Tópicos | distorção idade-série

O Censo Escolar 2020 mostrou, no indicador que aborda alunos com idade maior do que a esperada para a série em que estão matriculados, que os homens são maioria nesse contexto problemático. A chamada ‘taxa de distorção’ começa a ser notada a partir do terceiro ano do ensino fundamental e atinge seu pico nos anos finais.

Na comparação com o gênero, no sexto ano, os homens atingem 28,2%, enquanto as mulheres ficam com 16,8%. É nesta série onde se encontra a maior diferença entre meninos e meninas. Nos últimos anos do ensino médio, a taxa chega até 22% das matrículas, enquanto nos anos finais do nível fundamental, número chega a 26,2%. Os índices correspondem à rede pública.

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Abandonos e reprovações são as maiores causas da taxa de distorção. O processo é irreversível, uma vez que o aluno já se apresenta atrasado em relação à série que frequenta.

Já na rede privada, os índices são bem menores. Segundo o Censo Escolar 2020, as maiores taxas de distorção da rede privada são encontradas nos sétimo, oitavo e nono anos, com 5,8%, 6,2% e 6,4%, respectivamente. Os alunos do sexo masculino matriculados na rede privada também apresentam uma taxa de distorção idade-série maior para todos os anos do ensino fundamental, na comparação com as alunas.

O Censo Escolar 2020 é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e conta com a colaboração dos estados e municípios por meio das respectivas secretarias de educação.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou dados do Censo Escolar 2019 sobre a distorção idade-série, percentual que revela o número de estudantes com idade acima da esperada para a série em que estão na escola. Os números mostraram que, no último ano, houve uma redução da distorção, mas sem que o quadro geral apresentasse grandes transformações. 

De acordo com os dados apresentados pelo Inep, é no Ensino Médio que se encontra o maior percentual de distorção: 26,2%. Em relação a 2018, a queda foi de dois pontos percentuais. Tanto na rede pública quanto nas escolas privadas, são os meninos que apresentam maiores índices de distorção nos três anos do ciclo escolar. Considerando ambas as redes de ensino, é no 1º ano que se encontra a maior distorção, com 38,1% nas escolas públicas e 27,6% nas instituições particulares. 

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No Ensino Fundamental, também são os estudantes do sexo masculino que têm os maiores índices de distorção. Em 2018, a distorção total do ciclo era de 19,7%, caindo para 18,7% em 2019. As maiores taxas de distorção estão no 6º, 7º e 8º ano, com 27,6%, 27,9% e 26,1%, respectivamente. 

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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Claro divulgaram, nesta quinta-feira (31), uma pesquisa chamada “Reprovação, distorção idade-série e abandono escolar - Dados do Censo Escolar 2018”, O levantamento apresenta dados das escolas públicas municipais e estaduais do Brasil. Os resultados revelaram um cenário preocupante: 3,5 milhões de estudantes foram reprovados ou abandonaram a escola em 2018. 

Segundo a pesquisa, 912.527 estudantes deixaram as escolas e 2,6 milhões foram reprovados por unidades de ensino municipais e estaduais. O estudo também revela que os meninos têm uma chance 64% maior de repetir de ano na comparação com as meninas. 

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Estudantes autodeclarados negros, indígenas e pardos são mais reprovados que os estudantes brancos. Mais de 453 mil pretos e pardos abandonaram escolas estaduais e municipais em 2018, enquanto esse número foi de 181 mil para estudantes brancos.

Estudantes com deficiência também são apontados como um grupo mais sensível à reprovação: têm 59% mais chances de serem reprovados, com uma taxa de reprovação de 13,82%, versus 8,68% de alunos sem deficiência. No que diz respeito à distribuição geográfica, há mais estudantes com distorção idade-série nas regiões Norte e Nordeste do país, apresentando 54,8% das crianças e adolescentes com dois anos de atraso ou mais.

O atraso escolar afeta mais de 383 mil crianças e adolescentes com deficiência, o que corresponde a mais de 48,9% das matrículas. As duas regiões também apresentam altas taxas de abandono escolar: 460 mil estudantes do ensino médio em 2018, representando 7% de todos os alunos matriculados nesse nível de ensino. 

Curso para escolas

O curso online “Trajetórias do Sucesso Escolar” foi criado pelas instituições que realizaram a pesquisa, segundo a Unicef, com o objetivo de auxiliar gestores de rede, gestores escolares e professores no diagnóstico, adesão e desenvolvimento de estratégias para o enfrentamento da cultura do fracasso escolar e planejamento. O site do curso permite que o usuário identifique recortes de dados por região, Estado, município, e escolas específicas, obtendo dados sobre reprovação, distorção idade-série e abandono escolar referentes a cada unidade de ensino.

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