Tópicos | licenciamento ambiental

Por 300 votos a 122, a Câmara aprovou no início da madrugada desta quinta-feira (13) o texto-base do projeto de lei (PL) que simplifica regras para obtenção de licenças ambientais. Os destaques serão votados em sessão convocada para as 10h da manhã.

A Lei Geral do Licenciamento Ambiental tem como objetivo definir parâmetros gerais a serem cumpridos por empreendedores no caso de obras com risco ambiental, como prazos, exigências de relatórios de impactos no meio ambiente e vigência da licença. O relator foi o deputado Neri Geller (Progressistas-MT), vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA).

##RECOMENDA##

Defendido pelo governo como forma de reduzir obstáculos à modernização da infraestrutura no País, o texto foi duramente criticado pela oposição e deputados ligados à pauta ambiental. Vários deles disseram que a aprovação significa deixar "passar a boiada", em referência à fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na reunião ministerial de 22 de abril de 2020, na qual defendeu enfraquecer normas ambientais enquanto a população atravessa a pandemia de covid-19.

Como mostrou hoje o Estadão/Broadcast, a Lei Geral do Licenciamento Ambiental enfraquece a regulação nacional, ao repassar a governos estaduais e municípios a atribuição de definir qual tipo de empreendimento precisará de licença ambiental, além do tipo de processo do licenciamento que é aplicado em cada caso.

Durante a leitura do relatório, Neri Geller afirmou que as normas atuais de licenciamento ambiental geram insegurança jurídica e levam à fuga de investimentos. O deputado Nilto Tatto (PT-SP) rebateu, dizendo que, na verdade, os investidores internacionais vão deixar o País se o projeto entrar em vigor, neste momento em que a pauta sustentável está em voga em todo o mundo. "Vocês vão matar o agronegócio. Vocês vão aprovar o maior retrocesso de toda história do país", declarou Tatto.

Durante a sessão, deputado Henrique Fontana (PT-RS) afirmou que entrará com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) caso o projeto ganhe aval do Senado e seja sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Partidos de oposição anunciaram obstrução contra mudanças no licenciamento ambiental (PL 3729/04), em análise no Plenário da Câmara dos Deputados. O texto define novas regras para autorização de obras e empreendimentos, como prazos, exigências de relatórios de impacto no meio ambiente, prioridades de análise e vigência da licença.

A líder do Psol, deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), afirmou que a proposta vai piorar ainda mais a imagem do Brasil em termos ambientais. Ela disse que o partido poderá ir à Justiça contra o texto. “Esta é uma matéria que possibilita dispensa de licenciamento ou concessão de licença por autodeclaração para empreendimentos que são impactantes. Estamos falando de pecuária extensiva, de obras de infraestrutura, de ampliação de estradas”, criticou.

##RECOMENDA##

O coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), afirmou que o texto apresenta uma série de inconsistências. “Nós não podemos, em um Brasil megadiverso como o nosso, transformar a lei de licenciamento em uma lei da não licença”, declarou.

O líder do PV, deputado Enrico Misasi (PV-SP), falou que votar o tema neste momento é um equívoco. “O Brasil passa por uma crise brutal de imagem no exterior com relação à proteção ambiental e vamos aprofundá-la com a aprovação desse relatório, porque a sociedade não está compreendendo todo esse processo, não está acompanhando”, alertou.

A deputada Joenia Wapichana (Rede-RR) destacou a derrubada de direitos da população indígena. “Em relação aos povos indígenas, sequer respeitaram o direito de consulta prévia, livre e informada. Vão estender uma autorização de licenciamento sem ouvir os povos indígenas”, criticou.

Investimentos
O relator, deputado Neri Geller (PP-MT), afirmou que o licenciamento ambiental atualmente gera insegurança jurídica e é responsável pela fuga de investimentos do País. “A ausência de uma lei geral contribui para uma grande insegurança jurídica advinda com a proliferação, nos três âmbitos da Federação, de um número absurdo de normativas, muitas vezes, contraditórias entre si”, disse.

Ele destacou que, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a instituição de regras claras para o licenciamento ambiental pode atrair aproximadamente R$ 130 bilhões em investimentos, gerando milhões de empregos para a população brasileira.

“Atualmente, licenciamento tornou-se um fim em si mesmo, um procedimento desvinculado de seu verdadeiro objetivo: a preservação ambiental. Em nosso quadro atual, o gestor não possui um parâmetro seguro para atuar, o empreendedor fica à mercê de uma gritante imprevisibilidade, e o meio ambiente não é preservado”, avaliou.

Para o deputado General Peternelli (PSL-SP), o objetivo é fomentar o crescimento econômico. “Essas partes só vão dar continuidade a obras paradas e agilizar. O nosso foco é o meio ambiente e um Brasil produtivo”, disse.

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que foi relator da proposta, defendeu as mudanças. O objetivo da lei, segundo ele, é segurança jurídica ao uniformizar mais de 27 mil normas. Ele afirmou que vários estados, inclusive sob gestões petistas, autorizam o licenciamento ambiental em processo simplificado.

Kataguiri ressaltou que a proposta cria um sistema de licenciamento por adesão e compromisso, quando o empreendedor se compromete a cumprir as condições estabelecidas pela autoridade licenciadora. “Os estados que são vanguarda nesse licenciamento são os governados pelas esquerdas, como Bahia e Piauí”, afirmou.

Ele rebateu as críticas do Psol. “Não existe licença autodeclaratória. Seria um contrassenso uma licença autodeclaratória, porque, se eu preciso de licença, eu não posso conceder a mim mesmo”, afirmou.

Para o deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), o texto vai trazer progresso. “Difícil é empreender no Brasil porque simplesmente não se sabe o que deve ser feito. Uma hora o empreendedor responde a uma prefeitura, a um estado ou à União, mas agora nós vamos consolidar essas regras”, defendeu.

Já o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), destacou que o discurso da modernidade é responsável pela destruição de direitos. “Esse discurso de modernização que já ouvimos para destruir direitos trabalhistas, para destruir a política de saneamento básico, para fazer as privatizações, mais uma vez volta à tona. Na verdade, este é um projeto complexo que precisaria de um profundo debate e que dissolve a política de licenciamento ambiental do País”, afirmou.

Acompanhe esta sessão do Plenário pelo YouTube

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Em meio a cobranças da comunidade internacional a respeito dos compromissos ambientais do País na Cúpula do Clima, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que deve pautar nos próximos dias projetos sobre licenciamento ambiental e regularização fundiária no plenário da Casa.

"Por esses dias, já falei com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, estaremos discutindo no plenário da Casa o licenciamento ambiental, que é um tema muito importante para o agronegócio brasileiro e para a produção brasileira", afirmou, no lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo 2021.

##RECOMENDA##

A Lei Geral do Licenciamento Ambiental tem como objetivo definir parâmetros gerais que devem ser cumpridos por empreendedores no caso de obras com risco ambiental. O projeto do licenciamento será relatado por Neri Geller (Progressistas-MT). Gueller, que é vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA). O governo considera que o licenciamento tem sido um obstáculo para o avanço da infraestrutura, sejam obras de transportes, energia, saneamento ou expansão agrícola e pecuária.

Lira disse também que pretende pautar em breve no plenário o projeto de regularização fundiária. O projeto é semelhante ao texto original da MP 910, conhecida como MP da Grilagem, por mudar a lei para favorecer grandes ocupantes de terras públicas invadidas recentemente.

"O projeto voltará à pauta, para que de maneira ampla, democrática e justa possamos ter um debate claro no plenário e aí sim ter uma configuração mais justa para aquelas pessoas que precisam ter titulação de sua terra para ter acesso a financiamentos", afirmou.

Lira disse que a Câmara é "reformista" e afirmou esperar avanços na reforma administrativa, que deve ser aprovada em breve na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Sobre a reforma tributária, ele disse que vai conversar com o relator da comissão mista, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), para que encontre um "denominador" com o presidente do colegiado, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), e apresente um relatório sobre o tema o mais rápido possível. "A partir daí teremos uma ideia clara do que virá de simplificação, facilitação, desburocratização da legislação tributária."

A comissão geral que discutiu, nesta segunda-feira (9), um novo marco legal para o licenciamento ambiental evidenciou a falta de acordo sobre o tema. Especialistas, secretários de meio ambiente, servidores públicos, e um ex-ministro do Meio Ambiente cobraram mudanças no texto proposto pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), relator da matéria em um grupo de trabalho da Câmara.

O grupo analisa diversos projetos (Projeto de Lei 3729/04 e outros) e vai apresentar texto novo sobre o tema. Kataguiri já apresentou quatro versões de substitutivo e disse estar aberto ao diálogo. No decorrer da comissão geral, afirmou que já há uma quinta versão do texto com mudanças reivindicadas por especialistas.

##RECOMENDA##

Os descontentes afirmam que a proposta não trata de forma adequada as especificidades de cada região brasileira e contém regras mais flexíveis para determinados tipos de empreendimentos. Já os defensores do texto afirmam que regras descentralizadas geram confusão e insegurança jurídica para os investidores, sendo um entrave ao desenvolvimento sustentável.

Um dos principais pontos comentados trata da ampliação do uso de licenciamento ambiental por adesão e compromisso (LAC). Esse modelo simplificado permite um licenciamento automático a partir do envio de documentação exigida em lei pelo empreendedor. Cabe ao órgão ambiental fiscalizar os dados.

Para o ex-ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, o processo simplificado deve ser restrito apenas aos casos mais simples, critério não observado pelo texto em discussão no grupo de trabalho. Sarney Filho atualmente é secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal.

“O licenciamento por adesão é permitido até mesmo para empreendimentos de significativo impacto, como a ampliação e pavimentação de rodovias na Amazônia. E a conferência de informações para expedição de licença por adesão e compromisso seria feita por amostragem, o que reduz drasticamente a força do licenciamento”, criticou.

Kim Kataguiri afirmou que o licenciamento por adesão e compromisso só será aplicado para ampliação de capacidade, modernização e manutenção de estradas que já existem. “Toda nova rodovia vai precisar passar pelo processo mais seguro, que é o licenciamento com estudos de impacto ambiental”, disse.

Ele negou que haverá “construção” de novas estradas sem licenciamento. “Não existe nenhuma possibilidade de permissão para se abrir estradas na Amazônia sem licenciamento. Isso seria inconstitucional”, disse.

O consultor do Instituto Democracia e Sustentabilidade, André Lima, também criticou as novas regras para o licenciamento por adesão. “Ele foi incorporado para empreendimentos simples, não para aqueles de médio impacto. A proposta também abre a possibilidade para criação, por decreto, de um regramento em paralelo para os empreendimentos considerados de utilidade pública”, completou.

A medida foi defendida pelo chefe da assessoria de Assuntos Socioambientais do Ministério da Agricultura, João Adrien Fernandes. Ele disse que a multiplicidade de regras e insegurança sobre a aplicação da lei leva servidores públicos a restringir a emissão de licenças por receio de ser processados pelo Ministério Público.

“A licença ambiental por adesão e compromisso é um instrumento para modernizar a forma do licenciamento, trazendo principalmente o poder do licenciamento para a fiscalização e não para o processo”, disse.

Sem unanimidade

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), disse que o texto que irá a voto “passará longe da unanimidade”. “Se um dia tivermos uma legislação ambiental que agrade a todos, ela não serve para nada”, disse.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente, o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) defendeu que o texto de Kim Kataguiri seja discutido ponto a ponto pelos deputados que fazem parte do grupo de trabalho. “Senão a gente acha que está trazendo a solução e, na verdade, vamos trazer mais pontos para judicialização e mais insegurança jurídica”.

Já o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) afirmou que o aprimoramento da legislação ambiental é necessário e urgente. “A simplificação dos trâmites e da burocracia é uma exigência dos dias atuais”, disse.

Para o deputado Beto Pereira (PSDB-MS), é importante que os empreendimentos de pequeno porte sejam objeto de simplificação e de desburocratização. Ele disse que os profissionais temem a judicialização de processos de licenciamento.

Democracia

A deputada Taliria Petrone (Psol-RJ) destacou que, apesar da comissão geral e das audiências públicas, ainda não há sinal de consenso sobre o projeto. “O resultado final sequer chegou próximo de um equilíbrio entre os setores envolvidos nas políticas públicas”, disse.

Petrone disse temer que haja apenas uma aparência de democracia. ”A gente precisa fazer uma dura crítica ao método porque senão sai daqui uma ideia de que a gente vai ter um texto produto da diferença e essa não é a realidade”, disse.

O deputado Sérgio Souza (MDB-PR), no entanto, disse que não há discordância sobre todo o texto. “Na maior parte, há convergência entre todos os lados. A divergência se limita a certos pontos”, afirmou.

Souza disse que o texto vem sendo construído há 15 anos. “Queremos que não fique o pior para todos os lados e que nenhum lado seja vitorioso”, concluiu.

*Agência Câmara Notícias 

No programa do Vai Cair na OAB desta sexta-feira (30), o professor Daniel Brennand fala sobre licenciamento ambiental. O direito ambiental é uma das áreas pedidas na prova da primeira fase da OAB. 

Confira o programa completo, que está em nosso canal do Youtube e também no IGTV. Para acompanhar dicas diárias, questões e informações sobre o exame de ordem, siga o @vaicairnaoab.

##RECOMENDA##

O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) encaminhou na quarta-feira, 27, ofícios aos ministros do Meio Ambiente, Sarney Filho; das Relações Externos, Aloysio Nunes Ferreira; e da Fazenda, Henrique Meirelles, apontando os riscos de aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de lei 3.729/2004 que traz uma série de mudanças na Lei de Licenciamento Ambiental.

Os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente fecharam um acordo com a bancada ruralista, representantes do agronegócio, mineração e indústria para a criação de uma lei geral do licenciamento ambiental, contida no PL, que deverá ser votada, em regime de urgência, pela Câmara dos Deputados.

##RECOMENDA##

Nos documentos, o Proam alerta que o projeto traz elementos prejudiciais à segurança jurídica dos novos empreendimentos. "Há também riscos de perdas de divisas, com a diminuição do aporte de recursos internacionais por empresas e instituições financeiras atentas aos mecanismos legais brasileiros que possibilitam a prática responsável de compliance", afirma Carlos Bocuhy, presidente da organização não-governamental e conselheiro do Conama.

Para o promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) Piracicaba, Ivan Carneiro Castanheiro, as propostas legislativas sobre alterações nas regras do licenciamento ambiental "colocam em risco a desejada harmonia entre meio ambiente e desenvolvimento econômico". Se aprovadas, diz, criarão mais incertezas e inseguranças do que definições precisas sobre as regras.

"A flexibilização das regras aumentará o grau de judicialização e afugentará o capital estrangeiro para financiar as grandes obras. Também colocarão em risco as instituições financeiras nacionais, ao investirem em empreendimentos ambientalmente in sustentáveis", diz Carneiro. O promotor de Justiça argumenta que, se o objetivo for a agilidade do licenciamento, "melhor seria que se equipassem adequadamente os órgãos ambientais, com tecnologia de ponto e reposição dos técnicos aposentados".

Para Bocuhy, "a última versão do substitutivo mantém grande parte de seus graves problemas de essência, que já eram encontrados nas suas versões anteriores". Entre os pontos levantados pelo Proam, estão a redução dos prazos de emissões de licenças, falta de transparência e controle social sobre os empreendimentos e de participação nas decisões de entidades diretamente afetadas, facilidades injustificáveis ao empreendedor, em prejuízo das regiões e comunidades, entre outras questões.

Segundo a diretora institucional da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), Sandra Kishi, na versão do projeto 3.729/04, do deputado federal Mauro Pereira (PMDB-RS) existem normas que mostram um recuo. "No plano jurídico internacional, a legislação ambiental retrocessiva macula a efetividade de compromissos multilaterais assumidos pelo Brasil, com graves riscos ao desenvolvimento econômico sustentável preconizado nos artigos 170 e 225 da Constituição Federal."

Essa também é a opinião de Bocuhy, ao lembrar que há no projeto evidentes conflitos com a Constituição, o que levará ao aumento da judicialização dos empreendimentos que forem aprovados com base na nova lei.

O Proam já encaminhou nesta semana à nova procuradora geral da República, Raquel Dodge, suas preocupações e pede o apoio dos ministros no alerta à Casa Civil e a Presidência da República em relação ao erro na aprovação do projeto de lei.

Na semana passada, o procurador Nildo de Freitas Silva Filho, coordenador da 4ª Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural da Procuradoria de República (PR) de Brasília, encaminhou uma ofício ao Congresso Nacional, alertando, sobre o PL 3729/2004, que é grande motivo de preocupação "a escassez de tempo disponibilizado para o exame de mais um substitutivo tratando de tema tão complexo e controverso, associada à carência de uma abordagem técnica multidisciplinar, imprescindível para a perfeita compreensão das consequências da alteração legislativa".

Com o objetivo de acabar com os impasses entre governo e prefeitura sobre licenciamento ambiental, os prefeitos do Recife, Geraldo Julio e de Paulista, Junior Matuto, ambos do PSB, reuniram-se nesta segunda-feira (12). Matuto quer garantir que as atribuições quanto aos licenciamentos continuem dos municípios, já Geraldo Julio defende que essa responsabilidade se torne apenas da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Para decidir se os municípios continuam ou não realizando o licenciamento ambiental, será realizada uma votação no Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), no final do mês de junho. “A política municipal de Meio Ambiente passa a ficar ‘aleijada’, se outro órgão que, não conhece a localidade, bem como as dificuldades e suas formas de trabalho, se envolver nesse nessa atividade”, alertou o secretário Executivo de Meio Ambiente de Paulista, Leslie Tavares. 

##RECOMENDA##

O impasse atual de Paulista com o Estado se dá quanto à instalação do Parque Mirabilândia em uma área de 27 hectares localizada no antigo Engenho Jardim, na Mata do Ronca, BR-101 Norte. De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) da instalação do empreendimento teriam ignorado os impactos intermunicipais e por isso, a competência deveria ser do Estado, o que causou o embargo da obra. Porém, Tavares afirma que a recomendação feita pelo MPPE se contrapõe ao estudo realizado pela secretaria municipal e que a manifestação da presidente da CPRH, Simone de Souza, teria pesado na decisão.

“Acredito que com muita responsabilidade as coisas vão se normalizar. Esse é o nosso intuito, de descomplicar e fazer com que a burocracia não atrapalhe o progresso dos municípios, com muita responsabilidade social e ambiental”, ressaltou Matuto. Para o prefeito de Paulista, o que tem que ser levado em conta para que os licenciamentos continuem a cargo das gestões municipais, é que a decisão seja embasada nas questões técnicas.

LeiaJá também:

--> Paulista diz que Mirabilandia não causa prejuízo ambiental

A Luan Promoções, empresa produtora de shows, informou, na noite desta sexta-feira (18), o cancelamento do FestVerão Porto, que estava marcado para janeiro do próximo ano. De acordo com a empresa, o cancelamento se deu “em decorrência da suspensão do processo de licenciamento ambiental pela Prefeitura de Ipojuca para realização das obras de terraplanagem do Centro de Cultura e Lazer (Arena Porto) por recomendação do Ministério Público de Pernambuco, em respeito às instituições envolvidas e à população em geral, e visando construir um diálogo positivo com a comunidade de Porto de Galinhas, para esclarecer inúmeros equívocos veiculados”. 

Por meio de nota, a Luan Promoções informou que “o principal objetivo da construção do Centro de Cultura e Lazer é o de promover o desenvolvimento econômico, turístico e social de Porto de Galinhas, de Ipojuca e de Pernambuco, cuja terraplanagem foi iniciada, apenas e exclusivamente, após a expedição das respectivas licenças pelo município de Ipojuca, nos termos da legislação vigente”. A empresa ainda diz acreditar que o projeto poderá contribuir com o desenvolvimento de Porto de Galinhas. “Visamos estimular melhorias locais de infraestrutura, acessos e qualificação profissional da comunidade, junto com órgãos envolvidos, empresariado local e população, sempre respeitando e preservando o meio ambiente”, complementa nota.

##RECOMENDA##

Por fim, a Luan Promoções argumentou que sua atuação é pautada “nos estritos termos das leis vigentes e em respeito às instituições”. A empresa diz também que respeita o diálogo com a sociedade. 

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Luan Promoções informa que em decorrência da suspensão do processo de licenciamento ambiental pela Prefeitura de Ipojuca para realização das obras de terraplanagem do Centro de Cultura e Lazer (Arena Porto) por recomendação do  Ministério Público de Pernambuco, em respeito às instituições envolvidas e a população em geral, e visando construir um diálogo positivo com a comunidade de Porto de Galinhas, para esclarecer inúmeros equívocos veiculados pela mídia, resolveu, apesar dos vultosos prejuízos seguidos, CANCELAR a realização do FestVerão Porto que ocorreria em janeiro de 2017.

Comunicamos que o principal objetivo da construção do Centro de Cultura e Lazer é o de promover o desenvolvimento econômico, turístico e social de Porto de Galinhas, de Ipojuca e de Pernambuco, cuja terraplanagem foi iniciada, apenas e exclusivamente, após a expedição das respectivas licenças pelo município de Ipojuca, nos termos da legislação vigente.

Assim, acreditando que o projeto irá contribuir com o desenvolvimento de Porto, visamos estimular melhorias locais de infraestrutura, acessos e qualificação profissional da comunidade, junto com órgãos envolvidos, empresariado local e população, sempre respeitando e preservando o meio ambiente.

Reforçamos que a nossa atuação foi, e sempre será, pautada nos estritos termos das leis vigentes e em respeito às instituições e ao diálogo com a comunidade e com a sociedade em geral.

 

LUAN PROMOÇÕES

O governo deve concluir nas próximas semanas uma proposta de lei geral para simplificar as regras de licenciamento ambiental. De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, a ideia é dar mais rapidez aos processos de empreendimentos de menor porte e em locais mais urbanizados. Ele descartou, porém, a dispensa de licenciamento para o agronegócio, umas das principais demandas da bancada ruralista.

"Uma coisa é uma atividade na Grande São Paulo, outra é um projeto no Pantanal, na Amazônia ou na Mata Atlântica. Temos de ter visões diferentes e bom senso", afirmou Sarney Filho ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Agora, isenção para todos os setores e atividades não dá, né?" A proposta deve ser enviada ao Congresso até o fim deste mês.

##RECOMENDA##

O projeto prevê a dispensa de apresentação de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pelos empreendedores em algumas situações, explica a presidente do Ibama, Suely Araújo. Segundo ela, a ideia é só exigir estudos quando o impacto ao meio ambiente for significativo. Para pequenos empreendimentos, o governo deve propor licenciamento por adesão, processo feito eletronicamente.

Segundo ela, será inserida uma novidade importante nos licenciamentos, que é a questão da localização do empreendimento. Com isso, uma mesma indústria poderá ou não ter de apresentar o EIA, dependendo da região onde vai se instalar.

Pedido de isenção. Uma das demandas dos ruralistas é a isenção de licenciamento para atividades agropecuárias. O setor avalia que o enquadramento das propriedades às normas do Código Florestal, apontando áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal, já é suficiente.

De acordo com o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Raimundo Deusdará Filho, 4 milhões de propriedades fazem parte do Cadastro Ambiental Rural (CAR), uma das obrigações do Código Florestal. O cadastro já atingiu uma área de 380 milhões de hectares, correspondente a 12 vezes o tamanho da Alemanha.

Para o governo, porém, a questão deve ser tratada com mais cuidado, principalmente em razão do porte e do tipo de atividade. "Para criar 40 porcos, eu posso ter dispensa de licenciamento. Para 400, posso ter uma licença até por adesão. Agora, para 4 mil ou 40 mil porcos, preciso ter uma licença com mais cuidado", acrescentou Suely. Atualmente, o licenciamento é tratado em apenas um artigo da lei da Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, mas é tema de resoluções do Conama, portarias ministeriais e legislações estaduais.

Outro projeto que altera o licenciamento é o fast track (trâmite rápido) para grandes projetos de infraestrutura, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que estabelece um prazo máximo de oito meses para análise de todo o procedimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma mudança polêmica no rito do licenciamento ambiental de grandes obras de infraestrutura começou a dar passos concretos no Congresso Nacional. A Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional aprovou na terça-feira (24), por sete votos a dois, o projeto de lei que institui o chamado "licenciamento ambiental especial".

O projeto, que tem sido chamado de "fast track" do licenciamento, prevê que as autorizações ambientais de grandes projetos de infraestrutura nas áreas de energia, logística e telecomunicações sejam aglutinadas em uma única licença. Hoje esse processo passa por três etapas: a licença prévia, que atesta a viabilidade do projeto; a licença de instalação, que permite o início da obra; e a licença de operação, que confirma a execução de compromissos assumidos pelo empreendedor e, a partir disso, libera o uso comercial do projeto.

##RECOMENDA##

O projeto de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR) estabelece um prazo máximo de até oito meses para que o empreendimento esteja completamente liberado para ser construído e explorado. Jucá justificou que o licenciamento atual chegaria a demorar cinco anos para ser concluído.

Cada órgão ligado ao processo de licenciamento, como a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o Ibama, passaria a ter um prazo específico de até 60 dias para se manifestar. Caso algum órgão não cumpra esse prazo, automaticamente fica entendido que ele aprova a obra.

Outra alteração diz respeito à consulta de populações que venham a ser atingidas pelos empreendimentos. A proposta não prevê a realização de audiências públicas, antes de se decidir pela viabilidade da obra. Ao defender seu projeto de lei, Jucá disse que a mudança "não tira direito de nenhum órgão de dar seu parecer ou sua manifestação", mas apenas "propõe prazos para que isso aconteça".

A regra seria aplicada sobre os projetos considerados prioritários pelo governo federal, ou seja, as grandes obras que seriam listadas anualmente, por meio de uma portaria aprovada pela presidente Dilma Rousseff.

O Ministério de Minas e Energia (MME) é um dos principais entusiastas da ideia. Em recente entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", o ministro Eduardo Braga disse que o projeto tem condições de resolver a maior parte dos problemas do setor. "Estamos apoiando o senador Romero Jucá, esperamos que o fast track saia. Não dá mais, temos que unificar as licenças. Se o PL for aprovado no ano que vem, muda o ritmo da infraestrutura no Brasil", declarou.

Segundo Braga, o projeto conta com o apoio, inclusive, da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. "Eu diria que 50% dos nossos problemas estão nisso. Então, estamos contribuindo com o projeto e acho que se trata de uma ideia fundamental. A ministra Izabella está de acordo e o licenciamento único será feito pelo MMA", afirmou Braga.

Questionado sobre o assunto, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) informou que, na realidade, chegou a apresentar um substitutivo ao projeto de lei de Romero Jucá e que esta nova proposta foi costurada com outros ministérios.

Para Mauricio Guetta, advogado do Instituto Socioambiental (ISA) e especialista no assunto, o projeto rasga completamente a legislação ambiental do País, abre espaço para o aumento de judicialização de obras e fragiliza as medidas de prevenção e segurança, ampliando riscos para que novas tragédias ambientais como a da barragem em Mariana (MG) se repitam.

"Estamos diante do risco de um dos maiores retrocessos no processo de licenciamento ambiental da história. Como um projeto pode ser aprovado sem sequer ser realizada uma audiência pública para debatê-lo? Essa proposta que não atende nenhum setor da sociedade é um verdadeiro tiro no pé", disse Guetta.

O excesso de flexibilização também foi criticado pelos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Está previsto que o projeto seja votado em regime de urgência pelo plenário do Senado e, caso aprovado, será enviado para a Câmara e, finalmente, para sanção da presidente Dilma.

O governo decidiu mexer nas regras de licenciamento ambiental, uma medida que atinge diretamente todos os grandes projetos de infraestrutura do País, tanto no setor de transportes quanto na área de energia. Por meio de um decreto publicado na quinta-feira, 23, no Diário Oficial da União (DOU), o governo estabeleceu em que situações o Ibama, órgão federal ligado ao Ministério do Meio Ambiente, deverá ser acionado para licenciar obras em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos públicos, terminais portuários de uso privado, exploração e produção de petróleo e gás não convencional (gás de xisto), além de projetos de usinas hidrelétricas, termelétricas e usinas eólicas.

O decreto tenta eliminar conflitos frequentes entre o órgão federal e as secretarias estaduais e municipais de meio ambiente, situação que sempre causou insegurança jurídica e muita dor de cabeça entre empreendedores de cada um desses projetos.

##RECOMENDA##

No setor elétrico, está decidido que o Ibama só assumirá a responsabilidade pelo licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas e térmicas quando estas tiverem capacidade de geração superior a 300 megawatts (MW). Em projetos de menor capacidade, o processo será tocado por órgãos estaduais e municipais, a não ser que o empreendimento afete diretamente o território de mais que um Estado, como, por exemplo, a área inundada pelo reservatório de uma usina. Nesses casos, a competência é do Ibama.

Ainda na área de energia, o Ibama será o órgão responsável pelos futuros projetos de geração eólica, somente quando estes forem desenhados para parques eólicos instalados no mar, modelo praticamente inexistente no País até agora. A exploração do gás não convencional, mais conhecido como gás de xisto, ficou 100% nas mãos do instituto federal.

O setor de transportes também passou por mudanças importantes. A partir de agora, o órgão federal só deverá ser procurado para licenciar estradas e hidrovias federais quando as intervenções envolverem mais de 200 quilômetros de extensão. Trechos menores só poderão ser encaminhados ao Ibama se essas rodovias e hidrovias cruzarem mais de um Estado. Nas demais situações, o licenciamento fica nas mãos das secretarias locais.

Portos

As regras também atingiram o setor portuário. O licenciamento passa a ser tratado pelo órgão federal apenas quando os projetos de portos públicos envolverem movimentação de carga superior a 15 milhões de toneladas por ano. O mesmo critério serve para os terminais de uso privado que venham a ser construídos por empresas.

As mudanças devem pressionar o Ibama, principalmente em torno de projetos do setor elétrico. Por outro lado, Estados e municípios tendem a ganhar autonomia para tocar o licenciamento de mais empreendimentos do setor portuário. "A regra é boa. Seu mérito é criar uma norma que agora vale para toda a federação", disse Eugênio Spengler, presidente Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente.

Ele admite que, em determinados situações, alguns Estados podem perder receita para a União por conta das mudanças, já que licenciamento ambiental envolve recolhimento de taxas e de recursos para compensação por impacto ambiental. Não por acaso, Estados chegaram a sugerir que a linha de corte para projetos do setor elétrico, por exemplo, fosse de 600 MW. "As medidas podem até ter problemas pontuais, mas são positivas. É preferível ter uma regra que tenha alguma imperfeição, do que não ter regra nenhuma", disse Spengler.

As novas regras passam a ter efeito imediato para novos empreendimentos. Aqueles que já tiveram seus processos de licenciamento iniciados, porém, devem ser concluídos no processo anterior até a fase final, com emissão de licença de operação.

O presidente do Ibama, Volney Zanardi, disse que a medida deve facilitar a coordenação dos projetos. "Essas mudanças são resultado de um ano e meio de discussões. Com certeza, ajudarão a retirar muitos processos de licenciamento do limbo em que se meteram." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) promove, entre o dia 27 de setembro e a 4 de outubro, o curso sobre Licenciamento Ambiental, com o professor Talden Farias (UFPB). A capacitação tem como objetivo proporcionar uma visão geral e interdisciplinar do licenciamento ambiental, oferecendo um eficaz manuseio da legislação, da doutrina e da jurisprudência mais atualizadas sobre o tema.

Entre os assuntos abordados, estão: licenciamento e licença ambiental, aspectos gerais: conceito, origem e evolução histórica, princípios, importância ecológica, econômica, jurídica e social; fundamentos constitucionais, legais e infralegais, atividades sujeitas; espécies: licenciamento ambiental comum e especial; Aspectos procedimentais, competência administrativa e legislativa, responsabilidade administrativa, civil e criminal, natureza jurídica da licença e do licenciamento ambiental, fiscalização e revisibilidade. Para obter mais informações, os interessados devem acessar o site do Itep.

##RECOMENDA##

Mestrado em Tecnologia Ambiental do Itep
(81) 3183.4226/4222

mestrado@itep.br

 

As interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal durante a Operação Concutare, que investiga fraudes em licenciamentos ambientais, detectaram também indícios de repasses de valores para a campanha da vereadora de Porto Alegre Jussara Cony (PCdoB), a pedido do então diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) Carlos Fernando Niedersberg (PCdoB). A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela versão on line do jornal Zero Hora, que teve acesso a cópias de documentos protegidos por segredo de Justiça.

Nos diálogos ouvidos pela investigação, Niedersberg estaria pedindo recursos para a campanha de 2012 a Giancarlo Tusi Pinto, sócio do ex-deputado estadual Berfran Rosado (PPS) no Instituto Biosenso, prestador de consultoria ambiental. Segundo o veículo gaúcho, a decisão da Justiça Federal que decretou a prisão temporária de 18 suspeitos de participação no esquema cita informação da Polícia Federal de que "os sócios do Instituto Biosenso compareceram com o numerário supostamente destinado à campanha eleitoral de Jussara Cony". O valor de R$ 15 mil teria sido entregue em três parcelas de R$ 5 mil. Mas a investigação não conseguiu confirmar se houve o repasse de Niedersberg para a campanha de Jussara e admite que essa apuração ainda precisa ser aprofundada.

##RECOMENDA##

A vereadora Jussara Cony distribuiu nota à imprensa na qual afirma que não recebeu doação de nenhuma pessoa envolvida nesse episódio, referindo-se às suspeitas de fraudes nos licenciamentos ambientais. Assegurou que as contas da campanha de 2012 foram apresentadas à Justiça Eleitoral no prazo e aprovadas. "Defendo, assim como meu partido (PC do B), as investigações da Polícia Federal e queremos que todos os fatos sejam esclarecidos", finalizou. Jussara e o vereador João Derly compõem a bancada do PCdoB na Câmara de Vereadores e assinaram um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso das licenças ambientais. A proposta tem escassas possibilidades de ser aprovada porque a bancada governista, que tem maioria, é contrária.

A Operação Concutare investiga esquema de pagamento de propinas de despachantes e empresários a agentes públicos de órgãos federais, estaduais e municipais para emissão de licenças ambientais em prazos privilegiados ou com irregularidades. Foram presos temporariamente seis agentes públicos, seis despachantes ou consultores e seis empresários. Entre eles estão Niedersberg, Tusi Pinto, Rosado e o secretário municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre Luiz Fernando Záchia (PMDB). A Polícia Federal já liberou cinco deles - três empresários, um consultor e um funcionário público - e deve terminar de tomar os depoimentos nesta sexta-feira, quantos todos os demais também poderão ser soltos. Além das pessoas detidas nesta semana, outras cem estão sendo convocadas a depor como investigadas ou testemunhas.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando