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Na manhã desta segunda-feira (15), o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM) promulgou a lei que regulamenta o auxílio emergencial. O Projeto de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial 186/19 foi aprovado na Câmara dos Deputados, ainda na madrugada da sexta (12).

Com a medida, o texto passa a ser a Emenda Constitucional 109/21 e destrava o reinício dos pagamentos do auxílio emergencial, com R$ 44 bilhões fora do teto de gastos.

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A decisão também estipula mais rigidez em propostas de contenção fiscal, controle de despesas e redução de incentivos tributários.

A deputada federal Tabata Amaral (PDT) recebeu inúmeras por seu voto a favo da Reforma da Previdência e nesta semana, as críticas se voltaram ao seu voto pela PEC Emergencial. Nessa sexta-feira (12) ela confirmou nas suas redes sociais o voto e seus seguidores não perdoaram.

Tabata é cientista política e ativista pela educação brasileira, sendo cofundadora do Movimento Mapa Educação, movimento político nacional e suprapartidário que busca a renovação do Congresso. Em 2018, foi a sexta deputada mais votada do estado de São Paulo. Em seu Twitter ela disse: “A PEC emergencial tem sim muitos problemas, contra os quais eu lutei, mas não é verdade que ela congela o salário dos servidores públicos por 15 anos e qualquer afirmação nessa direção é mentirosa”.

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Nas redes sociais, logo subiram #TabataAmaral e choveu críticas a deputada:

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O plenário da Câmara dos Deputados concluiu, no início da madrugada desta quinta-feira (11), a votação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição 186/19, chamada de PEC Emergencial, que permite ao governo federal pagar um auxílio emergencial este ano com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos.

A PEC determina também maior rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.

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Ao fim da sessão, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), convocou sessão extraordinária para as 10h de hoje a fim de votar a proposta em segundo turno.

Texto base

Na madrugada dessa quarta-feira (10) por 341 votos a favor, 121 votos contrários e 10 abstenções, o texto-base da PEC Emergencial já havia sido aprovado, restando analisar e votar dez destaques apresentados ao texto.

*Com informações da Agência Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (10) em primeiro turno, o texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) que recria o auxílio emergencial a vulneráveis e institui mecanismos de ajuste nas despesas, como congelamento de salários de servidores, quando há elevado comprometimento das finanças de União, Estados e municípios. O sinal verde veio depois de o próprio presidente Jair Bolsonaro ter endossado, a contragosto do Ministério da Economia, uma tentativa de fatiar a PEC para deixar de fora parte das medidas duras. A investida acabou não vingando.

A estratégia de Bolsonaro naufragou após a equipe econômica e o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), terem entrado em campo para desarmar o movimento das forças de segurança, apoiadas pela bancada da bala. Os policiais queriam emplacar um dispositivo que os livrasse do alcance das medidas de congelamento de salários e progressões na carreira, mas foram barrados.

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Com isso, o relator na Câmara, Daniel Freitas (PSC-SC), manteve a proposta já aprovada no Senado, com auxílio e mecanismos de contenção de despesas. O texto-base teve 341 votos a favor e 121 contra na Câmara - o governo precisava do apoio de 308 deputados para a aprovação. As discussões começaram na manhã da terça-feira, 9, e, com o movimento de obstrução da oposição, o texto somente foi aprovado à 1h30 desta quarta. Na manhã desta quarta, os deputados vão apreciar os destaques (propostas de mudanças no texto) e, depois disso, devem realizar o segundo turno de votação.

Na segunda-feira (8), Bolsonaro chegou a dizer que três dispositivos poderiam ser retirados do texto e dar origem a uma PEC paralela. "Falei com o relator, que ele é o soberano, que ele poderia correr o risco de não aprovar se não mexesse em três artigos. Eram cinco, passamos para três buscando a negociação", afirmou o presidente na ocasião. Embora não tenha dado detalhes, a declaração era um aceno aos policiais. O coordenador da bancada da bala, deputado Capitão Augusto (PL-SP), chegou a celebrar a sinalização. "Se não viesse a ordem de lá, não sei como seria. Agora, não sei como ele vai fazer", disse.

Nesta terça-feira (9), a equipe econômica entrou em campo para tentar reverter a articulação. Com os índices do mercado financeiro em deterioração (com disparada do dólar e dos juros, além de queda na Bolsa de Valores), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou de reunião com lideranças na residência oficial de Lira para discutir o tema. Após uma tramitação marcada por sobressaltos e tentativas de drible na equipe econômica, Campos Neto alertou para os riscos de uma flexibilização ainda maior nas contrapartidas fiscais da PEC, consideradas essenciais pela equipe econômica para demonstrar compromisso do País com o equilíbrio das contas e evitar a disparada da inflação e dos juros.

Após a advertência feita pelo presidente do BC, Lira e o relator da PEC foram até o Palácio do Planalto. Segundo apurou o Broadcast Político, o presidente da Câmara pediu a Bolsonaro que abortasse a operação para desidratar a PEC. Lira ainda orientou parlamentares do Centrão a votarem a favor do texto do relator e contra eventuais alterações propostas em plenário.

O desfecho despertou a ira dos policiais, que acusaram o governo de "traição" e de tratá-los com "desprezo" depois de esses grupos terem servido de base de sustentação inclusive durante a campanha de Bolsonaro em 2018. A União dos Policiais do Brasil (UPB), formada por 24 entidades da classe, prometeu manifestações e paralisações no País. "Os policiais estão extremamente irritados com a forma como estão ocorrendo as reformas", disse o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva. "(Bolsonaro) Usou a bandeira dos policiais na eleição, mas nas reformas eles não estão sendo levados em conta."

Ajustes. O texto da PEC autoriza o governo a conceder uma nova rodada do auxílio emergencial, limitada a R$ 44 bilhões, e cria dois novos marcos fiscais: a emergência fiscal, quando a despesa elevada pressiona as finanças de União, Estados e municípios, e a calamidade nacional, quando há situações como a pandemia de covid-19. Em ambas, são acionados gatilhos para contenção de gastos com salários de servidores, criação de cargos e subsídios. Apenas no caso de Estados e municípios é que as medidas duras são opcionais.

A emergência fiscal ocorre quando as despesas correntes de Estados e municípios superam 95% de suas receitas correntes. No caso da União, a proporção da despesa obrigatória precisa ser superior a 95% do gasto total.

Os gatilhos do governo federal só devem ser acionados entre 2024 e 2025, segundo previsão do Tesouro Nacional. Isso coloca o ajuste em um cenário ainda longínquo para o governo Bolsonaro, o que despertou críticas entre economistas que consideram urgente um corte mais agressivo nas despesas.

Na forma atual da PEC, o governo poderia, por exemplo, conceder reajustes salariais em 2022, ano de eleição. Mesmo assim, a equipe econômica considera os gatilhos importantes para o ajuste.

Já em futuros casos de calamidade nacional como o da pandemia de covid-19, haverá de um lado autorização para gastar, mas, de outro, responsabilidade de puxar o freio naquilo que não for considerado essencial. A calamidade precisa ser decretada pelo Congresso Nacional, e nada impede que haja uma iniciativa deste tipo ainda este ano, após a aprovação da PEC. Integrantes da equipe econômica, porém, não veem essa necessidade, diante do fato de que o auxílio já terá sido destravado.

Na calamidade prevista na PEC, o Executivo pode aumentar gastos por meio de um processo simplificado, sem precisar se preocupar com a maioria das limitações fiscais, e pode conceder benefícios como repasse a Estados e municípios e socorro a empresas. Como compensação, terá de acionar automaticamente os gatilhos e congelar salários e novas despesas obrigatórias durante a calamidade.

O texto ainda obriga o Executivo a apresentar, em até seis meses, um plano para rever benefícios tributários, acompanhado das respectivas propostas legislativas. O corte inicial precisa ser de ao menos 10%, e as demais reduções devem ser suficientes para que os subsídios não ultrapassem 2% do PIB daqui a oito anos. Hoje, eles são 4,2% do PIB. Incentivos como Simples Nacional, Zona Franca de Manaus e produtos da cesta básica, porém, estão fora do alcance dessa redução.

A Câmara dos Deputados encerrou a fase de discussão sobre a admissibilidade da PEC Emergencial (PEC 186/19), com parecer favorável do deputado Daniel Freitas (PSL-SC) em nome da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Os deputados precisam votar o parecer para concluir essa fase.

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A PEC permite ao governo federal pagar um auxílio emergencial em 2021 com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos e impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.

A proposta foi aprovada pelo Senado na semana passada e agora precisa passar pela Câmara em dois turnos de votação.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O relator da PEC Emergencial (Proposta de Emenda à Constituição 186/19), deputado Daniel Freitas (PSL-SC), afirmou que deve manter em seu parecer o texto aprovado pelo Senado, que permite ao governo federal pagar uma nova rodada de auxílio emergencial em razão da Covid-19.

O valor total a ser pago é de até R$ 44 bilhões e por fora da regra do teto de gastos da União. A duração do novo auxílio, a abrangência e o valor individual serão definidos pelo Poder Executivo. O governo cogita um benefício médio de R$ 250 ao longo de quatro meses e destinado a cerca de 44 milhões de pessoas em todo o País.

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O texto também impõe para a União mais rigidez para a aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários. No caso dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, por causa da autonomia federativa, medidas semelhantes serão facultativas.

Segundo Freitas, o Plenário é soberano para fazer eventuais mudanças no texto.

“Devemos olhar para o País e não para as corporações. Precisamos cuidar do Brasil e garantir previsibilidade fiscal e segurança”, disse.

O relator afirmou que é responsabilidade do Congresso Nacional a votação célere do auxílio emergencial. “Esperamos que consigamos votar a admissibilidade da PEC hoje e os dois turnos amanhã”, afirmou o deputado.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

 

 

 

Contra a aprovação da PEC emergencial no Senado, auditores da Receita Federal podem entrar em greve a partir desta terça-feira (9). O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) indicou um "apagão" de dois dias por compreender que a medida vai reduzir a estrutura física e precarizar o serviço do órgão nos estados.

Caso aprovado sem alterações na Câmara dos Deputados, a PEC 186 fecha delegacias e agências em todo o país, ressalta a categoria, que acrescenta a precarização do atendimento, da fiscalização, da corrupção, do controle de comércio exterior, do combate aos crimes de sonegação, da lavagem de dinheiro e tráfico como resultado da proposta.

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O presidente do Sindifisco, Kleber Cabral, apontou que a retirada de recursos ameaça tanto a Receita Federal, quanto os Fiscos estaduais e municipais, o que indica uma posição contrária ao discurso de equilíbrio fiscal sugerido pela própria PEC 186, aprovada pelos senadores na quarta (4).

O ato também seria uma forma de pressionar a diretoria da Receita Federal a se posicionar e conferir seu comprometimento com a saúde da entidade. A paralisação afeta o atendimento do órgão em meio à entrega do Imposto de Renda, e o controle alfandegário em aeroportos e portos. No entanto, serviços aduaneiros relacionados às cargas vivas, perecíveis, medicamentos, insumos e equipamentos voltados à pandemia não devem sofrer com a greve.

Após primeira aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial no Senado, na noite dessa quarta-feira (3), o presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Humberto Costa (PT), acusa o Governo Bolsonaro de usar a renovação do auxílio emergencial para chantagear parlamentares em outras aprovações. O texto-base foi aprovado por 62 votos favoráveis contra 16 contrários.

Antes de enviá-lo para a segunda aprovação na Câmara dos Deputados, o Senado ainda pode analisar eventuais alterações referentes ao corte de despesas do Bolsa Família e na possível desfiguração do teto de gastos.

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Segundo Humberto, o Planalto exigiu aprovação da medida integral, o que resulta em um amplo arrocho fiscal, pune servidores públicos e acaba com fundos setoriais destinados à população, ao invés de separar a pauta do auxílio para votação.

A bancada do PT apresentou voto limitado ao fim do teto de gasto e à criação do auxílio no valor de R$ 600. A votação 'fatiada' foi sugerida pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que solicitou que os itens além do auxílio emergencial fossem discutidos posteriormente.

"Os preços dos combustíveis estão explodindo, do gás de cozinha, dos alimentos. Atingimos nesta quarta um recorde em número de mortes pela Covid. Por isso, o PT defendeu e defende R$ 600 por seis meses. Perdemos essa batalha no Senado, mas ainda temos uma luta a travar na Câmara", afirmou o petista

Com a proposta do Governo aprovada em primeiro turno, cerca de 40 milhões de beneficiários serão excluídos do novo auxílio, que reservou R$ 44 bilhões para quatro parcelas. De acordo com o senador, o Planalto tem falado em limitar a capacidade do programa para 30 milhões, o que fixaria os repasses em R$ 367 mensais.

"Nada do que esse governo propôs deu certo. Nada. Já aprovou Reforma da Previdência, aprofundou a Reforma Trabalhista, deu independência ao Banco Central, privatizou empresas e, rigorosamente, nada melhorou no país e na vida das pessoas. Ao contrário, o PIB teve o pior tombo da história e a pobreza se alastrou enormemente", concluiu o presidente da CDH.

Parlamentares do PT e representantes das centrais sindicais foram recebidos nesta quarta-feira (24) pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Eles pediram o adiamento da votação da PEC Emergencial (PEC 186/2019), agendada para a sessão de quinta-feira (25).

Na opinião do grupo, os debates devem se concentrar em temas como a retomada do auxílio emergencial e a ampliação do acesso às vacinas pela população, sem vinculá-los à aprovação da PEC, cujo relatório sugere, entre outros pontos, acabar com o piso para o investimento orçamentário em saúde e educação.

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Segundo o senador Paulo Rocha (PT-PA), Pacheco sinalizou que a votação da proposta talvez possa não se encerrar em um único dia, aumentando o prazo para aprofundar a discussão.

— O que estamos entendendo, pela sinalização do presidente, é que podemos transformar, amanhã [25], numa discussão inicial e que depois chegue à conclusão, e que tenha a viabilidade de se discutir auxílio emergencial e vacina — afirmou, em entrevista após a reunião.

Numa coletiva concedida na noite de terça-feira (23), o presidente do Senado destacou que a votação pode ser adiada, se houver acordo de lideranças partidárias.

— Não haverá prejuízos se eventualmente precisar passar para a terça-feira [2 de março]. Embora a gente tenha lutado muito para poder viabilizar o auxílio emergencial o mais rapidamente possível no Brasil, nós não podemos ir além da conta em relação à sensibilidade do Plenário — disse.

Na avaliação da bancada petista e das entidades sindicais que participaram do encontro, o governo está pautando uma série de projetos sem priorizar a maior reivindicação da sociedade brasileira, que é o enfrentamento da crise econômica aliada à crise da pandemia, de saúde. Para Paulo Rocha, a questão emergencial é social, e não uma emergência fiscal, o que a PEC 186 pretende modificar.

— A grande reivindicação é que a PEC Emergencial não é a emergência que a sociedade quer, nós queremos que a pauta de amanhã [na sessão plenária] seja voltada para dar resposta à questão do auxílio emergencial e à questão da vacina, que é a urgência para salvar vidas — disse.

O deputado Rogerio Correia (PT-MG), que também participou do encontro, se disse confiante de que não haja uma definição sobre a PEC já na quinta-feira, dando a oportunidade de a sociedade civil aprofundar o debate.

— Saímos otimistas e pedindo à sociedade que continue se mobilizando a favor da vacina para todos, para o pessoal da educação, pois não se pode voltar às aulas sem que haja vacinação, e sobre a questão do auxílio emergencial, para que ele seja aprovado urgentemente e que se desvincule o debate da aprovação do auxílio da PEC Emergencial.

O encontro contou com a participação de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral de Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Fonte: Agência Senado

 

 

O Fórum dos Governadores da região Nordeste do país se posicionou de forma contrária a o ponto da PEC emergencial 186, de 2019 que extingue um piso das receitas dos estados repassadas para as áreas de saúde e educação. O projeto será votado no Senado, nesta quinta-feira (25). 

O movimento é liderado pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, do PT. A nota, assinada por todos os nove governadores da região nordeste, destaca o momento de pandemia em que vivemos e considera que a extinção do piso para saúde e educação é um 'processo desconstituinte dos direitos sociais'. 

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“No momento em que vivenciamos um agravamento da crise sanitária, em que milhares de famílias brasileiras choram a perda de entes queridos, em que milhões de brasileiras e brasileiros desempregados e desamparados clamam pelo auxílio do Estado brasileiro, consideramos que não cabe ao Parlamento protagonizar um processo desconstituinte dos direitos sociais, sob o pretexto de viabilizar o retorno do auxílio emergencial”, diz parte da nota.

O documento ainda aponta que o foco no momento dos poderes que compõem a república deve ser a vacinação da população, fortalecimento do SUS para combater a pandemia e a viabilização do pagamento do auxílio emergencial. A pressão pela retirada do tema da votação da PEC pode fazer com que a votação do projeto do senador, Márcio Bittar (MDB-AC), seja adiada.

A divulgação do relatório da da PEC Emergencial, nesta segunda-feira (22), causou reação dos parlamentares. Líder do PSB na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral afirmou que a proposta de extinguir o piso para gastos de saúde e educação vai provocar o subfinanciamento destas áreas. O parlamentar defende que o pagamento do auxílio emergencial não pode estar condicionado a cortes em áreas essenciais para a população. Segundo ele, a saúde, a educação e a proteção social são três pilares necessários ao país, especialmente por causa da pandemia, que, "na verdade, deveriam passar por ampliação de gastos e não o contrário". 

"Desde que chegou ao governo, o ministro Paulo Guedes tenta emplacar a desvinculação do orçamento da Educação e Saúde. Tentou-se unificar os dois pisos em 2019 e, dessa vez, a proposta aparece no texto da PEC Emergencial como condicionante para a renovação do auxílio emergencial. A matéria não busca espaço fiscal para o pagamento do benefício, mas promove o desmonte de políticas públicas essenciais”, criticou Danilo Cabral. Ele é a favor da renovação do estado de calamidade para o pagamento do benefício no valor de R$ 600 neste primeiro semestre. 

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A Constituição, atualmente, determina que a União deve destinar 15% de seus recursos para a saúde e 18% para a educação. Já os estados e municípios devem destinar 12% e 25%, respectivamente.  Os valores são corrigidos anualmente com base na inflação do ano anterior, como ficou estabelecido com a regra do teto dos gastos. 

“Somos contra a qualquer proposta de retirada de recursos de áreas que deveriam ser prioritárias no governo. Em meio à pandemia, desvincular recursos da saúde pode gerar um caos ainda maior do que estamos vivenciando no país”, avaliou Danilo Cabral. Segundo estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM), o valor per capita para cobrir as despesas com saúde no Brasil é de R$ 3,83 por dia, considerando os três níveis de gestão, federal, estadual e municipal. É um dos menores do mundo. 

Danilo Cabral também ressaltou os dados divulgados hoje sobre a execução orçamentária do Ministério da Educação. Na educação básica, o governo federal fez o menor investimento da década. “Essa é uma área que, além de falar para o futuro do país, foi uma das mais atingidas na pandemia, com milhares de crianças fora da escola e sem acesso ao conteúdo, mesmo à distância, por causa de desigualdades sociais. O governo federal, mais uma vez, vai na contramão dos outros países: ao invés de ampliar os investimentos do Estado, pretende reduzi-los”, declarou Danilo Cabral. 

O deputado reforça que o ajuste fiscal não pode ser feito promovendo o subfinanciamento da saúde, educação e proteção social. “Nós, do PSB, temos uma proposta clara para a criação de uma alternativa para o financiamento do auxílio emergencial: a taxação de grandes fortunas e de lucros e dividendos, conforme defendido pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Falta ao governo vontade política para fazer as escolhas. Temos visto que a prioridade é sacrificar ainda mais os vulneráveis”, completou. 

O texto do senador Márcio Bittar (MDB-AC) só chegará à Câmara dos Deputados após a análise da proposta pelo Senado. A expectativa é de que ele seja votado na próxima quinta-feira (25). 

*Da assessoria 

O Senado vota nesta quinta-feira (25) a PEC Emergencial (PEC 186/2019), que cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios. A data foi marcada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, após reunião na última quinta-feira (18) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. A votação da proposta pode viabilizar o pagamento de um novo auxílio emergencial.

"Essa aprovação pelo Senado Federal permitirá, através de uma cláusula de Orçamento de Guerra [PEC 10/2020], uma cláusula de calamidade, que se possa ter a brecha necessária para implantar o auxílio emergencial no Brasil", explicou o presidente do Senado.

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Segundo Rodrigo Pacheco, o relator da proposta, senador Marcio Bittar (MDB-AC), deve apresentar o relatório ainda nesta segunda-feira (22).  Além da PEC Emergencial, ele também é relator da PEC do Pacto Federativo (188/2019). As duas propostas, junto com a PEC dos Fundos Públicos  (187/2019), fazem parte do Plano Mais Brasil, lançado pelo governo em 2019 com o objetivo de impedir futuras crises nas contas públicas.

A aprovação de uma agenda de reformas fiscais é uma das principais demandas do governo e pode viabilizar um novo programa de renda emergencial, para assistir as famílias em dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19. O auxílio emergencial de R$ 600, concedido em razão da pandemia, perdeu vigência em janeiro e não foi renovado pelo Poder Executivo.

Ajuste fiscal

A principal proposta do plano é a PEC 186/2019, conhecida como PEC Emergencial. O texto, que aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios. Para a União, os mecanismos são instituídos caso as operações de crédito excedam a despesa de capital. No caso de estados e municípios, o gatilho é a elevação das despesas correntes acima do limite de 95% das receitas correntes.

A proposta determina, ainda, a reavaliação periódica de benefícios tributários, creditícios e financeiros e veda a ampliação de benefícios tributários a partir de 2026, caso eles ultrapassem 2% do produto interno bruto (PIB). Ainda de acordo com a PEC, o dinheiro que sobrar do orçamento transferido aos Poderes Legislativo e Judiciário deve retornar ao Tesouro Nacional.

Um dos pontos mais polêmicos das propostas são as alterações que impactam os servidores públicos. A PEC Emergencial modifica limites para gastos com pessoal e proíbe que novas leis autorizem o pagamento retroativo desse tipo de despesa. Já a PEC do Pacto Federativo traz medidas como a redução temporária da jornada de trabalho, com redução proporcional da remuneração de servidores públicos. 

Para o senador Major Olimpio (PSL-SP), mecanismos que tenham impacto nos salários de servidores (também previstos na PEC do Pacto Federativo) são inaceitáveis. O senador disse ter certeza de que defensores dos serviços públicos de qualidade farão mobilizações em todo o país contra esse tipo de medida.

“Quero deixar claro que conteúdos da PEC 186, por exemplo, que fazem corte de salários de servidores públicos, nós não vamos aceitar. Querem satanizar o servidor quando na verdade a falta de recursos é fruto da corrupção e o mau uso do dinheiro público”, alertou o senador pelas redes sociais.

Após reunião de líderes, na última quinta-feira (18), o líder da Minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN), disse que o texto que será votado pode incluir trechos das duas PECs (Emergencial e do Pacto Federativo). Para ele, a redução de salários não é uma questão a ser analisada agora.  "A gente continua achando que essa não é uma prioridade, redução de salário para qualquer categoria num momento como este".

Pacto Federativo

A PEC do Pacto Federativo (PEC 188/2019) pretende dar fôlego para os gestores nos três níveis da federação. Uma das mudanças é a unificação dos gastos mínimos em saúde e educação. Os municípios, por exemplo, têm como percentuais mínimos 15% e 25%, respectivamente. A PEC agrega os percentuais de forma que um prefeito poderá, se quiser, aplicar 20% em saúde e os outros 20% em educação.

Para compensar a maior autonomia para estados e municípios na distribuição de recursos e suas alocações, a proposta amplia a responsabilidade dos gestores no cuidado com as contas públicas e veda o socorro da União aos entes federativos, para evitar que a má gestão fiscal seja premiada.

De acordo com o texto, sempre que a despesa corrente ultrapassar 95% da receita do ano de estados e municípios o reajuste pela inflação é interrompido. No caso da União, a interrupção precisa ser autorizada pelo Congresso. Em ambos os casos, o ente federado entra em emergência fiscal. É nessa situação que a PEC prevê cortes dos salários de servidores, além de suspender promoções.

A PEC também estabelece que quando a despesa obrigatória primária chegar a 95% da despesa primária total serão vedadas operações como abertura de crédito suplementar ou especial que amplie o montante total autorizado de despesa primária, por exemplo.

Fundos

A terceira proposta do Plano Mais Brasil já foi aprovada pela CCJ em março de 2020 e está pronta para ser votada no Plenário. A PEC  187/2019 que permite ao governo usar para outras finalidades o dinheiro hoje retido em fundos infraconstitucionais e vinculado a áreas específicas. A proposta extingue os fundos públicos criados em 2016, caso não sejam ratificados por meio de lei complementar específica, até o fim de 2022, prazo em que o Legislativo poderá avaliar quais fundos são de fato relevantes e essenciais para a realização de políticas públicas. 

O dinheiro que a PEC pretende liberar está nos fundos públicos infraconstitucionais, ou seja, criados por leis e não previstos pela Constituição. Segundo o governo, os fundos concentram recursos em atividades ou projetos de áreas específicas, o que significa “amarrar” receitas a determinadas finalidades. Com isso,  o dinheiro fica “engessado” e muitas vezes acaba parado, apesar de outras áreas sofrerem com a falta de recursos.

O relatório aprovado, do senador Otto Alencar (PSD-BA), trouxe mudanças em relação ao texto original. Uma das principais alterações busca resguardar fundos que foram criados por lei, mas que têm obrigações constitucionais, ou seja, que foram criados para operacionalizar vinculações de receitas estabelecidas pelas constituições ou pelas leis orgânicas dos entes federativos.

*Da Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou nesta quinta-feira (18) que o Plenário deve votar a PEC Emergencial (186/2019) na próxima semana. Relatado pelo senador Marcio Bittar (MDB-AC), o texto prevê medidas para o controle do crescimento de despesas obrigatórias e para o reequilíbrio fiscal. Segundo Pacheco, a medida deve auxiliar na renovação do auxílio emergencial pago a pessoas vulneráveis durante a pandemia de coronavírus.

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"Ficou ajustado que, dentre muitos [projetos] que vamos pautar na semana que vem, será pautada a PEC Emergencial. O parecer será apresentado pelo senador Marcio Bittar de hoje até segunda-feira (22). A aprovação pelo Senado permitirá, através de uma cláusula de orçamento de guerra, uma cláusula de calamidade, que se possa ter a brecha necessária para implantar o auxílio emergencial", disse Pacheco.

Ele afirmou ainda que a aprovação da PEC Emergencial não é uma “condição para a implantação do auxilio emergencial”. Mas salientou que a votação da matéria funciona “como sinalização política” de que Senado e Câmara “têm responsabilidade fiscal”.

O anúncio foi feito após um almoço na residência oficial do presidente do Senado. Participaram do encontro o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; e os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; além da presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputada Flávia Arruda (PL-DF) e do senador Marcio Bittar, que também relata o Orçamento Geral da União para 2021 (PLN 28/2020)

O deputado Arthur Lira disse que o almoço teve um caráter “simbólico” por demonstrar a prioridade que as duas Casas dão ao enfrentamento da pandemia.

"Vamos continuar a tratar dos assuntos que são importantes para o Brasil: as PECs que tramitam no Senado e na Câmara e o auxílio emergencial, além da vacina e da pandemia. Todos os outros assuntos são laterais. Nossa democracia é forjada em firmeza de posição das instituições e com isso damos demonstração clara para toda a população de que enfrentamos os problemas", disse Lira.

“PEC recauchutada” 

Mais cedo, durante uma entrevista coletiva virtual, o líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), disse que o Poder Executivo deve sugerir mudanças na PEC Emergencial e na PEC do Pacto Federativo (188/2019). De acordo com Prates, o novo texto deve evitar pontos considerados polêmicos, como a possibilidade de redução de salário para servidores públicos.

Segundo o parlamentar, a “PEC recauchutada” deve manter dispositivos para acionamento da regra de ouro, normas para sustentabilidade da dívida pública e ressalvas que assegurem o equilíbrio fiscal “intergeracional”. Ainda de acordo com Prates, a aprovação da matéria seria “condição” para a renovação do auxílio emergencial. Ele disse que a Minoria vai insistir na manutenção de um benefício de R$ 600.

O líder do Podemos, senador Alvaro Dias (PR), usou as redes sociais para defender a votação de duas matérias na próxima semana. O projeto de lei do Senado (PLS) 268/2018 permite que empresas ou consórcios de empresas produtoras de etanol vendam direto para os consumidores, de forma a eliminar intermediários e reduzir o custo do etanol na bomba.

Já o projeto de lei (PL) 578/2019 dispensa as empresas que contratarem beneficiários do Programa Bolsa Família do pagamento de contribuições previdenciárias e sociais. Pelo texto, o pagamento do benefício ficaria suspenso durante a relação de trabalho.

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*Da Agência Senado

 

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC), desistiu de apresentar o parecer da medida antes do recesso legislativo. Em nota, ele afirmou nesta sexta-feira, 11, que o texto ficou para 2021.

De acordo com Bittar, a complexidade do tema e a conjuntura do País impedem o avanço da discussão neste momento. A manifestação expõe o recuo do governo após o parecer de Bittar, que não chegou a ser oficializado, provocar ruídos entre líderes partidários e técnicos.

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Uma versão desidratada do texto foi encaminhada na terça-feira, 8, pelo relator às lideranças no Senado, sem prever a criação do novo programa social e sem medidas mais duras de corte de despesas para abrir caminho no teto de gastos, a regra que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação.

Essas medidas eram defendidas pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, e consideradas essenciais para dar uma virada de correção de rumo das contas públicas, após o aumento de gastos na pandemia da covid-19.

"Creio que a proposta será melhor debatida no ano que vem, tão logo o Congresso Nacional retome suas atividades e o momento político se mostre mais adequado", afirmou o senador.

"Até o que é emergencial não é votado no Brasil", criticou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao participar do 19.º Fórum Empresarial Lide. "Agora mais uma vez temos uma decisão do relator de não votar. Primeiro, tinha eleição municipal, depois segundo turno, e agora vamos entrar em um grande abismo fiscal no próximo ano no Brasil porque o que o Guedes disse que era emergencial não é."

Segundo Maia, mesmo com o confronto político, será a Câmara que votará os gatilhos, as medidas de ajuste, para resolver o problema do endividamento dos Estados e liberar recursos de fundos. Ele disse ter recebido um pedido do senador Bittar para incluir os gatilhos do teto de gastos no relatório do projeto de lei do antigo Plano Mansueto, de autoria do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ).

Maia disse não saber se essa proposta é ou não constitucional, mas disse não haver "outra saída". De acordo com ele, isso permitirá a melhor administração da dívida pública e a liberação de bilhões em recursos empossados.

Estrategistas em Nova York do Citigroup avaliaram que o adiamento frustra os planos do governo de conseguir algum avanço no ajuste fiscal e reforça a visão de que as medidas de cortes de despesas são muito impopulares e difíceis de serem aprovadas rapidamente. "As notícias sugerem a dificuldade de o governo conseguir apoio no Congresso para implementar uma ampla política fiscal contracionista em 2021", afirmam os analistas do banco americano, em relatório.

Conforme o Estadão/Broadcast antecipou, uma versão anterior do relatório abria caminho para gastos fora do teto de gastos por um ano. O vazamento da minuta com permissão para furar a limitação expôs a disputa política em torno da tentativa de ampliar despesas, mas o trecho acabou sendo suprimido depois.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou o governo por ter desistido da proposta de emenda à Constituição que busca o equilíbrio fiscal no ano que vem (chamada de PEC Emergencial), após o fim das regras orçamentárias excepcionais do período da pandemia. No início da manhã desta sexta-feira (11), o senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da proposta, anunciou, em nota, que não apresentaria seu parecer neste ano.

A PEC Emergencial envolve medidas permanentes e emergenciais de controle do crescimento das despesas obrigatórias e de reequilíbrio fiscal. Segundo Rodrigo Maia, a aprovação da proposta é fundamental para conter o crescimento da dívida pública. As afirmações foram feitas em evento do 19º Fórum Empresarial do Lide, em São Paulo.

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“Nós temos um país interessante: até o que é emergencial não é votado no Brasil. Desde o ano passado, estamos nesse assunto. Fizeram um cambalacho, tiraram da Câmara, jogaram para o Senado para enfraquecer a Câmara e, agora, mais uma vez, não vota a PEC Emergencial”, criticou Maia.

“A PEC Emergencial tinha o papel de nos dar a tranquilidade de acabar com o estado de calamidade e o "orçamento de guerra", mas até hoje o governo não reconheceu que haja calamidade que as pessoas estão morrendo”, afirmou Maia, referindo-se ao comportamento do governo em relação à pandemia de Covid-19.

Para o presidente, tanto a PEC Emergencial quanto a reforma tributária não serão aprovadas este ano em razão da briga política e da disputa pelos comandos das duas Casas do Legislativo. A tributária, em especial, “está pronta, tem voto e não será votada porque é a reforma do Rodrigo Maia, até a esquerda quer votar”, disse.

Maia afirmou que a solução é dar prosseguimento na Câmara à chamada PEC dos Gatilhos (438/18), que tramita na Câmara e aguarda a criação de comissão especial para ser votada, e tentar votar, a proposta que unifica PIS/Cofins, por meio de Projeto de Lei.

“Acredito que o governo possa ter quórum para em conjunto dar esse primeiro passo (unificação), mas, em relação às reformas, ficamos para trás. Acho que o dever de Casa está longe de ser enfrentado e todas essas disputas políticas podem nos levar a uma dificuldade que não temos hoje”, destacou.

Maia destacou que o governo tem obstruído a própria pauta econômica e criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, por não ter encaminhado ao Congresso Nacional as propostas de privatização de empresas estatais.

“O ministro disse que ia fazer quatro [privatizações], estou procurando e não há nenhuma. A única que ele colocou foi da Eletrobras, está sob suspeição. Não andou, não porque eu fiz acordo com a esquerda, mas porque queria beneficiar os acionistas atuais da Eletrobras”, afirmou.

Eleições na Câmara
Maia também criticou o que chamou de “interferência antidemocrática” na eleição para a sua sucessão na presidência da Câmara. Segundo o presidente da Câmara, sua gestão mostrou a importância de ter uma instituição forte e independente.

"Achar que deputado vai se vender por emenda, só um governo que não respeita a democracia", afirmou.

Meio ambiente
Por fim, Maia afirmou que o Brasil enfrenta problemas não na área fiscal, mas também no meio ambiente. Segundo ele, a imagem do País está prejudicada na questão ambiental. Ele lembrou que o presidente Jair Bolsonaro não está na lista de líderes mundiais que participarão da cúpula do clima, marcada para este sábado.

“O Brasil é desrespeitado, malquisto no âmbito internacional. Outro problema do Brasil: não é só fiscal, é nossa imagem em relação ao meio ambiente”, disse.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

 

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial desistiu de apresentar o parecer da medida antes do recesso legislativo. Em nota, o senador Marcio Bittar afirmou que o texto ficou para 2021.

De acordo com Bittar, a complexidade do tema e a conjuntura do País impedem o avanço da discussão neste momento. A manifestação expõe o recuo do governo após o parecer de Bittar, que não chegou a ser oficializado, provocar ruídos entre líderes partidários e técnicos.

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Bittar também é relator do Orçamento de 2021, que será votado pelo Congresso Nacional depois da eleição para presidência da Câmara e do Senado, em fevereiro de 2021. "Creio que a proposta será melhor debatida no ano que vem, tão logo o Congresso Nacional retome suas atividades e o momento político se mostre mais adequado", afirmou o senador.

O governo espera aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial até o fim de março no Senado. A proposta prevê gatilhos como a redução de salários e jornada de trabalho em 25% quando a União descumprir a regra de ouro - que proíbe o governo de contratar dívida para bancar despesas correntes, como salários e benefícios - e quando Estados e municípios gastarem 95% da arrecadação.

Dentro do pacote do ministro da Economia, Paulo Guedes, a PEC emergencial é a mais polêmica no Congresso.

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O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que a PEC da desvinculação dos fundos será votado no plenário da Casa em fevereiro, logo na volta do recesso.

Já a PEC do pacto federativo, no calendário desenhado pelo parlamentar, ficará para abril.

Orçamento

A estratégia de garantir uma reserva de R$ 1,5 bilhão no Orçamento para bancar o programa Verde Amarelo será suficiente no primeiro ano, disse o líder do governo no Senado.

Diante da rejeição pela taxação do seguro-desemprego, conforme propôs o Planalto, a alternativa foi apresentada pelo próprio governo. "Depois, para os exercícios seguintes, vai ter que se trabalhar para identificar outras fontes", afirmou.

Segunda instância

Outro tema que será votado no próximo ano no Congresso, disse o líder do governo, será a prisão em segunda instância. Ele assegurou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em discussão na Câmara será priorizada, a menos que os deputados não concluam a votação do texto até abril.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado chegou a aprovar um projeto de lei sobre a segunda instância. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no entanto, decidiu interromper a tramitação para aguardar a Câmara concluir a análise da PEC apresentada por deputados.

Fundo eleitoral

Após o presidente Jair Bolsonaro perguntar a apoiadores se deveria sancionar ou vetar o valor do fundo eleitoral para 2020, o líder do governo no Senado manifestou expectativa no aval de Bolsonaro aos R$ 2 bilhões para as campanhas eleitorais.

O fundo eleitoral, aprovado na terça-feira pelo Congresso, será tema de conversa entre o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado nesta quarta-feira (18).

O valor de R$ 2 bilhões veio de uma proposta do próprio governo ao Congresso durante a discussão do Orçamento. "Foi construído um texto que se respeita a proposta encaminhada pelo próprio Poder Executivo, sugerida pelo TSE, houve amplo entendimento nas duas Casas. Então a minha expectativa é que o texto aprovado pelo Congresso possa ser mantido pelo presidente", disse Bezerra.

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), afirmou que as três propostas do pacote econômico que o presidente Jair Bolsonaro entregou ao Congresso no mês passado só serão votadas a partir de fevereiro.

Inicialmente, o governo esperava votar pelo menos a PEC emergencial neste ano. A proposta, porém, enfrenta resistência entre os parlamentares. A PEC emergencial cria mecanismos de controle de despesas públicas para União, Estados e municípios, como a redução da jornada e do salário de servidores. A expectativa é que, com as medidas, a União consiga abrir espaço de R$ 50 bilhões, que poderiam ser direcionados para outras áreas, como investimentos.

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No pacote, há também a PEC do pacto federativo, que transfere R$ 400 bilhões em recursos de exploração de petróleo e dá mais autonomia financeira para Estados e municípios; e a PEC dos fundos públicos, que extingue a maior parte dos 281 fundos públicos e permite o uso de R$ 220 bilhões de recursos para abatimento da dívida pública.

As três propostas do governo passam pela CCJ antes da votação no plenário da Casa. "Já é de conhecimento, até do governo, que as três PECs só serão discutidas e votadas em fevereiro", afirmou Simone.

Fundos públicos

O relator da PEC dos fundos públicos no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), alterou o parecer da proposta garantindo a manutenção dos fundos instituídos pelo Judiciário, Tribunais de Contas, Ministério Público, Defensorias Públicas e pelas Procuradorias-Gerais dos Estados e do Distrito Federal. A nova versão do relatório também preserva a existência dos fundos destinados ao financiamento de exportações, do agronegócio e de investimentos em infraestrutura. Essa emenda foi apresentada pelo senador José Serra (PSDB-SP) e aceita pelo relator. "É muito mais aval do que dinheiro em caixa. Não tem impacto nenhum."

O relator também acrescentou outras prioridades para a destinação das receitas que passarão a ser desvinculadas. Projetos voltados à segurança de regiões de fronteira foram incluídos como prioritários. Programas voltados à erradicação da pobreza e investimentos em infraestrutura continuam como as duas principais prioridades na PEC.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a leitura do relatório da PEC Emergencial, uma das propostas do pacote econômico que tramita na Casa, para a próxima quarta-feira (11).

O parecer seria lido nesta quarta-feira (4), mas o relator da PEC, Oriovisto Guimarães (Pode-PR), pediu para ler o relatório na próxima sessão do colegiado. O texto já foi apresentado.

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A proposta é a que enfrenta mais resistência entre as três PECs do pacote.

A votação da PEC emergencial deve ficar para o próximo ano.

Já o parecer da PEC dos Fundos públicos foi lido nesta quarta-feira na comissão. Esta é a única proposta do pacote com chances reais de votação na CCJ ainda neste mês.

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse, na manhã desta quarta-feira (4), que as PECs Emergencial e dos Fundos Constitucionais terão seus relatórios lidos hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

"A votação não será hoje (quarta), mas a tramitação deve ser célere. Já a PEC do Pacto Federativo deve levar mais tempo", afirmou, na abertura do "Seminário Regime de Recuperação Fiscal: aprendizados e desafios", organizado pela pasta.

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Waldery Rodrigues voltou a defender a reformatação do federalismo fiscal brasileiro. "Fizemos essa análise ainda na transição de governo, no ano passado. É necessário analisar não somente a posição da União, mas claramente a posição dos Estados e municípios. Por isso enviamos ao Congresso três Propostas de Emendas à Constituição (PECs), ligadas ao redesenho do Pacto Federativo", afirmou.

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