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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a afirmar que determinados gastos públicos precisam ser encarados como investimentos. Segundo ele, o aumento do salário mínimo é visto como gasto, com conotação negativa, enquanto as despesas da União com os juros da dívida pública não, o que ele considera errado.

"Hoje eu dizia ao (ministro da Fazenda, Fernando) Haddad numa reunião que precisamos construir uma narrativa diferente nesse País, porque tudo o que a gente faz é gasto. Se eu vou fazer Bolsa Família é gasto, se coloco dinheiro na saúde é gasto", afirmou ele durante a cerimônia de posse de Rita Serrano na presidência da Caixa, na Caixa Cultural, em Brasília. "A única coisa que não é tratada como gasto nesse País é o juro que a gente paga para o setor financeiro."

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Lula voltou a dizer que à frente, o governo tratará gastos sociais como investimentos. Ele comparou ainda o aumento do salário mínimo proposto pelo governo ao que foi aprovado para os dirigentes da Eletrobras, empresa privatizada no governo de Jair Bolsonaro (PL).

"Os caras da Eletrobras, que ganhavam R$ 60 mil por mês, passaram a ganhar mais de R$ 360 mil de salário. O conselho da Eletrobras paga R$ 200 mil por mês para o cara ir lá uma vez por mês. Enquanto isso, não podemos dar aumento de 3% no salário mínimo porque é gasto", comparou.

Maria Rita Serrano, tomou posse na noite desta quinta-feira como nova presidente da Caixa. Ela é a quarta mulher a estar à frente do banco.

Durante a posse, Serrano recebeu uma medalha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um broche em formato de X do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A cerimônia de posse ocorre na Caixa Cultural, em Brasília.

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A governadora Raquel Lyra empossou os professores Maria do Socorro de Mendonça Cavalcanti e José Roberto de Souza Cavalcanti, para exercerem os cargos de reitora e vice-reitor, respectivamente, da Universidade de Pernambuco (UPE), no quadriênio 2023-2026. A cerimônia foi realizada no Auditório Ênio Cantarelli, do Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco - Prof. Luiz Tavares (Procape), nesta quarta-feira (11).

“Ter a primeira mulher eleita assumindo a Reitoria da UPE só demonstra que estamos vivendo novos tempos, e que as mulheres podem ter a sensibilidade necessária para trabalhar a humanização dos nossos serviços. O Governo do Pernambuco e a UPE serão parceiros na caminhada de um crescimento mais sustentável para o nosso Estado”, destacou Raquel Lyra.

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Em seu discurso, a nova reitora externou sua gratidão em vivenciar esse dia histórico.

“Divido este momento com todas as mulheres da comunidade acadêmica dessa universidade. Esta mais alta função administrativa da UPE traz uma grande responsabilidade e é uma honra poder assumi-la. Agradeço a toda comunidade que nos elegeu, depositando total confiança em nossa proposta de gestão”, reconheceu Maria do Socorro.

“Sinto-me honrado em também poder estar à frente dessa instituição que, ao longo do tempo, contribuiu com os grandes avanços da humanidade, proporcionando uma qualidade de vida cada vez melhor à sociedade”, enfatizou o vice-reitor José Roberto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira a jornalistas que, na organização da posse, a "única coisa" que não queria era que o ex-presidente Jair Bolsonaro passasse a ele a faixa presidencial. Bolsonaro estava fora do País no dia da posse de Lula, que foi marcada pela entrega da faixa por representantes da sociedade civil.

Para o novo presidente, Bolsonaro "tem problema de desequilíbrio mental" por não aceitar o resultado das eleições e contestar a urna eletrônica, apesar de ter sido eleito por décadas por meio do atual sistema.

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Mercado

Com fortes críticas aos agentes financeiros, Lula fez um relato sobre recente reunião com sua equipe econômica, citando nominalmente os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento). De acordo com o presidente, ele pediu que todos parem de usar a palavra "gasto" quando isso significar algum investimento em políticas públicas e obras.

No encontro com jornalistas em Brasília, Lula voltou a criticar o mercado financeiro pelas cobranças feitas sobre o governo. "Não falam que o governo não pode pagar tanto juro", declarou o presidente. "O mercado não tem coração, sensibilidade, humanismo. Não tem solidariedade. É só que venha a nós, ao vosso reino, nada. O governo tem obrigação de cuidar das pessoas necessitadas e ponto", acrescentou. "As pessoas vão ficar nervosas, mas nós vamos fazer com que esse povo deixe de ser miserável. Acabamos com a fome uma vez e vamos acabar de novo.

Lula voltou a defender uma política tributária que faça os ricos pagarem mais impostos. "Eu nunca vi a Febraban se unir para dizer que vai pegar parte do juro que recebe e dar para Padre Júlio Lancelotti", chegou a afirmar.

Ainda assim, Lula voltou a dizer que não é preciso ter preocupação com os governos do PT, pelo fato de ter feito superávit primário ao longo dos oito anos de sua gestão.

De acordo com Lula, os novos salários de conselheiros da Eletrobras após a privatização beiram R$ 300 mil por mês. O governo é responsável pelas indicações. "Isso não é jogar dinheiro fora? Como vamos explicar? Cadê a seriedade que nos cobram?", questionou.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, defendeu um "outro projeto de País" com maior acesso das políticas públicas e visibilidade da população negra . "Nos comprometemos aqui com a revogação dos atos que não reflitam a missão do Ministério da Igualdade Racial e com a promoção de políticas concretas.

"Trabalharemos nos próximos quatro anos para fortalecer a Lei de Cotas e ampliar a presença de jovens negros e pobres nas universidades públicas", disse Anielle, durante sua cerimônia de posse, realizada no Palácio do Planalto com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Entre as medidas, a ministra citou que buscará "aumentar a visibilidade" e a presença de servidores negros e negras em cargos de decisão da administração pública. "Relançaremos junto a ministérios parceiros o plano juventude negra viva, que promoverá ações que visem a redução da letalidade contra a juventude negra brasileira e a ampliação de oportunidades para jovens de nosso país. Avançaremos em uma articulação interministerial pelo fortalecimento da política nacional de saúde integral da população negra", afirmou.

A ministra garantiu ainda a retomada de programas que levem direitos para também as comunidades quilombolas e ciganas. "Incidindo para a regularização fundiária, a infraestrutura, a inclusão produtiva e o desenvolvimento local com direitos e cidadania para estes povos. Será, também, a partir da maior estruturação e fortalecimento do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial que iremos realizar ações que busquem a equidade racial em diálogo com todos os municípios, estados e órgãos da União", acrescentou, mencionando que são medidas para "recuperar o que foi destruído e fortalecer e ampliar o legado de várias gerações".

Anielle pediu também a colaboração dos outros ministérios para reconstruir "um novo Brasil" coletivamente. "O compromisso com a Igualdade Racial no Brasil não pode ser o compromisso apenas deste Ministério", defendeu.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quarta-feira, 11, projeto de lei que tipifica injúria racial como crime de racismo. A proposta, aprovada pelo Congresso, aumenta de 1 a 3 anos para 2 a 5 anos a pena de prisão pelo crime.

A sanção ocorreu durante cerimônia de posse da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e dos Indígenas, Sônia Guajajara. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

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  Diante de uma plateia lotada por índigenas, ministros, autoridades e políticos, a primeira ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, tomou posse nesta quarta-feira (11) no Palácio do Planalto. O presidente Lula (PT), a primeira-dama, Janja Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também prestigiaram a cerimônia cheia de simbolismo para a história do país.

Sob discurso, cantoria e dança do seu povo, Sônia rememorou a trajetória de sua ancestralidade, acentuando que foram "séculos de violências e violações". Ela celebrou a criação da pasta que vai liderar, fez críticas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e aos atos golpistas realizados por bolsonaristas no útlimo domingo (8). Neste sentido, ela disse que  é preciso "acabar com a normalização desse estado inscontitucional que se deu nos últimos anos" e complementou afirmando que se tratava de um "plano de genocídio dos povos indígenas".

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A nova ministra disse que atuará para combater com a "alta vulnerabilidade dos indígenas brasileiros", a "violação de mulheres e meninas" e o "alto índice de suícidio" entre os índigenas. Também falou em elaborar "políticas de educação para índigenas", inclusive falando em promover o acesso deles às Univerdidades. Sônia condenou e lamentou as mortes registradas nas aldeias "pelas balas fascistas", além de dizer que as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips (mortos em junho do ano passado).

No seu discurso, ela ressaltou a importância histórica e cultural dos índigenas. "O Brasil do futuro precisa dos povos indígenas. Tudo que tradicionalmente é chamado de Cultura entre os brasileiros e brasileiras para nós significa tudo o que somos é nosso modo de vida. Nossa comida, nossos rituais, nosso uso da terra, nossas práticas e costumes, tanto aqueles mais cotidianos quanto outros individualizados. Cultura também é sinônimo de luta. Lembremos também o que estava sendo empurrado para o esquecimento.

Com uma tradição de passificação, a ministra também fez um convite aos brasileiros a voltarem a se unir e assegurando seu compromisso com a agenda climática. "O Brasil é plural. O Brasil é alegria. O Brasil é colorido e solidário. É com esse espírito que assumo a missão de sensibilizar toda a sociedade brasileira, suas mentes e corações. Os desafios são tremendos e quero deixar o meu pedido ao conjunto de ministras e ministros, governadoras e governadores, prefeitas e prefeitos, que compreendam o sentido da área política as políticas indígenas e necessitam do apoio e do diálogo das diversas instituições. A criação do ministério dos povos indígenas sinaliza para o mundo o compromisso do povo brasileiro com a agenda da crise climática.

Ao final, ela anunciou os nomes dos integrantes do Ministério, que terá como seu secretário-executivo, o advogado Eloy Terena. Ela também anunciou que um pernambucano irá compor a pasta. Marcos Xucuru será o assessor especial do Ministério.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (10) que "Deus não fez anistia". "Deus não transigiu com princípios, Deus aplicou a lei. E Deus puniu, proporcionalmente, Adão, Eva e a serpente", disse durante a cerimônia de posse do novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.

"Nós não somos e não podemos ser adeptos do vale-tudo, não é a lei do mais forte. Os fins não justificam os meios por mais nobres que eventualmente eles sejam", destacou, sendo aplaudido pelos presentes na plateia.

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Dino afirmou, ainda, que "não interessa" para ele, no comando do Ministério da Justiça, "em quem as pessoas votaram, em quem elas votarão". "Respeito todos os gostos, por mais exóticos que eles sejam."

"Nós temos princípios processuais a seguir, todos nós temos princípios éticos a cumprir. Não permitiremos que sabores individuais, ideologias, preferências eleitorais, contaminem instituições brasileiras porque nós vimos a tragédia", afirmou o ministro.

Resposta aos golpistas

Na cerimônia, Flávio Dino voltou a negar que o governo federal falhou ao não prever os ataques golpistas ocorridos no Distrito Federal no último domingo (8). "Resposta brasileira contra o golpismo foi qualitativamente superior àquela que verificamos em outros partes do mundo", rebateu o titular da pasta em relação a críticas sobre uma suposta inabilidade da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de dimensionar a proporção dos atos terroristas.

Dino ainda enalteceu o trabalho da Polícia Federal na repressão aos golpistas. Disse ainda que Andrei Rodrigues e sua equipe terão dele "lealdade plena". "Nossa equipe está unida", destacou.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse, nesta quinta-feira (5), que o governo não vai descuidar dos gastos públicos. Durante cerimônia de transmissão de cargo no Palácio do Planalto, a senadora do MDB afirmou que o perfil da equipe econômica será "austero, mas conciliador".

"O cobertor é curto, não temos margem para desperdícios e erros. Caberá ao Orçamento enquadrar as propostas dentro das possibilidades orçamentárias. Teremos quatro anos para implementar as políticas que o Brasil precisa em educação, saúde, meio ambiente, segurança, moradia", declarou Tebet. "Não vamos descuidar do gasto público, seremos austeros, mas conciliadores", emendou.

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A senadora ressaltou que o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), responsável por parcerias e concessões ao setor privado por parte do governo, será elaborado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, mas que ela estará no conselho "ajudando e colaborando".

Costa, que esteve presente na solenidade, também citou o trabalho em conjunto no PPI. Na fase de montagem do ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Costa e Tebet disputaram para suas pastas o programa, que acabou ficando com a Casa Civil.

Trabalho em médio e longo prazo

A ministra do Planejamento e Orçamento afirmou que recebeu do presidente Lula a determinação de trabalhar muito e de pensar o planejamento do País em médio e longo prazo.

Segundo ela, o governo de Jair Bolsonaro foi marcado pelo negacionismo, pelo discurso de ódio e pelos ataques à democracia. Entretanto, Tebet afirmou que a posse de Lula marcou o reencontro do Brasil com a história e o presidente não descansará enquanto os brasileiros não estiverem devidamente alimentados.

"O último domingo foi, sem dúvida, um dos dias mais importantes da nossa história. Um dia tomado por um misto de profunda alegria e de alívio reconfortante, depois de quatro anos de negacionismo à vida, ataques à Constituição, discursos de ódio, mentiras deslavadas, divisão entre os brasileiros", afirmou Simone Tebet. "Quis Deus e o destino que eu participasse deste momento histórico. Como candidata à presidência da República por uma frente democrática de partidos, eu ali ganhei a consciência da importância do papel que necessitava desempenhar: era preciso reposicionar o centro democrático, no Brasil", completou.

O deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ) marca presença na posse de Simone Tebet (MDB) como ministra do Planejamento e Orçamento, que acontece na manhã desta quinta-feira (5) no Palácio do Planalto. De acordo com ele, sua presença é partidária e não significa adesão ao novo governo, embora o parlamentar tenha deixado aberta as portas para "diálogo".

"Momento é de diálogo, mesmo estando na oposição", declarou Otoni. "Minha presença aqui significa que eu faço política partidária", acrescentou.

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Ele compareceu às posses dos três ministros de seu partido, o MDB: de Tebet no Planejamento, de Renan Filho no Ministério dos Transportes e de Jader Filho no Ministério das Cidades.

O biólogo e ambientalista João Paulo Capobianco confirmou ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que será secretário executivo de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. "Estou junto com Marina, mas só é oficial quando sai no Diário Oficial da União", disse Capobianco.

Com a nomeação, Capobianco retorna ao posto que comandou de 2003 a 2008, também na gestão Marina Silva. No período, coordenou o Grupo de Trabalho Interministerial de Prevenção e Controle ao Desmatamento na Amazônia e foi vice-presidente do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

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Atualmente, Capobiano preside o Instituto Democracia e Sustentabilidade e é integrante da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Ele atua com as temáticas de conservação ambiental, gestão ambiental, desmatamento e diversidade biológica.

Assumindo pela segunda vez o Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva tomou posse na tarde desta quarta-feira (4), no Palácio do Planalto. Ela volta ao cargo sob aclamação na nova gestão de Lula (PT), após reatar as relações com o petista e sua ala durante a campanha eleitoral de 2022.

A cerimônia foi acompanhada por uma auditório lotado por novos ministros, políticos, autoridades ambientais, povos originários, religiosos e com direito a muitos aplausos em vários momentos do discurso e sob olhar do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e da primeira-dama, Janja. 

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Um dos discursos de posse entre os ministros do novo governo mais esperados pela comunidade nacional e internacional que cuida de questões do Meio Ambiente foi cheio de novidades, mudanças no Ministério, retorno da atuação do Conas e novas práticas em função da urgência da agenda climática mundial, que tem o Brasil como um dos principais atores e viveu um desmonte durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

"Entre as medidas tomadas está o acréscimo ao nome do ministério que agora se chama Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Climática, permanecendo a mesma sigla, MMA. Esse aumento nominal tem uma razão que não é retórica. A emergência climática se impõe e queremos destacar a devida prioridade daquele que é talvez o maior desafio global vivido presente cada vez menos capazes de lidar", destacou Marina. 

Entre as promessas feitas pela ministra para esta gestão e aceno aos países que auxiliam o Brasil com fundos para o Meio Ambiente e conseguir novos parceiros está a de o país voltar a ter protagonismo e exercer papel de "liderança" no seguimento. 

"O governo brasileiro que sempre foi protagonista nessa discussão e não se furtará a exercer esse papel de liderança nacional e internacional, por meio do Ministério do Meio Ambiente e de todos aqueles que agora também tem essa agenda internalizada em suas pastas, graças a nossa política de transversalidade assim será", garantiu. 

Em reforço as garantias de fortalecimento da política ambiental brasileira, Marina frisou: "Essa diretriz passa por recuperar, fortalecer e criar arcabouço institucional em prol de uma governança climática robusta e articulada. De forma a tratar o tema com a necessária transversalidade com a participação de todas as instâncias governamentais na esfera federal ou estadual e municipal e tem representações de toda sociedade brasileira produtiva, acadêmica, da sociedade civil e das nossas populações originárias". 

"O Brasil tem uma enorme desafio para honrar os compromissos assumidos no Acordo de Paris", complementou. Marina também pontuou a recriação da secretaria Nacional de Mudança Climática e a criação da Autoridade Nacional em Segurança Climática, que segundo ela será formalizada em março e de um conselho sobre mudança do clima a ser comandado pelo próprio Presidente da República, Lula. Ela também disse que Lula pediu que desse atenção especial ao movimento de catadores.

A ministra fez questão de frisar saber dos desafios que tem pela frente no comando da pasta e convocou os outros países para auxiliar o Brasil quer seja com verba ou cooperação tecnológica. "Não vamos conseguir a reindustrialização da noite para o dia. Não é mágica. Mas vamos colocar os pilares no trabalho com os outros ministérios, unidos, todos nós. Vamos precisar de parceria, de parceria no nosso continente, de parceria na Ásia, nos Estados Unidos, na África. Alguns para nos ajudar com acordo de cooperação tecnológica, com recursos financeiros, como já faz a Alemanha, a Noruega, no Fundo da Amazônia. Mas também uma grande quantidade nos parceiros que nos ajudem". 

Ao finalizar o longo discurso, Marina disse que atuará para que o país deixe de ser o "pior cartão de visita na questão ambiental e passe a ser o melhor cartão de visita".

A nova ministra do Esporte, Ana Moser, disse hoje (4), em Brasília, durante a cerimônia de transmissão do cargo, que atividades físicas e esportivas têm relação direta com diversas outras áreas que são foco das políticas sociais tanto da esfera federal como estadual e municipal. É o caso, por exemplo, das áreas de saúde, educação e assistência social.

Tendo por base essa premissa, a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra do Esporte disse que pretende usar redes de desenvolvimento esportivo que, distribuídas pelo país, poderão se tornar “ambientes organizados onde outras políticas sociais encontrarão caminho para interagir com as populações locais”.

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Segundo ela, as primeiras agendas a serem tocadas levam em conta um dos grandes desafios da educação, que é a escola integral.

“O esporte tem muito a contribuir para isso, assim como na área da saúde, porque não existe saúde sem atividade física. A janela de oportunidade é única porque há um direcionamento e um grande entendimento do presidente Lula com relação ao tema”, afirmou a ex-jogadora de vôlei.

A ministra defendeu, também, a aproximação das educações física e artística, algo que costuma apresentar ótimos resultados, a exemplo do que foi observado no Instituto Esporte & Educação (IEE), entidade do terceiro setor fundada e presidida por ela.

“O impacto do esporte e da arte juntos é total, em amplo espectro para a formação de crianças e jovens”, assegurou ela ao ressaltar que “somente o poder público tem condição de dar escala” a iniciativas como essa.

Ana Moser lembrou que vigoram no país duas legislações muito importantes com relação ao assunto: a Lei Geral do Esporte, que estabelece um sistema nacional e o Plano Nacional do Esporte.

“Vamos dar foco grande na conversa com o Poder Legislativo e com outros setores para que essas legislações avancem e possam dar a base para avançarmos nossos índices de participante e termos mais gente praticando esporte”, afirmou ao classificar como “grande desafio” o de dar escala e estrutura para que a população tenha acesso a atividades físicas e esportivas.

A ministra avaliou que, para que surjam mais vagas para a população ter regularidade nessas atividades, é necessária a ajuda de estados e municípios. “Após desenharmos um Sistema Nacional de Esporte, precisaremos construir o espelhamento dessa estrutura nos níveis estadual e municipal”, destacou ao explicar que o Plano Nacional também precisará desse tipo de “espelhamento”.

Ana Moser acrescentou que as metas para esse atendimento estão no Plano Nacional de Esporte, que terá de ser gradualmente ampliado a cada período, “até chegar a 100% da população, o que certamente não será feito no período de quatro anos porque estamos muito defasados”, explicou.

Em seu pronunciamento, ela acrescentou: “nossa proposta é conquistar aos poucos todo o território nacional e organizar redes de desenvolvimento local de esporte a serem distribuídas por todas regiões do país. A ideia é organizar essas redes nacionais a partir de centros de rede similares a alguns centros de administração esportiva já construídos”.

Para atingir esse objetivo, será necessário, segundo disse, articular instituições e projetos que estejam alinhados com princípios como incentivo a práticas de atividades físicas na população, fomentar ações, programas e projetos que atuem nas regiões, sejam eles públicos ou privados, e, por fim, qualificar e fortalecer a atuação desses atores públicos e privados.

“Essas redes regionais têm potencial para se tornar ambientes organizados onde outras políticas sociais encontrarão caminho para interagir com as populações locais. Esporte é participação e integração. Todas as políticas atendem a uma mesma população. É necessário que haja pontes de integração entre as políticas que queremos mostrar para o povo brasileiro. E o esporte tem potencial para exercer esse papel. Essa é a nossa proposta”, argumentou.

Ainda segundo Ana Moser, o esporte tem capacidade de cuidar dos espaços públicos, das comunidades e das pessoas, “incluindo mulheres, negros, gays, ricos, pobres, deficientes, autistas, pessoas que moram em cidades grandes ou pequenas, indígenas; e todas as pessoas porque todos são todos e cada um”, completou.

O desafio de estabelecer essa cultura de atividades físicas e esportivas não será fácil numa nação que, conforme observado pela ministra, “é um dos países mais sedentários do mundo", com apenas 30% de sua população praticando alguma atividade física.

“Esses índices pioraram com a pandemia da covid-19 de maneira muito desigual. Alguns poucos, como eu, tiveram mais tempo para praticar atividade física, mas outras [pessoas] não tiveram essa condição de enfrentar tão bem, o que aumentou a inatividade física”, finalizou.

A ex-jogadora de vôlei Ana Moser tomou posse, nesta quarta-feira, como ministra do Esporte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em solenidade na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a ex-atleta de 54 anos afirmou que a principal missão da pasta será diminuir a desigualdade no acesso à prática esportiva no País, invertendo o foco do setor no esporte de alto rendimento nos últimos anos e garantindo o direito constitucional.

O Ministério do Esporte foi rebaixado no governo de Jair Bolsonaro (PL), sendo incorporado ao da Cidadania. Durante a campanha, Lula assumiu o compromisso de recriar a pasta. Segundo Ana Moser, ela foi procurada pelo petista para fazer uma "revolução" na área, atrelando o esporte à educação, saúde e assistência social, para que mais pessoas se beneficiem da prática esportiva em todos os sentidos possíveis. O desenvolvimento do esporte amador também está em pauta.

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"Quando conversamos houve muito entendimento. É uma pessoa que entende na pele o que é o esporte", disse Ana, recordando a experiência de Lula como jogador na várzea de São Paulo. "Esse sempre foi um desafio: como sensibilizar as lideranças para entender o potencial do esporte. É preciso desenvolver a cultura da prática motora nas famílias e nos bairros."

Primeira mulher na história a assumir o ministério, Ana Moser afirmou que o seu grande desafio à frente do Ministério do Esporte será a implantação de uma estrutura no País para atender o máximo de cidadãos. Segundo ela, as metas da pasta serão negociadas no Plano Nacional do Esporte (PNEsporte), mas não serão alcançadas durante o seu mandato de quatro anos porque a defasagem no acesso ao esporte no Brasil é "muito grande".

"Precisamos estabelecer metas factíveis, conquistando aos poucos o território nacional, estabelecendo essa estrutura por centros de redes, articulando com instituições e projetos que estejam alinhadas com o incentivo da prática do esporte", disse a ministra. "Temos essa cultura (do Esporte) no País, mas, dependemos da sorte para ter acesso. Não temos noção do total da população que pratica esporte. Será necessário construir uma união com outras pastas, como Saúde e Educação."

O Ministério do Esporte sofreu com seguidas perdas no orçamento ao longo dos últimos anos. O Bolsa Atleta, programa carro-chefe do ministério criado durante a primeira gestão de Lula, não tem reajuste desde 2015 e não teve edital lançado pela União em 2020. Ana Moser afirmou que irá manter diálogo aberto com órgãos e atletas por meio da Secretaria de Esporte e Rendimento, chefiada pela ex-jogadora de basquete Marta Sobral. A ministra disse ainda que, no futebol, irá abrir diálogo com as torcidas organizadas, citando a função social destes grupos.

Ao final da cerimônia, Ana Moser fez uma menção à Pelé, falecido no último dia 29 de dezembro, aos 82 anos. Ela fez um apelo para que o nome do Rei do Futebol batize escolas espalhadas pelo Brasil. "Assim, os alunos dessas escolas vão conhecer a história do Pelé e a história do Esporte". Também foram lembrados a ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado, que faz parte do Grupo Técnico de Esporte do grupo de transição do governo Lula e faleceu em novembro, e Sócrates, ídolo do Corinthians.

Ana Moser é fundadora do Instituto Esporte e Educação (IEE), ONG criada em 2001 com objetivo de atender crianças e adolescentes com uma metodologia de esporte educacional, além de formar professores e estagiários. O órgão nasceu do projeto Ana Moser Sports, que visava a formação de atletas baseado no ensino de vôlei em escolas públicas e privadas.

O advogado Vinicius Marques de Carvalho assumiu, nessa terça-feira (3), o comando da Controladoria-Geral da União (CGU) prometendo que a Lei de Acesso à Informação (LAI) voltará a ser respeitada pelo governo federal. Marques montou um grupo técnico para reavaliar os sigilos impostos durante do governo Bolsonaro, como pediu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A gestão Bolsonaro reduziu a transparência e impediu o acesso a dados públicos, impondo segredo em documentos solicitados por cidadãos por meio da LAI sem justificativa legal. "(É preciso) Resgatar a confiança da população de que a regra é a transparência e o sigilo é exceção", disse.

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Carvalho elogiou os trabalhos dos ex-ministros da CGU Waldir Pires, Jorge Hage e Valdir Simão. O ministro não mencionou seu antecessor, Wagner Rosario, e criticou o governo Bolsonaro. Carvalho afirmou que houve um uso indiscriminado e indevido do sigilo para supostamente proteger dados pessoais ou sob o falso pretexto de proteção da segurança nacional e da segurança do presidente República.

Marques disse que o combate à corrupção precisa ser "ressignificado" para não servir à perseguição. "Temos que fortalecer e ressignificar o combate à corrupção para que não seja usado para fins políticos e para criminalizar opositores ou para legitimar julgamento de exceção", declarou o novo ministro.

A CGU atua nas apurações de irregularidades e em acordos de leniência com empresas investigadas, incluindo as envolvidas na Operação Lava Jato.

Ao tomar posse nessa terça (3), como ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, o jurista Silvio Almeida se comprometeu a reativar a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos e criar a Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade. O ex-deputado Nilmário Miranda (PT-MG) foi escolhido para chefiar essas iniciativas.

"A gestão que se encerra tentou extinguir, sem sucesso, a Comissão de Mortos e Desaparecidos. Não conseguiu", afirmou Almeida. O ministro disse ainda que recebe um ministério "arrasado". "Conselhos de participação foram reduzidos ou encerrados, vozes da sociedade foram caladas, políticas foram descontinuadas e o orçamento voltado para os direitos humanos foi drasticamente reduzido." O orçamento da pasta para este ano é de R$ 789,5 milhões.

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Almeida prometeu revogar atos assinados pela ex-ministra da pasta e senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves. Entre os atos a serem anulados, estão o que reduziu o número de cargos do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.

A troca de gentilezas e afagos vista na cerimônia de posse do novo ministro dos Transportes, Renan Filho, chegou a incluir a possibilidade de Marcelo Sampaio, ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, vir a fazer parte do governo Lula.

Em discurso, Renan Filho lembrou que Sampaio é um servidor de carreira do ministério. "Você, Marcelo, é a representação do bom servidor", disse Renan Filho. "Tenha certeza, Marcelo, que eu tocarei a agenda do ministério com lealdade integral ao seu trabalho e, quando qualquer linha for cruzada, pode me acionar, está certo? E depois que você se cansar da iniciativa privada, e eu sei que será logo, porque o serviço público é apaixonante, esse ministério estará de portas abertas para a sua volta. Então, obrigado."

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Sampaio, que é genro do general Luiz Eduardo Ramos (ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro), não deixou por menos e, no palco da cerimônia, aplaudiu Renan Filho pelas palavras, acompanhando a plateia que acompanhou a cerimônia.

Entre os presentes, estavam o ex-presidente José Sarney, o senador Jaques Wagner (PT-BA), o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet.

O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou nesta terça-feira, 3, que sua equipe irá trabalhar para retomar imediatamente o programa Minha Casa Minha Vida. Segundo ele, o desmonte do programa habitacional no governo de Jair Bolsonaro, que foi substituído pelo Casa Verde e Amarela, foi absolutamente "desastroso".

"Precisamos reconstruir quase tudo nessa pasta, a começar pelo Minha Casa Minha Vida, um programa tão importante, mas que, infelizmente, havia sido descontinuado", disse em evento de posse do cargo.

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Em seu discurso, o primeiro no cargo, o ministro fez um aceno a Estados, municípios e Congresso Nacional ao afirmar que é necessário refazer o pacto federativo, com base no diálogo com governadores, prefeitos e parlamentares. Os investimentos e recursos serão destinados de acordo com a necessidade de cada região. "O que é preciso fazer no Nordeste é diferente do que se precisa fazer na Amazônia, no Rio Grande do Sul", exemplificou.

Jader citou ainda que a pasta está trabalhando em um inventário sobre as obras no País. Ele afirmou que as paradas precisam ser retomadas o mais rápido possível e que é necessário dar continuidade ao que já está em curso.

"Eu e minha equipe precisamos reconstruir um dos ministérios mais importantes da Esplanada, um ministério que alcança o dia a dia das pessoas, onde elas moram", disse, afirmando que tem o desafio de ter um governo participativo, que esteja aberto a movimentos sociais. Ele anunciou que a pasta passará a contar com uma Secretaria Nacional de Política para Territórios Periféricos.

'Não vamos limitar investimento privado no saneamento'

Jader Filho afirmou que o governo não irá limitar o investimento privado no saneamento, mas sim incentivá-lo. A declaração foi dada após o ministro citar a aprovação do Marco Legal do Saneamento em 2020 pelo Congresso, durante discurso de cerimônia de posse como ministro da pasta que cuida de saneamento, habitação e mobilidade.

Ele ponderou, contudo, que o poder público irá agir em áreas que não despertam interesse da iniciativa privada para ofertar os serviços de água e esgoto. "Não vamos limitar investimento privado no saneamento, vamos incentivar. Mas sabemos que em muitas áreas do País não há interesse da iniciativa privada, então nessas áreas o poder público precisa agir, nós vamos agir", disse Jader Filho. Ele não mencionou detalhes sobre o novo marco legal do saneamento, como a questão que causou confusão no setor nesse início de governo, referente ao papel da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) na edição de normas de referência para o setor.

No discurso, Jader Filho ainda citou a necessidade de aprimoramento da mobilidade urbana e de atualização da frota. "Desafio pela frente é gigantesco, mas isso nos mais forças, trabalharemos de forma incansável", disse. A posse do ministro foi repleta da presença de autoridades e parlamentares. O ex-presidente José Sarney (MDB) também compareceu. Além de Jader Filho, discursou na solenidade o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que é irmão do novo ministro de Cidades.

Ao final do seu discurso de posse nesta terça-feira (3), Silvio Almeida, novo ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, enumerou alguns dos compromissos que pretende cumprir nas primeiras semanas de sua gestão. "Estamos criando uma assessoria especial de empresas e direitos humanos", anunciou o ministro empossado.

A nova diretriz foi justificada por Almeida pelo "amplo leque de violação aos direitos humanos" que ocorreria no setor. "Precisamos dialogar com os que conduzem a economia brasileira."

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O compromisso foi firmado em meio a acenos para o diálogo com diversos setores da sociedade. Almeida se comprometeu a, junto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "editar novos atos legislativos de espaços participativos" e reforçou que "os direitos humanos não podem ser apenas uma barreira sanitária".

Outro compromisso firmado pelo novo ministro é o de proteger os defensores de direitos humanos, por meio da criação de um novo programa com essa finalidade específica. "Daremos especial atenção aos defensores ambientalistas, que são os que mais morrem", afirmou o novo ministro, relembrando os casos de Dorothy Stang, Bruno Pereira e Dom Phillips - os dois últimos, assassinados em 2022.

A medida foi anunciada como uma forma de cumprir recomendações de órgãos internacionais e tratados ratificados pelo Brasil. Contudo, o novo ministro também acenou para a importância de "uma linguagem de direitos humanos que não fale apenas a linguagem dos órgãos internacionais".

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou, nesta terça-feira (3), que o novo governo assume o País com um significativo déficit na infraestrutura de transporte e que será necessário, no curto prazo, um esforço "tremendo" para recuperação da malha rodoviária e retomar obras paralisadas por falta de recurso. "Estamos assumindo um país com significativo déficit de infraestrutura de transporte. Ao mesmo tempo que construiremos, estaremos consertando algo sempre", disse, ao assumir o cargo, citando que houve uma grande depreciação da infraestrutura rodoviária e ferroviária nos últimos quatro anos.

E acrescentou: "No curto prazo, este ministério terá que fazer um esforço tremendo de recuperação da malha rodoviária. Precisará retomar todas as obras paradas por falta de recursos. Será necessário se debruçar sobre contratos de estradas concedidas e ampliar a participação da iniciativa privada."

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Segundo o ministro, as estradas brasileiras estão sobrecarregadas e os investimentos são insuficientes. Ele citou que nos últimos anos a pasta teve o menor nível de recursos disponível.

"A recuperação de toda a malha rodoviária demanda algo em torno de R$ 100 bilhões em investimentos", disse Renan Filho.

Ele citou que a situação atual também causa prejuízos e perdas. "Gera desperdício de mais de R$ 4 bilhões anualmente só em consumo excessivo de diesel."

Apoio do setor privado em programa de concessões

O ministro dos Transportes sinalizou que o novo governo conta com o setor privado para dar o impulso necessário ao programa de concessões. No seu primeiro discurso no comando da pasta, ele afirmou que buscará ampliar a participação de ferrovias na matriz e falou na duplicação de rodovias e construção de terceiras faixas, para aumentar a segurança nas vias.

"Investiremos com critério onde precisa ser investido e contaremos com o setor privado para dar o impulso necessário ao programa de concessões. Vamos modernizar a logística nacional, reduzindo custos e contribuindo para o setor produtivo.", disse Renan Filho, citando que os Estados com malha mais depreciada terão mais atenção.

O ministro afirmou que manterá diálogo aberto com o Congresso Nacional, com órgãos de controle, Judiciário e sociedade civil para "garantir uma gestão pautada pela integridade, eficiência, transparência e tecnicidade". "O Ministério dos Transportes se guiará pelas melhores práticas de Governança, pela preocupação com o aspecto social e pelo respeito ao meio ambiente."

Capacidade de investimento, com sustentabilidade fiscal

Renan Filho destacou também que o Brasil precisa encontrar capacidade de investimento, mas garantindo sustentabilidade fiscal. Ele disse que o que o País enfrenta atualmente é semelhante ao que viveu em Alagoas, Estado que governou por oito anos.

O ministro afirmou que, enquanto o Brasil tem 60% das estradas com problemas graves, Alagoas tem quase 70% de estradas boas ou ótimas.

Para isso, ele afirmou que foi necessário um ajuste fiscal, que começou pela renegociação da dívida do Estado, o que permitiu a retomada da capacidade de investimentos em áreas prioritárias.

"Foi necessário um profundo ajuste fiscal para recuperação da capacidade de investimento do Estado", disse. "O dilema do Brasil é semelhante, encontrar capacidade de investimento garantindo sustentabilidade fiscal", acrescentou Renan Filho, citando confiança no trabalho da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

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