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A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira, 25, que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu a decisão da 5ª Vara Cível Federal do Distrito Federal que havia afastado do cargo o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana (PT-AC).

A posse de Viana como presidente da agência havia sido anulada com base em reportagem do Estadão que revelou que o político não é fluente em inglês, o que era considerado requisito mínimo para o cargo. O ex-senador e ex-governador do Acre, no entanto, atuou para mudar o estatuto social do órgão e, dessa maneira, "legalizar" sua nomeação. Viana foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 3 de janeiro. Ele recebe salário de R$ 65 mil, fora a aposentadoria de senador.

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A decisão do TRF-1 que suspendeu a anulação da posse de Viana foi assinada pelo desembargador Marcos Augusto de Sousa, vice-presidente em exercício do tribunal. Para o magistrado, a participação do petista na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado comprovaria a sua fluência em inglês. A comissão, contudo, não exige que o parlamentar domine o idioma para pertencer ao colegiado. Ele também diz que o ex-senador participou de diversas missões no exterior.

Com isso, segundo o desembargador, Jorge Viana cumpriria outros dois requisitos de "experiência internacional (residência, trabalho ou estudo) por período mínimo de um ano" e de "experiência profissional no Brasil, de no mínimo dois anos, que tenha exigido o conhecimento e a utilização do idioma".

O magistrado acatou ainda argumento da AGU de que o afastamento de Viana poderia gerar prejuízo para o fomento das exportações brasileiras. "Nessa linha, vê-se que a União trouxe ao processo o último relatório de gestão da Apex, referente ao ano de 2022, a revelar que tais atividades repercutem diretamente em diferentes setores da economia nacional, tais como o comércio por atacado, a fabricação de produtos alimentícios, entre outros, os quais também restariam prejudicados com a manutenção da decisão atacada, de onde se extrai também o risco de lesão à economia", assinalou.

A ação que resultou no afastamento de Viana foi ajuizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ao Estadão, a defesa do parlamentar informou que irá recorrer contra a liminar do TRF-1.

Entenda

Como presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana atuou para mudar o estatuto social da agência no trecho que se refere à exigência em fluência em inglês. Na posse do ex-senador, o artigo 23, parágrafo 4º, do estatuto exigia fluência ou nível avançado do idioma, comprovados por um certificado de proficiência ou um certificado de conclusão de curso de inglês, de Nível Avançado, ou ainda com experiências internacional ou profissional que tenham exigido o conhecimento de inglês.

Com a mudança, diz apenas que "preferencialmente" o presidente e os diretores deverão cumprir esses requisitos.

À época da publicação da reportagem do Estadão, a Apex-Brasil se limitou a informar que considera que gestores como Jorge Viana e Floriano Pesaro engrandecem a agência, até porque estiveram à frente de instituições de governo e na iniciativa privada. "Ambos tem atuação política e de gestão e estão contribuindo decisivamente para ampliar a presença do Brasil no ambiente internacional de negócios, exatamente pela sua capacidade de diálogo e interlocução, ainda mais depois de quatro anos de bolsonarismo", assinalou o órgão.

A assessoria da agência disse também que Viana "fala inglês, mas não a ponto de fazer um discurso."

A Justiça Federal anulou nesta segunda-feira, 22, a posse do atual presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana (PT-AC). O Estadão revelou que o político não é fluente em inglês, considerado requisito mínimo para ocupação do cargo.

Viana foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 3 de janeiro. Cerca de três meses depois, o ex-senador do Acre atuou para mudar o regramento interno e, dessa maneira, "legalizar" sua nomeação.

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A ação judicial foi movida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Na decisão, a juíza substituta da 5º Seção Judiciária do Distrito Federal, Diana Wanderlei, deu prazo para Viana apresentar um diploma de proficiência em inglês ou mesmo um vídeo em que apareça falando a língua estrangeira.

"Em se tratando da Apex-Brasil, o objetivo primeiro da instituição, como visto, é promover a execução de políticas de promoção de exportações, o que, por óbvio, acontece no âmbito das relações internacionais. E nesse ambiente negocial, torna-se de fundamental importância para a estrutura executiva o conhecimento da língua mater dos negócios empresariais internacionais", escreveu a magistrada.

Diana ressaltou também que os cargos de presidência e da diretoria da agência são eminentemente administrativos, e não de natureza política.

Parlamentares da oposição vão cobrar explicações do presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana (PT-AC), sobre a nomeação de aliados para cargos de assessoria na direção da agência de cooperação internacional do governo federal. Como revelou o Estadão, os indicados não têm formação nas áreas para as quais foram designados na Apex.

O senador Sérgio Moro (União -PR) anunciou em sua conta no Twitter que vai apresentar requerimento para convidar Jorge Viana a se explicar no Senado. O parlamentar quer que o presidente da Apex compareça à Comissão de Fiscalização da Casa. "Na comissão de fiscalização do Senado, vou propor convite ao novo presidente da Apex para se explicar, em português mesmo, se os assessores nomeados por ele têm experiência e conhecimento em comércio exterior e, se não tem, o motivo da nomeação", escreveu Moro.

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O comentário do ex-juiz faz referência de forma irônica ao fato de Viana ter alterado o estatuto da Apex-Brasil para deixar de exigir proficiência em inglês para ocupante do cargo de presidente da agência, como noticiou o Estadão.

Na Câmara, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também usou a rede social para informar que também apresentará requerimento cobrando explicações de Jorge Viana. "Preparando neste momento requerimento para que o APEX Viana vá à Câmara dar explicações para o que a imprensa tem suspeitado ser cabides de empregos. O máquina pública é mantida pelos impostos dos brasileiros e a eles deve servir, não aos desejos pessoais de seus ocupantes", escreveu Eduardo Bolsonaro.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (25), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna o crime de estupro imprescritível. O texto é de autoria do ex-senador Jorge Viana (AC) e já foi aprovado no Senado.

Antes de ser votado em plenário, o projeto vai ser analisado em uma comissão especial que debaterá o mérito do texto, inclusive em audiências públicas. 

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O tempo de prescrição hoje para o crime varia de acordo com a pena, que é diferente em cada caso, podendo chegar a 20 anos. Para estupro de vulnerável, a contagem só começa após a vítima fazer 18 anos. 

“Acreditamos que pela própria redoma social, a própria constatação da população que esse é o crime mais bárbaro que pode ser cometido, é importante que nós possamos entregar aqui um caráter pedagógico. Que quem estupra, independente do prazo, será punido. E que isso sirva de lição, que o estuprador será punido no nosso país”, considerou o relator da PEC na CCJ da Câmara, deputado Léo Moraes (PODE-RO).

Além da imprescritibilidade, a matéria prevê ainda que o crime de estupro será inafiançável e sujeito à pena de reclusão.

O relator recomendou que outras duas propostas sobre o mesmo tema, passem a tramitar em conjunto, ou seja, tornem-se apensadas ao texto do Senado. 

Possível sucessor de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, o senador Jorge Viana (PT-AC) é visto como um político de perfil moderado, com facilidade de interlocução e bom trânsito entre os mais diversos setores e partidos políticos. Amigos lembram que Viana governou o Acre entre 1999 e 2006 em aliança com o PSDB, fato único na época.

"Jorge tinha uma relação muito próxima com Fernando Henrique e dona Ruth Cardoso. Eles nos ajudaram muito", lembra o ex-governador Binho Marques, que sucedeu a Viana no comando do Acre.

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Filho do ex-deputado federal Wildy Viana (Arena) e sobrinho do ex-governador biônico Joaquim Macedo, Viana foi presidente do Centro Acadêmico da faculdade de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UNB), onde de aproximou dos movimentos de esquerda.

De volta ao seu Estado natal, ajudou a fundar a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac). Ali, tomou contato com o trabalho do ambientalista Chico Mendes e implantou os primeiros projetos de exploração sustentável que desembocariam, anos depois, no Governo da Floresta, entre 1999 e 2006.

Em 1986, ajudou a coordenar a campanha de Chico Mendes a deputado estadual em dobradinha com Marina Silva, hoje na Rede, federal. Com o assassinato de Mendes, em 1988, criou corpo o grupo que comanda o Acre até hoje, composto a pelo atual governador, Tião Viana (PT), seu irmão.

No PT, o senador é visto como homem próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos foram apresentados por Chico Mendes e foi Lula quem afiançou internamente a aliança com o PSDB. Também foi Lula quem indicou Viana para um curso de planejamento estratégico no Instituto Latino-Americano de Desenvolvimento Econômico e Social (Ildes), em 1991. Dois anos depois, Viana assumiria a prefeitura de Rio Branco, hoje a única capital ainda comandada pelo PT.

A aliança com o PSDB terminou no final do seu segundo mandato, com o definhamento dos tucanos no Acre, mas rendeu uma gestão que transformou o estado.

"Não era uma disputa entre grupos políticos. Era entre as pessoas de bem e bandidos. Transformamos o Acre de um lugar onde as pessoas eram serradas com motosserras em um Estado que crescia em média de 5% a 7% ao ano, acima da média nacional", lembra o ex-secretário de Planejamento Gilberto Siqueira.

No Senado desde 2011, Viana foi relator do polêmico projeto do Código Florestal e, indicado pelo PT, chegou à vice-presidência da Casa, onde passou a ter afinidade com Renan. Segundo interlocutores, desde junho, quando se consolidou a possibilidade da queda de Eduardo Cunha na Câmara e de um efeito em cascata, o petista adotou um estilo mais discreto, já se preparando para a possibilidade de assumir a presidência.

Em setembro, a Lava Jato conduziu coercitivamente o ex-assessor parlamentar Mario Manucci, ligado a Viana. Os investigadores suspeitavam que o senador fosse o "menino da floresta" citado em planilhas da Odebrecht. Viana nega. O senador não é formalmente citado nem investigado na Lava Jato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Responsável por conduzir a pauta de votação do plenário do Senado com o afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado, o primeiro vice presidente da Casa, Jorge Viana (PT-AC), irá recorrer ao regimento interno e ao discurso de "precariedade institucional" para travar a votação da Proposta de Emenda à Constituição que estabelece limite de gastos públicos.

A PEC é a principal aposta do governo Temer para tentar equilibrar as contas públicas no próximo ano. A votação do segundo turno da proposta está prevista para ocorrer na próxima terça-feira (13).

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A estratégia da bancada do PT, desenhada na noite desta segunda-feira em reunião realizada no Senado, é de, ao assumir interinamente o comando da Casa, não avançar com as votações em plenário enquanto a situação de Renan não for definitivamente decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A expectativa é de que a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, coloque em votação, nesta quarta-feira, 7, no plenário da Corte, a liminar que determinou o afastamento de Renan da presidência do Senado.

Até lá, Viana deve recorrer ao discurso de que em razão da "precariedade institucional" não tem como realizar votações no plenário. Em não havendo sessões, dessa forma, o PT consegue adiar a contagem do prazo necessário para a votação do segundo turno da PEC do Teto.

A ideia é ganhar tempo com essa estratégia e inviabilizar o calendário de discussão da PEC uma vez que o recesso no Legislativo está previsto para começar na sexta-feira, 16.

Colocando em prática tal estratégica, Viana, em contrapartida, não deve dar declarações públicas de que é contra a votação.

Desde segunda-feira, o petista vem ressaltando que o momento é de cautela e que não pode haver precipitações. "O momento é gravíssimo, não podemos de jeito nenhum nos precipitarmos porque o Pais está vivendo um momento muito difícil do ponto de vista econômico e a crise política se intensifica e os reflexos para a população são danosos", afirmou Viana ao deixar a residência oficial do Senado.

O senador Jorge Viana (PT-AC) falou emocionado aos senadores e pediu que eles votem contra o pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Em seus 10 minutos de fala, Viana, que foi o 3º senador a se pronunciar, afirmou que a presidente afastada trouxe "argumentos necessários para que qualquer colega pudesse decidir seu voto". "Não queremos nada nesse tribunal a não ser justiça. Se contra fatos não há argumentos, Dilma tem que ser inocentada amanhã", afirmou.

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Ele fez ainda uma referencia à defesa emocionada que o advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, fez na manhã de hoje. "Confesso que a fala da defesa de Cardozo escreveu uma das páginas mais bonitas do plenário do Senado", disse. Para ele, a defesa que a presidente fez ontem foi "brilhante"

Viana foi mais um senador a citar o ex-presidente da Câmara deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele questionou como a história irá julgar o deputado, que é investigado pela Operação Lava Jato.

O pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do segundo vice-presidente, Romero Jucá (PMDB-RR), por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, abre espaço para que o petista Jorge Viana (AC), primeiro vice-presidente do Senado, venha a assumir a presidência da Casa interinamente, caso o Supremo Tribunal Federal aceite o pedido da PGR.

De acordo com o regimento interno e a assessoria técnica da Casa, os postos seriam preenchidos interinamente e as funções acumuladas. No seu artigo 59, o regimento prevê que, em caso de "vaga definitiva" para os cargos da Mesa Diretora, o preenchimento será feito em até cinco dias úteis com a realização de novas eleições. Os membros da mesa são eleitos em votação secreta.

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A interpretação da assessoria técnica do Senado, no entanto, é de que, caso Renan venha a ser afastado do cargo de presidente, ou preso preventivamente, isso não caracterizaria afastamento "definitivo". Ele poderia, em tese, retornar tão logo o prazo da prisão preventiva terminasse ou quando o afastamento fosse revertido.

Não existe um substituto para o senador Romero Jucá, que é o segundo vice-presidente do Senado. Nesse caso, a assessoria técnica da Casa defende que não é necessário que nenhum senador assuma o seu posto de forma interina. As suas funções e tarefas poderiam ser acumuladas por outro senador da Mesa Diretora, que conta ainda com quatro secretários e três suplentes.

O senador petista Jorge Viana (AC) partiu para o ataque para defender o governo após a prisão do ex-ministro José Dirceu nesta segunda-feira, 3. Diante da tentativa de líderes oposicionistas de relacionar o episódio de hoje ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff, Viana afirmou que a oposição estava "apequenada" e não aguentaria nem "meia Lava Jato".

"A oposição no Brasil está num papel muito apequenado e não aguenta nem meia Lava Jato", afirmou.

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O petista questionou ainda por que investigações sobre outros casos que envolvem integrantes da oposição não avançam na Justiça. "Por que se apura a ação de algumas figuras e de alguns partidos e não se apura de outros? É um jogo de cartas marcadas? Eu acredito que não, mas não pode ficar sem nenhuma dúvida", disse.

Sem citar o juiz Sérgio Moro, responsável pelo andamento da operação, Viana defendeu o fortalecimento das instituições que combatem a corrupção, para evitar personalismos. "É preciso fortalecer instituições, para que as investigações ocorram de maneira impessoal", afirmou.

Momentos antes de subir o tom, em discurso na tribuna do Senado, o petista havia dito que era preciso buscar o diálogo com a oposição diante da crise. Ele afirmou ter proposto essa iniciativa ao governo do ano passado, logo após a eleição, mas a sugestão não foi aceita.

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), utilizou a tribuna da Casa nesta sexta-feira, 13, para defender o irmão, o governador do Acre, Tião Viana, que teve o nome inserido na lista de investigados por suposto envolvimento em desvios ocorridos na Petrobras.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaurou na noite desta quinta o inquérito contra Tião Viana, suspeito de receber R$ 300 mil em propina da Petrobras. O dinheiro teria sido distribuído como auxílio para elegê-lo pela primeira vez ao governo do Acre, em 2010. Segundo a Procuradoria, a solicitação do montante foi feita pelo doleiro Alberto Youssef e autorizada pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. O pedido de investigação foi encaminhado pela vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, ao ministro Luis Felipe Salomão, relator da Operação Lava Jato no STJ.

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"Esse processo tem dois volumes e 400 páginas - dele tomamos conhecimento esta semana. São dois volumes e 400 páginas, e o nome do Governador Tião Viana é citado em quatro linhas. Quatro linhas em dois volumes e 400 páginas! A vida de uma pessoa, de um homem público, pode ser desmoralizada em quatro linhas", afirmou o senador Jorge Viana.

O petista também apontou possíveis contradições ocorridas no depoimentos de Youssef. "Poderiam ter olhado as quatro linhas que citam o nome do governador Tião Viana. O sr. Paulo Roberto diz que, no entendimento com Youssef, ficou acertado que Youssef iria mandar R$ 300 mil para a campanha do senador Tião Viana, em 2010. Mas o governador Tião Viana não era candidato a senador em 2010. Ele foi candidato a governador. Está aqui o documento. O documento que tenta destruir moralmente a honra do governador Tião Viana".

Em outro momento, o senador tentou desqualificar Alberto Youssef lembrando que o doleiro já havia realizado delação premiada em razão da participação em desvios no Banestado, banco estatal do Paraná. Youssef foi condenado, em setembro do ano passado, a quatro anos e quatro meses de prisão por ter praticado uma série de operações ilegais com dólar nos anos 1990 e 2000.

"O senhor Youssef, aliás, já esteve envolvido num escândalo com o PSDB do Paraná. Chantageou no Banestado e safou-se delatando e fazendo negociata - repetiu o mesmo modus operandi agora. E tem gente que acha que ele é um herói. Bandido é sempre bandido, de herói não tem nada - não tem nada, nem na hora que confessa. Por que vamos acreditar na palavra do bandido plenamente?", ponderou.

Em tom de desabafo, Jorge Viana defendeu ainda que, antes do encaminhamento do processo ao STJ, seu irmão poderia ter sido procurado pelas autoridades envolvidas nas investigações para prestar os esclarecimentos. "Esse processo poderia ter sido resolvido com um pedido de informação ao governador, com uma sindicância, mas a Justiça decidiu abrir inquérito, que não é condenação, e muito menos baseada na posição de dois criminosos que confessaram os crimes. Um diz uma coisa, outro diz outra completamente diferente. Mas nós confiamos na Justiça", afirmou.

Na presidência do Senado durante a ausência de Renan Calheiros (PMDB), que está em Roma, o senador Jorge Viana (PT) explicou que a Casa Legislativa cumprirá a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva da Petrobras. No entanto, a instalação da CPI ocorrerá apenas quando o Supremo for notificado oficialmente pela Corte, o que deve acontecer nesta semana. A declaração do petista foi feita nesta segunda-feira (28).

“Tão logo se receba a comunicação oficial da decisão da ministra, o caminho é a instalação da CPI, sem prejuízo de um recurso que deve passar pela decisão da Mesa do Senado e sem efeito suspensivo. Há quatro requerimentos de instalação de CPIs (dois no Senado, dois no Congresso), mas tudo aguarda a comunicação oficial da ministra Rosa Weber”, disse Jorge Viana.

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O líder do PT, o senador Humberto Costa, explicou a estratégia do partido: “O PT não vai pagar o preço de ser considerado o partido que não quer a CPI”.

“Nós vamos participar da CPI. Se ela for ampla, melhor. Nossa decisão é de, assim que o presidente Renan receber a comunicação e nos instar a indicar os nomes, vamos fazer isso de imediato, para começar os trabalhos o mais rápido possível, sem prejuízo de que o Senado possa recorrer para instalar a CPI mais ampla”, relatou.

Mas, da Itália, Renan Calheiros disse quer recorreria da decisão de Rosa para o Pleno do STF, o que daria chance de a liminar ser alterada pelos demais ministros. A decisão final sobre o andamento do mandado de segurança da oposição no Supremo caberá à Mesa do Senado, que se reúne nesta terça-feira (29), pela manhã, com o próprio presidente do Senado.

Os temas que ampliariam a CPI da Petrobras já são parte de um pedido para instalar uma nova CPI que investigue especialmente a empresa Alstom, por prática de cartel nas licitações do metrô de São Paulo durante os governos do PSDB.

“Já temos as assinaturas da Câmara e estamos colhendo aqui no Senado. Deve ser apresentado o requerimento no dia 20 (de maio) e se não houver recurso, o presidente já deve pedir a indicação dos membros. Os partidos terão até 30 dias para fazer isso” informou Humberto Costa.

 

Antigos amigos petistas da ex-senadora Marina Silva, como o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (AC), e o ex-governador do Acre e atualmente secretário de articulação do Ministério da Educação, Binho Marques, manifestaram surpresa com a filiação dela ao PSB. Viana, no entanto, demonstrou preocupação com o "tom" de ressentimento da ex-senadora em relação ao PT. "Esse tom que todo mundo observou não é bom. Ela sempre fez uma política positiva e não de acerto de contas", afirmou Viana ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Com a inviabilização da Rede, o senador disse que não se surpreendeu com a filiação da ex-petista a um partido político. "Ela queria estar inserida na eleição", concluiu o petista. A novidade, para ele, foi a escolha por um partido que já tem candidato à sucessão presidencial de 2014. "O estranho é ela aceitar, de pronto, a ser vice", completou.

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O vice-presidente do Senado ponderou sobre o discurso antigoverno de Marina no último sábado, 05, quando anunciou sua filiação ao PSB de Campos. "Se estiver fazendo acerto de contas com o PT, aí é lamentável", afirmou.

Já Binho Marques classificou a decisão de Marina como "inusitada". "Eu fiquei surpreso, o Brasil ficou surpreso. Mas não fiquei surpreso pelo mérito, só não imaginava essa possibilidade, que foi muito criativa", resumiu o ex-governador.

Viana e Marques disseram não enxergar Marina como oposição ao governo do PT, uma vez que ela e o presidenciável Eduardo Campos (PSB) já fizeram parte do projeto iniciado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ela já falou que não é oposição e nem situação", afirmou o antigo companheiro, que não conversa com Marina há 10 meses. Na visão do senador, prova de que a ex-senadora não está na oposição é que ela recusou a se filiar ao PPS, que faz "oposição raivosa" ao governo Dilma Rousseff. "A oposição não se viabilizou e tem de ficar na torcida para que nossos aliados se coloquem como alternativa", comentou.

Marques lamentou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha negado o registro da Rede, a qual ele contribuiu ao assinar uma ficha de apoiamento. Ele ressaltou que não é possível insinuar que o PT tenha atuado nos cartórios eleitorais para que estes rejeitassem as assinaturas dos apoiadores. "Não tem como o PT ter participado disso", defendeu.

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), comemorou nesta sexta-feira o novo entendimento por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) de que é o Congresso quem deve dar a palavra final sobre a perda de mandato de um parlamentar condenado.

No julgamento desta quinta, 8, do senador Ivo Cassol (PP-RO), a maioria dos integrantes do STF, além de condenar o parlamentar, também estabeleceu que a perda do mandato não era imediata e que deveria passar, primeiramente, por uma decisão do Senado.

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Cassol foi condenado a 4 anos, 8 meses e 26 dias de prisão em regime inicial semiaberto, por fraudar licitações entre 1998 e 2002, quando foi prefeito de Rolim de Moura (RO). Em nota, o senador alegou que iria recorrer.

O posicionamento dos ministros sobre a perda de mandato na sessão realizada na quinta altera, no entanto, o entendimento feito no ano passado durante o julgamento do mensalão, em que a maioria dos ministros definiu que a perda do mandato de um parlamentar condenado deveria ser imediata. Ainda não há uma decisão se a nova regra também poderá ser usada pelos parlamentares condenados pelo mensalão.

A mudança ocorre com o ingresso no Supremo dos ministros Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, que substituíram Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto, respectivamente. Os dois novos integrantes da Corte se somaram aos ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Rosa Weber que já haviam se posicionado pelo poder de decisão do Congresso.

"Parece pouca coisa, mas esta é uma matéria que muda a agenda dessa relação conflituosa entre Supremo e Congresso Nacional. O Supremo pode muito, mas não pode tudo. Quem pode tudo também não é o Senado, nem a Câmara, nem o Congresso, muito menos o Executivo. Quem pode tudo é a Constituição", afirmou Jorge Viana da tribuna.

"Então, está claro: quem cassa o mandato de parlamentar condenado é o Senado, no caso dos senadores, e a Câmara, no caso de deputados. Está na Constituição. É simples. Mas não era essa a decisão do Supremo até dezembro do ano passado", acrescentou o senador.

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), afirmou nesta terça-feira, em discurso da tribuna da Casa, que o apoio do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao fim da reeleição revela que os dois estão "jogando a toalha" na disputa presidencial do ano que vem. Os dois são apontados como prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff na disputa de 2014. A proposta de Aécio Neves de acabar com a reeleição foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo na semana passada.

"Hoje, eu vejo o candidato a presidente, meu colega Aécio Neves, o pretenso candidato a presidente Eduardo Campos, governador de Pernambuco, presidente do PSB, dizendo que querem o fim da reeleição. Eles não se entendem. Talvez estejam mirando 2018. já estão jogando a toalha sobre 2014", disse Viana, ao elogiar a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, em entrevista publicada nesta terça ao Valor Econômico, posicionou-se contra ao fim da reeleição.

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Em um longo pronunciamento, Jorge Viana citou uma série de decisões políticas que, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, não foram tratadas à época como casuísmo. Primeiro, ele disse que em setembro de 1993, a um ano da primeira eleição de FHC, o Congresso aprovou um projeto de lei que proibia a captação de imagens externas em programas eleitorais.

A mudança na lei, segundo o petista, prejudicou o então líder nas pesquisas para presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula viajava pelo País com as chamadas Caravanas da Cidadania. O petista lembrou que o relator do projeto na Câmara dos Deputados foi o tucano José Serra. "Mas isso não é um absurdo, porque era contra o PT, contra o Lula", criticou.

Jorge Viana também disse que o Plano Real tinha como único objetivo, lançado às vésperas da eleição de 1994, eleger presidente Fernando Henrique Cardoso. "O plano não foi feito para dar certo, foi feito para Lula ser o perdedor", disse ele, que também acusou a reeleição de FHC de ter sido aprovada de maneira "fraudulenta".

O senador petista Jorge Viana (AC) afirmou nesta quinta-feira (13) que, mesmo diante do que considera uma "campanha para destruir a imagem" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não se pode fazer política na base do "olho por olho". Viana criticou o convite aprovado na Comissão Mista de Controle de Inteligência, com o apoio do líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), para que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fale sobre uma suposta lista de propina em Furnas no seu governo.

"Há uma campanha para destruir a imagem de Lula. Mas isso não nos dá razão para fazer o olho por olho. Eu vou continuar respeitando o ex-presidente Fernando Henrique. Em seu governo endossei documentos que pediam investigações, mas nunca questionei sua honestidade. Se concordar com isso agora, eu perco a razão. Não é justo isso", disse. Jilmar Tatto, autor do requerimento, chegou a dizer que "se eles querem guerra, vão ter.". Viana fez esses comentários nesta quinta-feira (13), da tribuna do Senado, e também em conversa com jornalistas.

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Viana reagiu ao que considera como "repercussão fora do comum" às declarações do empresário Marcos Valério feitas ao Ministério Público Federal e reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que pagou despesas pessoais do ex-presidente Lula. "Não é o senhor Marcos Valério que quer desmoralizar o presidente Lula, é uma orquestração", afirmou o petista.

Para o petista, Lula não é desonesto, não compactua com a corrupção e tampouco é antidemocrático. "Não tentem pegar este caminho", afirmou Viana, que acredita haver um "ambiente de enfrentamento institucional". O senador disse que "obviamente" alguns não se conformam com os dez anos de governos do PT, mas, na opinião dele, as acusações beiram a um golpe.

O senador Jorge Viana (PT-AC) desafiou nesta terça o publicitário Marcos Valério a contar tudo o que sabe sobre o mensalão que, na sua avaliação, teria começado em Minas Gerais com o PSDB e o PFL (como se chamava o DEM), e não com o PT. Viana falou no plenário do Senado para contestar o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), que acusava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter "um silêncio ensurdecedor" diante da suposta denúncia de Valério, publicada pela revista Veja, de que ele seria "o chefe" do mensalão. O senador do Acre pôs em dúvida a veracidade das afirmações atribuídas a Valério, principal operador do mensalão.

"Queria muito que o senhor Marcos Valério viesse falar nos canais de televisão, nos jornais, não a partir de aspas inventadas, mas de sua própria voz contando a origem dessa organização de desviar partidos e base aliada", afirmou. "Eu particularmente gostaria que Marcos Valério falasse à Nação, certamente, ele não traria mais uma versão e, sim, talvez, a realidade dos fatos...se Marcos Valério falasse, se ele viesse a falar seria muito bom para o Brasil", reiterou.

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O senador petista entende que Valério "foi jogado aos leões" pelo PSDB e PFL e não pelo seu partido, o PT, como consta nas declarações atribuídas a ele pela Veja. Ele apontou a existência de um golpe no procedimento dos que consideram Lula responsável pelo mensalão. "Golpe, não. A elite brasileira tem todo o direito de criticar, setores da mídia não gostam do modelo petista de governar. Não tem problemas. Só não vale golpe. Só não vale fazer matérias, só não vale montar esquemas para tentar destruir a história de um partido que tem muitos erros e falhas", afirmou.

Jorge Viana retomou a tese, derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de que seu partido é vítima e não o responsável pelo esquema do mensalão. "Essa intolerância da elite brasileira com o PT está institucionalizada, é real. Eles não aceitaram o governo do presidente Lula por oito anos, eles engoliram mal e porcamente".

"Eu sigo confiando (no STF), mas vamos deixar a mais alta Corte do Brasil julgar com a independência que ela precisa ter. Não vamos fazer esse jogo de tentar a manipulação da opinião pública. Não funcionou uma vez. Tentaram duas vezes, tentaram três e agora estão achando que estão conseguindo algo", completou.

Ao responder ao petista, o senador Alvaro Dias disse que o PT teria prevaricado ao não denunciar o que ocorreu em Minas Gerais, "se é que ocorreu". "Não houve denúncia. O procurador não teve o privilégio de engavetar, porque à época, a denúncia não ocorreu". O tucano lembrou que a denúncia do mensalão em Minas Gerais surgiu na esteira, na repercussão e do impacto provocado pelo mensalão do PT em 2005.

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