendimento foi executado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. 

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“O ex-presidente Lula tirou do papel uma obra que era idealizada desde a época do Brasil Império. Só alguém que viveu a realidade da seca, como Lula, poderia ter sensibilidade e força de vontade política para garantir que a maior obra de infraestrutura hídrica do país acontecesse e trouxesse água para sertanejos pernambucanos e de todo o Nordeste”, afirmou o senador.

Humberto, que foi relator da Comissão que acompanhou a obra de transposição no Senado, fez a visita acompanhado de lideranças locais. A obra tem mais de 96% de etapas concluídas, mas só deve ser inaugurada oficialmente no ano que vem.

“O governo de Michel Temer adiou a previsão de conclusão da obra, que deveria ser finalizada ainda este ano. A obra da transposição é fundamental para toda região, que vive a pior seca em 100 anos”, disse Humberto. Quando estiver concluída, a transposição levará água para mais de 12 milhões de pessoas, de 390 municípios, nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Outra agenda

Na tarde deste sábado, o senador vai participar da inauguração de 15 casas do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) em Águas Belas, no Agreste pernambucano. Na ocasião, o prefeito da cidade, Luiz Aroldo (PT), também vai assinar a ordem de serviço para a reforma de mais 11 casas também do PNHR. Ao todo, estão sendo investidos R$ 663 mil nas duas ações.

O presidente Michel temer (PMDB) prometeu, nesta segunda-feira (30), que vai inaugurar o Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco ainda em 2017. A obra está parada desde que a construtora Mendes Júnior deixou os trabalhos em 2016, após recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU). A empreiteira é uma das investigadas pela Lava Jato. 

"Ainda este ano, nós vamos inaugurar o Eixo Norte. Fora tantas outras obras complementares que visam a trazer água para região do Nordeste", prometeu em discurso, após assinar duas ordens de serviço no valor de R$ 40,4 milhões para o início do Projeto do Ramal do Agreste. A cerimônia aconteceu em Floresta, no Sertão de Pernambuco. O Ramal do Agreste deve beneficiar 72 cidades pernambucanas. 

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Já o Eixo Norte da Tranposição é um trecho de 140 quilômetros de extensão entre Cabrobó, no Sertão pernambucano e o início do reservatório de Jati, no Ceará. E, de acordo com Temer, deve ter a nova licitação da obra inciada na próxima quarta-feira (1º). 

"A licitação será iniciada no dia 1º e logo se homologa e começam as obras. A ideia é de que também neste ano a gente possa destravar o eixo norte", frisou. "Quando vemos a água percorrendo as cidades do Nordeste, temos a mais absoluta certeza de que ao longo do tempo esta região toda se desenvolverá mais ainda ao lado dela outras tantas obras serão realizadas para completar esta obra extraórdinária", acrescentou.

Durante o discurso, Temer ainda reforçou o desejo de ser em 2018 o "presidente mais nordestino" da história do país. "Este não é o governo do atraso, mas do desenvolvimento. Sei o quanto esta região foi sofrida ao longo do tempo", salientou. 

Mais cedo, o peemedebista acionou o dispositivo remoto que dá início ao processo de bombeamento da EBV-3 do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Floresta. Ainda hoje, Michel Temer inaugura o novo campus do Instituto Federal do Sertão ao lado do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), em Serra Talhada. 

Ouça o discurso na íntegra:

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A presidente Dilma Rousseff (PT) deve visitar Pernambuco no próximo sábado (16). A previsão da agenda foi confirmada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. Na passagem pelo estado, a petista vai vistoriar as obras de Transposição do Rio São Francisco, nas cidades de Floresta e Cabrobró, no Sertão pernambucano.

Procurado pelo Portal LeiaJá, o senador e coordenador da campanha de Dilma no estado, Humberto Costa (PT), reforçou a possibilidade. "Estou no Rio de Janeiro, seguirei para Brasília onde até o fim da tarde fecharemos ou não a agenda. Tem possibilidades sim, é quase certo", revelou o parlamentar. 

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Caso a presidente venha ao Sertão do São Francisco no fim de semana, vai dividir os holofotes com outro candidato à presidência que também estará na região, Aécio Neves (PSDB). Ele visitará Petrolina no domingo (17). A cidade, por sinal, estava na rota de Dilma já que é administrada pelo PMDB e tem como principal adversário local o PSB. 

 

JOÃO PESSOA (PB) - A Presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, em entrevista coletiva concedida, nesta terça-feira (13), que o Brasil está avançando no nordeste em razão da consciência das autoridades em relação à água. A declaração foi dada após a visita ao Túnel Cuncas II, em São José de Piranhas, no sertão da Paraíba.

Após lembrar a construção de cisternas e a utilização de carros-pipa, Dilma assegurou que a Integração será a obra que garantirá segurança hídrica de fato. “Esses dois túneis serão marcas indeléveis nessa questão. Estamos investindo para garantir que não seja surpresa para nós a falta de água”.

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O Projeto de Integração do Rio São Francisco pretende ser uma interligação com envergadura especial para beneficiar 12 milhões de pessoas em estados do Nordeste. Logo após a entrevista, a Presidente deixou a Paraíba de helicóptero, em direção ao estado do Ceará.

Nesta terça-feira (13), a presidente Dilma Rousseff está fazenddo uma vistoria em três trechos do projeto de transposição do Rio São Francisco. As obras físicas chegaram a 60% de conclusão, de acordo com o Ministério da Integração Nacional. A previsão de entrega de toda a obra é em dezembro de 2015.

Na Paraíba, ela visitou o Túnel Cuncas II, em São José de Piranhas (PB). Em seguida, a presidente foi para a Barragem de Jati, no Ceará. Ainda nesta terça, ela fará uma vistoria na Estação de Bombeamento EBI-1, em Cabrobó (PE). Para Dilma, as obras são importantes para garantir o melhor convívio com a seca recorrente na região.

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“As autoridades aqui têm muita consciência sobre a questão da água, por isso que o Brasil aqui está avançando. Fizemos cisternas, usamos os carros-pipa do Exército, mas a que vai ficar e vai garantir que o Nordeste tenha segurança hídrica de fato é essa aqui [Integração do São Francisco]. Estamos investindo para garantir que não seja surpresa para nós a falta de água”, frisou.

Após a conclusão, a transposição terá dois canais, com total de 477 quilômetros, que irá beneficiar cerca de 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A obra também conta com 14 aquedutos, nove estações de bombeamento e 27 reservatórios e túneis para a passagem de água.

A transposição começou a ser planejada em 2006, mas só passou para a fase de execução em 2009. As obras foram retomadas com mais força em 2013, após uma desaceleração em 2011 e 2012. O investimento total previsto é de R$ 8,2 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões já foram empenhados. A obra integra a lista do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é considerada uma das maiores obras hídricas do mundo.

A visita que a presidente Dilma faz, hoje, a dois eixos da Transposição, tem caráter político e eleitoral. A obra vai levar ainda muito tempo para ser concluída, mas é uma das bandeiras do Governo e deve ser objeto de um grande debate na eleição.

Para evitar que Dilma passe por alguma saia justa, o ministro da Integração, Francisco Teixeira, vistoriou, na sexta-feira passada, a duas áreas a serem percorridas pela comitiva presidencial em Pernambuco e no Ceará.

Ele fez um sobrevoo para observar as obras das Estações de Bombeamento 2 e 3 e os antigos lotes 3 e 4, na região de Salgueiro, em Pernambuco, e Penaforte, no Ceará. Em Jati, acompanhou os trabalhos da Meta 2 Norte e visitou o canteiro de obras da Barragem Jati.

O Eixo Norte da Transposição, que vai levar água ao Ceará, está com 22% concluído, enquanto o Eixo Leste, que vai irrigar Rio Grande do Norte, avançou mais, estando com  80% das suas obras concluídas, segundo o Ministério da Integração.

Pelo cronograma original da obra, cidades do interior do Ceará já deveriam estar recebendo água do rio São Francisco. A previsão para concluir as obras da Transposição está mantida para o final de 2015. A transposição das águas do São Francisco desvia o curso de água do rio em Pernambuco para a Bahia, Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará.

De acordo com o governo federal, 12 milhões de pessoas devem ser beneficiadas com o abastecimento de água com a conclusão da obra. A transposição começou em 2007, avaliada em R$ 7 bilhões. Atualmente trabalham 8.700 homens na obra. De acordo com o Ministério da Integração, houve diferenças entre os contratos e a "realidade da obra" que levaram ao corte de gastos.

Vencido o prazo original em que a transposição do Rio São Francisco deveria estar pronta, a obra registrou aumento de R$ 3,4 bilhões - ou 71% - em seus custos em relação à previsão inicial. Desde o início do governo Dilma Rousseff, o custo total da obra pulou de R$ 4,8 bilhões para R$ 8,2 bilhões.

NO IMPROVISO– Responsável pela Transposição, o Ministério da Integração atribuiu o aumento do custo da obra a adaptações no empreendimento, em decorrência do detalhamento dos projetos. As obras começaram de forma apressada, sem os respectivos projetos executivos. Além disso, segundo o Ministério, “a forte demanda” sobre a construção civil e a construção pesada pressionaram os custos.

Razão da discrição– O governador João Lyra Neto deve ter uma postura discreta ao lado da presidente Dilma, amanhã, em Cabrobó. Na prática, evitará tocar no seu discurso no nome do ex-governador Eduardo Campos para evitar constrangimentos. Na verdade, como o ambiente do evento é muito petista, Lyra teme até citar o nome de Eduardo para uma vaia não ser transformada em manchete.  

Caixa forte – Ajuda financeira parece não será problema na campanha presidencial de Eduardo. O diretório nacional do PSB recebeu no ano passado um total de R$ 8,3 milhões em doação de empresas. Do total, 90% foram remetidos por empreiteiras, sendo, pela ordem, a Construtora Triunfo, com R$ 1,5 milhão, e OAS, com  R$ 1,55 milhão, as maiores repassadoras. A única doação do setor financeiro foi do Banco BMG, que desembolsou R$ 500 mil.

Estilo Lyra- Aos poucos, o governador João Lyra abre as portas de Brasília. Conseguiu destravar um novo cronograma para a construção do Arco Metropolitano, uma obra viária com 98 quilômetros de extensão e que deverá desafogar o trânsito na Região Metropolitana do Recife. O anel viário será divido em duas etapas – a primeira ligará a BR-408 ao Complexo Industrial e Portuário de Suape. Custo total: R$ 1,34 bilhão.

Prefeito deletado- Após ser informada que o prefeito de Cabrobó, Auricélio Torres, do PSB de Eduardo, havia ameaçado ensaiar um protesto durante sua passagem, hoje, por aquele município, a presidente Dilma mandou cortar a palavra dele no evento. A princípio, só falam o governador João Lyra e a própria Dilma.

CURTAS

EMANCIPAÇÃO– Bezerros recebe o Festival Pernambuco em Dança. O evento está dentro da programação dos 143 anos de emancipação política da cidade na próxima sexta-feira.  E vai reunir espetáculos com os mais variados tipos e estilos de dança. Haverá um palco montado na Rua da Matriz, centro, com apresentações se iniciando às 19h30.

EM CUSTÓDIA- Amanhã, lanço Reféns da [i]Seca em Custódia. A noite de autógrafos está marcada para o auditório da Secretaria de Educação, a partir das 19 h30m, uma iniciativa do prefeito Luiz Carlos, do PT. Antes, às 18 horas, apresente o Frente a Frente direto dos estúdios da Custódia FM.

Perguntar não ofende: Se o PSDB lançar a candidatura de Daniel Coelho para governador quem o partido escolherá para o Senado?

 



 

Não é só o projeto da Transposição que praticamente parou no Nordeste. Considerada vital para impulsionar a economia do Nordeste, a ferrovia Transnordestina também emperrou. Em Arcoverde, as obras do túnel da ferrovia estão paradas desde setembro do ano passado.

No Piauí, o projeto já consumiu R$ 1,075 bilhão e os trechos deveriam ter sido entregues em 2010, segundo o contrato entre a concessionária Transnordestina Logística S/A (TLSA) e a construtora Odebrecht.

O valor investido no trecho piauiense corresponde a mais de dois terços do total de R$ 1,456 bilhão previsto após um recente financiamento complementar feito pelo governo federal. A data original de entrega da ferrovia era dezembro de 2010. A obra está orçada atualmente em R$ 7,5 bilhões, valor R$ 3 bilhões mais caro do que sua previsão original.

O prazo anterior de conclusão da obra, no último balanço do PAC 2, era dezembro de 2015. A ferrovia ligará o sertão nordestino aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE). Segundo o Ministério dos Transportes foram executados apenas 42% dos trabalhos de infraestrutura e 35% das obras de arte especiais – pontes e viadutos – nos 420 km da linha entre as cidades de Eliseu Martins (PI) e Trindade (PE).

O orçamento total para a construção nos três Estados saltou de R$ 4,5 bilhões, em 2007, para R$ 7,5 bilhões, em 2013. A ferrovia começou a ser construída em junho de 2006, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deveria ter ficado pronta quatro anos depois, ao final do mandato.

O projeto prevê 2.304 km de ferrovia, beneficiando 81 municípios – 19 no Piauí, 28 no Ceará e 34 em Pernambuco. O atraso na conclusão da ferrovia Transnordestina prejudica a expansão do agronegócio e da mineração no Piauí, que vê nesse empreendimento a chance de potencializar o transporte de cargas, escoando grãos e minérios até o mar a custos mais baixos.

O Estado já tem ferrovias que vão até os portos de Pecém (CE) e Itaqui (MA), mas a Transnordestina ligaria as regiões de agronegócios e de mineração ao porto de Suape (PE). No caso de Pernambuco, a obra está muito mais atrasada no que no Piauí, mas Dilma continua mentindo, vendendo a ideia de que o projeto está de vento em popa.

PREJUÍZO EM ARCOVERDE– Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, a prefeita de Arcoverde, Madalena Brito (PTB), confirmou que as obras do túnel da ferrovia Transnordestina no município também estão paralisadas desde setembro, tendo desempregado mais de 100 trabalhadores. “A Odebrecht abandonou o canteiro de obras e deixou parte da população de um bairro sem acesso à cidade”, protestou.

Papagaio de pirata– De tanto aparecer ao lado, ontem, da ex-senadora Marina Silva, o secretário estadual do Meio Ambiente, Sérgio Xavier, ganhou o troféu de “papagaio de pirata do ano”. Agarrou e não largou mais a saia de Marina desde o aeroporto. É o mais novo trapalhão da província!

Olho no Ceará– A cúpula do PMDB já entendeu que a presidente Dilma, ao convidar Eunício Oliveira (CE) para a pasta da Integração, não quer resolver o impasse gerado na bancada com a reforma ministerial, mas resolver a sucessão estadual no Ceará. Ali, Eunício, adversário histórico do governador Cid Gomes (PROS), lidera a corrida para governador.

Sem ataques- Aliados de Aécio avaliam que o senador mineiro será comedido nos ataques ao candidato do PSB, Eduardo Campos, porque imagina que se o socialista não chegar ao segundo turno poderá apoiá-lo. Os dirigentes do PSB já acham que Eduardo não atacará Aécio porque tem certeza que irá ao segundo turno e contará com o senador em seu palanque.
Dinheiro do frevo na saúde- Ao decidir pela não realização do Carnaval, o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), disse que fez uma economia da ordem de R$ 1 milhão, dinheiro que pretende usar em obras na área da saúde. “Vamos investir numa Upinha 24 horas, cujo retorno será muito maior para a população”, justificou.

CURTAS

EM PAULISTA– O vereador Edson de Araújo Pinto, o Edinho, da bancada do PSC na Câmara de Paulista, informa que conseguiu maioria para aprovar a lei da gratuidade em transportes coletivos para pessoas acima de 60 anos. Segundo ele, a concessão vale também para as Kombis e não apenas ônibus.

EM ARCOVERDE– Em campanha para o Governo do Estado, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) estende sua agenda pelo Interior, hoje, ao município de Arcoverde, a 250 km do Recife, para prestigiar o baile municipal da prefeita e aliada Madalena Brito (PTB).
Perguntar não ofende: O que Rands diz sobre a sua carta-renúncia abandonando a vida pública?

 

Os senadores integrantes da Comissão Externa para acompanhar os Programas de Transposição e Revitalização do Rio São Francisco, visitam na manhã desta sexta-feira (8), um terreno nos município de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, onde está sendo construída uma estação de bombeamento.

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Integram a comitiva: o presidente da comissão, Vital do Rêgo (PMDB-PB); o relator, Humberto Costa (PT-PE) e os também senadores Cícero Lucena (PSDB-PB) e Inácio Arruda (PCdoB-CE); além do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
 
Antes de Salgueiro, senadores e ministro passarão por Jati, às 8h, onde conhecerão ações para minimizar as consequências ambientais da obra e para preservação de sítios arqueológicos. Também consta no roteiro da comitiva visita a barragem localizada nesse mesmo município, obra que também faz parte do Projeto São Francisco. Está prevista, ainda, visita ao um canal em construção, ao Sítio Arqueológico Curralinho, e a uma estação de bombeamento em Cabrobó.

O objetivo dos senadores é acompanhar todos os atos, fatos relevantes, normas e procedimentos referentes ao Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, obra também conhecida como Projeto São Francisco ou, simplesmente, Transposição do Rio São Francisco.

A comissão também vai lidar com o Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. O prazo para término dos seus trabalhos é dezembro de 2013.

 

A Transposição do Rio São Francisco, a Transnordestina e os problemas ocasionados pela estiagem têm levado o governo Federal a dar uma atenção diferenciada à região nordeste, no tocante ao desenvolvimento econômico e social. Segundo o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, alguns problemas relativos às licitações e aos atrasos na execução dessas obras estão sendo revistos.

“A presidenta Dilma Roussef (PT) teve que fazer todo o processo licitatório dos trechos que foram abandonados. As empresas queriam reajustes que no entender dos órgãos de controle, eram abusivos e não tinha legalidade. Então a decisão foi cancelar os contratos e se fazer uma nova licitação. Hoje, temos seis trechos em obras e o cronograma que me foi passado é que até junho todos os trechos estarão em obras”, comentou Eduardo Campos.   

Ele defendeu que as obras da ferrovia transnordetina e a transposição do Rio São Francisco vão ganhar um ritmo diferenciado em 2013. “A performance dessas duas importantes obras no Estado não dependeu diretamente de uma decisão do poder público federal. Não se pode obrigar um fornecedor a ficar em um trecho e aceitar o preço que ele apresentar. A empresa também não pode deixar de respeitar os órgãos de controle quando informam que aquele aumento é abusivo. Então a solução é desfazer e criar uma nova licitação e a Lei do Brasil define os termos e o tempo hábil para esses contratos.

Sobre as obras da Transnordestinas que estão sem avanços significativos, Eduardo ressaltou: “Temos para os próximos dias a assinatura de novos contratos e assim poderemos efetivamente incrementar as obras da ferrovia que já tiveram oito mil operários, mas nesse instante operam com cerca de 4 mil. A discussão sobre preço, financiamentos e tempo da concessão está se concluindo neste final de janeiro.”

De acordo coM o governador, o crescimento do emprego é proporcional ao investimento feito em cada região, no setor público e privado, coisa que ajudou a aumentar a capacidade de investimento em 2013, saltando de R$ 3.1 bilhões para R$ 3.5 bilhões. Pernambuco tem metas importante para a construção de estradas novas, escolas, Unidades de Pronto Atendimento Especializada (UPAe) e recuperar o desenvolvimento.

Ao falar do encontro com a presidente Dilma, nesta segunda-feira (14), Eduardo declarou que um dos principais temas de reunião foi a seca do semiárido nordestino. “Fiz um relato dos principais problemas e a situação de Pernambuco e conversamos muito sobre o semiárido, uma das pautas da sua visita no Estado no dia 18 de fevereiro, mas sua vinda também serão discutidos outros temas”, contou.

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O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, aumentou seu capital político não somente nas cercanias do Estado. Os socialistas cresceram em todo território nacional, chegando a conquistar cinco capitais. 







Dependendo da conjuntura política montada para 2014, Eduardo poderá se lançar candidato a presidente da república, ocupar a vaga de vice na chapa encabeçada por Dilma ou se candidatar a senador.

O ministro da Integração nacional, Fernando Bezerra Coelho, ao participar de uma reunião, nesta terça-feira (11) com a Comissão Externa para Acompanhar os Programas de Transposição e Revitalização do Rio São Francisco no Senado Federal, contou que as obras ficarão prontas em 2015. “Numa obra como essa surgem imprevistos, mas estamos a caminho de alcançarmos velocidade de cruzeiro para a conclusão da obra até 2015”, ressaltou Bezerra. Também participaram da reunião representantes do Ministério da Defesa e do Ministério do Planejamento.

Já o senador e relator da comissão, Humberto Costa (PT) afirmou que se as novas licitações ocorrerem sem maiores percalços, a obra será concluída parte significativa em 2014. “Estou certo que, nós do Senado, daremos uma contribuição importante para que, aquilo que está travado, vá adiante”, comentou o senador.

Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, em julho de 2012, perto de 9 mil operários trabalhavam nos canteiros de obras do Projeto São Francisco. Hoje, esse número beira os 4 mil empregados, inclusive devido à suspensão completa da construção de trechos de canais e estações bombeadoras. “Acredito que, num novo auge, os trabalhadores cheguem a, no máximo, 7 mil homens”, contou Bezerra.

Nesta quarta-feira (12), os participantes da comissão se reuniram novamente, desta vez com representantes da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União. Técnicos das duas instituições mostraram aos senadores as conclusões dos trabalhos de acompanhamento da obra, conforme plano de trabalho apresentado por Humberto Costa.

O senador Humberto Costa (PT) subiu nesta quarta-feira na Tribuna do Senado para falar sobre as ações da Comissão Especial Externa, que acompanha os Programas de Transposição e Revitalização do Rio São Francisco, instalada na semana passada no Congresso. Humberto, que é relator da comissão, lembrou que o projeto está entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas que existe um atraso no cronograma.

Até agora foi realizado 43% do total previsto para a conclusão da obra. Segundo o petista, "há lotes em que os trabalhos encontram-se estagnados". “O objetivo da comissão será identificar problemas e propor soluções para que os trabalhos possam avançar no ritmo que a sociedade brasileira deseja”, declarou o petista.

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Além do atraso no cronograma, o senador também disse que há uma preocupação com a questão ambiental. “Devemos ampliar o debate e propor soluções sobre a natureza dos recursos para a operação e manutenção da transposição de águas do rio”, defendeu.

Na próxima semana o senador irá apresentar o plano de trabalho da comissão, que irá ouvir representantes do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria, do Ministério da Integração, entre outros. “O objetivo primordial da transposição é assegurar a oferta de água a mais de 12 milhões de pessoas em 391 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Essa é a maior obra de infraestrutura hídrica para usos múltiplos em execução pelo Governo Federal”, comentou Humberto.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, assinaram a ordem de serviço, autorizando o início da primeira obra complementar da transposição do Rio São Francisco. O Canal Acauã-Araçagi - adutor das vertentes litorâneas  -, é a maior obra hídrica dos últimos 30 anos, no Estado da Paraíba, com uma extensão de 112,44 km.

Segundo o ministro, Fernando Bezerra Coelho,  o governo federal está liberando quase R$ 2 bilhões, em investimentos para o Estado da Paraíba e, para a obra complementar da transposição serão disponibilizados 1500 operários. O projeto tem previsão de conclusão para o final de 2014.

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O Canal Acauã-Araçagi contemplará  etapas formadas por túneis, adutoras e canais, que beneficiarão mais de 590.000 mil habitantes da região, garantindo o abastecimento de água em 35 municípios. O sistema adutor atravessa terras de 12 municípios: Itatuba, Mogeiro, Itabaiana, São José dos Ramos, Sobrado, Riachão do Poço, Sapé, Mari, Cuité de Mamanguape, Araçagi, Itapororoca e Curral de Cima.

O Projeto de Transposição do Rio São Francisco, conhecido por muitos como Velho Chico, vem de uma ideia que surgiu  há décadas e que após o agravamento do abastecimento hídrico do Nordeste, em 1999, passou a ser visto como única saída para solucionar este grave  problema.

A transposição foi concebida em 1985 pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento. Em 1999, foi transferida para o Ministério da Integração Nacional e acompanhada por vários ministérios desde então.  Basicamente, o plano é a construção de dois imensos canais para desviar parte das águas do rio, que tem cerca de 2,7 mil km de extensão,  para rios menores e açudes da região e logo depois construir adutoras, tudo com um único objetivo: a distribuição de água.

O projeto é extremamente  polêmico e  tem gerado muita discussão em virtude de vários   aspectos, dentre eles: por ser uma obra cara, o orçamento já ultrapassa R$ 6,8 bilhões, que abrange somente 5% do território e 0,3% da população do semi-árido brasileiro; e também pelo intenso impacto que o ecossistema ao redor de todo o rio São Francisco sofrerá, tanto em sua extensão e na manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e abastecimento.

Analisando os dois lados, o projeto de transposição do São Francisco surgiu com a proposta de solucionar a deficiência hídrica na região do semi-árido brasileiro, diminuindo os graves efeitos da seca no período de estiagem. Entrementes,  é importante  ressaltar que a região Nordeste possui cerca de 70 mil açudes,  nos quais são armazenados 37 bilhões de m³ de água,  e que dezenas de obras de distribuição da água,  iniciadas antes da transposição do São Francisco, estão inconclusas.

Por outra parte, um outro impacto que deve ser analisado com bastante atenção é a salinização do Rio São Francisco, que nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e, depois de passar por cinco Estados brasileiros, deságua no Oceano Atlântico na divisa entre os estados de Sergipe e Alagoas.  Antes, o rio que tinha força para avançar sobre o oceano. Hoje, peixes típicos de água salgada são encontrados a quilômetros  rio adentro.

Ampliando a seara de discussão, auspicioso registrar que em relato feito pelo juiz federal e professor Carlos Rebelo Júnior, na II Conferência Internacional sobre Sinergias Ambientais entre as Águas Continentais e Marítimas, nos últimos 40 anos, o Velho Chico perdeu 40% do volume de água. Outras mudanças também foram apresentadas, como a formação de bancos de areia na região de Alagoas e Sergipe, onde, alguns anos antes, o rio tinha uma profundidade de 45 a 55 metros.

Caros leitores, para que as obras de transposição  não sejam realizadas  em vão e para que  toda  a população da região seja beneficiada de forma contínua, é preciso não apenas implementar novas obras de infraestrutura, mas também concluir aquelas  iniciadas anteriormente e com grau de dificuldade muito menor. Os impactos gerados diante da magnitude da transposição de um Rio como o São Francisco vão muito além das pessoas que ficarão desempregadas ao fim da obra. Temos que ter a consciência que a mudança no trajeto de um rio, no porte do Velho Chico, é, provavelmente, uma ação irreversível e que se não avaliada em todos os prós e contras, pode prejudicar muito mais que ajudar. Mas as obras já foram iniciadas. Cabe a nós apenas esperar e rezar.

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