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Os motofretistas que circulavam pela Avenida Carlos Gueiros Leite, no bairro do Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR) foram parados por uma blitz educativa neste sábado (2). A medida foi devido à lei que impõe novas regras aos motoboys e iria entra em vigor a partir de hoje, mas sem cobrança de multas, sendo o prazo para adequação estendido por mais 60 dias.
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Os condutores das motocicletas receberam orientações do Departamento Estadual de Trânsito (Dentran-PE) durante a manhã com entrega de planfletos explicativos e participação de recreadores. As novas medidas exigem que os motofretistas usem equipamentos individuais de proteção, possuir curso especializado, além de obter a placa na categoria de aluguel vermelha.
Equipamentos de segurança como corta-pipa e mata-cachorro, de acordo com a Lei 12.009/2009, também são uma exigência do Departamento de Trânsito. “Essa é uma campanha educativa e procuramos informar as pessoas sobre essas novas regras e, agora, os motofretistas terão mais tempo para se adequar a elas”, afirmou Edson Estevam, orientador educacional do Detran.
Ainda de acordo com Estevam, os motoboys alegam não encontrar vagas para o curso obrigatório, especializado para estes profissionais. “Eles não podem mais falar que este é o principal problema. Antes, teve dificuldade mesmo, mas agora conseguimos cadastrar 79 auto escolas, além de colocar o curso pela internet. Não tem desculpa”, completa.
Paulo Assis, motofretista há dois anos, já estava todo equipado conforme à lei. “Eu já estou utilizando as exigências desde que a lei foi imposta. Para mim, a única coisa que faltava era o curso obrigatório, mas consegui me inscrever e já começo amanhã. Acho a medida muito válida porque, só assim, nós teremos mais segurança para trabalhar”, relata.
O motoboy Renato Rodrigues, trabalhador na área há um ano, ainda não se adequou à lei, mas concorda que é extremamente importante trabalhar seguro. "Eu nunca tinha visto medidas tão boas como estas que estão sendo exigidas. O meu principal receio é de acidente, que você vê todos os dias com moto, principalmente morte. Por isso, vou me adequar o mais rápido possível", afirmou.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Moto, Motoqueiros, Motoboys, Motomens e Afins de Pernambuco (Sindimoto-PE), Francisco Machado, contou que a categoria está na luta pelo ajustamento da determinação. “Alguns desses itens são indispensáveis e outros deveriam favorecer mais os motoboys, além disso, hoje um motofretista gasta cerca de R$ 800 para se adequar a nova legislação. O curso é caro e nem todos tem condições da pagar. Eu acho que o Detran deveria oferecer as aulas gratuitamente, o que facilitaria muito”, falou Machado.