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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, rebateu os ataques contra o Congresso Nacional nas redes sociais e disse que essas brigas paralelas são comandadas por integrantes do chamado “gabinete do ódio”, composto, segundo o democrata, por assessores do presidente que agem como “marginais”. 

“Essas brigas paralelas comandadas por um gabinete do ódio, comandadas por assessores do presidente que são mais marginais do que assessores do presidente, não vão de forma nenhuma mudar atitudes do Parlamento brasileiro. Continuamos votando. Nós que aumentamos o valor da renda mínima”, declarou o presidente da Câmara em entrevista ao programa 'Canal Livre', da Band, na madrugada desta segunda-feira (6). 

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A renda mínima, citada por Maia, é o auxílio emergencial que no projeto do governo enviado ao Congresso determinava o repasse de R$ 200 aos informais. O valor aprovado, após acordo com o governo, foi de R$ 600.

Seguindo a linha crítica à gestão do presidente Jair Bolsonaro, Maia reforçou o que vem pontuando nos últimos dias, que o governo é lento para reagir à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. 

“Em vez de ficar fugindo da sua responsabilidade, em vez de ficar criando conflitos e insegurança com a sociedade, o Palácio do Planalto poderia estar atuando e atuando para salvar vidas, empregos, salvar a renda dos mais vulneráveis. Mas, infelizmente, alguns no Palácio preferem, junto com o presidente, esse gabinete do ódio, continuar conflitando com Parlamento e Supremo do que dar soluções. Talvez porque não saibam onde encontrá-las”, disse Maia, sendo irônico. 

Quanto aos ataques oriundos do “gabinete do ódio”, Rodrigo Maia disse que são financiados por empresários e orientados pelo escritor Olavo de Carvalho. Inclusive, segundo Maia, com direcionamentos a membros da própria Presidência, como o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. 

Além disso, o presidente da Câmara ainda alertou que se o país tiver uma curva de contaminação e letalidade igual a de outros da Europa e o presidente seguir orientando o fim do isolamento social, poderá responder legalmente por isso. 

“Ele [Bolsonaro] acaba, sem dúvida nenhuma, atrapalhando. Claro que ele não escreve [o que defende], porque a assessoria dele não deixa, porque uma decisão de assinar um documento desses... Se o Brasil tiver problemas parecidos, e parece que teremos, com o de outros países, se ele [presidente] assinar alguma orientação formal que vá contra a orientação de seu próprio ministro e da OMS, certamente ele responderá pessoalmente a essa decisão de liberar o isolamento sem ter um embasamento legal para isso”, frisou.

Um motociclista morreu na Marginal do Pinheiros, na zona sul de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (18) após sofrer um acidente. Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima, que era um agente penitenciário, estava nas proximidades da Estação Berrini, no sentido da rodovia Castelo Branco, quando se acidentou. No momento, chovia na região.

A ocorrência foi registrada às 0h56 desta segunda-feira e encaminhada ao 27º DP, localizado em Campo Belo, também na zona sul da capital paulista.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu não acatar o pedido da Associação Ciclocidade, que entrou com um pedido de liminar para impedir o aumento da velocidade nas Marginais, promessa de campanha de João Doria. Segundo a desembargadora Flora Maria Nesi Tossi Silva, não existem motivos para impedir a implantação do Programa Marginal Segura, por não haver inconstitucionalidade ou ilegalidade no aumento de velocidade.

Segundo a ação movida pela Ciclocidade, a mudança nos limites de velocidades nas principais vias da cidade contraria diretrizes internacionais de segurança no trânsito que foram assinadas e fazem parte de incentivos a políticas públicas de prevenção de acidentes. De acordo com a Polícia Militar, foram registradas entre fevereiro e abril deste ano 396 ocorrências relacionadas a acidentes de trânsito. No mesmo período de 2016, foram 277 ocorrências.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem estudos sobre o impacto das alterações de regras de trânsito. Segundo a pesquisa, o risco de um pedestre morrer em uma colisão com um carro a 50 km/h é de 20%, subindo para 60% quando o carro o atinge a 80 km/h. A OMS recomenda que a velocidade máxima em zonas urbanas seja de 50 km/h.

Um motociclista morreu após ser atingido por dois carros na Marginal do Pinheiros no início da noite desta terça-feira, 6. O acidente aconteceu pouco antes das 18 horas, na pista local (Avenida das Nações Unidas), na altura da Ponte Estaiada, sentido Interlagos, na zona sul de São Paulo.

Segundo informou o Corpo de Bombeiros, quando o resgate chegou ao local a vítima, um homem de 34 anos já estava sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que tentava reanimar a vítima. A morte foi comunicada às 18h30.

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Mais uma

Essa é a 11ª morte de motociclistas desde o começo do ano nas Marginais do Tietê e do Pinheiros, mas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), nenhum dos acidentes tem relação com a velocidade dos veículos.

Uma mulher morreu e um homem ficou ferido na madrugada desta sexta-feira (12), após colidirem a moto contra uma mureta na Marginal do Pinheiros, depois da Ponte do Morumbi, zona Sul da cidade de São Paulo.

O Corpo de Bombeiros recebeu o chamado às 2h48 desta sexta e enviou quatro viaturas ao local. O homem foi socorrido consciente, com ferimentos, à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campo Limpo. A morte da mulher foi constatada na hora pelo médico da Unidade de Suporte Avançado (USA).

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A pista ficou congestionada até a manhã desta sexta. Segundo cálculos do aplicativo Waze, o trânsito estava moderado na região por volta das 6h40, e fluía a pouco mais de 35Km/h neste horário.

A Polícia Militar atendeu 367 ocorrências de acidente de trânsito com vítimas nas Marginais do Tietê e do Pinheiros no primeiro trimestre deste ano, segundo dados da PM divulgados nesta quinta-feira, 27. O número representa aumento de 56% ante o total de ocorrências atendidas nos três primeiros meses de 2016, 133 casos.

Os limites de velocidade nas Marginais foram alterados em 25 de janeiro deste ano, em cumprimento a promessa de campanha do prefeito João Doria (PSDB). Nas pistas expressas, os limites foram aumentados de 70 km/h para 90 km/h. Nas pistas centrais, de 60 km/h para 70 km/h. Já nas pistas locais, de 50 km/h para 60 km/h.

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Para reduzir esses índices, a PM prepara uma operação especial de blitz da lei seca, as chamadas Operações Direção Segura, nas vias expressas a partir desta quinta. "A Operação Direção Segura, popularmente conhecida como Blitz da Lei Seca, faz parte de um conjunto de ações que estão sendo desenvolvidas pelo Comando de Policiamento de Trânsito durante a semana", informa a corporação, em nota. O CPTran faz aniversário nesta semana.

A operação "terá o objetivo de intensificar as ações de polícia ostensiva na maior e mais movimentada via urbana do País, fiscalizando os condutores suspeitos de estarem dirigindo sob efeito de álcool, a fim de garantir o cumprimento das normas relativas à segurança, previstas no Código de Trânsito Brasileiro, evitando acidentes e preservando vidas no trânsito", diz a PM.

Serão 83 policiais envolvidos nas blitze, que começam a partir das 23 horas. Os PMs serão distribuídos por 11 pontos de fiscalização.

Balanço divulgado nesta sexta-feira, 3, pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo aponta que houve 57 acidentes nas Marginais do Tietê e do Pinheiros na primeira semana de aumento dos limites de velocidade nas duas vias expressas.

Segundo nota da companhia, em 19 casos, os acidentes resultaram em pessoas feridas -- a CET ainda contabiliza o total de feridos. Os demais 38 casos foram de acidentes sem vítimas.

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"É necessário ressaltar que esses dados são os operacionais, ou seja, baseados em atendimentos realizados pelas equipes da CET em campo, nas marginais. Portanto, não podem ser usados para comparar com os dados de acidentes consolidados, que são divulgados anualmente no site da CET", diz a companhia, em nota.

A CET comparou a média da última semana com as médias anuais históricas para afirmar que o total ficou abaixo da média. Janeiro, entretanto, já é um mês atípico, com eventos como férias escolares.

Na média, as pistas registram 46 acidentes sem vítimas e 16 com feridos.

O secretário de Transportes de São Paulo, Sérgio Avelleda, afirmou nesta sexta-feira, 27, que a Prefeitura errou ao divulgar dados sobre os acidentes e mortes na marginais na última quinta-feira, 26.

A mensagem enviada pela Secretaria de Comunicação informou que 28 pessoas morreram, 7 a mais que as 21 divulgadas pelo secretário na última quarta-feira, 25.

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Segundo Avelleda, as 21 mortes que ocorreram entre janeiro e setembro de 2016 são o dado válido para a estatística das mortes nas marginais em 2016. O balanço não considera apenas os dados dos agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mas outras fontes como boletins de ocorrência da Polícia Militar (PM) e dados de hospitais.

"Por um erro da Secretária de Comunicação foram divulgados apenas os dados operacionais apurados pelos agentes nas vias, esses números não são usados para fins estatísticos porque muitas ocorrências são detectadas por outros órgãos e nós esperamos a consolidação dessas informações", afirmou Avelleda.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou nesta quarta-feira, 25, dados que mostram que as mortes nas marginais Tietê e Pinheiros, em São Paulo, caíram 57,14% quando comparado ao Relatório de Acidentes de Fatais de 2015 com 2016, durante a gestão de Fernando Haddad (PT).

Com o aumento das velocidades máximas nas marginais sendo implantado nesta madrugada, o risco de acidentes voltou a debate. A maior queda no número de mortes foi na marginal Pinheiros, em 2015 foram 19 mortes, já em 2016 o número caiu para 7. O número representa uma redução de 63,15% nas mortes em 2016 quando comparado ao ano anterior, segundo divulgou o secretário de mobilidade e transportes municipais, Sérgio Avelleda.

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Avelleda afirmou nesta quarta-feira, 25, que as vias continuarão a ser monitoradas após a implantação do programa que aumentou as velocidades máximas nas marginais.

Um carro em alta velocidade bateu em um veículo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na Marginal Pinheiros, sentido Rodovia Castelo Branco, na pista expressa, perto da Ponte Cidade Jardim, por volta das 6h30 desta quarta-feira (25).

De acordo com a CET, o veículo bateu em uma mureta e, em seguida, atingiu a traseira da viatura. Os agentes acompanhavam equipe de sinalização na via para implementação do programa Marginal Segura que tem, como principal medida, o retorno às velocidades de até 90 km/h nas vias.

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O caso foi atendido pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), mas ainda não há informações sobre o motorista.

Mudanças

Começam a valer nesta quarta-feira (25), aniversário da capital paulista, os novos limites de velocidade das Marginais do Tietê e do Pinheiros. Após obter aval da Justiça, o prefeito João Doria (PSDB) cumpre promessa de campanha e elevar para até 90 km/h o máximo permitido nas pistas expressas.

Nas faixas centrais da Tietê, os motoristas podem agora trafegar a até 70 km/h e nas locais, com exceção da faixa mais à direita que permanece a 50 km/h, o limite volta a ser de 60 km/h. Os radares das vias já foram ajustados.

A mudança anunciada desde o ano passado só foi possível após a desembargadora Flora Maria Nesi Tossi Silva, da 13ª Câmara de Direito Público, derrubar nesta terça-feira, 24, decisão liminar que suspendia as mudanças a pedido da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade).

Em sua decisão, Flora afirma que "a segurança no trânsito não deriva exclusivamente da velocidade imposta para circulação de veículos em vias marginais, mas também e, essencialmente, da educação de seus usuários, bem como da fiscalização exercida pelo poder público".

O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Sérgio Avelleda, afirmou nesta quinta-feira, 19, que os motoristas irão economizar 15 minutos para percorrer as marginais Tietê e Pinheiros com o aumento de velocidade das vias no próximo dia 25.

O número faz parte de um estudo que a Prefeitura de São Paulo promete divulgar nesta quinta-feira, 19, no site da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A velocidade será aumentada para 90 hm/h na pista expressa, 70km/h na central e 60km/h na local. O aumento das velocidades nas marginais foi uma das promessas de campanha do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), as novas placas já começaram a serem instaladas.

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A redução de 15 minutos é superior aos 4 minutos que os motoristas tinham perdido com a redução da velocidade realizada em 2015, segundo técnicos da gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). A prefeitura começou nesta semana a troca das placas.

Dados divulgados pelo CET em outubro de 2016 indicavam que o número de vítimas fatais nas rodovias Tietê e Pinheiros caíram em 52% com a redução da velocidade nas marginais.

Os membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte de São Paulo cobraram hoje (12) participação popular na decisão sobre o aumento da velocidade das marginais Tietê e Pinheiros. Criado em 2013, o conselho é um órgão consultivo da Secretaria Municipal de Transportes composto por membros indicados pela sociedade civil, pela prefeitura e eleitos segundo critérios de distribuição geográfica da população.

Um terço dos conselheiros, 21 membros, enviou um pedido de reunião extraordinária com o secretário municipal de Transportes, Sérgio Avelleda, para discutir o tema. O encontro oficial não foi marcado, mas o titular da pasta recebeu o grupo para discutir a relação entre a secretaria e o conselho na nova gestão.

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Segundo o chefe de gabinete do secretário, João Manoel de Barros, a reunião oficial não foi convocada porque a prefeitura ainda não indicou os novos representantes no colegiado. “Vamos prezar pelo diálogo e para que o conselho seja consultado sempre”, ressaltou após o encontro.

No dia 20 de dezembro do ano passado, antes mesmo de assumir o cargo de secretário de Transportes, Sérgio Avelleda anunciou a volta dos limites de até 90 quilômetros por hora (km/h) para as marginais Tietê e Pinheiros.

A elevação dos limites de velocidade foi uma promessa feita durante a campanha pelo prefeito João Doria. A gestão anterior havia reduzido as máximas permitidas não só nas marginais, como em diversas ruas e avenidas da cidade, como parte de um programa de segurança no trânsito.

Uma reunião para apresentar oficialmente o plano ao conselho deve ser convocada na próxima semana, antes das medidas entrarem em vigor, o que está previsto para o dia 25 de janeiro.

Para o conselheiro Vitor Leal, a decisão sobre o aumento das velocidades traz um grande impacto para a cidade e não poderia ter sido tomada sem um diálogo com a sociedade. “Baseado em que está se tomando essa decisão? Uma promessa de campanha sem discussão com a sociedade e com o conselho participativo”, reclamou.

Marina Harkot, também conselheira, ressaltou que os dados indicam que a redução da velocidade nas vias expressas foi acompanhada de uma queda no número de acidentes e mortes. “A gente acredita que as mortes vão aumentar”, afirmou, ao falar sobre os riscos da mudança proposta pela gestão atual.

Redução de acidentes

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou, em outubro, um balanço que mostrou queda de 52% no número de acidentes fatais nas marginais Tietê e Pinheiros, durante o primeiro ano de implantação da redução de velocidade nas duas vias. De julho de 2014 a junho de 2015, foram registrados 64 acidentes com mortes. De julho de 2015 a junho de 2016, ocorreram 31.

A queda foi influenciada, principalmente, pela redução dos atropelamentos fatais, que passaram de 24 ocorrências – de julho de 2014 a junho de 2015 – para apenas uma ocorrência no período equivalente até 2016, redução de 95,8%. Já os acidentes com mortes envolvendo veículos caíram de 40 para 30 ocorrências, diminuição de 25%.

Para compensar a elevação dos limites, que ficaram em 90 km/h nas pistas expressas e 60 km/h nas pistas locais, a administração municipal pretende desenvolver uma série de medidas. Entre elas está o limite de 50 km/h apenas para a faixa da direita das pistas locais, onde são feitas as conversões e circularam ônibus.

Sérgio Avelleda, futuro secretário de transportes da cidade de São Paulo na administração João Doria (PSDB), anunciou nesta terça-feira, 20, que a partir do dia 25 de janeiro de 2017, o limite de velocidade das marginais Tiête e Pinheiros subirá.

Na pista expressa das duas marginais o limite volta a ser 90km/h para veículos leves, na pista central da Marginal Tiête (não há pista central na Pinheiros) será de 70km/h e nas pistas locais, 60km/h. Na faixa da direita da pista local a velocidade será mantida em 50km/h.

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Em julho de 2015, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) reduziu o limite das rodovias e após um ano o números de mortos e feridos caiu em 37%.

O prefeito eleito João Doria (PSDB) decidiu manter a velocidade máxima limitada a 50 km/h ao longo das faixas da direita das pistas locais das Marginais do Pinheiros e do Tietê. Nas demais, ele afirma que haverá a ampliação da velocidade para 60 km/h, assim como a volta dos limites antigos nas pistas centrais e expressas. Segundo o tucano, a decisão facilitará o entendimento dos motoristas e evitará o aumento de multas do tipo "pegadinha".

"Do ponto de vista da comunicação e, principalmente, para que a população pudesse compreender melhor e não ser surpreendida com o tema do radar, mesmo sinalizando bem, julgamos mais razoável manter toda a pista lateral direita a 50 km/h do que alternar a velocidade em alguns trechos", diz Doria.

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O prefeito eleito afirma que a medida não significa um recuo no discurso adotado por ele durante a campanha eleitoral. "Já tínhamos antecipado que trechos dessa pista interna seriam mantidos a 50 km/h. Não há recuo algum. Prolongar (essa decisão) para toda a pista indica o bom senso de evitar que o motorista se sinta preocupado em saber qual é o trecho que vale 50 km/h e qual vale 60 km/h. Agora, ele já terá essa informação."

A faixa lateral direita das marginais é usada hoje de forma preferencial pelos ônibus. O tucano diz que a sinalização atual será modificada, com marcações no solo e também placas aéreas. Doria ainda promete promover uma campanha de mídia para informar a população sobre a mudança. Nas demais pistas, vale a promessa de ampliar a velocidade para 70 km/h, na central, e para 90 km/h nas faixas da expressa.

Diretor da Ciclocidade e consultor em políticas de mobilidade, Daniel Guth diz que a decisão de Doria não é uma boa saída. "Não vai resolver o problema. Ele vai transformar as Marginais em uma colcha de retalhos só para não fugir da sua promessa de ampliar a velocidade", afirma. Para Guth, o risco para os ciclistas vai aumentar. "Por causa dos ônibus, quem pedala tem às vezes de passar para a faixa seguinte, que agora terá velocidade máxima de 60 km/h. Está tudo errado, não dá para negociar com a vida das pessoas."

Para o engenheiro de trânsito Horácio Augusto Figueira, a mudança prevista por Doria esbarra em critérios técnicos. Ele afirma que os radares de velocidade conseguem captar veículos infratores que estão mudando de faixa porque as máquinas estão ajustadas para fiscalizar uma mesma velocidade nas faixas diferentes. Mas que isso não é possível se cada uma das faixas tem uma velocidade diferente. "Não há como fiscalizar o veículo que está mudando de faixa", diz. "A opção seria tirar o radar da faixa da direita da pista local, mas aí seria como liberar os 120 km/h nessa via", ironiza.

Figueira defende que todas as faixas da pista local deveriam ter o limite de 50 km/h. "Fiz um levantamento: há 210 acessos lindeiros na pista local das duas Marginais. Elas não podem ser vistas como vias de trânsito rápido. O prefeito vai jogar pôquer com a vida das pessoas se mudar os limites", afirma ele.

Já o consultor de mobilidade Flamínio Fischmann não vê problema na opção do novo prefeito, desde que a sinalização seja adequada. "O que precisa, na verdade, é um grande estudo para verificar como acontecem os acidentes. Essa não pode ser uma decisão tomada no palanque político."

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta sexta-feira, 14, durante evento no Palácio dos Bandeirantes, que é "natural" que a velocidade seja maior nas marginais do Tietê e do Pinheiros. "A Marginal é uma via expressa, ela não tem semáforo, não é uma via de bairro. Então é natural que ela tenha uma velocidade maior", disse.

Alckmin não comentou se é favorável à medida anunciada pelo prefeito eleito João Dória (PSDB), de retomar a velocidade nas marginais, reduzidas pelo prefeito Fernando Haddad (PT). "Essa decisão deve ter um embasamento técnico. Como é uma via do município, eu não conheço o trabalho que foi feito para chegar a alguma conclusão", afirmou.

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Levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) apontou que o número de acidentes com mortes caiu pela metade nas Marginais do Tietê e do Pinheiros, um ano após a redução de velocidade nas vias. Foram 31 acidentes fatais entre julho de 2015 e junho deste ano, ante 64 casos nos 12 meses anteriores - redução de 51,6%.

Tratado como um dos temas centrais da disputa eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, a discussão acerca da velocidade máxima nas ruas e avenidas da cidade está longe de ser unanimidade. Antes de outras vias da capital, a medida foi implementada inicialmente pelo prefeito Fernando Haddad (PT-SP) nas Marginais do Tietê e do Pinheiros, em julho de 2015.

De acordo com levantamento feito pelo Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga), a queda de acidentes com morte na capital entre janeiro e agosto de 2016 foi de 16,7%, enquanto no resto do Estado a taxa foi de 5,5%.

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Na divulgação destes dados, Dirceu Rodrigues Alves Júnior, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Trânsito (Abramet), destacou as chances de óbito em colisões com diferentes velocidades. "Se o carro está a 32 km/h, o acidente é capaz de produzir morte em 5% dos casos. Se está a 45 km/h, já sobe para 48%. E se o veículo está a 64 km/h, vai produzir óbito em 85% dos casos", informou. "A velocidade é o primeiro fator de letalidade dos acidentes. A energia cinética de um carro em alta velocidade é muito maior."

Neste mês de outubro, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou que, entre julho de 2015 e junho de 2016, 31 acidentes fatais foram registrados nas Marginais, contra 64 nos 12 meses anteriores, uma redução de 51,6%. Nos últimos 12 meses, apenas um atropelamento ocorreu nas Marginais, diante de 24 no período anterior, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.

Em março deste ano, a CET também informara que nos 12 meses de 2015, 992 mortes haviam acontecido no trânsito de São Paulo, representando diminuição de 20,6% em relação ao ano anterior, quando houveram 1.249 registros.

Outro lado

Candidato à reeleição, Haddad apresentava a causa como principal fator para a diminuição de mortes no trânsito. Por outro lado, a Secretaria de Segurança Pública da gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) alegou, em 2015, que a queda nos acidentes na capital se devia ao "aumento da fiscalização em ruas e rodovias estaduais". Outros especialistas ainda creditam essa redução de acidentes à crise econômica e à diminuição de viagens feitas na cidade.

Durante a campanha de 2016, o prefeito eleito João Doria (PSDB-SP) afirmou, em entrevista à Rádio Estadão, que a relação entre a queda nos acidentes e a diminuição da velocidade se tratava de uma "falácia". À ocasião, Doria ainda afirmou que aumentaria a velocidade nas Marginais do Tietê e do Pinheiros na primeira semana do seu mandato.

Trechos

Nesta semana, no entanto, em encontro com ciclistas, o político do PSDB voltou atrás, admitindo que pode manter alguns trechos das vias Marginais nos atuais limites. "Onde existir comprovadamente um fluxo grande de pedestres poderemos reestudar, sim, o limite de velocidade", declarou Doria.

Defensor de limites de velocidade maiores nestas vias, Paulo Bacaltchuck, professor da Universidade Mackenzie disse, também à reportagem, que "não deveria ter pedestre, ambulante e ciclista andando na Marginal, que é uma via expressa projetada para carros andarem a 100 km/h. Essas passagens devem ser construídas segregadas, em pontes ou passarelas". "As Marginais são a aorta, e a cidade tem de se movimentar", completou.

O paulistano tem três vezes mais chance de morrer em um acidente de trânsito nas pistas das Marginais do Tietê e do Pinheiros do que em todos os demais corredores viários da cidade. Cruzamento de informações de dois relatórios da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), de acidentes fatais e de volumes e velocidades do sistema viário, mostram que, nas Marginais, no ano passado, aconteceu uma morte a cada 0,6 quilômetro de pista. Na soma dos demais corredores, a taxa é de uma morte a cada 2,1 quilômetros.

Reduzir a letalidade acentuada das Marginais é a justificativa da gestão Fernando Haddad (PT) para diminuir, desde a segunda-feira passada, a velocidade nas duas vias, com limite de 50 km/h nas pistas locais, 60 km/h nas centrais e 70 km/h nas vias expressas.

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A medida, entretanto, corre o risco de cair já no começo desta semana. A Justiça analisa representação feita pela seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), que ingressou com uma ação contra o novo limite de velocidade. A Prefeitura deve apresentar amanhã uma resposta às considerações da Ordem.

As Marginais registraram 73 mortes em 2014, das quais 48 vítimas estavam em veículos e 25 foram atropeladas. Nas outras 40 rotas monitoradas pela CET para contagem de trânsito aconteceram 379 mortes. Elas e as Marginais têm, no entanto, condições diferentes de via: nas Marginais o trânsito mistura veículos leves e de carga e não há semáforos. Nas demais vias, além da predominância de carros, há sinais de trânsito e muitos pedestres.

Estudos. A origem da atual redução da velocidade é um estudo feito pela CET em fevereiro deste ano, em que o órgão avalia a redução de velocidade implementada em 2011, na gestão Gilberto Kassab (PSD).

"Do total de 16 eixos, compostos por 88 vias arteriais envolvidas no programa, a análise dos acidentes registrados no período de um ano após as alterações de velocidade mostrou redução média de 5% na comparação com igual período de um ano antes. No segundo ano, a redução dos acidentes foi de 2%. No terceiro ano após as medidas de redução de velocidade, tivemos um decréscimo de 7% nos índices de acidentes naquelas vias, o que representou 88 acidentes com vítimas e 227 atropelamentos a menos. Os dados permitem considerar que as medidas surtiram efeito bastante positivo", diz trecho do estudo.

Entre as críticas feitas à medida adotada pela gestão Haddad está o fato de a redução dos limites de velocidade não vir acompanhada de outras soluções para evitar as mortes no trânsito da capital. "Há uma série de medidas que devem ser tomadas", diz Luiz Célio Bottura, ex-ombudsman da CET. Ele destaca a ação mais efetiva adotada até o momento: a campanha de proteção ao pedestre desenvolvida até 2012 - e abandonada pela atual gestão. De 2013 para 2014, sem a campanha, as mortes cresceram 8,4% na cidade, segundo ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por dia, mais de 2 mil veículos são multados nas Marginais do Pinheiros e do Tietê, nos 55 equipamentos de fiscalização, ao longo dos 40,2 quilômetros de pistas. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), entre janeiro e junho, 370 mil veículos receberam algum tipo de autuação nas pistas expressas, centrais e locais da via, que a partir de hoje têm os limites de velocidade reduzidos.

Mesmo com o número alto de autuações, houve redução de 12,5% na quantidade de multas, em relação ao mesmo período de 2014. No ano passado, foram 423 mil notificações. A companhia não discriminou as principais infrações.

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Para especialistas em transportes, o número de multas diárias poderia ser maior se houvesse registro de infrações que não costumam ser fiscalizadas, como deixar de sinalizar uma troca de pistas.

No ano passado, por exemplo, foram 10 milhões de notificações em toda a cidade. Mas um estudo feito pelo mestre em Transporte pela Universidade de São Paulo (USP) Horácio Augusto Figueira revela que, para cada multa aplicada, outras 4,4 mil infrações deixam de ser registradas pelo mesmo veículo autuado por ano.

Nas Marginais, isso é visto principalmente nas conversões das pistas locais, nos acessos aos bairros e pontes. "O número (das Marginais) é baixo. Primeiro porque todo mundo anda um grudado no outro, que é infração, falta de seta também é o que mais se vê. Os radares são conhecidos dos motoristas durante o dia e a noite. Falta ainda mais fiscalização."

Ele afirma que as vias devem ter também a fiscalização dos marronzinhos para coibir infrações comportamentais dos motoristas, principalmente nas pistas locais, faixas que são o foco da redução de velocidade, a partir desta segunda-feira, 20.

CET

Segundo Valtair Valadão, diretor de operações da CET, são elas as com maior risco de acidentes. Com a diminuição de 70 km/h para 50 km/h, a mesma dos ônibus nas faixas exclusivas, Valadão espera uma redução de casos. Para ele, se mesmo assim um acidente acontecer, ele vai ser de menor gravidade. Ele explica que a maioria das multas aplicadas por dia é causada por desrespeito ao rodízio municipal ou por infrações do limite de velocidade.

"São dezenas de entradas e saídas, conversões e alças de ponte. Para entrar em um viaduto, a velocidade é de 40 km/h, mas o motorista está vindo a 70 km/h pela pista local. A redução é ótima porque vai fazê-lo dirigir abaixo dos 50 km/h para pegar uma conversão", diz o especialista da USP. Figueira afirma que uma menor velocidade aumenta o tempo de resposta.

A redução da velocidade nas Marginais é uma tentativa de a Prefeitura de São Paulo diminuir a quantidade de mortos e feridos no trânsito. No ano passado, as Marginais registraram total de 1.180 acidentes, deixando 1.399 feridos e outros 73 mortos. Para Valadão, os números são de "uma guerra" no sistema viário de São Paulo.

Atraso

Mesmo achando que a redução de velocidade seja exagerada, os motoristas acreditam que não terão problemas com fiscalização eletrônica porque, segundo eles, todos sabem onde estão os equipamentos.

"No final das contas, não vai alterar em nada o comportamento dos motoristas. Um pouco antes do radar, todo mundo reduz a velocidade porque sabe onde ele está", diz o taxista Márcio Souza, de 42 anos. Ele afirma que nunca foi autuado nas Marginais.

Já o comerciante Maurício Masini, de 48 anos, "perdeu a conta" de quantas vezes foi multado. "Acontece geralmente quando eu saio da pista expressa e entro na local, onde a velocidade é de 70 km/h", conta. Segundo ele, para fazer entregas na capital, andar a 50 km/h é sinal de "atraso". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Motoristas que seguiam pelas duas Marginais de São Paulo enfrentaram trânsito intenso na manhã desta segunda-feira (2). Na Marginal do Tietê, sentido Ayrton Senna, um caminhão queimado bloqueou uma faixa e causou 9,8 quilômetros de congestionamento na pista expressa. Na Marginal do Pinheiros, sentido Interlagos, a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) registrou lentidão desde a Rodovia Castelo Branco até o Viaduto Cidade Jardim.

Quem se dirigia na direção contrária também teve de reduzir a velocidade. No sentido Castelo Branco, a Marginal do Pinheiros apresentava sete quilômetros de tráfego lento, da Ponte do Socorro até a Ponte do Morumbi, e a Marginal do Tietê registrava quatro quilômetros, entre o Viaduto Aricanduva e o Arco da Sabesp.

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No total, a CET calculava 134 quilômetros de lentidão nas vias monitoradas em São Paulo.

Nas rodovias, o excesso de veículos causou pequenos focos de congestionamento. Motoristas que chegavam a São Paulo pela Rodovia dos Bandeirantes encontravam tráfego lento do quilômetro 15 ao 11 devido ao trânsito intenso das Marginais. Na Rodovia Ayrton Senna, a lentidão se estendia do quilômetro 23 ao 20.

Quarenta e uma câmeras de monitoramento estão em funcionamento nas marginais - 27 na do Tietê e 14 na do Pinheiros. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, a previsão é de que até o fim de setembro a instalação de um total de 82 câmeras nas duas vias seja concluída. Inicialmente, os equipamentos haviam sido prometidos para junho do ano passado.

As imagens captadas são acompanhadas 24 horas por policiais militares no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), informou a secretaria. Cada policial é responsável pelo monitoramento de nove câmeras.

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Com os equipamentos nas marginais, a capital paulista passa a ter 353 câmeras monitoradas pela Polícia Militar. O investimento total para a instalação do sistema de é de R$ 8,7 milhões, segundo o governo do Estado.

A secretaria espera, com o monitoramento, tornar mais ágil o trabalho dos policiais, "além de coibir a prática de crimes como roubos e furtos e monitorar possíveis fugas de criminosos pelas vias".

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