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O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse, na manhã desta quarta-feira (4), que as PECs Emergencial e dos Fundos Constitucionais terão seus relatórios lidos hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

"A votação não será hoje (quarta), mas a tramitação deve ser célere. Já a PEC do Pacto Federativo deve levar mais tempo", afirmou, na abertura do "Seminário Regime de Recuperação Fiscal: aprendizados e desafios", organizado pela pasta.

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Waldery Rodrigues voltou a defender a reformatação do federalismo fiscal brasileiro. "Fizemos essa análise ainda na transição de governo, no ano passado. É necessário analisar não somente a posição da União, mas claramente a posição dos Estados e municípios. Por isso enviamos ao Congresso três Propostas de Emendas à Constituição (PECs), ligadas ao redesenho do Pacto Federativo", afirmou.

A lei que permite alterar o cálculo dos juros dos fundos constitucionais de financiamento foi publicada no Diário Oficial da União.  As regras que agora foram convertidas em lei já valiam desde dezembro de 2017, por meio de uma medida provisória. 

De acordo com a lei, na aplicação dos juros deve-se considerar a renda domiciliar per capita regional.  Quando a medida provisória foi aprovada o Banco Central (BC) informou que o objetivo era modernizar o cálculo dos encargos financeiros não rurais dos fundos constitucionais considerando as desigualdades regionais. 

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O presidente Michel Temer (MDB), ao sancionar a lei, vetou um trecho do texto que permitia a subvenção econômica nas operações de financiamento de infraestrutura contratadas para programas de financiamento nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para Temer, o artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) "impõe condições para as proposições legislativas que importem ou autorizem a diminuição de receita e aumento de despesas da União". 

Os recursos que constituem os fundos constitucionais correspondem a 3% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Do total, são destinados 1,8% aos fundos constitucionais do Nordeste do país, 0,6% aos fundos do Norte e mais 0,6% ao Centro-Oeste. Segundo o governo federal, o valor é transferido para as instituições financeiras que realizam os empréstimos: Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Banco do Brasil. 

O Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu para 2,94% a taxa de juros dos empréstimos para investimentos concedidos com recursos dos fundos constitucionais. A medida é temporária e retroativa, valendo para o período de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2012. Anteriormente, a taxa variava entre 4% e 10%.

Para as empresas que estiverem adimplentes, a taxa de juros pode cair para 2,50%. Essa redução da taxa funciona como um bônus de adimplência, segundo o assessor do Tesouro Nacional, Bruno Leal. Ou seja, um bônus para quem está em dia com os pagamentos.

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Os fundos constitucionais são três: do Nordeste (FNE), do Norte (FNO) e do Centro Oeste (FCO). Leal afirmou que a medida está em linha com a redução da taxa de juros no País. Ele explicou que os financiamentos com esses recursos têm taxas diferenciadas e que, com a queda dos juros, essa diferenciação já não havia mais.

Com a redução dos encargos financeiros, disse Leal, a taxa dos fundos para investimentos fica a mais baixa do mercado, se igualando às do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES.

O secretário adjunto de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, João Pinto Rabelo Junior, informou que qualquer empresa dessas regiões pode ter acesso desde que sejam operações de investimentos e produtores rurais. "Essa medida faz parte das ações de dinamização da economia, como as taxas que foram reduzidas para o PSI (Programa de Sustentação do Investimento)", disse.

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