Tópicos | prisão do líder do governo

Diante dos desdobramentos da Operação Lava Jato durante esta semana, o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, afirmou ser “muito cedo” para imaginar uma delação premiada do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). Nos bastidores, conta-se que uma delação premiada de Amaral pode abalar ainda mais os membros do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) supostamente envolvidos com as irregularidades na Petrobras. 

“É muito cedo para se imaginar isso [uma delação premiada]”, avaliou Aécio Neves, em visita ao Recife. Para o tucano, as declarações em colaboração com a Justiça Federal já prestadas já têm causado muita “dor de cabeça” aos aliados de Dilma. “O que eu posso dizer é que as delações que estão em curso já são dor de cabeça suficiente para esse governo”, acrescentou.

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Colega do tucano no legislativo, o petista foi preso na última quarta-feira (25), em Brasília. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o senador estaria obstruindo as investigações da Operação Lava Jato ao tentar dissuadir o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de firmar um acordo de delação com a Justiça.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou, nesta quarta-feira (25), que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve encaminhar os autos do processo contra o senador e líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), em até 12 horas. O prazo previsto pela Constituição Federal para que a Casa receba os documentos e os parlamentares decidam sobre a prisão é de até 24 horas. 

Renan lembrou que a Constituição não estabelece prazo para que o Senado decida sobre a manutenção ou não do encarceramento do parlamentar.  "O prazo para se resolver sobre a prisão não existe, por isso vou consultar os líderes para ver qual o tempo razoável para deliberarmos", disse Renan, sem detalhar o que entende por "tempo razoável".

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Sobre a votação, Renan Calheiros preferiu não se manifestar. "Precisamos conhecer as informações e a caracterização da prisão. Se houve flagrante, o que ensejou a prisão, se as provas são legais. Essa decisão será tomada pela maioria do Senado", resumiu.

Em relação à gravação que motivou a ação policial e a decisão do Supremo, o presidente disse que não conhece os detalhes. "Se há uma coisa que precisa ser preservada na circunstância atual do Brasil é a separação dos Poderes. Eu não vejo nenhuma chance de haver influência de um Poder sobre outro. Da mesma forma, vejo a necessidade de se respeitar a Constituição no que se refere às garantias individuais", concluiu.

Líder do PT no Senado, o pernambucano Humberto Costa admitiu, nesta quarta-feira (25), que o Governo Federal está preocupado com o impacto da prisão do líder da bancada governista, Delcídio do Amaral (PT-MS), no andamento das pautas previstas para a análise no Congresso Nacional. Em entrevista a imprensa na manhã de hoje, Humberto disse que todos os senadores estavam impactados com a prisão do correligionário, mas “por mais que o fato seja grave” não deveria “contaminar” a atividade legislativa.

“O governo está preocupado com isso, nós temos aí assuntos muito importantes que estão pautados e não queremos que essa pauta seja interrompida por esse fato, como eu disse, por mais grave que ele seja”, observou. “É importante registrar, em nada do que foi dito até agora, há qualquer tipo de envolvimento ou participação do governo”, acrescentou.

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Indagado se já havia um novo nome para liderar a bancada do governo, o petista negou. “Não. É uma coisa do governo”, resumiu. Na avaliação de Costa, a prisão não deve prejudicar o governo. “De tudo o que foi dito até agora, são questões que correm totalmente ao largo do governo”, pontuou.

Assim como os outros líderes da Casa, Humberto participa, neste momento, de uma reunião convocada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para deliberarem sobre o assunto. Colega de liderança de Delcídio, o pernambucano afirmou que vai avaliar as informações oficiais que devem chegar do Supremo Tribunal Federal a Casa. 

“Após a reunião dos líderes com o presidente da Casa nós vamos nos manifestar. Sem dúvida é um momento muito difícil até para a gente se expressar, mas vamos nos posicionar de forma clara e transparente”, informou.

Suspeito de envolvimento na Lava Jato, Delcídio do Amaral foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta. Delcídio foi citado na delação do lobista Fernando Baiano. Ele disso que o senador teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

O líder o Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou, nesta quarta-feira (25), que a bancada da legenda votará favorável a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender o líder do PT na Casa, o senador Delcídio do Amaral (MS). 

Caiado informou a posição do colegiado após uma reunião que aconteceu na manhã de hoje. Na avaliação dele, a Polícia Federal, o STF e a Procuradoria Geral da República são “unânimes ao sinalizar a prisão” e não cabe ao Senado contestar a decisão “decisão num momento tão grave e que abala o Senado Federal”. “Existem provas contundentes e graves que não autorizam com que Senado desautorize instituições”, observou em publicação no Twitter. 

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Para o democrata, como Amaral é líder do governo na Casa se faz necessário um posicionamento do PT. “Ele não é apenas um senador, ele é líder do governo. A presidente também deveria se pronunciar. Estamos vendo uma regra constitucional nunca usada ser transformada em fato concreto no Governo PT. É um momento de constrangimento. É uma tragédia para o Senado”, avaliou.

Assim como os outros líderes, Ronaldo Caiado participa, neste momento, da reunião convocada pelo presidente do Senado, Ranan Calheiros (PMDB-AL) para deliberar sobre o assunto. 

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