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Os militantes do principal partido de oposição de centro-direita em Portugal elegem neste sábado (27) um novo líder que terá que se opor ao primeiro-ministro socialista Antonio Costa nas legislativas antecipadas de 30 de janeiro.

Essas eleições internas para liderar o Partido Social-Democrata (PSD, centro-direita), que são uma espécie de primárias da direita, terão dois candidatos: o atual presidente do partido e ex-prefeito de Porto, Rui Rio, e o eurodeputado Paulo Rangel.

Cerca de 50.000 afiliados poderão participar nessas votações em todo o país e os resultados serão anunciados neste sábado à noite.

O vencedor assumirá o cargo em um congresso do partido em meados de dezembro em Lisboa e terá o desafio de liderar o partido nas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, convocadas após a ruptura entre o governo socialista de Antonio Costa e seus ex-aliados da esquerda radical devido ao orçamento do país.

Essas legislativas serão as terceiras eleições organizadas em Portugal em um ano, após as presidenciais de janeiro e as municipais de setembro.

Um dia após o PSD realizar um evento em Brasília para impulsionar a pré-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro subiu o tom contra o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. O presidente da República afirmou, em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, que Kassab quer a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder.

"Antes do Marcos Pontes, quem era o ministro da Ciência e Tecnologia? Não sabia a diferença de gravidade e gravidez. Era o senhor Kassab. Olha o que ele faz hoje em dia. Está colado no Lula. Quer a volta do Lula. Com a volta do Lula, vai ser ministro, vai pegar a Caixa Econômica para ele administrar", declarou Bolsonaro

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O PSD quer consolidar Pacheco - presidente da Casa do Congresso que oferece maior resistência aos projetos do governo - como um nome para a chamada terceira via. Ou seja, uma candidatura para superar a polarização entre Bolsonaro e Lula.

Nos bastidores, figuras políticas apostam que Kassab aceitaria negociar apoio a outro nome na disputa, incluindo o petista. A hipótese, no entanto, é negada pelo ex-ministro das Cidades na gestão Dilma Rousseff.

Ainda na entrevista, Bolsonaro afirmou que o PL, partido ao qual deve se filiar na próxima terça-feira (30) não fará alianças estaduais com partidos de esquerda. "Isso está acertado com Valdemar Costa Neto", disse o chefe do Executivo.

Costa Neto recebeu "carta branca" dos dirigentes estaduais do PL para acertar a filiação de Bolsonaro. Contudo, diretórios do Nordeste resistem à iniciativa justamente por composições com a esquerda. O deputado federal Fabio Abreu (PL-PI) já declarou publicamente que "com certeza" deixará a legenda se não tiver autonomia para apoiar o grupo do governador Wellington Dias (PT-PI).

O presidente também voltou a citar a possibilidade de o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ser candidato pelo PL ao governo de São Paulo, o que já havia feito ontem.

Na área econômica, Bolsonaro citou um plano de investimento de US$ 1 bilhão da Petrobras na refinaria Abreu e Lima, sem dar detalhes ou esclarecer se o valor já foi aportado ou não. "Agora há pouco a Petrobras anuncia investimento de um 1 bilhão de dólares lá na refinaria Abreu e Lima".

Pandemia

Apesar de ser um adversário das medidas de isolamento social para conter o novo coronavírus, Bolsonaro disse hoje que, por ele, não haveria carnaval em 2022 em razão da pandemia. "Mas tem um detalhe, quem decide não sou eu", declarou o presidente, voltando a distorcer uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que deu autonomia a governadores e prefeitos para decidir sobre determinações sanitárias. A deliberação da Corte, contudo, não retirou poderes do governo federal para lidar com a pandemia.

Entre outras declarações, o chefe do Executivo ainda afirmou que a vacina contra covid-19 perde validade depois de seis meses. "Quem está contaminado tem imunidade por muito mais tempo, isso está comprovado", declarou, sem respaldo científico. Na verdade, a imunidade induzida pelas vacinas é mais duradoura e efetiva do que a obtida pela contaminação, de acordo com especialistas.

O apresentador José Luiz Datena decidiu sair do PSL, ao qual se filiou em julho deste ano para concorrer à Presidência, e deve oficializar a sua ida para o PSD nos próximos dias para concorrer ao Senado, em São Paulo.

Datena chegou a afirmar que não aceitaria disputar outra vaga se não a de presidente da República. No entanto, parece que ele mudou de ideia e aceitou o convite do presidente do PSD, Gilberto Kassab, para se lançar em São Paulo como candidato ao Senado Federal. 

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A pré-candidatura do apresentador para a Presidência pelo PSD não deve se materializar porque o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, chegou no partido para fortalecer a legenda e se tornar um dos nomes da "terceira via". O trabalho de Pacheco no Senado é visto como bom nos bastidores da política e pode ser um grande impulsionador na sua campanha no próximo ano. 

Após a filiação de Rodrigo Pacheco (MG) ao partido, líderes do PSD reforçaram o discurso de que, embora ele negue publicamente, o presidente do Senado ingressou na legenda com a proposta de ser candidato à Presidência em 2022. O bom trânsito com setores do PT e o caráter pragmático da legenda presidida pelo ex-ministro Gilberto Kassab colocaram o senador por Minas como um nome lembrado para vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A intenção do petista é atrair o PSD, como parte da busca por aliados no centro político. Em encontro recente, entretanto, Kassab disse a Lula que o partido terá candidato próprio e confia que será Pacheco. "Temos de nos diferenciar. Não tem sentido partidos existirem apenas para apoiar candidaturas de outras legendas", afirmou Kassab. "Nossa decisão é ter candidatura própria, e acredito que será o Rodrigo Pacheco que, como presidente do Senado, saberá a hora certa de anunciar sua decisão."

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Líderes do PSD de Minas também descartam a hipótese de Pacheco integrar um projeto eleitoral capitaneado pelo PT. "Não há a mínima possibilidade disso acontecer", disse o líder do PSD na Assembleia Legislativa mineira, deputado estadual Cássio Soares.

'JK'

Pacheco deixou o DEM e se filiou ao PSD anteontem, num evento que procurou associá-lo ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, no Memorial JK, em Brasília. "Há algumas simbologias. Juscelino foi um político mineiro e otimista, como é o Pacheco", disse Kassab.

Na verdade, Pacheco é natural de Porto Velho (RO), mas fez carreira profissional e política em Minas. Em 2014, foi eleito deputado federal pelo PMDB (atual MDB). Na Casa, ocupou a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), feito incomum para um parlamentar de primeiro mandato. Dois anos depois, candidatou-se a prefeito de Belo Horizonte, mas foi derrotado pelo atual prefeito Alexandre Kalil (PSD). Em 2018, filiou-se ao DEM e disputou para o Senado. Foi eleito presidente da Casa em 2021, com apoio de bolsonaristas e do PT.

Em clima de lançamento de candidatura ao Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), assinou nesta quarta, 27, sua ficha de filiação do PSD. Pacheco afirmou que a definição de um projeto de candidatura somente será feito em 2022, mas já fez um discurso em tom de campanha, defendendo a união nacional e o fim da intolerância para que o País possa retomar seu desenvolvimento.

"Nós hoje vivemos um momento de enorme preocupação quanto ao futuro da nossa nação e da nossa gente", afirmou. "Não há dúvida que estamos atravessando um dos momentos mais difíceis da nossa história. Esse último biênio nacional foi marcante. Foi tristemente marcante. Nós temos desafios enormes pela frente que precisam ser enfrentados e solucionados. O desafio da pandemia e sua cura, o desafio social e do mercado de trabalho, os desafios na área ambiental, os desafios da saúde e de uma educação de qualidade, o desafio na produção de energia e agora também o desafio da fome, um flagelo inaceitável que tem castigado tantos e tantos brasileiros", defendeu o senador.

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"Hoje, estamos todos cansados e descrentes. Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreensão e intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro, nunca irá chegar a lugar algum", ponderou.

"Já passou da hora de voltarmos ao diálogo, de retomarmos o diálogo, o desenvolvimento e a paz", acrescentou.

Se Pacheco preferiu não assumir sua candidatura, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi direto a respeito do projeto e ironizou o "segredo" em torno do projeto político.

"Evidentemente, por causa da cautela dos mineiros, ele não vai aqui reconhecer, até porque vai fazer uma reflexão, mas em off, reservadamente, o Rodrigo Pacheco vai ser o nosso candidato e será presidente da República", afirmou Kassab diante da plateia que compareceu ao ato em Brasília.

A solenidade foi cercada de simbolismos políticos ligados ao provável projeto presidencial envolvendo Pacheco. A cerimônia foi feita no Memorial JK, uma espécie de museu sobre o ex-presidente Juscelino Kubitscheck e contou com a presença de sua neta Ana Cristina e de seu marido, o ex-senador Paulo Octávio, que preside o PSD no Distrito Federal. Além disso, um conjunto de chorinho foi trazido de Diamantina para tocar durante a solenidade.

Pacheco usou fartamente a associação com JK, especialmente na defesa da busca de conciliação e de desenvolvimento para o País. Também buscou citar Tancredo Neves como referência para sua política.

Além de muitos prefeitos mineiros, a solenidade de filiação de Pacheco teve presença maciça da bancada de senadores, não se restringindo aos 11 companheiros de bancada de PSD do presidente da Casa. Representantes de outros partidos prestigiaram sua filiação, como foi o caso dos senadores Davi Alcolumbre (DEM-AP), Marcos Rogério (DEM-RO), Katia Abreu (PP-TO), entre outros.

Recém-desfiliado do DEM e prestes a formalizar a filiação ao PSD, o senador Rodrigo Pacheco foi aclamado como candidato a presidente da República na manhã deste sábado (23) durante encontro regional do partido realizado no Rio de Janeiro. Apesar do entusiasmo de membros de seu novo partido, Pacheco ficou em cima do muro e disse que "no momento certo" vai decidir se será candidato em 2022.

"De minha parte, em razão das minhas condições, das minhas limitações próprias como presidente do Senado e do Congresso, nós teremos uma reflexão oportuna sobre isso", afirmou . "No momento certo nós faremos essa reflexão sobre 2022", concluiu.

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Pacheco também foi dúbio em relação à proposta feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de reajuste do Auxílio Brasil, novo nome do programa assistencial Bolsa Família, com quebra do teto de gastos. Ele defendeu o programa social, mas também a responsabilidade fiscal: "O programa social deve ser concretizado, é preciso aumentar a capacidade de compra daqueles que são beneficiados pelo Auxílio Brasil, e cabe à política e aos técnicos do Ministério da Economia encontrarem a solução para fazer esse programa social dentro da responsabilidade fiscal, que é inafastável", afirmou.

"Nós temos que ter responsabilidade fiscal no Brasil, porque seria muito ruim sustentarmos um programa em premissas frágeis, que acabam gerando inflação e fazendo o poder de compra ser contaminado pela inflação. É um conjunto de valores que precisam coincidir e nós precisamos equilibrar isso. Esse é nosso papel e vamos cumprir", disse à imprensa.

Antes, em discurso ao público, Pacheco repetiu que é preciso "garantir um programa social sustentável, de nada adianta fazer um programa social sem sustentação".

O presidente do Congresso foi o último a discursar durante o evento, que reuniu pelo menos 1.500 pessoas no salão de convenções de um hotel na Barra da Tijuca e começou às 10h20. Antes dele, todos os políticos do PSD que discursaram trataram Pacheco como candidato do partido à presidência da República.

"Ele só não será o candidato do PSD se não quiser", anunciou Gilberto Kassab, fundador e presidente do PSD.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que comandou o encontro como presidente estadual do PSD no Rio, defendeu que o partido tenha um candidato próprio a presidente e disse que Pacheco está "convocado" para a função. O senador agradeceu o apoio e disse que Paes e Kassab "não têm as limitações" que ele próprio tem para tratar do tema. A filiação oficial de Pacheco ao PSD será na próxima quarta-feira, 27.

Em clima pré-eleitoral, o evento teve a participação de muitos políticos do partido, além de pré-candidatos na eleição de 2022, e até da bateria da escola de samba Acadêmicos da Rocinha.

Paes aproveitou para reforçar que seu candidato a governador do Rio em 2022 é o atual presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

Presente ao evento, Santa Cruz agradeceu o apoio e disse que "o espírito de Tancredo Neves" estava presente, ao enaltecer a conduta conciliadora e crítica do político mineiro.

Participando de seu primeiro evento do PSD após anunciar sua filiação ao partido, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está sendo aclamado pelas principais lideranças do partido como candidato a presidente da República, na manhã deste sábado (23) no Rio de Janeiro.

"Ele só não será o candidato do PSD se não quiser", anunciou Gilberto Kassab, fundador e presidente do PSD. Eles participam de um encontro regional do partido no Rio de Janeiro, o primeiro depois que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, assumiu a presidência estadual do PSD.

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Pacheco, que ainda não discursou, desfiliou-se do DEM e na próxima quarta-feira (27) passará a integrar oficialmente o PSD.

No início do evento, Paes anunciou Pacheco como "próximo presidente da República" e o advogado Felipe Santa Cruz, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), como "próximo governador do estado do Rio". O evento ocorre em um hotel da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), oficializou nesta sexta-feira, 22, a decisão de mudar de partido e se filiar ao PSD, legenda comandada pelo ex-ministro Gilberto Kassab.

Dessa forma, Pacheco avança na preparação de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em 2022. Pacheco negocia a filiação desde que recebeu o apoio do PSD para a eleição da presidência do Senado e já havia confirmado a aliados a decisão.

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Até ontem, porém, quando era perguntado de forma aberta, o senador dizia que estava refletindo. O ato de filiação deve ocorrer na próxima quarta-feira, 27, em Brasília.

"Comunico que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitos", afirmou Pacheco em uma publicação no Twitter.

O presidente do Senado agradeceu ao DEM, que se uniu ao PSL, e desejou boa sorte ao novo partido criado na fusão, o União Brasil. Com a filiação de Pacheco, o PSD passará a ter 12 senadores e continua como a segunda maior bancada do Senado.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), oficializou a decisão de mudar de partido e se filiar ao PSD, legenda comandada pelo ex-ministro Gilberto Kassab. Dessa forma, Pacheco avança para a pretensão de se candidatar ao Palácio do Planalto em 2022. O senador negocia a filiação desde que recebeu o apoio do PSD para a eleição da presidência do Casa e havia confirmado a aliados sobre a decisão. Até esta quinta-feira (21), porém, quando era perguntado de forma aberta, Pacheco dizia que estava refletindo.

"Comunico que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitos", afirmou Pacheco em uma publicação no Twitter nesta sexta-feira (22).

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O presidente do Senado agradeceu ao DEM, que se uniu ao PSL, e desejou boa sorte ao novo partido criado na fusão, o União pelo Brasil. Com a filiação de Pacheco, o PSD passará a ter 12 senadores e continua como a segunda maior bancada do Senado.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), vai se filiar ao PSD na próxima quarta-feira, 27, às 11 horas, durante uma cerimônia em Brasília, informou ao Broadcast Político a assessoria do partido.

Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, Pacheco já informou ao presidente da sua atual legenda, o DEM, ACM Neto, sobre sua migração. A troca de sigla vinha sendo negociada há meses junto ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, e envolve uma candidatura do presidente do Senado ao Palácio do Planalto em 2022.

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Na última quinta-feira, em entrevista ao Broadcast Live, Kassab disse que Pacheco deveria ser lançado ao Planalto em uma candidatura construída em conjunto.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), comunicou na noite de terça-feira (19) ao presidente nacional do DEM, ACM Netto, que vai deixar o partido rumo ao PSD. Com o movimento, Pacheco abre o caminho para entrar na disputa pela Presidência em 2022, como tem defendido o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.

A definição sobre a troca de partido de Pacheco foi antecipada pela Coluna do Estadão, que revelou na terça-feira que prefeitos de Minas estavam sendo convidados para a possível cerimônia de filiação ao PSD já na próxima semana.

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A mudança de Pacheco coincide com a decisão do DEM de se fundir com o PSL, dando origem ao União Brasil. A nova legenda tentou manter o senador, mas ainda não há clareza sobre qual projeto político o União vai apoiar no próximo ano.

A principal dúvida é relativa à proximidade com o bolsonarismo de grupos influentes na direção do União. Embora ACM Netto tenha dado declarações de que o novo partido terá um projeto político próprio para 2022, não há garantia que não aconteça uma aliança em torno da reeleição de Bolsonaro ou de a legenda simplesmente decidir não lançar ninguém.

No PSD, ao contrário, as portas foram abertas há pelo menos seis meses para Pacheco liderar um projeto presidencial dentro da chamada terceira via. Kassab tem repetido que considera Pacheco o candidato com o melhor perfil para romper com a polarização estabelecida entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo aliados de Pacheco disseram ao Estadão, a data para filiação ao PSD ainda está sendo definida. Apesar da mudança de sigla, Pacheco não deverá assumir imediatamente a disposição de concorrer ao Planalto, até mesmo para evitar se desgastar antecipadamente. Mas, dentro do governo, o presidente do Senado já é visto como um adversário na corrida de 2022.

Convidado pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para disputar pela legenda a Presidência da República, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), afirmou nesta segunda-feira, 23, que vai se posicionar sobre as eleições de 2022 apenas no "momento oportuno".

"O Brasil não precisa de candidatos, mas de presidente que possa unir o Brasil e respeite a democracia. O meu compromisso é com a pacificação do País, não permito tratar de eleições. Tudo o que não quero é instabilidade. Eleições serão discutidas no momento certo, me posicionarei no momento oportuno", afirmou Pacheco em evento promovido pelo Secovi, sindicato patronal do mercado imobiliário. Kassab participou do evento como ouvinte.

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O presidente do PSD, Gilberto Kassab, lançou o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), como potencial candidato à Presidência da República nas eleições de 2022. Na visão de Kassab, Pacheco tem as credenciais necessárias para se tornar a terceira via na disputa que está polarizada entre Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"As pesquisas indicam que para a terceira via é preciso alguém com esse perfil mais moderado. Acho que a pessoa que melhor atende esse perfil é o Rodrigo Pacheco", disse Kassab há pouco, durante uma debate sobre as tendências para 2022 promovido pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). "Acredito que Pacheco tem talento, experiência e espírito de renovação", emendou.

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Questionado sobre o fato de Pacheco não ser uma pessoa tão conhecida da maior parte da população, Kassab disse não ver isso como um problema. Pelo contrário. O fato de ser um nome menos popular até ajuda para se posicionar como um político de centro. Na visão do líder partidário, Pacheco tem tempo suficiente para lançar a candidatura oficialmente só em 2022 e, em poucos dias, se tornar conhecido por meio de um forte trabalho de divulgação nas redes sociais.

Kassab ponderou que o principal cenário ainda é de um segundo turno entre Bolsonaro e Lula. "Isso está muito claro. Não há dúvidas". Ainda assim, afirmou que irá trabalhar em prol de uma terceira via considerando o fato de que Bolsonaro tem perdido a aprovação dos eleitores, conforme mostraram as pesquisas mais recentes.

"Pela queda contínua do Bolsonaro e pela estabilidade do Lula, acredito que podemos ocupar o lugar do Bolsonaro no segundo turno. E Bolsonaro perde para todos os candidatos no segundo turno, enquanto o Lula só ganha do Bolsonaro. Portanto, tendo oportunidade de chegar ao segundo turno, essa terceira via ganha do Lula", analisou.

Kassab acrescentou que Pacheco ainda não é um pré-candidato, pois não aceitou o convite para concorrer. "Ele está avaliando". Conforme revelou a Coluna do Estadão no dia 18, Pacheco e Kassab se reuniram dias atrás, em um jantar que selou a ida do senador do DEM para o PSD. Nos bastidores, a avaliação é de que Pacheco lucrou politicamente com a crise do voto impresso no Congresso e com a defesa enfática das instituições diante das ameaças bolsonaristas contra ministros do Supremo - o que lhe renderia a imagem de moderado.

Se a possível candidatura de Pacheco a presidente for bem sucedida, o PSD pode se tornar a mais estruturada força de centro do País, como mostrou a Coluna. Além das conversas com o presidente do Senado, o PSD já tem candidatos a governador em 15 Estados.

No debate de hoje, Kassab contou que Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB) já lhe afirmaram que "não vão retirar suas candidaturas por nada". Mas, na visão de Kassab, ambos devem ter dificuldades de atingir o patamar de 25% dos votos válidos para chegar ao segundo turno.

Empresários

Prefeito de São Paulo entre 2006 e 2012 e ex-ministro de Estado, Kassab tem muita proximidade do Secovi-SP, de quem recebeu o convite para participar do debate sobre o futuro do País em ano eleitoral.

O presidente do sindicato empresarial, Basílio Jafet, não escondeu sua desaprovação a uma corrida eleitoral dividida entre Bolsonaro e Lula. "O sonho de boa parte dos brasileiros é que tenha uma terceira via e viável", disse Jafet, durante o debate de hoje.

O presidente do Secovi-SP disse temer que o Brasil acabe com uma população dividida como no Peru, onde a corrida presidencial também foi bastante polarizada entre direita e esquerda. "O brasileiro é moderado, não expressa radicalismos".

Também presente no evento, o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, lamentou pelo que considerou "falta de patriotismo". "Isso só se consegue se tivermos um líder de verdade", frisou França, acrescentando ser necessária uma mudança no País para o povo "voltar a ter orgulho" de ser brasileiro.

O empresário do ramo de usinas, ex-senador e ex-deputado federal por Alagoas, João Lyra, faleceu, aos 90 anos, nesta quinta-feira (12), em um hospital particular de Maceió (AL). Ele estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em decorrência de um processo chamado “broncoaspiração”, que ocorre quando o alimento entra pelas vias aéreas. As informações são do G1.

Nos últimos 3 meses, Lyra foi infectado pela Covid-19, teve pneumonia e passou por uma cirurgia de apêndice. Segundo o G1, a família afirmou que, após se recuperar da infecção pelo coronavírus, o político precisou ser internado novamente com problemas respiratórios. As complicações são apontadas como razão do óbito.

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João Lyra foi deputado entre os anos 2003 e 2007, retornando de 2011 até 2015. Ele também era conhecido por ostentar o título de “parlamentar mais rico do país”, com um patrimônio avaliado em cerca de R$ 400 milhões. Além disso, foi senador pelo PSD entre os anos 1989 e 1991.

O ex-parlamentar chegou a contestar o resultado das eleições de 2006, quando foi candidato ao governo de Alagoas e acabou derrotado por Teotonio Vilela (PSDB). Após o processo eleitoral, Lyra ajuizou processo na Justiça eleitoral, alegando fraude ou erro nas urnas eletrônicas. Não conseguiu, contudo, provar a suposta falha, e foi processado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2014 o grupo de empresas do usineiro decretou falência, e soma uma dívida de mais de R$ 3 bilhões em processos de credores e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Naquele mesmo ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma ação penal contra o ex-deputado por trabalho escravo em uma de suas usinas.

João José Pereira de Lyra nasceu no Recife (PE) e formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Dez anos após deixar o DEM para fundar o PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab aposta em lançar candidaturas nos três maiores colégios eleitorais do País e fala em um nome próprio na disputa presidencial para manter o partido entre os cinco maiores do Brasil.

Ausente dos movimentos que ensaiaram formar uma frente ampla de centro para tentar quebrar a polarização entre o PT e o presidente Jair Bolsonaro, o dirigente mantém uma distância regulamentar do Palácio do Planalto e o selo de "independente" da agremiação no Congresso enquanto conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre 2022.

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O partido teve um crescimento considerável nas eleições municipais do ano passado, saltando de 538 para 634 prefeitos eleitos, mantendo-se como o 3.º do País com mais municípios. Com 35 deputados federais, o PSD tem a quarta maior bancada da Câmara e um ministro (Fábio Faria, das Comunicações), mas tenta se desvencilhar do Centrão, o consórcio de partidos que dá sustentação ao presidente da República. "O PSD não tem problemas de convivência com partidos do centro, mas desde o início não integra esse bloco", disse.

Desde o final do ano passado Kassab passou a se dedicar às articulações do PSD para 2022. A prioridade do partido, afirma, vai ser crescer "com qualidade". "Nossa meta é continuar entre os cinco principais partidos do Brasil depois das eleições", disse. Sua prioridade até agora é avançar em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Tendo como ativo o tempo de TV e um Fundo Eleitoral consistente, Kassab atraiu o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e seu grupo político. Assim como Kassab, o chefe do executivo carioca também mantém uma porta aberta com Lula e dialoga com a frente de esquerda que se forma em torno do deputado Marcelo Freixo (PSB), mas planeja lançar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como candidato a governador da "terceira via" fluminense.

Em Minas, o cenário está consolidado, segundo Kassab, com a candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ao governo. "Se ele não quiser, será o senador Carlos Viana", afirmou. O partido ainda tem o senador e ex-governador Antonio Anastasia.

Em São Paulo, o partido pode receber o ex-governador Geraldo Alckmin, que ficou isolado no PSDB e passou a conversar com outras legendas sobre uma eventual candidatura. Se decidir deixar mesmo o PSDB, Alckmin assumiria o controle do PSD-SP com "porteira fechada" assim como Paes no Rio.

No plano nacional, Kassab afirma que o seu partido terá uma candidatura presidencial. "A gente entende que é fundamental ter uma candidatura própria para o partido ter uma cara", disse. "Defendemos alguém com o perfil da Luiza Trajano ou do Rodrigo Pacheco (presidente do Senado)".

Os números credenciam Kassab a falar em candidatura própria: 650 prefeitos eleitos, 5671 vereadores e mais votos no cômputo geral que o PSDB e DEM.

Quando questionado sobre os nomes da sigla que estão neste momento colocados como presidenciáveis do PSD, Gilberto Kassab apresenta uma lista extensa: o senador Antonio Anastasia (MG), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, o governador do Paraná, Ratinho Jr, o deputado federal Fábio Traud (MS) é o senador Otto Alencar (BA).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo os senadores amazonenses Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), que participam da CPI da Pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem cortado recursos de emendas parlamentares encaminhadas aos municípios do Amazonas. As informações estão em documentos obtidos pelo UOL.

De acordo com Braga e Aziz, a retaliação de pelo menos R$ 160 milhões ao orçamento do estado acontece após a atuação de ambos na comissão parlamentar de inquérito, que na quinta-feira (10) quebrou os sigilos bancários de empresas e pessoas ligadas ao governo, entre eles o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

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O Amazonas, que ainda enfrenta os desdobramentos do combate à Covid-19 na região metropolitana e no interior, também precisa lidar com a maior cheia de sua história, que deixa desabrigados em várias cidades. "Desde dezembro que o interior do estado não recebe nenhum centavo para o custeio da saúde. Se não fosse o recurso que nós passamos no ano passado, o interior estaria vivendo um caos na saúde. Mas há seis meses o orçamento está congelado, não andou", disse Eduardo Braga ao UOL.

Embora os cortes sejam apontados pelo Ministério da Economia como um procedimento comum a todos os municípios, o UOL cita ainda um estudo sobre o orçamento de 2021 do Inop (Instituto Nacional de Orçamento Público), que aponta para a predominância de cortes orçamentários no Amazonas. Em termos percentuais e absolutos, foram vetados 50% dos repasses ao estado relacionados às emendas de comissão (RP2), o que representa um total de mais de 220 milhões.

Segundo Braga, as emendas de comissão propostas por ele eram todas direcionadas à infraestrutura. Os vetos afetam repasses para municípios da região metropolitana de Manaus, onde portos, que estão inoperantes há mais de sete anos, precisam de reparos, por exemplo. "Eu sinceramente espero que isso tudo não passe de uma verborragia. Uma incontinência verbal. Com 40 anos de vida pública, não tenho mais que me surpreender com as coisas", desabafou.

Bolsonaro faz ameaças

Durante uma live em que criticava a CPI, realizada no dia 20 de maio, Bolsonaro citou a Zona Franca de Manaus, principal fonte de renda do estado: "Senador Aziz, Eduardo Braga, imaginem o Amazonas sem a Zona Franca". A declaração foi interpretada como ameaça.

No dia seguinte, em suas redes sociais, o presidente da CPI da Covid-19 reagiu à declaração. “O Presidente pode ameaçar a mim, ao Eduardo, mas ao ameaçar a Zona Franca de Manaus o negócio é mais embaixo. É preciso respeitar os amazonenses, porque ele não pode ameaçar algo que é garantido por lei, que assegura o sustento e a vida de tantos amazonenses”, publicou Aziz, em seu Twitter.

 

 

Filiado ao PSDB desde a fundação do partido, em 1988, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin deve deixar a legenda em breve. A informação é da colunista Mônica Bérgamo, que ouviu pessoas próximas ao tucano. O pivô da desfiliação seria o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que acaba de se filiar à sigla, com o apoio de João Doria, e deve ser o candidato apoiado para substituir Doria no estado, bloqueando o caminho de Alckmin de volta ao cargo. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (14).

Por causa do redirecionamento de apoio, a relação entre o governador paulista João Doria e o possível ex-tucano tem se tornado mais “seca”, diz a coluna. “Segundo interlocutores de Alckmin, a conversa entre ele e Doria tem sido cada vez mais ríspida, e o governador não garante apoio a ele nem mesmo para disputar o Senado, já que a vaga, em tese, está garantida para a reeleição de José Serra ao cargo”, escreveu Bérgamo.

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Geraldo Alckmin já é sondado por partidos como o Podemos, o PSD de Gilberto Kassab, o PSB de Márcio França e o DEM de ACM Neto. No entanto, a situação é vista, ainda, como reversível e os intermediadores acreditam que o ex-governador ainda possa permanecer filiado à legenda. Alckmin é um dos mais antigos militantes do PSDB, estando lá há 33 anos.

Anunciada na semana passada, a filiação do prefeito Eduardo Paes (DEM) ao PSD e a negociação com outros nomes de oposição, como o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), indicam um afastamento do partido de Gilberto Kassab do projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022. Apesar de representada na Esplanada dos Ministérios, a legenda prega "independência" ao Palácio do Planalto.

Na prática, o recado é de que o PSD dificilmente vai compor uma chapa com Bolsonaro, que ainda não definiu por qual sigla pretende concorrer. Dirigentes da legenda têm o discurso de que a melhor solução para o País passa por uma terceira via entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo assim, conversam com o petista, que se encontrou com Kassab em Brasília nos últimos dias. Ao mesmo tempo, segue no Ministério das Comunicações de Bolsonaro, com Fábio Faria (PSD).

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Além de Maia, Paes deve carregar para o PSD outros deputados federais que têm sua base política no Rio, como Pedro Paulo (DEM) e Marcelo Calero (Cidadania), hoje secretários da prefeitura carioca. Vereadores da capital fluminense, incluindo o ex-prefeito e pai de Rodrigo, César Maia (DEM), e o presidente do Legislativo local, Carlo Caiado (DEM), também devem mudar.

Mirando a eleição no Rio do ano que vem, há ainda a provável filiação do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, favorito de Paes para concorrer a governador. A ideia é que o prefeito tenha poder para decidir os rumos do partido no Estado. O Rio passará a ser a maior cidade brasileira comandada pela sigla. Tomará o posto de Belo Horizonte, do prefeito Alexandre Kalil. Com isso, o PSD terá o comando das capitais do segundo e do terceiro maior colégios eleitorais do País, atrás apenas de São Paulo, o que representa importantes palanques para candidatos que almejam o Planalto.

Aliança

As conversas no Rio incluem a construção de uma candidatura única de oposição ao governador Cláudio Castro (PSC), aliado de Bolsonaro. No desenho da aliança em discussão, o candidato a governador poderia receber no palanque mais de um presidenciável contrário ao atual presidente.

A postura de Paes em relação ao cenário nacional dá o tom do estado de espírito do PSD neste momento. Ele diz que seu candidato favorito à Presidência é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, hoje um obstáculo aos planos do governador paulista, João Doria, no PSDB. O prefeito, no entanto, não descarta Lula e outros nomes da terceira via. "Vejo com muita simpatia a candidatura do Lula. Não me parece um movimento simples um eventual apoio no primeiro turno à candidatura, mas é bom nome. Tem demonstrado maturidade na construção de consenso", disse ele ao Estadão/Broadcast.

Para parlamentares do PSD mais alinhados ao governo, porém, a entrada de Paes e aliados no partido não significa um distanciamento automático do Planalto. O deputado Francisco Jr. (PSD-GO) defendeu cautela no diálogo sobre eleições. "O partido respeita muito a posição de cada deputado, mas na ampla maioria temos votado praticamente tudo alinhado com o governo", disse Francisco Jr.

O deputado Edilázio (PSD-MA) lembrou que a sigla tem "extremos", que vão do senador Otto Alencar (BA) - que faz oposição - ao bolsonarista Delegado Éder Mauro (PA). "Politicamente, não me afeta em nada o Paes ir para o partido", disse.

A saída de quadros do DEM se dá após o atrito interno entre Maia e o presidente do partido, ACM Neto. No Rio, a sigla de Kassab não tem representantes de expressão nacional, o que permite a novos filiados exercer um protagonismo local. A estrutura partidária é considerável: em 2020, foi a quinta legenda que mais recebeu verba do fundo eleitoral.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, tomou a decisão de se desfiliar do DEM e está de malas prontas para o PSD. A informação foi confirmada pelo Estadão com a cúpula do PSD, partido presidido por Gilberto Kassab. A saída do prefeito ocorre no momento em que há crescente apoio de setores do DEM ao presidente Jair Bolsonaro. Ainda que mantenha uma relação amistosa com Bolsonaro, Paes é alvo de ataques e críticas de bolsonaristas, sobretudo por parte do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho "02" do presidente.

A desfiliação de Paes se soma a outra baixa no DEM. O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia anunciou, em fevereiro, que vai sair do partido. O desentendimento ocorreu após a direção do DEM se negar a apoiar o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), nome lançado por Maia ao comando da Câmara. À época, a maioria dos deputados do DEM avalizou a candidatura de Arthur Lira (Progressistas-AL), eleito para presidir a Câmara até 2023, com o apoio de Bolsonaro.

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Maia ainda não bateu o martelo sobre o partido que irá se filiar. Além do PSD, ele recebeu convites do PSDB e do MDB. No atual cenário, porém, é provável que o seu destino político não seja o MDB, uma vez que problemas regionais, especialmente no Rio, seu reduto eleitoral, têm pesado para a filiação.

Paes, Maia e o secretário municipal da Fazenda do Rio, o deputado licenciado Pedro Paulo (DEM-RJ), são do mesmo grupo político. Em 2018, a saída de Paes e Pedro Paulo do MDB, para posterior filiação ao DEM, foi articulada por Maia. Diferentemente de Paes, porém, Maia e Pedro Paulo podem perder o mandato se saírem do DEM agora. Para que isso não ocorra, o ex-presidente da Câmara pretende ingressar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma ação pedindo para se desfiliar do DEM por "justa causa".

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se nesta terça-feira (30) para ouvir os delegados responsáveis pelas investigações do caso Flordelis (PSD-RJ). A deputada é acusada pelo Ministério Público de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ).

Prestarão depoimento ao conselho, por videoconferência, os delegados Allan Duarte Lacerda e Bárbara Lomba Bueno. A oitiva acontecerá a pedido do relator de representação (REP 2/21) da Mesa Diretora contra Flordelis por quebra de decoro, deputado Alexandre Leite (DEM-SP).

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Em sua defesa, Flordelis afirma que existe erro na conclusão das investigações e alega que não pode ser julgada e condenada antes que todo o processo seja concluído. Segundo ela, a mandante do assassinato foi sua filha Simone.

A reunião será realizada no plenário 11, a partir das 14 horas.

Da Agência Câmara

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