Tópicos | nota pública

A ausência da assinatura do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, da nota oficial publicada pelos comandantes das Forças Armadas - antecipada pelo Estadão - é fruto da vontade de que o documento não fosse confundido como manifestação do governo de Jair Bolsonaro, mas sim entendido como a posição institucional dos militares.

Essa é a opinião de oficiais generais da ativa e da reserva consultados. Entre eles está o general Roberto Peternelli, deputado federal (União Brasil-SP), para quem os chefes militares falaram em nome de suas instituições e não como membros de governo. "É uma manifestação institucional, que defende vários preceitos constitucionais." Foi a primeira vez na atual gestão que uma nota conjunta não foi subscrita pelo ministro da Defesa.

##RECOMENDA##

O documento provocou reações de políticos. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou no Twitter que os chefes militares não devem se envolver em política. "Não é papel dos comandantes militares opinar sobre o processo político, muito menos sobre a atuação das instituições republicanas", escreveu.

Estudiosos das relações entre civis e militares também se manifestaram. Para o professor Eurico Lima da Figueiredo, do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), a nota estabelece uma rota de escape dos militares para o próximo governo. "Ela apaga a figura da liderança do ministro da Defesa, que é política."

De fato, em outras seis oportunidades, a assinatura do titular da pasta esteve ao lado da dos comandantes. Assim foi em casos como a reação às declarações do senador Omar Aziz (PSD-AM), na CPI da Covid, sobre o suposto envolvimento de militares com corrupção.

O documento dos comandantes Almir Garnier Santos (Marinha), Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica) começou a ser articulado em conversas entre eles nos últimos dias e ganhou corpo no dia 9. Só os comandantes e assessores próximos discutiram o teor. Naquele momento, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ainda não havia sugerido que os militantes de direita contrários à sua vitória voltassem para casa pacificamente, tampouco que Bolsonaro humilhara as Forças Armadas. Não foi, portanto, uma reação a Lula.

Como manifestação das Forças, a nota, segundo os generais, aborda situações que as incomodam e dá resposta aos que esperavam uma declaração após as eleições. Alguns pontos se destacam: o primeiro é o desconforto com a atuação do Poder Judiciário, que retirou do ar perfis de bolsonaristas que questionaram as urnas eletrônicas, e com a invasão de atribuições do Legislativo e do Executivo que teria sido praticada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Moraes

É também contra as decisões recentes do ministro do STF Alexandre de Moraes que se dirige a nota da Marinha, do Exército e da Força Aérea, no trecho que condena a restrição a direitos individuais, como "a livre manifestação do pensamento". A nota faz ainda a defesa da "liberdade de reunião". Trata-se de referência, segundo os generais, aos protestos bolsonaristas em frente aos quartéis no País que têm pedido um golpe contra Lula.

Nesta sexta, 11, Moraes estendeu para todo o País, a ordem para que a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as PMs desobstruam vias bloqueadas por bolsonaristas inconformados com a eleição.

Generais ouvidos pelo Estadão afirmaram que não vão agir contra os protestos, pois os consideram pacíficos. Dizem que eles devem se esvaziar sozinhos à medida que o País volta à normalidade. E ressaltam que os casos de violência - a exemplo do que afirmam os comandantes - são exceções que merecem repúdio. Ou seja, eles são contrários à criminalização indistinta dos participantes dos protestos.

Ao mesmo tempo, a nota deixa claro que a ordem democrática não será rompida pelos comandantes. Eles afirmaram que cultuam a tolerância, a ordem e a paz e destacaram que estão transmitindo esses "valores" aos subordinados - as controvérsias devem ser resolvidas pela sociedade dentro do estado democrático de direito.

Reações

Mas, para o professor Figueiredo, "em uma democracia plena e consolidada, as Forças Armadas não têm de fazer declarações nem pronunciamentos, pois são instituições de Estado e mudas, no sentido de que cumprem seus deveres constitucionais". Ele qualificou a nota de extemporânea, mas destacou que as Forças se disseram voltadas às atividades profissionais. Observou ainda que as manifestações, quando feitas dentro da lei e da ordem, são normais na democracia. "Mas são ilegais, pois solicitam golpe."

Entre os políticos, a reação mais dura foi a da presidente do PT. Gleisi Hoffmann declarou que a liberdade de manifestação "não se aplica a atos contra a democracia, que devem ser tratados pelo nome: golpismo."

Já o ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello considerou o documento pedagógico. "Há de procurar-se, com temperança, compreensão e muito equilíbrio a paz social. Qualquer antagonismo exacerbado não é bom, não é sadio."

Para o professor titular da FGV Direito São Paulo Carlos Ari Sundfeld, a nota parece revelar uma visão distorcida sobre as funções legais das Forças Armadas, como "moderadoras". "Esse termo remete ao Poder Moderador, que só existiu no Brasil no século 19, nas mãos do Imperador. Em nossa história, nenhuma das Constituições deu a militares quaisquer funções moderadoras."

O professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília Juliano Cortinhas concorda. "Militares não podem se manifestar politicamente, pois temos o Ministério da Defesa, que é o órgão político." Ele defendeu a punição dos comandantes. Nas redes sociais, a nota foi compartilha em grupos de militares e de bolsonaristas. Os apoiadores do presidente esperam que o documento amplie os protestos previstos para o dia 15. (COLABORARAM DAVI MEDEIROS, FELIPE FRAZÃO, LAURIBERTO POMPEU, PEPITA ORTEGA E WESLLEY GALZO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) elogiou a nota em que as Forças Armadas condenaram as manifestações pela vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas também criticou supostos excessos do Judiciário.

"Quero elogiar o Comando das Forças Armadas pela posição firme em defesa da democracia e, é claro, tratando que precisa colocar as coisas em ordem", afirmou Dias, que comanda as discussões sobre orçamento na equipe de transição do próximo governo, à GloboNews.

##RECOMENDA##

O ex-governador do Piauí fez um aceno às Forças ao dizer que a equipe tem pensado em recompor o orçamento do Ministério da Defesa. "Ministério da Defesa, que protege nossas fronteiras, está com redução no Orçamento e estamos colocando recursos para o Ministério da Defesa", sinalizou.

Divulgada nesta sexta-feira, 11, a nota dos comandantes das Forças Armadas condena "eventuais excessos cometidos em manifestações" e critica "eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos".

O posicionamento é assinado pelo almirante Almir Garnier Santos (Marinha), pelo general Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e pelo tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica).

"São condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade", diz trecho da nota das Forças Armadas.

Os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica redigiram uma nota pública conjunta na qual defendem a garantia de manifestações pacíficas e condenam "restrições a direitos por parte de agentes públicos" e "excessos cometidos" em atos pelo País - "que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública".

Direcionado "às instituições e ao povo brasileiro", o comunicado do Alto Comando foi divulgado nesta sexta-feira (11). O texto é subscrito pelo almirante de esquadra Almir Garnier Santos, comandante da Marinha, pelo general Marco Antônio Freire Gomes, comandante do Exército, e pelo tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, comandante da Aeronáutica.

##RECOMENDA##

Na nota de 31 linhas, em meio às manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro pelo País e em frente a quartéis-generais do Exército, a cúpula militar ressalta os "valores e tradições" das Forças, "sempre presentes e moderadoras", para assegurar "compromisso irrestrito e inabalável" com "a democracia e com a harmonia política e social".

É a primeira vez que os comandantes se manifestam após os resultados das eleições e seus desdobramentos.

O comunicado é divulgado na mesma semana em que o Ministério da Defesa enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relatório que não aponta fraude nas eleições - em que o petista Luiz Inácio Lula da Silva venceu Bolsonaro na disputa presidencial -, mas pede investigação técnica urgente nas urnas eletrônicas.

O texto dos comandos não cita nomes e nenhum episódio específico. Mas afirma que o papel das Forças Armadas é essencialmente assegurar o que a Constituição prevê, incluindo liberdade de pensamento, de reunião e o direito de ir e vir. Eles ressaltam que a Constituição estabelece "deveres e direitos".

Legislativo

Destacam também "a crença na importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo". "Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua Liberdade", diz o texto.

Doze dias após o segundo turno da eleição presidencial, atos convocados por apoiadores de Bolsonaro persistem na porta de quartéis do Exército. Concentrações são mantidas, por exemplo, nas sedes de comandos militares em São Paulo e no Rio. Entre os pedidos dos manifestantes está uma intervenção federal.

Na quinta-feira (10), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou ter realizado o último desbloqueio de rodovias no País, em Vilhena (RO). No total, 1.087 pontos de protestos foram liberados.

"São condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade", afirma a cúpula das Forças Armadas.

Os comandantes dizem ainda que controvérsias da sociedade devem ser solucionadas com "instrumentos legais do estado democrático de direito".

'Tolerância'

Os chefes das Forças Armadas reafirmam prezar pela "legalidade, legitimidade e estabilidade". "A construção da verdadeira Democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social. As Forças Armadas permanecem vigilantes, atentas e focadas em seu papel constitucional na garantia de nossa Soberania, da Ordem e do Progresso, sempre em defesa de nosso Povo", dizem.

Recentes notas conjuntas dos comandantes militares haviam contado com a assinatura do ministro da Defesa. Desta vez, o atual titular da pasta, general Paulo Sérgio Nogueira, não assina o documento.

A ÍNTEGRA DA NOTA:

"Às Instituições e ao Povo Brasileiro

Acerca das manifestações populares que vêm ocorrendo em inúmeros locais do País, a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira reafirmam seu compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil, ratificado pelos valores e pelas tradições das Forças Armadas, sempre presentes e moderadoras nos mais importantes momentos de nossa história.

A Constituição Federal estabelece os deveres e os direitos a serem observados por todos os brasileiros e que devem ser assegurados pelas Instituições, especialmente no que tange à livre manifestação do pensamento; à liberdade de reunião, pacificamente; e à liberdade de locomoção no território nacional.

Nesse aspecto, ao regulamentar disposições do texto constitucional, por meio da Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021, o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: "Não constitui crime […] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais".

Assim, são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade.

A solução a possíveis controvérsias no seio da sociedade deve valer-se dos instrumentos legais do estado democrático de direito. Como forma essencial para o restabelecimento e a manutenção da paz social, cabe às autoridades da República, instituídas pelo Povo, o exercício do poder que "Dele" emana, a imediata atenção a todas as demandas legais e legítimas da população, bem como a estrita observância das atribuições e dos limites de suas competências, nos termos da Constituição Federal e da legislação.

Da mesma forma, reiteramos a crença na importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua Liberdade.

A construção da verdadeira Democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social. As Forças Armadas permanecem vigilantes, atentas e focadas em seu papel constitucional na garantia de nossa Soberania, da Ordem e do Progresso, sempre em defesa de nosso Povo.

Assim, temos primado pela Legalidade, Legitimidade e Estabilidade, transmitindo a nossos subordinados serenidade, confiança na cadeia de comando, coesão e patriotismo. O foco continuará a ser mantido no incansável cumprimento das nobres missões de Soldados Brasileiros, tendo como pilares de nossas convicções a Fé no Brasil e em seu pacífico e admirável Povo.

Brasília/DF, 11 de novembro de 2022.

Almirante de Esquadra ALMIR GARNIER SANTOS

Comandante da Marinha

General de Exército MARCO ANTÔNIO FREIRE GOMES

Comandante do Exército

Tenente-Brigadeiro do Ar CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA JUNIOR

Comandante da Aeronáutica"

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio do Instituto Menino Miguel e da Comissão de Direitos Humanos Gregório Bezerra, divulgou uma nota pública a respeito do caso da estudante de agroecologia, Nzinga Cavalcante, que foi impedida de compartilhar a refeição com sua filha Ághata, de 11 anos, no Restaurante Universitário (RU) da instituição.

“Além da retratação pública, repudiando o fato ocorrido, a UFRPE expressa o compromisso com a promoção de políticas institucionais de assistência estudantil, que garantam o acesso, a permanência e a qualidade da formação, principalmente com os/as estudantes que enfrentam diferentes vulnerabilidades econômicas e sociais”, informou a instituição em nota. 

##RECOMENDA##

O caso aconteceu no dia 9 de setembro e foi divulgado pela página Sítio Ágatha, no Instagram. De acordo com a publicação a estudante e amigos de classe tinham costume de colocar uma quantidade a mais de comida para dividirem com a criança, em uma pequena vasilha que ela levava na bolsa, mas no dia do ocorrido foi negado a possibilidade dela se alimentar.  

Ainda em nota, a Universidade garante, a partir das suas ações de pesquisa, ensino e extensão, o enfrentamento ao racismo estrutural produzido no Brasil e salienta o compromisso de implantar novas políticas de acolhimento. “Nos próximos meses, mais uma política de acolhimento e inclusão, neste caso com a valorização das diferentes maternagens e paternagens em nossa Universidade. Além disso, a instituição promove cada vez mais a formação permanente voltada para servidores e terceirizados, tratando de temas relativos ao enfrentamento do racismo e à promoção dos direitos humanos”, destaca a Instituição.  

“Ainda ressaltamos que, no Plano de Desenvolvimento Institucional, os valores dos direitos humanos, da democracia, da cidadania e da justiça social se apresentam como pilares que fundamentam as nossas ações. Nesse sentido, a gestão da UFRPE se compromete publicamente com a dignidade humana das pessoas que fazem parte da sua comunidade acadêmica e com a dignidade humana das pessoas e coletivos para além dos seus muros”, finaliza.

Confira a nota na íntegra:

"A gestão superior da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio do Instituto Menino Miguel e da Comissão de Direitos Humanos Gregório Bezerra, diante do conhecimento do constrangimento causado pela ação equivocada nas dependências do Restaurante Universitário, no dia 09 de setembro de 2022, ressalta que para além da retratação pública, repudiando o fato ocorrido, a UFRPE expressa o compromisso com a promoção de políticas institucionais de assistência estudantil, que garantam o acesso, a permanência e a qualidade da formação, principalmente com os/as estudantes que enfrentam diferentes vulnerabilidades econômicas e sociais. Em nosso Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2021-2030) é registrado o compromisso com a “Missão” de “semear conhecimento, inovação e inclusão, por meio de atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão, atenta à complexidade, pluralidade e diversidade dos anseios da sociedade”, bem como estabelecemos dentre os nossos “Valores” o Diálogo, a Inclusão, o Respeito à diversidade e aos saberes populares e a Equidade. Nesse sentido, a UFRPE vem garantindo, a partir das suas ações de pesquisa, ensino e extensão, o enfrentamento ao racismo estrutural historicamente produzido no nosso país. As ações se materializam nas mais diferentes Pró-Reitorias, Departamentos, Comissões e Institutos. As ações afirmativas já fazem parte da gestão, que as vem ampliando para amparar cada vez mais distintos grupos sociais. Tais ações se mostram fundamentais, especialmente diante dos tempos que vivemos, marcado pela crescente onda de violação de direitos humanos, que devem se intensificar a partir de ações planejadas e articuladas entre esses diferentes setores.

Salienta-se que a UFRPE tem o compromisso em planejar e implantar, nos próximos meses, mais uma política de acolhimento e inclusão, neste caso com a valorização das diferentes maternagens e paternagens em nossa Universidade. Além disso, a instituição promove cada vez mais a formação permanente voltada para servidores e terceirizados, tratando de temas relativos ao enfrentamento do racismo e à promoção dos direitos humanos.

Ainda ressaltamos que, no Plano de Desenvolvimento Institucional, os valores dos direitos humanos, da democracia, da cidadania e da justiça social se apresentam como pilares que fundamentam as nossas ações. Nesse sentido, a gestão da UFRPE se compromete publicamente com a dignidade humana das pessoas que fazem parte da sua comunidade acadêmica e com a dignidade humana das pessoas e coletivos para além dos seus muros."

O Consórcio Universitas, conselho conjunto de algumas instituições de ensino superior de Pernambuco, divulgou, nesta quinta-feira (22), uma nota declarando preocupação com a manutenção da qualidade dos trabalhos desenvolvidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes). O consórcio é formado pelos reitores da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape) e Universidade De Pernambuco (UPE).

O posicionamento vem em resposta à nomeação da nova presidente da Capes, Dra. Cláudia Queda de Toledo, nomeada pelo Ministro da Educação Milton Ribeiro no último dia 15. Segundo seu currículo acadêmico, divulgado na plataforma Lattes, Queda de Toledo foi coordenadora de um curso de mestrado que, em 2017, foi descredenciado pela própria Capes, órgão responsável por avaliar a qualidade dos cursos de pós-graduação no país.

##RECOMENDA##

“Defendemos que cargos como o de presidente da CAPES sejam ocupados por pessoas não apenas com qualificação técnica, mas também com profundo conhecimento sobre a pós-graduação e o sistema educacional brasileiro. É imprescindível também que seja capaz de dialogar com toda a comunidade científica e liderar a construção de uma política nacional de pesquisa e pós-graduação.”, diz a carta.

O consórcio afirma ainda a importância da Capes como “a grande responsável pela qualidade da pós-graduação brasileira”, e que seu sistema de avaliação “contribuiu enormemente para o avanço da pesquisa e da inovação tecnológica no país”.

Por fim, a carta emite a preocupação do consórcio com o futuro da qualidade dos trabalhos científicos coordenados e produzidos pelo órgão. “O Brasil é hoje uma referência internacional na formação qualificada de mestres e doutores graças ao trabalho devotado de grandes cientistas brasileiros que estiveram à frente da CAPES ao longo de sua trajetória. Precisamos, portanto, preservar essa instituição, que é um orgulho para todos os pesquisadores brasileiros.”

Confira a nota na íntegra:

"As instituições de ensino superior pernambucanas que formam o Consórcio Universitas se unem a outras entidades acadêmicas e científicas do País para expressar sua profunda preocupação com a preservação da qualidade do trabalho desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que tem tido papel fundamental na formação de recursos humanos de alto nível e na consolidação da pós-graduação no Brasil.

A complexidade do momento atual exige respostas urgentes da ciência brasileira e, mais do que nunca, o papel da CAPES de indutor do desenvolvimento científico e tecnológico se faz de extrema relevância. Não podemos concordar, portanto, com a interrupção e descontinuidade frequentes nas ações da instituição, ameaçando provocar retrocessos e comprometer seu futuro.

Defendemos que cargos como o de presidente da CAPES sejam ocupados por pessoas não apenas com qualificação técnica, mas também com profundo conhecimento sobre a pós-graduação e o sistema educacional brasileiro. É imprescindível também que seja capaz de dialogar com toda a comunidade científica e liderar a construção de uma política nacional de pesquisa e pós-graduação.

A CAPES é, sem dúvidas, hoje a grande responsável pela qualidade da pós-graduação brasileira. O seu bem-sucedido sistema de avaliação dos programas de pós-graduação contribuiu enormemente para o avanço da pesquisa e da inovação tecnológica no País. Ao longo dos seus quase 70 anos de fundação, tem trabalhado incansavelmente para elevar o nível da pesquisa no Brasil bem como no apoio à formação e capacitação de docentes, estudantes de graduação e pós-graduação por meio do fomento de bolsas e auxílios de pesquisa dirigidos aos programas de pós-graduação no País.

O Brasil é hoje uma referência internacional na formação qualificada de mestres e doutores graças ao trabalho devotado de grandes cientistas brasileiros que estiveram à frente da CAPES ao longo de sua trajetória. Precisamos, portanto, preservar essa instituição, que é um orgulho para todos os pesquisadores brasileiros."

O bispo Dom José Ruy Gonçalves Lopes, da Diocese de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, emitiu uma nota sobre as eleições de 2020 orientando os fiéis a votarem contra o comunismo. "A Igreja Católica possui grande simpatia pela Democracia e grande aversão ao comunismo,  diz a sua doutrina (DSI, 160). Por isso o voto consciente é a melhor forma não apenas de reivindicar, mas de determinar o futuro da sociedade", diz a nota pública.

Apesar de o bispo justificar o posicionamento em um documento católico, o tópico 160 da Doutrina Social da Igreja, citado por ele, não trata do comunismo ou tem qualquer relação com posicionamento ideológico. Ainda na nota, o bispo diz que a Igreja Católica não possui partidos políticos e não apoia candidatos.

##RECOMENDA##

A nota pública gerou críticas de setores mais progressistas da igreja. Na publicação do texto no Facebook pela Diocese, um internauta que se identifica como padre de Minas Gerais criticou a parcialidade da mensagem. "O número dois dessa nota omite que a igreja também combate o liberalismo. Está bastante parcial nesse quesito, dando a entender que se deve votar em partidos de direita", ele escreveu.

Dom José Ruy tomou posse como quinto bispo da Diocese de Caruaru em setembro de 2019. Em 2014, quando estava à frente da Diocese de Jequié, na Bahia, publicou um texto criticando o PT por projeto da "questão de gênero". No artigo, o bispo diz que "vem se manifestar peremptoriamente contrária a esta ideologia do partido que governa a nação que deseja ‘impor’ pela maioria de sua base aliada um projeto que quer eliminar a ideia de que os seres humanos se dividem em dois sexos, afirmando que as diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos da cultura de um país, de uma época. Algo convencional, não natural, atribuído pela sociedade, de modo que cada um pode inventar-se a si mesmo e o seu sexo". 

O religioso diz que a tal 'ideologia de gênero' é baseada na análise marxista da história como luta de classes, dos opressores contra os oprimidos, "sendo o primeiro antagonismo aquele que existe entre o homem e a mulher no casamento monogâmico". Ele diz que as pessoas devem se atribuir o real valor que possuem, mesmo que seja politicamente incorreto e contrarie o "modismo imposto pela mídia e pelo governo". Também em 2014, Dom José Ruy voltou a dizer que a Igreja Católica restringe e censura o marxismo, citando dessa vez a encíclica Centesimus annus, escrita por João Paulo II um ano e meio após a queda do Muro de Berlim.

Após o novo ministro da Educação, o pastor e professor Milton Ribeiro, ter sido flagrado em um vídeo no qual defende o castigo físico de crianças como forma de educação e disciplina afirmando que elas devem ser educadas “com dor”, a 'Rede Não Bata, Eduque', movimento social que busca o fim dos castigos violentos e humilhantes, divulgou uma nota pública contra a fala do novo ministro

[@#video#@]

##RECOMENDA##

Após citar o vídeo gravado em 2016, chamado “A Vara da Disciplina”, a nota apresenta dados sobre a violência física cometida contra crianças e adolescentes no Brasil sob o pretexto de educá-las. “No ano de 2019, o Disque Direitos Humanos (Disque 100) recebeu mais 86 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes, entre as quais a violência física corresponde a 38% (33.374) das ocorrências. Setenta e sete por cento das violências são cometidas por pessoas que deveriam protegê-las, sendo 40% pela mãe, 18% pelo pai, 6% pelo padastro, 5% pelos avós e 8% outros familiares”, diz o texto. 

A nota traz também dados a respeito de onde costuma ocorrer a violência, apontando que 52% dos casos são na própria casa da vítima, e informações relativas à faixa etária. “A primeiríssima infância (0 -3 anos) correspondem a 19% (22.747), a infância (4 – 11 anos) 45% (53.207) e a adolescência 31% (36.619). Para 5% (5.781) a faixa etária não foi informada”, diz o texto. 

Diante dos números apresentados e destacando leis brasileiras que proíbem a violência física como forma de punição, como por exemplo a Lei Menino Bernardo (13.010/2014), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996), a rede criticou a atitude do agora ministro, convocando-o a assumir uma posição diferente. 

“Instamos o novo ministro da Educação, como representante do Estado, a se posicionar publicamente em favor de uma educação sem violência esclarecendo o posicionamento do governo frente aos marcos legais assumidos pelo país no que tange à defesa, garantia e promoção de direitos de crianças adolescentes. Que se comprometa com um processo educativo não violento e laico, que priorize o diálogo e a transparência, e que possa avançar em aspectos importantes para a educação brasileira, como a aprovação do Novo Fundeb Permanente, a implementação da Base Nacional Comum Curricular, com a instituição do Sistema Nacional de Educação e o cumprimento das metas e estratégias do Plano Nacional de Educação”, diz a nota. O ministro não se posicionou, até o momento, sobre as críticas.

LeiaJá também

--> Novo ministro já defendeu educar crianças 'com dor'

--> Ministro: novas universidades ensinam 'sexo sem limite'

A Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional do Ministério Público Federal (7CCR/MPF) divulgou, nesta sexta-feira (14), nota pública contrária à medida do governo federal que altera o funcionamento e a composição de órgãos do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (SNPCT). Para o MPF, as mudanças constituem dramático retrocesso no processo de afirmação e efetivação dos direitos humanos no Brasil.

O Decreto 9.831, de 10 de junho de 2019, determinou a exoneração dos onze peritos do Mecanismo Nacional de Combate à Tortura, o remanejamento de cargos e a transformação do trabalho dos peritos em "prestação de serviço público relevante, não remunerada". A 7CCR denuncia que, na prática, as medidas "destroem as condições de desenvolver as atividades essenciais para a prevenção e o combate à tortura".

##RECOMENDA##

Na nota, o MPF afirma que o SNPCT, instituído pela Lei 12.847/2013, possibilitou o desenvolvimento de um trabalho sistemático, técnico e planejado de apuração da prática de tortura. O sistema prevê instância de participação e representação social e órgão técnico, composto de peritos, para a realização de visitas a unidades de privação de liberdade. Além disso, é responsável pela elaboração de relatórios e recomendações às administrações de presídios, de penitenciárias e de estabelecimentos de internação de pessoas.

Composto, entre outros órgãos, pelo Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, o SNPCT constitui, ao lado da Lei 9.455/1997 – que tipifica o crime de tortura –, importante avanço do Estado brasileiro na prevenção e no combate à tortura, defende o MPF. De acordo com a 7CCR, as mudanças introduzidas no funcionamento e na composição desses órgãos fragilizam e enfraquecem a institucionalidade, os métodos e as estratégias nacionais de prevenção e combate à tortura no Brasil.

O coordenador da 7CCR, subprocurador-geral da República Domingos Dresch da Silveira, destaca ainda que o combate à tortura faz parte de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil no âmbito da Convenção Contra Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e do Protocolo Facultativo à Convenção contra Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU).

Atuação do MPF – Em 26 de abril de 2019, a 7CCR abriu Procedimento Administrativo (PA) de Coordenação para acompanhar as condições de funcionamento do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, o adequado financiamento de suas atividades e a efetivação das prerrogativas previstas em lei. O PA também visa propor atuação do MPF em face dos fatos relatados em diversas representações com relatos de obstaculização da atuação do MNCPT pela atual gestão do poder executivo federal.

Da assessoria do MPF

O Ministério Público Federal (MPF) lançou uma nota, nesta quarta-feira (4), classificando como “inadmissíveis” quaisquer tipo de ameaça, explícitas ou veladas, de violação à autonomia do Supremo Tribunal Federal (STF). A postura do MPF foi exposta um dia depois do comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas, ir ao Twitter dizer que o Exército "se mantém atento às suas missões institucionais" e repudia a impunidade, fazendo referência ao julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Na nota, o MPF diz que o tipo de ameaça, além de inadmissível, torna-se mais mais grave se “partem da cúpula de instituições que detêm o monopólio do uso da força armada no País”. A postura do general foi considerada como uma espécie de pressão ao Supremo, inclusive, pela reação de outros generais, como o general Paulo Chagas que declarou estar com “a espada ao lado, a sela equipada, o cavalo trabalhado e aguardo suas ordens".

##RECOMENDA##

“A mera cogitação por parte de alguns agentes do Estado e de segmentos da sociedade civil de intervenção militar contra o exercício legítimo da competência judicial pelo Supremo Tribunal Federal revela que a tarefa de consolidação democrática no processo transicional brasileiro não foi concluída”, declara o Ministério Público Federal.

No documento, o MPF também diz que o STF ao decidir sobre o habeas corpus de Lula “não deliberará entre punição ou impunidade, mas sim sobre qual interpretação confere, em última instância, a normas constitucionais sobre os direitos do acusado” e salienta, “essa missão é exclusivamente” do Supremo. 

“O Poder Executivo – por qualquer de seus órgãos de cúpula – não pode ameaçar o exercício livre da competência judicial. Um ato de ameaça ao Supremo Tribunal Federal é da mais alta gravidade constitucional e pode caracterizar, em tese, crime de responsabilidade”, crava o texto, lembrando que a sociedade civil pode se manifestar livremente sobre o assunto.  

Veja a nota na íntegra:

A democracia se constrói e se fortalece quando todas as instituições respeitam as regras do jogo, a começar pela observância da separação de poderes, nos estritos termos da Constituição Federal. Ameaças explícitas ou veladas de violação à autonomia do Supremo Tribunal Federal por parte do Poder Executivo são inadmissíveis em quaisquer hipóteses. Mais grave se partem da cúpula de instituições que detêm o monopólio do uso da força armada no País.

O Brasil completa em 2018 o trigésimo aniversário da promulgação da Constituição de 1988. Constituição restauradora da ordem democrática, a qual foi abatida em 1964, por um golpe de Estado que deu origem a graves violações aos direitos humanos, ainda mantidas impunes. A mera cogitação por parte de alguns agentes do Estado e de segmentos da sociedade civil de intervenção militar contra o exercício legítimo da competência judicial pelo Supremo Tribunal Federal revela que a tarefa de consolidação democrática no processo transicional brasileiro não foi concluída, até mesmo porque seguem pendentes os acertamentos judiciais de crimes contra a humanidade e reformas institucionais, como reiteradamente já se pronunciaram diversos órgãos e mecanismos das Nações Unidas e do Sistema Interamericano de Direitos Humanos.

O Supremo Tribunal Federal, ao decidir o Habeas Corpus nº 152752, não deliberará entre punição ou impunidade, mas sim sobre qual interpretação confere, em última instância, a normas constitucionais sobre os direitos do acusado. Essa missão é exclusivamente sua, nos termos do artigo 102 da Constituição. É extremamente saudável que a sociedade civil compreenda e livremente se manifeste, critique e debata a atividade do poder judicial e suas decisões (CF, art. 5º, IV, IX e XXXIII). A liberdade de manifestação protege, inclusive, agentes públicos que, no exercício de sua cidadania privada, se expressem sobre processos judiciais. Todavia, o Poder Executivo – por qualquer de seus órgãos de cúpula – não pode ameaçar o exercício livre da competência judicial. Um ato de ameaça ao Supremo Tribunal Federal é da mais alta gravidade constitucional e pode caracterizar, em tese, crime de responsabilidade (Lei nº 1079/50, art. 6º, 6: São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos poderes legislativo e judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados: usar de violência ou ameaça, para constranger juiz, ou jurado, a proferir ou deixar de proferir despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício). Se suposta ameaça ocorresse no plano estadual, poderia dar ensejo, inclusive, à intervenção federal (CF, art. 34, IV).

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, órgão do Ministério Público Federal, reafirma sua defesa intransigente das instituições democráticas e de respeito ao Poder Judiciário e repudia qualquer iniciativa de interferência indevida no livre exercício da missão constitucional do Supremo Tribunal Federal.

Deborah Duprat

Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão 

Domingos Sávio Dresch da Silveira

Procurador Federal Adjunto dos Direitos do Cidadão

Marlon Weichert

Procurador Federal Adjunto dos Direitos do Cidadão

João Akira Omoto

Procurador Federal Adjunto dos Direitos do Cidadão

Em defesa ao prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Vado da Farmácia (PSB), o diretório municipal do Partido Progressista (PP) emitiu nota pública à imprensa reprovando a atitude da vice-prefeita Edna Gomes (PSD). No último dia 5 de junho, a representante do governo municipal anunciou agir como oposição ao prefeito e, inclusive, prometeu fiscalizar o gestor junto com a Câmara Municipal de Vereadores da cidade. 

No Texto, o PP afirma está “indignado” com a postura da vice, apoia Vado e ainda considera o gestor como vítima de acusações levianas e calúnias. A legenda também declara confiar no socialista e o descreve como “pessoa simples, homem do povo”.

##RECOMENDA##

Confira abaixo a nota na íntegra:

Partido Progressista (PP)

Nota de apoio ao Prefeito Vado

Indignados com a postura mesquinha e injusta da senhora Edna Gomes, vice-prefeita do Cabo de Santo Agostinho, queremos por meio desta nota pública reafirmar nosso apoio e a nossa confiança no Prefeito Vado da Farmácia, pessoa simples, homem do povo, que trabalha diuturnamente para transformar o nosso querido município em um lugar cada dia melhor para vivermos.

Nos últimos dias, o Prefeito Vado tem sido vítima de acusações levianas, calúnias e difamações por parte da senhora Edna Gomes. Desesperada por ter perdido espaço político no município, ela busca aparecer na imprensa pernambucana para atacar a boa gestão municipal e, principalmente, a pessoa do nosso amigo Vado.

Ela acusa a gestão de desmonte na saúde, o que é uma falácia. Todos temos consciência de que essa questão é nacional, e o nosso Prefeito não tem medido esforços para melhorar a prestação desse serviço, tendo adquirido já na sua gestão 11 ambulâncias, contratado mais médicos e se esforçado para atender melhor a população não só do Cabo, mas também de cidades vizinhas. Muitos dos problemas foram herdados da gestão anterior, da qual a senhora Edna Gomes fez parte durante dois mandatos.

Ela alardeia aos quatro cantos que o município é o primeiro lugar no ranking de pedofilia. Devemos lembrar que esse dado se refere exatamente ao período em que a vice-prefeita era secretária de Programas Sociais. Destacamos que hoje os CRAS do Cabo são referência em Pernambuco, o que é motivo de orgulho para todos nós.

Quanto às invasões a que ela se refere, mostra que é mal informada e mal intencionada e que só torce pelo insucesso da atual gestão. Para ela, quanto pior, melhor. Na atual gestão, não houve nenhuma invasão de áreas públicas no município. Os locais invadidos foram ocupados por famílias carentes há vários anos. O Governo, nós sabemos, mantém um ótimo canal de diálogo com os sem-teto, sendo parceiro no projeto de construção de 1,5 mil moradias populares, projeto este em andamento.

A vice-prefeita critica a Prefeitura por promover este ano o Maior São João Metropolitano do Brasil, com festas no período de 11 a 29 de junho. Diz que a Prefeitura está gastando R$ 2 milhões. Quanta demagogia! A gestão passada, quando ela era secretária, pagou só de um único cachê a Ivete Sangalo R$ 490 mil por uma hora e meia de show. Naquela época, Edna Gomes não deu um pio para protestar contra esse contrato. Muitos outros artistas foram contratados a peso de ouro pelo ex-gestor.

Na gestão passada, a Secretaria de Programas Sociais foi transformada em um verdadeiro feudo pela senhora Edna Gomes. Ela queria manter esse mesmo feudo agora e como não conseguiu se revoltou. Quem conhece essa senhora de perto sabe do seu destempero e da sua forma grosseira de tratar seus subordinados. Mas na frente do público, nas ruas, passa a falsa imagem de pessoa delicada e bondosa.

Para descontentamento da vice-prefeita, reafirmamos nosso irrestrito apoio ao Prefeito Vado e a sua competente equipe, que vêm realizando um trabalho digno, sério, com transparência e respeito aos cabenses, como podemos acompanhar nas ruas e na mídia. Todo esse trabalho começa a ser apresentado à população de forma mais clara, repercutindo na sociedade. E isso tem incomodado muito a vice-prefeita e o grupo político do qual faz parte.

Ao prefeito amigo Vado, nós somos e seremos solidários, pois acreditamos no seu Governo. Estamos ao seu lado para colaborarmos no que for preciso e, assim, transformamos o Cabo de Santo Agostinho em um município cada vez mais promissor e socialmente mais justo.

Cabo de Santo Agostinho,

09 de junho de 2014.

DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO PROGRESSISTA

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando