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.O HPV (Papilomavírus Humano) é um dos principais causadores do câncer de colo do útero na mulher e do câncer do pênis ou do ânus no caso do homem. Essas doenças podem ser prevenidas de uma maneira muito simples: através da vacina distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que deve ser aplicada em meninos e meninas dos 9 aos 14 anos, preferencialmente antes do início da vida sexual. 

Na capital pernambucana, mais de 150 unidades de saúde da Prefeitura do Recife ofertam a aplicação desta vacina de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. O esquema vacinal para este imunobiológico é feito em duas doses, sendo a segunda aplicada com um intervalo de seis meses. O imunizante oferece proteção contra diversas variações do vírus HPV, incluindo para os tipos 6,11, 16 e 18.

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Esta vacina também pode ser aplicada em pessoas com condições clínicas especiais até os 45 anos (vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos), uma vez que estes grupos apresentam baixa imunidade e estão mais suscetíveis a infecções. Para isso, é preciso apresentar uma solicitação médica que comprove a necessidade de receber o imunizante. 

A coordenadora do Programa de Imunização do Recife, Elizabeth Azoubel, reforça a importância de vacinar esses grupos, especialmente os meninos e meninas. “O SUS oferece a vacina contra o HPV de forma gratuita e na rede privada cada dose tem um valor muito alto. A eficácia desse imunizante é comprovada e traz resultados na prevenção e redução das doenças provocadas por este vírus. A evidência atual mostra que, com as duas doses da vacina, a proteção é prolongada e, por isso, precisamos elevar a cobertura vacinal - especialmente entre os meninos”, ressalta.

Essa faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde é explicada porque o organismo de crianças e adolescentes, normalmente, responde melhor às vacinas do que os adultos, principalmente antes de entrarem em contato com o vírus. É importante salientar ainda que a vacina contra HPV não trata as infecções causadas pelo vírus. Nos casos em que a doença já foi detectada, é preciso iniciar o tratamento específico para cada caso, buscando sempre orientação médica adequada. Outro fator a ser destacado é que, mesmo que o esquema vacinal esteja completo, o uso do preservativo nas relações sexuais não pode ser negligenciado. 

Para agilizar a vacinação, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife recomenda que os usuários levem um documento de identificação, a carteira de vacinação e o cartão SUS ou CPF. 

DOENÇAS - O HPV é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, podendo provocar verrugas nas regiões genitais e do ânus, e câncer, a depender do tipo de vírus. É uma infecção sexualmente transmissível (IST) que, muitas vezes, não provoca sintomas. Em 2021, foram registrados 68 óbitos por câncer de colo do útero no Recife. Até junho deste ano, a cidade já soma 32 mortes causadas pela doença.

ÚTERO É VIDA - Ainda na linha de proteção contra o câncer de colo do útero, a Secretaria de Saúde do Recife iniciou, na semana passada, a implementação do Programa Útero é Vida, que está sendo desenvolvido pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) em parceria com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS). A ideia é ter uma maneira mais simples e eficaz para detectar o câncer de colo de útero e reduzir a mortalidade por este tipo de doença.

Para isso, o projeto vai realizar um novo tipo de exame que permite identificar de forma mais assertiva o DNA do HPV, (em especial HPV 16 e 18), vírus causador deste tipo de câncer, em mulheres entre 25 e 64 anos. Inicialmente, os testes serão aplicados em 1,5 mil moradoras dos Distritos Sanitários 2 e 7 da capital pernambucana. Posteriormente, o projeto será ampliado para 60 mil mulheres da cidade.

A melhor forma de prevenção do câncer de colo de útero é através da identificação precoce do vírus HPV e, atualmente, isso é feito por meio do exame mais comum, o papanicolau - que coleta uma amostra do órgão. Com o uso do Kit Nacional de Biologia Molecular, a forma de realização será mais simples: utilizando um swab (semelhante ao usado nos testes da Covid-19) que é introduzido na vagina para colher secreção sem necessidade de o instrumento tocar o colo do útero.

Da assessoria

Pesquisa inédita feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde revela que o número de consultas de meninos adolescentes, de 12 a 18 anos, ao urologista é 18 vezes menor que o de atendimentos de ginecologistas a meninas da mesma faixa etária.

Em 2021, foram registrados 189.943 atendimentos femininos por ginecologistas na faixa etária de 12 a 18 anos, contra 10.673 atendimentos masculinos por urologistas nessa mesma faixa etária. Em 2020, foram 165.925 atendimentos de meninas por ginecologistas e 7.358 atendimentos de meninos por urologistas.

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Ampliando o levantamento para a busca por atendimento médico, as meninas entre os 12 e os 19 anos vão quase duas vezes e meia a mais ao médico que os meninos da mesma idade. Números de 2020 do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) do Ministério da Saúde revelam que o acesso das meninas entre 12 e 19 anos ao SUS foi quase 2,5 vezes maior que o dos meninos: 10.096.778 de meninas, contra 4.066.710 de meninos.

Independentemente da faixa etária, o homem procura menos o médico para consultas de rotina, o que faz com que ele tenha uma expectativa de vida de menor. “As mulheres vivem, em média, sete a dez anos mais do que os homens. A gente percebeu que isso ocorre porque o homem não procura fazer os exames necessários, como as mulheres fazem”, disse o presidente da SBU, Alfredo Canalini, à Agência Brasil.

Para os médicos, não adianta fazer campanha apenas para o homem adulto, já que esse comportamento é reflexo de toda uma história de vida que começa logo depois que o menino larga o pediatra.

Canalini afirma que, ao contrário das meninas, que as mães levam à ginecologista para serem avaliadas tão logo entram na adolescência e menstruam, os meninos “ficam meio à deriva”. “O adolescente do sexo masculino não vai ao médico”.

#VemProUro

Neste mês, a SBU realiza a quinta edição da campanha #VemProUro, que enfatiza a importância de o menino ir ao médico na adolescência. Este ano, a campanha aborda a relevância dos cuidados com a saúde genital e reprodutora e visa, principalmente, os pais, para que tenham consciência da necessidade de levar não só as filhas, mas também os filhos, a um atendimento médico preventivo – e não apenas quando ficam doentes.

A campanha se engaja ainda na luta contra os cânceres provocados pelo HPV, incentivando os responsáveis a levarem seus filhos adolescentes para serem vacinados.

O coordenador da campanha, Daniel Suslik Zylbersztejn, acredita que, com o passar do tempo, a campanha contribuirá decisivamente para uma mudança de cultura de cuidados à saúde dos meninos, equiparando ao que vemos hoje nos cuidados à saúde das meninas adolescentes.

Durante o mês, serão realizadas ações online de esclarecimento à população no perfil da SBU nas redes sociais (@portaldaurologia). No site, a SBU também terá conteúdos voltados para os adolescentes.

Na avaliação do presidente da entidade, é preciso uma mudança de comportamento social. Sem o hábito de ir ao urologista quando jovens, os pais acabam não levando seus filhos homens para exames de rotina. “Investimento em saúde não é tratar mais doença, mas evitar mais doenças. Tratar da saúde de uma pessoa não é só curar essa pessoa quando ela está doente, mas é também prevenir que a doença ocorra”, avalia Canalini.  

Segundo o presidente da SBU, para cada R$ 1 gasto em medicina preventiva, economiza-se R$ 5 em tratamento de doenças avançadas. “Esse é um dado bom para a saúde pública porque significa economia do dinheiro público quando se faz um processo de prevenção de doenças e diagnóstico precoce”, alertou.

ISTs

De acordo com o coordenador do Departamento de Urologia do Adolescente, José Murillo Bastos Netto, é cada vez mais comum o atendimento, em consultório ou no serviço público de saúde, adolescentes com infecções sexualmente transmissíveis.  

Em 2020, pesquisa conduzida pela SBU com adolescentes constatou que 44% dos entrevistados não usaram preservativo na primeira relação sexual e 35% não usam, ou usam raramente, o preservativo. Quatro em cada dez meninos (38,57%) disseram não saber sequer colocar o preservativo.

“O sexo seguro passa pelo aviso de que o preservativo deve ser usado em todas as relações sexuais”, afirmou Canalini.

Entre as ISTs mais comuns estão sífilis, herpes simples, cancro mole, HPV, linfogranuloma venéreo, gonorreia, tricomoníase, hepatite B e C e HIV.

Sondagem divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho deste ano, mostra que, no período de 2009 a 2019, o percentual de escolares que usaram camisinha na última relação sexual caiu de 72,5% para 59%. Entre as meninas, a queda foi de 69,1% para 53,5% enquanto, entre os meninos, foi de 74,1% para 62,8%.

HPV

Meninos (de 11 a 14 anos) e meninas (de 9 a 14 anos) podem se vacinar contra o papilomavírus humano (HPV), a infecção sexualmente transmissível mais comum. A imunização ajuda na prevenção contra o câncer de útero nas mulheres e contra o câncer de pênis nos homens.

Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI) revelam que apenas 36% dos meninos tomaram as duas doses da vacina, contra 56,2% das meninas. A vacina contra o HPV é ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Podem se vacinar também contra o HPV homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.

Além do câncer de colo de útero e de pênis, o HPV está associado a cânceres de ânus e de orofaringe. O vírus tem uma prevalência mundial estimada em 11,7% e a faixa etária de maior prevalência é nos menores de 25 anos. Por ser uma doença na maioria das vezes assintomática e com remissão espontânea em até dois anos, muitas pessoas ignoram ter o problema e o transmitem a seus parceiros.

Consulta

Educação sexual é um dos assuntos tratados na consulta de um adolescente do sexo masculino com o urologista.

De acordo com a SBU, a consulta ao médico na idade dos 12 aos 18 anos é importante para avaliação de vários quesitos, entre eles, o desenvolvimento físico e a nutrição, condições gerais de saúde, noções sobre a higiene correta do corpo e dos órgãos genitais, identificação e medidas preventivas para o desenvolvimento de doenças futuras como os fatores hereditários e comportamentais, exame testicular e orientações sobre o autoexame para detecção de anormalidades como varicocele (veias dilatadas nos testículos que podem levar à infertilidade), hérnias, testículos mal descidos e tumores no órgão (cuja idade de maior risco começa por volta dos 14 a 15 anos).

Além desses temas, são abordadas orientações sobre ISTs, paternidade responsável e prevenção de gravidez indesejada, uso correto do preservativo, fimose, excesso de pele no pênis, dúvidas sobre sexualidade e desenvolvimento genital, avaliação da caderneta de vacinação, orientações a respeito do início da vida sexual, entre outros assuntos.

A diferença do desempenho de meninas e meninos em matemática, na educação básica, diminuiu, segundo revela relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), divulgado esta semana.

Ele analisa as diferenças de gênero em 120 países, entre eles, o Brasil. Segundo a publicação, a disparidade caiu nos últimos 20 anos, mesmo em países mais pobres e, em alguns locais, as meninas superaram os meninos nesta área. 

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Este o caso, por exemplo, da Malásia, onde a diferença é a favor das meninas em matemática: 7%. No Camboja, essa diferença é de 3%, é 1,7% no Congo e 1,4% nas Filipinas.

A publicação Deepening the debate on those still left behind, em português, Aprofundando o debate sobre os que ainda ficam para trás, é um documento de gênero anual da Unesco que analisou dados do ensino fundamental e médio, tanto de desempenho, quanto de permanência na escola. 

"Nos últimos 20 anos, avanços gigantescos foram feitos na educação de meninas e mulheres. Hoje, praticamente tanto meninas quanto meninos podem ter acesso à aprendizagem e completar os estudos – a diferença entre os gêneros é agora inferior a 1%", afirmou, no relatório, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay. 

Em relação à matemática, os dados mostram que, nos primeiros anos do ensino fundamental, os meninos têm um desempenho melhor do que as meninas, mas essa diferença de gênero desaparece ao longo do percurso escolar.

Mesmo com a redução das disparidades, os resultados mostram que preconceitos e estereótipos ainda podem afetar os resultados da aprendizagem. Os meninos ainda têm muito mais probabilidade que as meninas de estarem entre os melhores desempenhos em matemática em todos os países. 

Outra área que evidencia desigualdades é ciências. Em países de renda média e alta, as meninas têm notas significativamente mais altas em ciências, mas elas ainda são menos propensas a optar por carreiras científicas, indicando, de acordo com a publicação, que os preconceitos de gênero ainda podem ser obstáculos para a busca de educação adicional nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. 

"De fato, para que todos os alunos sejam iguais, os atores da educação devem colocar a igualdade de gênero no centro de suas ações", ressaltou Audrey.  

Em leitura, o desempenho das meninas é superior em relação à matemática e ciências. Além disso, mais meninas atingem proficiência mínima em leitura do que meninos.

A maior lacuna na educação primária está na Arábia Saudita. Enquanto 77% das meninas atingem proficiência mínima em leitura na 4ª série, esse número é de 51% entre os meninos. Na Tailândia, as meninas superam os meninos em leitura em 18%, na República Dominicana em 11% e no Marrocos, em 10%.

Mesmo em países onde meninas e meninos estão no mesmo nível de leitura nas séries iniciais, como na Lituânia e na Noruega, a diferença em favor das meninas aumenta para cerca de 15% aos 15 anos.

O relatório apontou ainda violência de gênero, gravidez e casamento precoces como motivos para mulheres abandonarem ou atrasarem os estudos. Cerca de uma a cada cinco adolescentes na Nigéria e 10% das adolescentes em Serra Leoa estão afastadas da educação por conta de casamentos ou gravidez precoces. 

A pandemia de covid-19 pode também agravar as desigualdades. "Meninos e meninas não enfrentaram as mesmas consequências em todos os países em termos de acesso e uso de dispositivos e riscos de gravidez precoce", destacou o levantamento. 

Segundo ele alguns pais ou responsáveis em Bangladesh, Jordânia e Paquistão estavam relutantes em dar às meninas acesso a smartphones. Além disso, pesquisas por telefone com jovens de 19 anos durante a pandemia mostraram que, enquanto 70% das mulheres jovens na Etiópia passaram a dedicar mais tempo a tarefas domésticas, entre os homens esse percentual era 35%. No Peru, 42% das mulheres adolescentes passaram dedicar mais tempo ao cuidado de crianças, enquanto entre as mulheres e entre os homens jovens esse percentual foi 26%. 

Para a Unesco, o combate às desigualdades de gênero deve ser feito considerando os diversos dados disponíveis e envolvendo diversos atores sociais, como políticos, pais, comunidades, empresas e líderes religiosos.

"A reforma da igualdade de gênero na educação não pode ser feita apenas pelo governo sozinho, ela requer a atenção de todos os atores", assinalou a organização. 

A operação da Polícia Civil do Rio na comunidade do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, para cumprir 56 mandados de prisão e finalizar o inquérito em andamento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), sobre o desaparecimento dos meninos Lucas Matheus, de 9 anos; Alexandre, de 11 anos e Fernando Henrique, de 12 anos, no dia 27 de dezembro do ano passado, resultou, até o momento, no cumprimento de 33 mandados de prisão.

Entre eles, 15 foram detidos na ação que começou nesta quinta-feira (9) cedo e tem a participação de 250 policiais da delegacia, do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Outros já estavam presos.

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As investigações da Polícia Civil indicaram que os meninos foram mortos por traficantes da comunidade com autorização de um chefe de facção que controla a venda de drogas na região. O motivo seria um suposto roubo de uma gaiola de passarinho pelas crianças. Moradores da comunidade do Castelar, os meninos foram vistos pela última vez, como mostraram imagens de câmeras de segurança, próximos de uma feira livre da região.

A polícia apurou que o chefe da facção na Castelar não foi informado de que se tratavam de meninos quando recebeu o pedido do gerente para a autorização. O desaparecimento dos meninos teve muita repercussão e, por isso, o traficante apontado pelo assassinato foi morto como queima de arquivo no Conjunto de Favelas da Penha, na zona norte, para não atingir os integrantes do grupo.

Durante o inquérito, após o depoimento de um homem, que denunciou a participação de um irmão no crime de ocultação dos corpos, os policiais fizeram uma operação com a participação de bombeiros para tentar localizar as ossadas em um rio da região. As equipes chegaram a encontrar uma ossada, mas não foi identificada como sendo de um dos meninos.

A Polícia Civil fará uma coletiva de imprensa, ainda nesta manhã, na Cidade da Polícia para dar informações sobre as investigações e uma linha do tempo sobre o caso.

Uma ossada foi encontrada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) enquanto a corporação fazia buscas em uma área próxima a uma ponte em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, município da região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ), local onde teriam sido deixados sacos com corpos de três meninos desaparecidos.

De acordo com informações do G1, os ossos estavam dentro de um saco preto e se assemelham a costelas. O material foi encaminhado para a perícia e deve demorar pelo menos sete dias para análise.

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As informações sobre o caso vieram através de uma denúncia feita nessa quarta-feira (28), quando um homem se apresentou à Polícia Militar acusando o irmão de ter participado da ocultação dos corpos. O fato ocorre após sete meses de investigação.

Ele foi até o 39° BPM (Belford Roxo) e relatou que as três crianças teriam sido espancadas e mortas a mando de José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como “Piranha”, e que os corpos foram levados para uma estrada próxima, culminando em uma ponte.

Após a denúncia, o outro irmão também se apresentou à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e negou as acusações.

O desaparecimento

Os meninos Lucas Matheus, 9 anos, Alexandre Silva, 11, e Fernando Henrique, 12, desapareceram no dia 27 de dezembro de 2020, após saírem para brincar em um campo de futebol ao lado do condomínio onde moram, no bairro Castelar, em Belford Roxo.

As crianças costumavam voltar para a casa depois das brincadeiras e, naquele dia, as famílias estranharam a demora e começaram as buscas por conta própria. Familiares percorreram hospitais, IML e delegacias, além de também postarem nas redes sociais fotos das crianças.

Sem pistas, as mães dos meninos foram, no dia seguinte, à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. As investigações, no entanto, só iniciaram uma semana após o crime, mesmo com a pouca idade dos desaparecidos.

A investigação

A polícia iniciou a busca por imagens de câmeras de segurança que tivessem registrado os passos dos meninos, mas nada foi encontrado. Seguindo uma lógica apontada como negligente pelos familiares das crianças e por entidades antirracistas, as primeiras testemunhas também só foram ouvidas uma semana depois do desaparecimento.

Mais de dois meses depois do sumiço, em março, os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) analisaram o material recolhido pela polícia e encontraram imagens de câmeras de segurança mostrando os meninos passando por uma rua em um bairro vizinho ao que moravam.

Os suspeitos

No dia 20 de julho, a PM prendeu um homem que, de acordo com a corporação, teria envolvimento com o caso. Apesar da detenção, o homem conhecido como “Rabicó” não consta nas investigações da Polícia Civil sobre o caso. Ele seria um traficante na comunidade Castelar, região de onde eram os meninos, e seu celular foi encaminhado para análise.

Outros dez suspeitos tornaram-se réus por torturar um homem acusado injustamente pelo sumiço dos meninos. Segundo a polícia, o rapaz é inocente e foi espancado a mando de traficantes de uma organização criminosa.

Entre os denunciados, está o tio de Lucas e Alexandre, que teria atraído o homem para uma emboscada. Além dele, está também Wiler Castro da Silva, conhecido como “Estala”, gerente do tráfico de drogas do Castelar e apontado como suspeito do desaparecimento dos menores.

Até agora, contudo, ninguém sabe o que de fato aconteceu com Lucas, Alexandre e Fernando.

O Censo Escolar 2020 mostrou, no indicador que aborda alunos com idade maior do que a esperada para a série em que estão matriculados, que os homens são maioria nesse contexto problemático. A chamada ‘taxa de distorção’ começa a ser notada a partir do terceiro ano do ensino fundamental e atinge seu pico nos anos finais.

Na comparação com o gênero, no sexto ano, os homens atingem 28,2%, enquanto as mulheres ficam com 16,8%. É nesta série onde se encontra a maior diferença entre meninos e meninas. Nos últimos anos do ensino médio, a taxa chega até 22% das matrículas, enquanto nos anos finais do nível fundamental, número chega a 26,2%. Os índices correspondem à rede pública.

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Abandonos e reprovações são as maiores causas da taxa de distorção. O processo é irreversível, uma vez que o aluno já se apresenta atrasado em relação à série que frequenta.

Já na rede privada, os índices são bem menores. Segundo o Censo Escolar 2020, as maiores taxas de distorção da rede privada são encontradas nos sétimo, oitavo e nono anos, com 5,8%, 6,2% e 6,4%, respectivamente. Os alunos do sexo masculino matriculados na rede privada também apresentam uma taxa de distorção idade-série maior para todos os anos do ensino fundamental, na comparação com as alunas.

O Censo Escolar 2020 é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e conta com a colaboração dos estados e municípios por meio das respectivas secretarias de educação.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou dados do Censo Escolar 2019 sobre a distorção idade-série, percentual que revela o número de estudantes com idade acima da esperada para a série em que estão na escola. Os números mostraram que, no último ano, houve uma redução da distorção, mas sem que o quadro geral apresentasse grandes transformações. 

De acordo com os dados apresentados pelo Inep, é no Ensino Médio que se encontra o maior percentual de distorção: 26,2%. Em relação a 2018, a queda foi de dois pontos percentuais. Tanto na rede pública quanto nas escolas privadas, são os meninos que apresentam maiores índices de distorção nos três anos do ciclo escolar. Considerando ambas as redes de ensino, é no 1º ano que se encontra a maior distorção, com 38,1% nas escolas públicas e 27,6% nas instituições particulares. 

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No Ensino Fundamental, também são os estudantes do sexo masculino que têm os maiores índices de distorção. Em 2018, a distorção total do ciclo era de 19,7%, caindo para 18,7% em 2019. As maiores taxas de distorção estão no 6º, 7º e 8º ano, com 27,6%, 27,9% e 26,1%, respectivamente. 

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Cerca de cinco garotos foram conversar diretamente com o delegado do município de Presidente Dutra, no Maranhão, para denunciar uma vizinha. Durante uma 'pelada', ocorrida na quinta-feira (9), a bola acabou batendo no portão da vizinha, que decidiu ficar o brinquedo e pôs fim à diversão.

"Pediram providências da polícia para recuperar a bola, já que a vizinha tinha se apropriado indevidamente dela. Foi um fato inusitado. Nunca tinha acontecido de crianças procurarem a delegacia para resolver esse tipo de coisa", contou o delegado César Ferro ao G1. "Mandei dizer a mulher para não subtrair mais a bola deles, senão seria chamada à delegacia", complementou. 

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Os meninos descreveram a bola como velha e murcha. Comovidos com a situação da molecada, o delegado juntou a equipe e rateou uma bola nova. O momento da entrega do presente foi divulgado.

Meninas têm melhor desempenho que meninos em leitura no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2018. Elas obtiveram 30 pontos a mais na prova, o que equivale a quase um ano de estudos de diferença em relação aos meninos. Os resultados da avaliação, que é referência mundial, foram divulgados hoje (3), pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

O resultado é a média dos países da OCDE, grupo formado por 37 países, entre eles, Canadá, Finlândia, Japão e Chile. No Brasil, não é muito diferente, as meninas tiraram 26 pontos a mais que os meninos em leitura. Elas também tiveram, entre os países da OCDE, um desempenho levemente superior em ciências, de dois pontos a mais que os meninos. No Brasil, o desempenho em ciências foi semelhante entre meninos e meninas.  

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Os meninos, no entanto, superaram as meninas em cinco pontos em matemática entre os países da OCDE. No Brasil, a diferença foi maior, de nove pontos a mais para eles, em média. 

De acordo com os dados coletados pelo Pisa, no Brasil, há diferenças entre os dois grupos na hora de escolher a profissão que vão seguir. Entre os meninos com as melhores performances em matemática ou ciências, cerca de um a cada três espera, aos 30 anos, estar trabalhando com engenharia ou como cientista. Entre as meninas, apenas um a cada cinco esperam o mesmo. 

Entre as meninas com as melhores performances, cerca de duas a cada cinco esperam trabalhar em profissões ligadas à saúde. Entre os meninos, um a cada quatro esperam seguir as mesmas carreiras. Apenas 4% dos meninos e quase nenhuma menina pretende trabalhar com profissões ligadas a tecnologia da informação e comunicação. 

O Pisa é aplicado a cada três anos e avalia estudantes de 15 anos quanto aos conhecimentos em leitura, matemática e ciências. Os países também podem optar por participar das avaliações de competência financeira e resolução colaborativa de problemas.  Em 2018, o Pisa foi aplicado em 79 países e regiões a 600 mil estudantes. No Brasil, cerca de 10,7 mil estudantes de 638 escolas fizeram as provas. 

Vida dos estudantes

No Brasil, 29% dos estudantes relataram sofrer bullying pelo menos algumas vezes por mês. Essa porcentagem é maior que a média dos países da OCDE, que é 23%. A maioria dos estudantes, 85%, no entanto, diz que é bom ajudar alunos que não podem se defender. Entre os países da OCDE, a média é 88%. 

O estudo mostra ainda que cerca de 23% dos estudantes brasileiros dizem que se sentem sozinhos na escola, enquanto a média da OCDE é 16%. 

Metade dos alunos havia faltado um dia de aula e 44% haviam chegado atrasados nas duas semanas anteriores à aplicação do Pisa. Entre os países da OCDE, apenas 21% haviam faltado e 48% chegaram atrasados. 

A maior parte dos estudantes brasileiros, 90%, diz que sempre se sente feliz e, 77%, que geralmente encontram saídas para situações difíceis. 

Pouco mais da metade dos brasileiros, 55%, diz que quando falha, preocupa-se com o que os outros pensam. O relatório diz ainda que em quase todos os sistemas educacionais analisados, inclusive no Brasil, mulheres têm mais medo de falhar que os homens. A diferença entre os gêneros, segundo a OCDE, é maior ainda entre os melhores alunos.

Apenas um ano após seu incrível resgate de uma caverna inundada na Tailândia, os adolescentes do time de futebol "Os Javalis Selvagens" participam neste domingo (23) de uma corrida de caridade para comemorar este primeiro aniversário.

Os meninos que viveram essa aventura - que vai virar filme no Netflix - juntaram-se a cerca de 5.000 corredores e ciclistas para a corrida organizada perto da caverna localizada no norte da Tailândia.

"Tem sido uma ótima experiência. Eu aprendi muito sobre os tailandeses, especialmente sobre a nossa unidade", disse um dos rapazes resgatados, Pornchai Kamluang, falando à AFP durante a corrida.

Junto com seu time de futebol de meninos pobres, Pornchai entrou em 23 de junho de 2018 em uma caverna para uma visita com seu treinador.

Eles ficaram presos lá por 18 dias, no meio da temporada de monções, enquanto era mobilizada uma operação internacional de resgate que fascinou a mídia em todo o mundo.

"Agradeço a todos os responsáveis que dedicaram seu tempo no ano passado para salvar a mim, meus meninos e eu", disse Ekkapol Chantawong, o treinador dos garotos e o único adulto.

"Ek" hoje administra a empresa 13 Thamluang, criada pelo governo para proteger os interesses dos adolescentes, como a negociação do contrato com a Netflix.

A vida da equipe tomou uma trajetória extraordinária desde que os meninos foram resgatados e removidos da caverna fortemente sedados por equipes de mergulhadores experientes.

"É importante jamais esquecer o que aconteceu no ano passado", disse o britânico Vern Unsworth, membro do trio que, milagrosamente, descobriu os jovens jogadores de futebol, amontoados em uma rocha da caverna, cercados por água.

O dinheiro obtido na corrida servirá para a reabertura da caverna de Tham Luang, ainda fechada ao público, embora o local tenha se tornado muito turístico, com venda de camisetas, chaveiros ou 'pins' com a imagem dos Javalis.

Um dos mergulhadores que ajudou a resgatar os 12 meninos e o treinador de futebol presos em uma caverna na Tailândia, em junho do ano passado, teve que ser salvo em uma gruta nos Estados Unidos. Nessa terça-feira (16), o britânico explorava uma caverna inundada no Tennessee, mas não conseguiu retornar à entrada.

Josh Brachley devia ter voltado à tarde, porém ficou preso 28 horas até ser resgatado por mergulhadores. De acordo com as informações da BBC, ele foi encontrado calmo, esperando o socorro em um bolsão de ar. "Ele estava acordado, alerta e orientado. Seu único pedido quando retornou foi que ele queria comer pizza", revelou Derek Woolbright, um dos socorristas.

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Na noite da quarta-feira (17), equipes de resgate entraram no sistema de cavernas de 120 metros de profundidade e a operação durou cerca de 1h. "Chegamos ao bolsão de ar e, chocantemente, lá estava ele, calmo. Ele apenas disse: 'obrigado, obrigado. Quem é você?", contou Sorenson, mais um responsável pelo resgate.

Já a salvo, Bratchley realizou exames e os médicos atestaram que seu quadro era "estável". O mergulhador recusou tratamento adicional.

Meninas adolescentes são duas vezes mais propensas que os meninos a apresentar sintomas de depressão em conexão ao uso das redes sociais, segundo estudo do University College London (UCL) divulgado em Londres. Ativistas pediram ao governo britânico que reconheça o risco de páginas como Facebook, Twitter e Instagram para a saúde mental dos jovens.

Uma em cada quatro meninas analisadas apresentou sinais clinicamente relevantes de depressão, enquanto o mesmo ocorreu com apenas 11% dos garotos, segundo o estudo. Os pesquisadores constaram que a taxa de depressão mais elevada é devido ao assédio online, ao sono precário e a baixa autoestima, acentuada pelo tempo nas mídias sociais.

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O estudo analisou dados de quase 11 mil jovens no Reino Unido. Os pesquisadores descobriram que garotas de 14 anos representam o agrupamento de usuários mais incisivos das mídias sociais – dois quintos delas as usam por mais de três horas diárias, em comparação com um quinto dos garotos.

Cerca de três quartos das garotas de 14 anos que sofrem de depressão também têm baixa autoestima, estão insatisfeitas com sua aparência e dormem sete horas ou menos por noite.

"Aparentemente, as meninas enfrentam mais obstáculos com esses aspectos de suas vidas do que os meninos, em alguns casos consideravelmente", disse a professora do Instituto de Epidemiologia e Cuidados da Saúde do University College London, Yvonne Kelly, que liderou a equipe responsável pela pesquisa.

Depressão

O estudo também mostrou que 12% dos usuários considerados moderados e 38% dos que fazem uso intenso de mídias sociais (mais de cinco horas por dia) mostraram sinais de depressão mais grave.

Quando os pesquisadores analisaram os processos subjacentes que poderiam estar ligados ao uso de mídias sociais e depressão, eles descobriram que 40% das meninas e 25% dos meninos tinham experiência de assédio online ou cyberbullying.

Os resultados renovaram as preocupações com as evidências de que muito mais meninas e mulheres jovens apresentam uma série de problemas de saúde mental em comparação com meninos e homens jovens, e sobre os danos que os baixos índices de autoestima podem causar, incluindo autoflagelação e pensamentos suicidas.

Os pesquisadores pedem aos pais e responsáveis políticos que deem a devida importância aos resultados do estudo. "Essas descobertas são altamente relevantes para a política atual de desenvolvimento em diretrizes para o uso seguro das mídias sociais. A indústria tem que regular de forma mais rigorosa as horas de uso das mídias sociais para os jovens", diz Kelly.

Uso excessivo das mídias sociais

A ministra adjunta para Saúde Mental e Cuidados Sociais, Barbara Keeley, afirmou que "esse novo relatório aumenta as evidências que mostram o efeito tóxico que o uso excessivo das mídias sociais tem na saúde mental de mulheres jovens e meninas [...] e que as empresas devem assumir a responsabilidade pelo que ocorre em suas plataformas".

Tom Madders, diretor de campanhas da instituição beneficente YoungMinds, diz que, embora sejam uma parte da vida cotidiana da maioria dos jovens e tragam benefícios, as redes sociais proporcionam uma "pressão maior" porque estão sempre disponíveis e fazem com que os jovens comparem "as vidas perfeitas de outros" com a sua própria.

*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)

A Tailândia concedeu, nesta quarta-feira (8), nacionalidade a quatro dos adolescentes presos em uma caverna no país do Sudeste Asiático, os quais eram apátridas.

Os 12 menores, com idades entre 11 e 16 anos, membros da equipe de futebol "Javalis Selvagens", ficaram presos de 23 de junho a 10 de julho na caverna de Tham Luang, uma das maiores da Tailândia.

Depois de um resgate no qual todos saíram vivos e que foi considerado quase um milagre, eles ficaram uma semana hospitalizados e, depois, foram enviados para um templo budista. Saíram de lá no sábado passado, com as cabeças raspadas, mas sem a veste de principiantes que usavam quando entraram.

Durante as operações de resgate, informou-se que quatro dos garotos não tinham nacionalidade tailandesa, o que aumentou a pressão sobre o governo para que lhes fosse concedida.

"Hoje, todos vocês têm nacionalidade tailandesa", proclamou o chefe do distrito de Khanakham, Mae Sai, durante uma cerimônia nesta quarta, durante a qual foi entregue a documentação de identidade.

Na Tailândia, vivem cerca de 480.000 pessoas apátridas. A maioria é oriunda de tribos nômades e de outros grupos étnicos presentes em territórios próximos à fronteira, como Mianmar, Laos e o sudeste da China.

A família de um dos meninos presos na caverna é do estado de Wa, uma região autônoma de Mianmar.

Os 13 meninos resgatados de uma caverna na Tailândia têm uma difícil luta pela frente para voltar à normalidade.

Eles ficaram separados de suas famílias durante duas semanas, sem luz e sem comida, cercados por uma água turva que os envolveu nos túneis até sua saída, sem sequer saber, ao longo de nove dias, se conseguiriam sair da gruta.

Apesar de tudo, os garotos se encontram em bom estado físico e mental, como relataram as autoridades, baseando-se nos boletins do hospital Chiang Rai, onde estão em recuperação.

Nos próximos meses, porém, é que devem vir à tona pesadelos, sensação de claustrofobia, tristeza, ou ataques de pânico, comuns após uma experiência tão traumática - afirmam especialistas ouvidos pela AFP.

"Depois de semelhante angústia, o traumatismo pode emergir quando se está no escuro, em um quarto fechado, quando se deve passar por um scanner, ou mesmo nadando", explica Jennifer Wild, do Centro de Estudos sobre Ansiedade e Traumatismos, em Oxford, sobre o drama vivido pelos meninos.

- Abalo emocional -

"Se, depois de um mês, alguns continuarem abalados, deverão ser observados de perto pelos médicos", analisa Yongyud Wongpriromsarn, especialista em saúde mental do Ministério da Saúde, referindo-se ao fato de que pode aparecer um estresse traumático um mês depois da experiência sofrida.

"É importante que os garotos se concentrem no fato de que foram salvos, em vez de imaginar o que lhes poderia ter acontecido", afirma Jennifer Wild.

A presença de seu jovem treinador de 25 anos, que passou temporadas em monastérios budistas, foi um fator tranquilizante, destacam as autoridades.

"Estavam todos juntos, como uma equipe, ajudando-se. Seu treinador ajudou muito a enfrentar a situação", destacou nesta quarta Thongchai Lertwilairatanapong, do Ministério da Saúde, em entrevista coletiva no hospital de Chiang Rai, onde estão internados.

Os garotos estão isolados no hospital, ainda sem poderem ver seus pais. Por enquanto, podem se comunicar apenas pelo vidro.

Na escola de Mae Sai, onde a maioria deles estuda, seus colegas esperam ansiosos por seu regresso.

"Ajudar os demais no grupo, pensar no futuro, voltar para a escola e para sua comunidade são progressos fundamentais", explica o chefe do Departamento de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Boonruang Triruangworawat, afirmando que os meninos terão acompanhamento psicológico durante vários meses.

Enquanto os socorristas criticaram a imprensa, a Polícia anunciou ontem a abertura de uma investigação, depois que dois drones usados por veículos de comunicação para obter imagens dos rapazes na segunda-feira atrapalharam o trabalho dos helicópteros que retiravam os garotos.

Nesse sentido, os especialistas advertem sobre os riscos de uma excessiva exposição midiática, e recomendam evitar qualquer sessão de fotos, ou de entrevista dos meninos, que devem ser protegidos da imprensa.

"Os meninos não deveriam dar entrevistas, ou terem suas fotos tiradas, durante um bom período de tempo", recomenda Andrea Danese, psiquiatra e pesquisador especializado em Estresse da King's College de Londres, citado pelo Science Media Centre.

Após ficarem presos por 18 dias em uma caverna na Tailândia, todos os 12 meninos integrantes de um time de futebol e seu treinador foram resgatados com vida. A operação contou com mais de 1,3 mil voluntários e militares, tailandeses e estrangeiros, e foi concluída nessa terça-feira (10).

Os jovens perderam cerca de dois quilos durante o período em que passaram dentro da caverna, sem acesso à luz e a alimentos. Todos estão internados, mas – segundo os médicos – não correm grandes riscos de saúde. Dois apresentaram sinais de pneumonia.

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Por enquanto, o contato dos parentes com os meninos ocorre apenas através de uma janela. As visitas só devem ser autorizadas nos próximos dias, quando houver confirmação de que não há infecções.

Confira no vídeo abaixo alguns momentos dentro da caverna:

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A Tailândia celebrava nesta quarta-feira (11) o sucesso da perigosa missão de resgate de 12 meninos e seu técnico de futebol que passaram duas semanas em uma caverna inundada e agora se recuperam em um hospital.

Os integrantes da equipe de resgate, mergulhadores estrangeiros e oficiais da Marinha tailandesa, são considerados heróis por terem conseguido retirar os meninos da caverna de Tham Luang, norte da Tailândia, onde o grupo ficou preso em 23 de junho pelo aumento do nível da água na caverna.

Os meninos, de 11 a 16 anos, e seu treinador, de 25, foram retirados da caverna em uma operação que durou três dias. Os últimos cinco saíram do local na terça-feira à noite.

O termo "Hooyah", herdado da Marinha americana e que tem como objetivo levantar os ânimos, era repetida nas redes sociais tailandesas. "Missão cumprida!", destacou o jornal The Nation.

Durante 18 dias, a Tailândia e o resto do planeta acompanharam com grande expectativa a odisseia do time "Javalis Selvagens". As chuvas na região próxima da fronteira com Mianmar e Laos tornaram a intervenção ainda mais urgente.

Os jovens jogadores passaram nove dias na caverna, até que dois mergulhadores britânicos localizaram o grupo na segunda-feira da semana passada. Exaustos, os meninos e os técnicos estavam em uma rocha, a mais de quatro quilômetros da entrada da ampla rede subterrânea.

As equipes de emergência passaram então a examinar desesperadamente todas as soluções possíveis, como perfurar túneis na montanha ou fazer o grupo esperar durante semanas na caverna, até o fim da temporada das chuvas de monções.

Mas a ameaça de novas tempestades e a redução do nível de oxigênio na área de refúgio levaram as autoridades a optar pelo resgate mais perigoso. O trajeto estava repleto de obstáculos e era necessário mergulhar em túneis inundados e superar passagens estreitas.

Treze mergulhadores estrangeiros e oficiais tailandeses retiraram os meninos em três grupos. Cada saída era celebrada com a exclamação "Hooyah" na página no Facebook da Marinha tailandesa.

O termo virou rapidamente uma hashtag e dominou as redes sociais, nas quais políticos, atletas e empresários demonstraram sua felicidade e elogiaram os meninos e os socorristas.

Os jovens estão em quarentena no hospital de Chiang Rai. Apesar de todas as dificuldades, eles estão em bom estado físico e mental, informaram as autoridades sobre os primeiros resgatados.

Centenares de estudantes se reuniram nesta quarta-feira diante do hospital, onde os resgatados devem permanecer por algumas semanas.

Liderados por um professor, os alunos cantaram para agradecer a todos que contribuíram para o sucesso da missão.

As autoridades não revelaram os detalhes precisos da missão, na qual um ex-integrante da Marinha tailandesa faleceu na semana passada. Uma prova da dificuldade da operação, o mergulhador morreu asfixiado quando tentava sair da caverna.

Todos os 12 meninos e seu técnico de futebol foram resgatados na Tailândia, depois de passarem 18 dias em uma caverna profunda, informou o comando de elite dos Seals da Marinha nacional no Facebook, acrescentando que todos estão a salvo.

"Todos os 12 dos 'Javalis Selvagens' e o técnico foram extraídos da caverna", afirma o post, que acrescenta a expressão comemorativa do comando "Hooyah".

Os meninos que integram um time de futebol e que estão sendo resgatados de uma caverna inundada na Tailândia não poderão viajar para assistir à final da Copa do Mundo na Rússia, em 15 de julho, a convite da Fifa, informaram os médicos.

"Não podem viajar, devem permanecer no hospital durante um tempo", declarou Thongchai Lertwilairatanapong, funcionário do ministério da Saúde da Tailândia, em uma primeira entrevista coletiva sobre o estado de saúde dos menores de idade.

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"É provável que assistam pela televisão", completou durante a entrevista no hospital de Chiang Rai.

Oito jovens dos 13 presos na caverna foram resgatados e estão em quarentena no hospital, onde passam por uma série de exames e são monitorados para saber se contraíram infecções. Dois têm sintomas de pneumonia. Todos usam óculos escuros para evitar a luz do dia.

Os meninos entraram na caverna há duas semanas, sem mantimentos, e estão fracos, embora no conjunto seu estado de saúde seja considerado bom. Os últimos cinco integrantes devem sair nas próximas horas.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, convidou os meninos para assistir a final da Copa em uma carta divulgada no dia 6 de julho.

"Se, como todos desejamos, se reencontrarem com suas famílias nos próximos dias e sua saúde permitir que façam a viagem, a Fifa ficaria feliz de convidá-los para assistir a final do Mundial-2018", escreveu Infantino em uma carta enviada ao presidente da Federação Tailandesa de Futebol.

Uma 11ª pessoa foi resgatada nesta terça-feira (10) da caverna inundada na Tailândia, informaram diversas fontes à AFP, no terceiro dia da dramática operação de resgate para salvar os 12 meninos e seu técnico presos há mais de duas semanas na gruta.

"O 11º está fora", disse à AFP uma fonte da Marinha que pediu anonimato, mas não confirmou se era um dos meninos ou o treinador de 25 anos.

Um funcionário do governo da província de Chiang Rai afirmou que "o 11º foi levado para o hospital de campanha".

As equipes de resgate da Tailândia tiraram mais quatro adolescentes da caverna de Tham Luang, no norte do país, nesta segunda-feira (9). Com isso, o número de jovens salvos chega a oito.

Outros quatro garotos já haviam sido resgatados da gruta no último domingo (8), e mais quatro, além de seu treinador em um time de futebol juvenil, seguem presos na caverna e devem ser tirados nesta terça-feira (10), segundo a "CNN". O balanço, ainda não confirmado oficialmente, é da imprensa local.

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As operações de resgate foram retomadas na manhã desta segunda-feira, apesar de um pequeno aumento no nível da água por causa das chuvas do último domingo. O grupo está preso em Tham Luang desde 23 de junho, quando tempestades alagaram alguns trechos do complexo de grutas e impediram sua saída.

O resgate só foi possível após os socorristas terem bombeado milhões de litros de água, mas, ainda assim, há necessidade de imersão completa em determinadas partes. Os jovens e o treinador estão a 1,7 quilômetro da base de socorro mais próxima e a 4 quilômetros da saída da caverna.

No trajeto, eles são acompanhados por dois mergulhadores de elite cada um. Assim que saem da gruta, os jovens são levados para um hospital na província de Chiang Rai. Os quatro resgatados no último domingo estão em boas condições de saúde, mas ainda não puderam ter contato com os pais por causa do risco de infecção.

Os meninos e seu técnico receberam ao longo dos últimos dias aulas de natação e mergulho, que os prepararam para uma imersão considerada arriscada até mesmo para profissionais, tanto que um mergulhador voluntário morreu por falta de oxigênio enquanto voltava de Tham Luang.

As autoridades também consideraram cavar um túnel até a caverna, que fica a 800 metros da superfície, mas a complexidade da obra e o risco de desabamento fizeram essa hipótese ser descartada.

Outra opção seria esperar o complexo de grutas ficar completamente seco, mas isso poderia levar meses. 

Da Ansa

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