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Ao condenar uma organização criminosa, a juíza Inês Marchalek Zarpelon da 1ª Vara Criminal de Curitiba citou a raça de um dos réus, que é negro. O grupo formado por sete integrantes é acusado de roubar celulares em praças no centro da capital paranaense.

"Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente (sic)", afirmou a magistrada ao condenar Natan Vieira da Paz, de 42 anos, a 14 anos e dois meses de prisão. Ela acrescentou que, embora seja réu é primário, "nada se sabe" sobre sua conduta social.

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A advogada Thayse Pozzobon abriu representação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e garante que vai recorrer da condenação, proferida em junho. "A raça dele não pode, de maneira alguma, ser relacionada com os fatos que ele supostamente praticou", ao G1.

Ainda segundo à matéria, o apelido de 'Neguinho' foi descrito na área de dados pessoais. "Essa referência dele aparece mais de uma vez na sentença. Não é um erro de digitação, por exemplo. Isso revela o olhar parcial da juíza, e um magistrado tem o dever da imparcialidade", reforçou. 

Após a repercussão da decisão, a Corregedoria Geral de Justiça instaurou procedimento administrativo, segundo o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). A juíza se posicionou e pediu "sinceras desculpas" ao apontar que a frase foi retirada de contexto.

Confira a nota de desculpas na integra:

"A respeito dos fatos noticiados pela imprensa envolvendo trechos de sentença criminal por mim proferida, informo que em nenhum momento houve o propósito de discriminar qualquer pessoa por conta de sua cor.

O racismo representa uma prática odiosa que causa prejuízo ao avanço civilizatório, econômico e social.

A linguagem, não raro, quando extraída de um contexto, pode causar dubiedades.

Sinto-me profundamente entristecida se fiz chegar, de forma inadequada, uma mensagem à sociedade que não condiz com os valores que todos nós devemos diuturnamente defender.

A frase que tem causado dubiedade quanto à existência de discriminação foi retirada de uma sentença proferida em processo de organização criminosa composta por pelo menos 09 (nove) pessoas que atuavam em praças públicas na cidade de Curitiba, praticando assaltos e furtos. Depois de investigação policial, parte da organização foi identificada e, após a instrução, todos foram condenados, independentemente de cor, em razão da prova existente nos autos.

Em nenhum momento a cor foi utilizada – e nem poderia – como fator para concluir, como base da fundamentação da sentença, que o acusado pertence a uma organização criminosa. A avaliação é sempre feita com base em provas.

A frase foi retirada, portanto, de um contexto maior, próprio de uma sentença extensa, com mais de cem páginas.

Reafirmo que a cor da pele de um ser humano jamais serviu ou servirá de argumento ou fundamento para a tomada de decisões judiciais.

O racismo é prática intolerável em qualquer civilização e não condiz com os valores que defendo.

Peço sinceras desculpas se de alguma forma, em razão da interpretação do trecho específico da sentença (pag. 117), ofendi a alguém".

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados protocolou representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, por ter intimado a juíza Valdete Souto Severo, do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, em razão de artigo que associa o governo Jair Bolsonaro a 'necropolítica'. Os parlamentares argumentam 'ato persecutório' do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a magistrada.

Intitulado 'Por que é possível falar em política genocida no Brasil de 2020?', o artigo foi veiculado no dia 20 de julho em um site acadêmico. A juíza Valdete contextualiza a chamada 'necropolítica' e enumera medidas do governo que têm feito com que cada vez mais pessoas se evoquem a existência de uma política genocida no Brasil.

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O artigo opinativo foi alvo de intimação do CNJ aberta por ofício por Humberto Martins. O corregedor cobrou esclarecimentos da juíza sobre o texto sob a justificativa de apurar suposta infração à Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) ou o Código de Ética da classe.

Segundo a bancada do PSOL, a atitude do corregedor poderia ser classificada como 'abuso de autoridade' e tentativa de censura contra a magistrada.

"Não há o que se falar em extrapolação dos limites éticos, porquanto a atividade censória atribuída à Corregedoria Nacional de Justiça não deve se confundir com uma atividade persecutória ou intimidatória", afirmaram os deputados. "Da mesma forma, não pode autorizar censura de expressão e opinião de magistrados, muito menos quando seletivamente aplicada apenas aos que são críticos ao governo de turno".

Assinam o documento a líder do partido, Fernanda Melchionna (PSOL-RS), e os deputados Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Áurea Carolina (PSOL-MG), David Miranda (PSOL-RJ), Glauber Braga (PSOL-RJ), Ivan Valente (PSOL-SP), Luiza Erundina (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ).

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, quer ouvir a juíza responsável pelo processo sobre supostas irregularidades na construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais, sede do governo mineiro, antes de se manifestar sobre a suspensão do depoimento do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) no caso. O interrogatório está marcado para 6 de agosto.

Em despacho assinado na segunda, 27, Toffoli deu 48 horas para que a magistrada da Vara de Inquéritos Policiais da Comarca de Belo Horizonte se manifeste sobre as alegações da defesa do tucano, que diz não ter tido acesso aos depoimentos prestados pelos diretores da construtora OAS e da Santa Bárbara Engenharia. Os advogados sustentam que 'foi negado o acesso da defesa a elementos de provas utilizados no relatório final da autoridade policial'.

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De acordo com as delações, o então governador de Minas Gerais foi beneficiado em esquema de superfaturamento da obra e desvio de recursos públicos, cujo prejuízo é estimado pela Polícia Federal em R$ 747 milhões em valores atualizados.

Em maio, o tucano foi indiciado no caso por corrupção passiva e ativa, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica.

A juíza federal Ana Lúcia Petro Betto, da 6ª Vara Cível de São Paulo, anulou o passaporte diplomático emitido pelo Itamaraty ao pastor Romildo Ribeiro Soares, o R.R. Soares, e a mulher dele, Maria Magdalena Bezerra Ribeiro Soares. O casal é membro fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus.

A ação civil pública foi movida pelo advogado Ricardo Amin Nacle, que alegou à Justiça desvio de finalidade na concessão do passaporte. Por lei, o benefício pode ser estendido a terceiros escolhidos pelo Ministério das Relações Exteriores desde que usado em missões de interesse do País.

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Uma liminar no caso havia sido deferida em junho do ano passado, suspendendo a portaria que concedeu os passaportes a RR Soares. No entanto, a decisão foi revista pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que atendeu um recurso da União e garantiu a manutenção dos documentos.

No julgamento de mérito, a Justiça em primeira instância apontou que o Itamaraty 'não apresentou a necessária justificativa vinculada ao atendimento de interesses do País' quando expediu o documento ao pastor, fundamentando a decisão apenas no fato de que ele e a mulher poderiam 'desempenhar de maneira eficiente suas atividades em prol das comunidades brasileiras no exterior'.

"Saliente-se, ainda, ser o Brasil um Estado laico, que assegura o exercício pleno de toda e qualquer crença religiosa, filosófica ou política, de modo que a concessão de passaporte diplomático a líder religioso específico, em detrimento dos representantes das demais religiões, viola, de maneira frontal, o princípio constitucional da isonomia", afirmou a juíza Ana Lúcia Betto.

Nos autos, a União alegou que não cabe à Justiça exercer controle de mérito de atos administrativos do governo, visto que tal medida configuraria separação dos Poderes.

O passaporte diplomático foi concedido por Ernesto Araújo ao pastor em junho do ano passado. O mesmo benefício foi conferido em 2016, pelo então governo Michel Temer (MDB), mas foi revogado pela Justiça. À época, o Itamaraty afirmou que deu o documento por uma questão de isonomia, alegando que líderes católicos receberam o passaporte.

Por lei, podem portar o documento o presidente e o vice-presidente, ex-presidentes, governadores, ministros de Estado, militares em missões da ONU, deputados e senadores, ministros do Supremo Tribunal Federal, juízes brasileiros em tribunais no exterior e o procurador-geral da República.

Apesar do nome, o passaporte é utilizado para facilitar a emissão de vistos de curta duração ou facilitar a entrada em outros países. O documento entrou na mira de representação do Ministério Público após suspeitas de que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, utilizou do benefício para entrar nos Estados Unidos mesmo quando já havia deixado o cargo no MEC.

COM A PALAVRA, O PASTOR R.R. SOARES

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com o pastor R. R. Soares. O espaço está aberto a manifestações.

A juíza progressista e decana da Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos Ruth Bader Ginsburg deixou o hospital em que deu entrada na terça-feira (14) com uma possível infecção e se sente bem, informou o tribunal nesta quarta (15).

A magistrada de 87 anos deu entrada na manhã de terça-feira no hospital Johns Hopkins de Baltimore, em Maryland (leste), após sentir febre e calafrios à noite.

A juíza "deixou o hospital. Está em sua casa e se sente bem", informou a corte em breve declaração.

O estado de saúde de "RBG", como é conhecida, domina a atenção dos democratas e da esquerda americana porque a consideram uma referência de suas causas.

Os nove cargos da Suprema Corte são vitalícios. Uma renúncia ou a morte de Ginsburg daria ao presidente republicano Donald Trump a oportunidade de indicar um substituto e aumentar espaço a magistrados conservadores.

A juíza se submetei nesta terça a uma endoscopia para limpar um 'stent' no duto biliar e em casa será tratada com antibióticos, segundo a corte.

Ginsburg é uma das quatro integrantes progressistas da Suprema Corte. Ela foi nomeada em 1993 pelo então presidente democrata Bill Clinton.

Considerada uma jurista brilhante, tornou-se um ícone por seu critério independente e apoio a causas como as das mulheres, minorias e meio ambiente.

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, que não tem nenhuma formação em saúde, nomeou Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo para o cargo de Assessor Especial. O novo integrante do governo é advogado e, em 2011, defendeu o tenente Daniel Benitez, que acabou condenado a 36 anos de prisão pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli. 

A vítima, que combatia milícias e grupos de extermínio, foi assassinada com 21 tiros na porta de sua casa por dois policiais militares, em Niterói, Rio de Janeiro, segundo o site Congresso em Foco.  

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Novo ministro

A chegada de Eduardo Pazuello ao ministério se deu por indicação do também general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ainda no final de abril, Pazuello já havia assumido o cargo de secretário-executivo no ministério e nomeado militares para diversos cargos.

A Mesa Diretora do Senado oficializou a perda do mandato da senadora Juíza Selma (Podemos-MT), cassada pela Justiça Eleitoral, após quatro meses do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão foi tomada por cinco votos a um no colegiado do Senado e será comunicada ao plenário ainda nesta quarta-feira, 15.

O único voto favorável à parlamentar veio do 2º vice-presidente da Casa, Lasier Martins (Podemos-RS), colega de partido de Selma. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não votou. Para a senadora ser efetivamente afastada, a decisão precisa ser comunicada ao plenário e publicada em diário oficial.

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Selma foi cassada pelo TSE em dezembro e, como o Broadcast Político mostrou, ganhou uma sobrevida de quatro meses no cargo. Nesse período, seguiu recebendo salários e os demais benefícios da função. A senadora ganhou o apelido de "Moro de saia" por ter sido juíza em Mato Grosso. Cassada por caixa 2 e abuso de poder econômico na campanha, Selma admitiu que realizou os gastos, mas alegou que não era obrigada a declarar as despesas no período.

Na reunião da Mesa do Senado, Lasier Martins apresentou um pedido de vista do processo - mais tempo para análise - argumentando que houve um julgamento fora do padrão na Justiça Eleitoral. Além disso, o parlamentar argumentou que a Mesa não poderia se reunir virtualmente. Pelo mesmo placar, o adiamento foi negado.

"É preciso atenção para o casuísmo do processo. Diferentemente de dezenas de políticos poderosos já com denúncia no Supremo e com processos parados, a senadora Selma foi magistrada, colocou grandes personagens da política mato-grossense na cadeia, inclusive governador, e por discriminação ou vingança teve um processo ultra rápido", afirmou Lasier Martins ao comentar a decisão.

Uma decisão expedida pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) determinou a proibição de velórios para pessoas que venham a morrer em decorrência da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2). A ação civil pública tinha caráter de urgência devido à crise de saúde causada pela pandemia.

Além de determinar que mortos no Ceará em decorrência de contaminação pelo novo coronavírus sejam enterrados assim que o corpo for liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), a decisão também determina que em caso de óbitos por outras causas os velórios sejam limitados a familiares e contem com no máximo 10 pessoas. A realização das cerimônias funerárias deve ser durante o dia e com duração máxima de uma hora. 

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A decisão é assinada pela juíza Sonia Meire de Abreu Tranca Calixto. No texto, que deferiu trâmite prioritário para a questão em razão da situação de calamidade pública em que o Brasil se encontra. No texto, a magistrada afirma entender que famílias precisam de apoio diante da perda de um ente querido, mas que a realização de velórios de vítimas de COVID-19 põe a saúde pública em risco. 

“Não há perder de vista que, na situação em que uma família perde seu ente querido, precisa do apoio dos amigos, mas nesse instante os cuidados e recomendações feitas pelas autoridades de saúde devem prevalecer”, escreveu a juíza. A decisão terá validade enquanto durar o decreto do Governador do Estado do Ceará, que determina o fechamento dos estabelecimentos comerciais. Para mais detalhes, acesse a decisão na íntegra.

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A juíza Ekaterini Sakellaropoulou, de 63 anos, foi eleita nesta quarta-feira (22) presidente da República e se tornou a primeira mulher na história da Grécia a ocupar este cargo essencialmente simbólico.

A atual presidente do Conselho de Estado, principal tribunal grego para casos contencioso-administrativos, foi eleita em primeiro turno, por indicação do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, por 261 votos a favor, sobre um total de 300 deputados.

"Ekaterini Sakellaropoulou é eleita presidente da República", declarou o presidente do Parlamento, Costas Tassoulas.

Essa magistrada experiente, especialista em direito ambiental, prestará juramento em 13 de março, no mesmo dia em que termina o mandato de seu antecessor, o conservador Prokopis Pavlopoulos.

Ekaterini Sakellaropoulou é a candidata da "unidade" e do "progresso". Assim foi apresentada pelo chefe do governo conservador, que a elegeu para esse cargo porque sua figura transcende as divisões partidárias.

Após receber os mais de 200 votos exigidos pela Constituição, a nova presidente foi eleita para um mandato de cinco anos renovável pelos deputados do partido conservador no poder Nova Democracia, do Syriza, o partido de esquerda do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, e do movimento de centro-esquerda Kinal.

Assim que seu nome apareceu entre os candidatos, em 15 de janeiro, a candidata obteve imediatamente o consenso geral em uma sociedade muito patriarcal, que está atrás de alguns países europeus em termos de paridade.

Sem ir mais longe, o primeiro-ministro que a propôs foi criticado por ter nomeado apenas duas mulheres ministras em seu governo.

Na Grécia, onde uma em cada cinco mulheres está desempregada, Sakellaropoulou abriu caminho quando se tornou a primeira mulher a liderar o tribunal administrativo mais importante do país em outubro de 2018, durante o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras.

"Sempre trabalhou firmemente pela justiça, pela proteção dos direitos individuais e pela neutralidade religiosa do Estado. Sua eleição recompensará os valores progressistas que sempre defendeu como juíza", elogiou Alexis Tsipras, agora líder da oposição de esquerda.

Formada em direito constitucional e ambiental em Atenas e Paris, essa juíza defendeu os direitos dos refugiados, minorias e liberdades civis. Mas se destacou, acima de tudo, nos casos de proteção ambiental, nos quais sempre se preocupou em preservar os investimentos em uma Grécia atingida por uma década de crise.

Assim, a magistrada foi criticada por ter defendido um polêmico projeto de investimento de uma empresa de mineração canadense no norte do país. Sem militância política, essa feminista, divorciada e mãe de um filho, passa a ocupar a chefia do Estado.

Chefe de Estado e das Forças Armadas, o presidente têm funções bastante simbólicas na Grécia. Segundo a Constituição, pode declarar guerra, mas sempre sob a supervisão do governo.

"Esta nomeação é uma conquista estratégica e significativa que abrirá novas perspectivas para o futuro", considerou o editorialista Elias Maglinis no jornal conservador Kathimerini.

Uma juíza da Vara da Família foi suspensa após ser acusada de fazer sexo a três no tribunal de Kenton, no Kentucky, Estados Unidos. De acordo com a NBC News, a magistrada Dawn Gentry manteve relação sexual com um homem e uma mulher, além de cometer uma série de infrações.

Recai sobre a juíza Dawn uma lista de acusações. Dentre elas a suspeita de coagir funcionários da Justiça a trabalharem em sua campanha eleitoral, permitir o consumo de bebida alcoólica no tribunal, liberar os filhos para acompanhar procedimentos sigilosos na corte, contratar garoto de programa e permitir que um funcionário - que também era pastor - cantasse e tocasse guitarra na vara.

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Segundo informações, a juíza, que foi eleita em novembro de 2018, nega as acusações. Caso seja deliberado seu afastamento, ela fica longe da corte por cerca de dois meses. Os casos seguem em análise e Dawn corre o risco de ser excluída em definitivo.

A Seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou, na quarta-feira (23), uma representação junto a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado contra a juíza Maíra Valéria Veiga de Oliveira. A magistrada barra a entrada de mulheres no Fórum de Iguaba Grande, do qual é diretora, de acordo com o tamanho das saias que estão usando, diz a OAB-RJ.

Segundo a entidade, a juíza fixou um aviso sobre a medida na entrada do Tribunal e autorizou seguranças a medirem as roupas das advogadas com régua - se a roupa estiver mais de cinco centímetros acima do joelho, a mulher é impedida de entrar no local. A OAB relatou que uma estagiária teve que costurar seu casaco à saia para conseguir entrar no Fórum. As informações foram divulgadas pela Assessoria de Imprensa da OAB-RJ.

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O município de Iguaba Grande é situado a cerca de 130 km da capital fluminense. A denúncia, assinada pela Comissão de Prerrogativas da OAB-RJ, diz que Maíra Oliveira descumpre, "deliberadamente" a Lei Federal 8906/94, que supõe sobre Estatuto da Advocacia e a Ordem, no que diz respeito à ausência de hierarquia entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo haver "consideração e respeito recíprocos".

Na avaliação da entidade, a magistrada "falta com seu dever funcional de cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício na forma do Artigo 35 da Lei Orgânica da Magistratura". Tal dispositivo apresenta os deveres do magistrado.

A OAB alega que tentou conversar por vezes com a magistrada, inclusive com a realização de uma reunião no fim de 2018. A entidade aponta ainda que no início do mês, a vice-presidente da OAB Mulher, Rebeca Servaes, foi barrada, por causa de sua saia, durante uma visita da Diretoria de Mulheres ao Fórum que verificaria o cumprimento das prerrogativas da advogada.

Na ocasião, Rebeca e outras integrantes da Diretoria de Mulheres da OAB conversaram com a magistrada, que teria abordado as advogadas com "rispidez, acompanhada por policiais". "Ao defender sua posição, chamou as advogadas que frequentam o fórum de 'piriguetes'", diz nota da OAB-RJ.

Segundo a entidade, a juíza teria se comprometido a refletir sobre a regra e consultar o Tribunal de Justiça sobre a viabilidade revogá-la. Até o momento, no entanto, não teria informado a Ordem sobre as providências.

Defesa

A reportagem busca contato com a juíza, via Assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e da Corregedoria Geral de Justiça. O espaço está aberto para manifestação.

A 1.ª Vara Federal Criminal de São Paulo determinou que o Hospital das Clínicas envie informações detalhadas sobre os procedimentos de internação e o estado clínico do procurador da Fazenda Nacional, Matheus Carneiro Assunção, preso em flagrante por tentativa de homicídio qualificado contra a juíza federal Louise Filgueiras, na última quinta-feira, 3. Por determinação judicial, ele foi internado na instituição. Também foi aberto incidente de insanidade mental.

A decisão é da juíza federal Andréia Costa Moruzzi.

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Ela estipulou as seguintes medidas cautelares com relação a Matheus Assunção: monitoramento eletrônico, com a colocação da tornozeleira "em momento oportuno" - após o recebimento das informações médicas solicitadas ao HC; suspensão do exercício da função como procurador da Fazenda Nacional, com a devolução da carteira funcional; entrega do passaporte; e o recolhimento de eventual porte de arma, com a suspensão do respectivo registro, caso haja autorização em nome do investigado.

A carteira, o passaporte e eventual porte de armas deverão ser entregues em Juízo, no prazo de 48 horas, pelo curador nomeado.

No final da tarde de quinta, 3, o procurador invadiu o gabinete de Louise, no 21.º andar do prédio-sede do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3), na Avenida Paulista. Munido de uma faca, ele golpeou o pescoço da magistrada. Também atirou uma jarra de vidro sobre Louise, que sofreu ferimentos leves.

Em sua decisão, Andréia Costa Moruzzi ainda fixou obrigações a serem cumpridas pela equipe médica responsável pelo custodiado, por meio de seu curador.

Andréia determinou o envio de um ofício ao Instituto de Psiquiatria do HC "para que informe se há uma equipe médica e de enfermaria permanente na ala psiquiátrica, quais pessoas estão autorizadas a acompanhar o procurador e que medidas foram adotadas para assegurar que ele não saia do estabelecimento médico sem autorização judicial".

O chefe da equipe médica deverá enviar relatórios à juíza, a cada cinco dias, sobre o estado de saúde mental do procurador, "constando a necessidade e as razões da manutenção da internação". Também deverá ser remetida à Justiça cópia do prontuário médico e do projeto terapêutico.

A equipe médica deverá enviar cronograma de exames a serem realizados e comunicar à Justiça a previsão de alta médica, "quando e se houver", com antecedência mínima de 24 horas.

Na decisão, a juíza determina ainda que, caso o procurador seja colocado em liberdade, ainda que condicionada, ficará proibido de ingressar nas dependências da Justiça Federal, incluindo as instalações do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região, dos Fóruns Criminal e Previdenciário, Cível, Execuções Fiscais e do Juizado Especial Federal de São Paulo.

No caso do Fórum Criminal, será permitida a entrada do procurador "apenas para atos judiciais aos quais for intimado no processo".

A juíza atendeu ao pedido do Ministério Público Federal e nomeou um perito para exame de insanidade mental que será realizado posteriormente, "atendendo as condições clínicas do custodiado".

Para a juíza federal Louise Filgueiras, o ataque que sofreu do procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção, apesar de ter razões "insondáveis", tinha como alvo a magistratura. Golpeada com uma faca em seu gabinete no Tribunal Regional Federal da 3.ª Região, em São Paulo, na quinta-feira (3), a magistrada avalia que o atentado pode ser resultado de uma "mistura explosiva" entre "polarização" e um contexto de "tentativas claras de intimidação" da magistratura.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Louise relembrou momentos de horror que viveu naquela tarde e disse acreditar que o procurador pretendia atacar um magistrado qualquer. Contido por seguranças, Assunção afirmou que "queria fazer protesto". Depois do ataque à juíza, o procurador tentou se matar. Ele foi autuado na Polícia Federal por tentativa de homicídio, mas teve sua prisão transformada em preventiva por causa de dúvidas sobre sua integridade mental. O procurador será encaminhado para internação provisória no Hospital das Clínicas de São Paulo.

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Segundo Louise, o atentado afeta não só os magistrados, mas toda a sociedade - e, por isso, não pode ser "perdoado ou desculpado".

Após alguns dias do atentado de que foi vítima, como a senhora se sente?

Me sinto bem, só um pouco cansada, mas sem traumas.

O que muda na sua rotina?

Não pretendo mudar minha rotina, mas acho que a situação deixou claro que é preciso repensar a questão dos cuidados com a segurança nos fóruns.

Como foi o ataque?

Foi uma estocada no pescoço, na região da carótida, pelas costas. Eu estava sentada de costas para a porta, virada para a janela, lendo uma minuta de voto e não o vi nem ouvi entrar. Senti uma pressão forte no pescoço e ao me virar ele me atirou uma jarra de água, que se espatifou sobre a mesa. Eu gritei e, logo em seguida, os servidores do gabinete entraram, um servidor o imobilizou e a segurança logo chegou.

A senhora acredita que ele agiu premeditadamente ou invadiu seu gabinete por acaso?

Acredito que foi premeditado, pois ele trouxe a faca consigo (não é uma faca simples de cozinha, era maior e mais pontuda) e foi a dois outros gabinetes antes em busca de uma oportunidade. Acho que me atacou porque encontrou as portas abertas e todos concentrados no trabalho, e acreditou que era a melhor oportunidade. Tanto que aguardou alguns minutos no corredor, sentado. Sabemos, porque uma servidora chegou a vê-lo ali, mas achou que se tratava de advogado que aguardava para despachar. Acho que o ataque não foi dirigido a mim, especificamente. Ele pretendia atacar um magistrado qualquer, em forma de protesto. Pelo que se apurou até agora, foi um ataque contra a magistratura, não foi pessoal.

O que ele dizia quando a esfaqueou?

Ele não disse uma palavra. Apenas indagado pelo agente de segurança se estava sob efeito de álcool, depois de dominado, sorriu ironicamente e disse: "Álcool?". Nada mais.

O alvo era a magistratura? Por quê?

Sim, tudo leva a crer que o alvo era a magistratura, pois, pelo que se apurou até agora, o agente não tinha nenhuma relação comigo ou com qualquer processo que eu tenha julgado. As razões são insondáveis, pois parece até um ato de loucura. Segundo teria declarado após a prisão, pretendia fazer um protesto. De qualquer forma, o ato foi praticado em um contexto de tentativas claras de intimidação, que vêm tomando força atualmente, intimidações que visam a nos tornar mais vulneráveis a pressões e a interesses escusos, como a recentemente aprovada Lei do Abuso de Autoridade (que endurece a punição a juízes, promotores e policiais por abuso de autoridade). Por outro lado, vivemos tempos de muita polarização, as pessoas estão ficando doentes de ódio, intolerância e mesmo de indignação. Isso tudo faz uma mistura muito explosiva, que pode resultar em atos de violência como esse.

A senhora perdoa o agressor?

Pessoalmente, perdoo e lamento muito que um jovem procurador da Fazenda Nacional, carreira que muito respeito, inclusive exercida pelo meu falecido pai por muitos anos, tenha praticado ato de tamanha gravidade e tenha assim se prejudicado tanto. Mas não cabe a mim perdoar um atentado praticado contra a magistratura, pois afeta todos os juízes diretamente, e atinge também a sociedade, que necessita de um Judiciário firme e independente, razão pela qual entendo que não pode ser tolerado ou desculpado, de maneira alguma.

Houve falha na segurança do prédio do TRF-3?

Ele não foi revistado por ser procurador da Fazenda Nacional. Há uma norma que dispensa essa revista. Não houve falha nos procedimentos normais de segurança.

Seu agressor deve ficar preso ou sob tratamento?

Acho que isso é uma questão para a perícia técnica. Não me cabe emitir juízo sobre isso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O procurador Matheus Carneiro Assunção, preso por tentar matar a facadas a juíza federal Louise Filgueiras na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), será encaminhado para internação provisória no Hospital das Clínicas de São Paulo. A decisão foi determinada neste sábado, 5, pelo juiz federal de plantão Fernando Toledo Carneiro, que atendeu pedido da defesa.

O servidor ficará aos cuidados da equipe de psiquiatria do Hospital das Clínicas, sem a presença de agentes da Polícia Federal. A unidade, no entanto, fica proibida de liberar Assunção sem autorização judicial.

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Inicialmente, o procurador seria transferido para cumprir prisão preventiva no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico "Dr. Arnaldo Amado Ferreira", em Taubaté (SP), diante do "risco significativo" de que Assunção cometa suicídio, segundo argumentou a juíza Andréia Moruzzi, da 1ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Logo após a tentativa de homicídio na última quinta-feira, 3, o procurador tentou se matar.

A ação também motivou a magistrada a deferir pedido de instauração de incidente de insanidade mental, que irá avaliar o grau de discernimento de Assunção na última quinta.

Assunção atacou a juíza federal Louise Filgueiras com uma faca, golpeando-a no pescoço, e jogou uma jarra de vidro contra a magistrada, que sofreu ferimentos leves. O procurador foi imobilizado por servidores do TRF-3, a Polícia Federal foi acionada e Assunção foi preso em flagrante. A juíza Louise substituía o desembargador federal Paulo Fontes, ocupando o gabinete do 21º andar do TRF-3, quando foi atacada.

Depois de contido, o procurador afirmou que "queria fazer protesto". Na Polícia Federal ele ficou em silêncio.

O procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção foi preso nesta quinta-feira (3) após tentar matar a juíza federal Louise Filgueiras, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. A informação foi revelada pela revista eletrônica Consultor Jurídico (Conjur) e confirmada pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

O TRF-3 tem jurisdição em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Sua sede fica na Avenida Paulista.

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Assunção atacou a magistrada com uma faca, golpeando-a no pescoço, e deixando ferimentos leves. Às 20h, a reportagem fez contato com a assessoria de imprensa da Corte, que afirmou não saber de nada.

Ele invadiu o gabinete da magistrada, que atua em substituição ao desembargador Paulo Fontes, que está em período de férias. O agressor, segundo testemunha, atingiu a juíza próximo à jugular. Depois de contido, o procurador afirmou que "queria fazer protesto".

Assunção foi primeiro ao gabinete do desembargador Fábio Prieto de Souza, no 22º andar da Corte, mas ele não estava no local, já que participava de uma sessão.

Ele, então, desceu correndo pelas escadas e, no 21º andar, invadiu o gabinete da juíza. Inicialmente, ele atirou uma jarra de vidro em direção à magistrada. Depois, a golpeou com a faca.

O procurador da Fazenda Nacional foi detido e levado pela Polícia Federal.

Depois de ter sido dada como desaparecida, o corpo de Ione dos Santos foi encontrado dentro de uma geladeira, na sua própria casa, localizada no município de Miguel Pereira, no Rio de Janeiro. Além de atuar como pastora, a vítima também era juíza de paz. 

O principal suspeito do crime é o, então, namorado da pastora e ex-presidiário Luan Nilton Martins, de 30 anos. De acordo com o site O Dia, Luan foi morto no último dia 25 de setembro, em uma troca de tiros com policiais militares. A polícia aponta que o rapaz teria fugido após assassinar a juíza.

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Foi o irmão da vítima quem encontrou o corpo dentro da geladeira, que estava ligada, amarrada com arames e com a porta virada para a parede. O corpo de Ione não apresentava sinais de agressão e, por isso, a polícia acredita que ela tenha sido colocada ainda viva dentro da geladeira. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal.

Cerca de 100 detentos estão algemados a 18 viaturas, alojadas em um terreno na Rua Salvador França, em Porto Alegre, capital gaúcha. Eles estão sob os cuidados de 33 policiais militares, que foram submetidos à condições insalubres para vigiá-los. Devido à falta de vagas no sistema prisional, anteriormente, os presos amontoavam-se no entorno do Palácio da Polícia.

"Estou implorando para ir para a cadeia. O Presídio Central é shopping center perto disso daqui", suplicou um detento. Até as próprias viaturas improvisadas como celas estão lotadas. Por isso, parte dos reclusos foi algemada nas portas dos veículos. 

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Limitados em sua condição, garrafas de plástico são compartilhadas como urinol, segundo a RBS."A gente usa uma garrafa comunitária para urinar. Quando enche, o soldado escolta e a gente vira no mictório. Fazer o número dois é uma vez por dia. Estou há 20 dias aqui", explicou um dos presos em um porta-malas.

O aperto também os impede de dormir com dignidade, a maioria descansa apoiada nos próprios joelhos. "Todo mundo fez um crime e todo mundo tem de pagar, mas isso aqui está desumano demais", declarou um preso há 31 dias.

“Todo mundo aqui põe o órgão genital no mesmo lugar. Muitos são soropositivo, outros têm hepatite, infecção. Colocaram um cara ali com tuberculose. Pode proliferar. É diferente estar em um presídio e estar aqui amarrado”, denunciou outro algemado.

“Foi um retrocesso ter presos em viaturas”- Nessa terça-feira (24), a juíza Sonáli Zluhan da 1ª Vara de Execuções Criminais da capital visitou o terreno que dá acesso ao Centro de Triagem de Presos de Porto Alegre. Ela deparou-se com 95 presos -número variável devido às detenções e liberações diárias- e pretende solucionar, ao menos, casos que envolvam graves problemas de saúde.

“Foi um retrocesso ter presos em viaturas. A gente conversa com os policiais, são obrigados a fazer um rodízio, e estão em situação precária, vocês viram, sentados nas pedras, comendo como podem. Esse preso em viatura não recupera de jeito nenhum. E está um clima tenso entre preso e brigadiano. É complicado. E no Centro de Triagem não são atendidos os requisitos mínimos da prisão”, pontuou a juíza.

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Insalubridade policial - Cerca de 33 militares de diversos batalhões são submetidos à falta de percepção do poder público. Alternados em turnos de 12 horas, têm como posto uma edificação inacabada com o teto infiltrado. O descaso prossegue diante da estrutura: cadeiras plásticas e mesas de madeira, são a ‘sala’ e o ‘refeitório’. No local, se alimentam enquanto evitam uma possível fuga.

Para espantar o frio, a opção é improvisar uma fogueira com pedaços de madeira.

“A gente poderia estar na rua, mas está aqui. Acabar com isso é bom para todo mundo. E o problema é que acaba sempre a culpa em cima da Brigada”, explicou um policial. Outro militar se queixa, “às vezes, em quatro brigadianos de um batalhão para quase 20 presos. Os presos ainda colaboram. A gente não "solta" muito eles, mas também não "aperta".

O que diz o Poder Público

Uma nota da Secretaria de Administração Penitenciária foi enviada a equipe de reportagem do GaúchaZH. Confira na íntegra:

“A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAPEN) informa que continua envidando todos os esforços para resolver de forma definitiva a situação dos presos que são custodiados em viaturas e delegacias. Como já é de conhecimento da maior parte da sociedade gaúcha, trata-se de questão complexa, que não depende de vontade política, mas de uma série de fatores que estão sendo objeto da dedicação total da secretaria, criada exclusivamente para tratar da questão prisional. Para se ter uma ideia, até o momento, já foram encaminhados ao sistema mais de 12 mil pessoas presas, desde o início do ano, através do sistema Desep Vagas 24h. Mas a solução para o caso específico passa pela implementação do Nugesp (Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional), cuja minuta se encontra em fase de análise dos diversos entes do sistema de Justiça para sua implantação ainda em 2019. Também a entrega do Presídio de Sapucaia, com suas 600 vagas vai contribuir para amenizar o problema. Com isso, teremos possibilidade de absorver a demanda de presos que hoje se encontram em DPs e viaturas. A ideia é que o novo núcleo seja instalado exatamente na mesma área onde hoje estão estes presos, no terreno junto ao IPF.”

A juíza Janaína Cassol Machado, da 1.ª Vara Federal de Florianópolis, negou nesta terça-feira, 30, pedidos apresentados pelas defesas de oito presos na Operação Alcatraz, deflagrada no final de maio com base em dados compartilhados pelos órgãos de fiscalização e controle.

A magistrada rejeitou argumentos dos advogados que pediam suspensão da ação com base na liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli a pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que condicionou o compartilhamento de dados de órgãos do governo à prévia autorização judicial.

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Na decisão, a juíza argumenta que as informações compartilhadas sem decisão judicial - antes da primeira decisão judicial de quebra de sigilo fiscal e bancário- "foram feitas dentro dos limites constitucionais e legais fixados na delimitação do RE 1.055.941" (recurso em que foi concedida a liminar do STF). A magistrada observou, ainda, que "os dados não foram além da identificação dos montantes globais, consoante decidido pela Corte, tudo nos termos da decisão do recurso especial".

A magistrada também apontou que os dados compartilhados que ultrapassariam a identificação dos titulares das operações bancárias e dos montantes globais estão amparados por decisões judiciais de quebra de sigilos fiscais, bancários e telemáticos.

A primeira decisão foi proferida em 24/3/2017, "sendo que esta e todas as demais até o presente momento não foram atacadas pelos requerentes no que tange aos elementos fáticos sob análise", apontou a magistrada.

A defesa pedia que o processo fosse suspenso, pelo menos, até o STF julgar o mérito da questão, que está pautado para novembro, mas pode ser antecipado diante da repercussão geral, segundo afirmou Toffoli na última quinta-feira, 25.

Recurso semelhante ao julgado pela Justiça Federal em Santa Catarina também foi pedido pela defesa de João de Deus, em inquérito que apura lavagem de dinheiro do médium que é réu em oito processos por violência sexual contra quase uma centena de mulheres e que está preso no complexo penitenciário de Aparecida de Goiânia.

Até o momento, pelo menos 18 pessoas foram denunciadas na operação Alcatraz, que investiga suposta organização criminosa que teria fraudado processos licitatórios na Secretaria de Administração e na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/SC).

Recentemente, a Justiça Federal concedeu mais prazo para a Polícia Federal concluir nova etapa do inquérito que pode gerar novos indiciamentos.

Um jovem jogador de 14 anos foi banido nesta quarta-feira (29) por um ano do futebol após ter abaixado o seu calção para uma árbitra durante uma partida de um torneio de base, em Mestre, na Itália.

No duelo contra o Miranese, o garoto fez os gestos obscenos após a árbitra não ter marcado escanteio para sua equipe. Após o ato, ele foi imediatamente expulso.

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A Federação Italiana de Futebol (Figc) declarou que o comportamento do atleta foi "totalmente inaceitável". O presidente da entidade, Gabriele Gravina, afirmou que a punição não foi rígida o suficiente.

"Na minha opinião, não deve haver qualquer redução neste comportamento: eu vou intervir na decisão, não é aceitável, não posso esconder minha decepção", disse Gravina, em entrevista à "BBC".

A sentença poderá ser reduzida caso o jovem jogador aceite participar de um programa de reeducação, na costa veneziana, onde o garoto mora.

Nicastro, de 22 anos, já apitou mais de 40 partidas de base na carreira. Ainda segundo a imprensa italiana, dezenas de pais dos jogadores ofenderam com insultos machistas a árbitra desde o início do confronto.

Em atendimento a um pedido feito pelo Ministério Público (MP), a juíza Fernanda Machado, da Vara de Barão de Cocais (MG), decidiu nessa sexta-feira (17) elevar o teto de uma multa aplicada à Vale para R$ 300 milhões.

Segundo o MP, a mineradora não apresentou o estudo dos impactos relacionados ao eventual rompimento das estruturas da Mina de Congo Soco. A decisão ocorreu após notícias de movimentação do talude da cava norte da mina, que pode ter como consequência o rompimento da barragem.

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Na decisão, a juíza determinou ainda que a Vale apresente, em 72 horas, um estudo atualizado de ruptura (dam break), considerando a zona de impacto como um todo (mancha de inundação que deve estar descrita no estudo hipotético de situação), levando em conta todos os cenários possíveis e os efeitos cumulativos e sinérgicos do conjunto de todas as estruturas que integram o complexo.

 

Fernanda Machado também pediu informações detalhadas sobre o que representaria o pior cenário, com todos os parâmetros da barragem que influenciariam a mobilização do rejeito em uma ruptura. A juíza quer detalhes da atualização das rotas de fuga e pontos de encontro, implantação de sinalização de campo e de sistemas de alerta, estratégias para evacuação e resgate da população, comunicação, adequação de estrutura lógica, resgate e cuidado dos animais e de bens culturais. Em caso de descumprimento da decisão, ela alerta a mineradora de que a multa poderá ser aumentada.

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