O SBT transmitiu no final da tarde desta segunda-feira (1°) o segundo debate com os candidatos à Presidência da República. Sete candidatos, aqueles que o partido possui representante no congresso nacional, participaram da sabatina, foram ele: Marina Silva (PSB), Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e Pastor Everaldo (PSC).
O debate foi dividido em quatro blocos e foi mediado pelo jornalista Carlos Nascimento. O candidato Aécio Neves acabou ficando em segundo plano e Marina Silva e Dilma Rousseff, as primeiras colocadas nas pesquisas, receberam as maiores críticas e atenção. Dilma evitou o confronto direto com os outros candidatos e Aécio partiu para o ataque contra os governos do PT. Marina preferiu atacar apenas os últimos quatro anos de governo petista. Já os candidatos menores, acabaram comparando os três candidatos mais bem pontuados, muitas vezes chamando de G3.
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No primeiro bloco, os candidatos perguntaram um ao outro e cada candidato só poderia responder uma vez. A primeira pergunta foi de Dilma para Marina. A socialista comentou que vai investir o dinheiro público de maneira certa e que vai fazer um bom uso do pré-sal , mas que vai usar novas fontes de energia. A petista afirmou que já investiu 17 bilhões de reais em segurança, e que quer mudar a constituição para que a segurança seja responsabilidade de todos os governos e as polícias trabalhem integradas.
Aécio afirmou que vai estabilizar a inflação e que vai dar reajuste real ao salários dos trabalhadores. Eduardo Jorge comentou que vai baixar a taxa SELIC e que vai contralar a inflação. O candidato Levy Fidelix prometeu privatizar as penitenciárias e reduzir a maior idade penal. Luciana Genro disse que o problema dos Brasil se resume aos juros, e que quer fazer uma auditoria nas contas públicas.
No segundo bloco, jornalistas fizeram perguntas aos candidatos e escolheram outro para comentar. Dilma afirmou que o país não está enfrentando uma recessão e que a inflação está próxima de zero. Ela também falou da economia mundial e que outros países vivem de altos e baixos.
Marina disse não "satanizar" as pessoas que são a favor da legalização da maconha ou quem defende o aborto. O candidato Levy Fidelix ficou nervoso quando o jornalista Kennedy Alencar perguntou se o partido dele era um partido de aluguel. O candidato respondeu que sempre disputou as eleições como chapa majoritária.
No terceiro bloco, os candidatos voltaram a se enfrentar diretamente. A primeira pergunta foi de Dilma para Marina. A socialista falou que o país precisa de novas fontes de energia, afirmando que o governo do PT negligenciou a área. Ela também comentou a situação da Petrobras, que está envolvida em vários escândalos de corrupção, e reconheceu as conquistas do Governo FHC e Lula, mas que vai encarar os novos desafios.
A candidata petista afirmou que, durante o governo do PT, tirou 36 milhões de pessoas da pobreza e que sem apoio político e negociações, não se aprova projetos. A presidente também pontuou que quem escolhe os bons (deputados e senadores) é o povo, através do voto direto. O candidato tucano criticou o governo do PT afirmando que o partido demonizou as parcerias com o investimento privado, o que atrasou o desenvolvimento do país.
No quarto e último bloco, os candidatos tiveram a oportunidade de fazerem as considerações finais. Eduardo Jorge falou que tem pouco tempo na televisão, mas convidou os eleitores a assistirem ao seu programa na internet. Marina Silva garantiu estar aberta ao diálogo e a debater ideias. E que quer ser presidente para o povo. Levy Fidelix disse querer ser a mudança e ser a consciência do povo. Dilma agradeceu à emissora e declarou querer gerar mais empregos e garantir saúde, educação e segurança.
Áecio usou o tempo para atacar Marina, afirmando que o projeto da socialista tem contradições. E que com ele o país terá um novo tempo, com mais segurança, saúde e mudanças. Luciana pediu votos para uma esquerda coerente e com compromisso com a população. O último foi o pastor Everaldo, que reafirmou ser contra o aborto, contra a legalização da maconha e contra o casamento gay. Ele disse ser a favor da redução da maior idade penal e da liberdade de imprensa.