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Por unanimidade, a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região indeferiu o habeas corpus impetrado pela defesa de Sérgio Hacker Corte Real, ex-prefeito do município de Tamandaré, no litoral pernambucano. Com a decisão, fica mantida a tramitação da ação penal contra o ex-gestor, acusado de desviar recursos públicos durante seu mandato, entre os anos de 2017 e 2020.

O habeas corpus pedia que a denúncia fosse considerada nula por não ter sido oferecida ao acusado uma proposta de acordo de não persecução penal. Segundo a defesa do ex-prefeito, um membro do MPPE havia requerido a designação de audiência extrajudicial para oferecimento do acordo, mas outro promotor de Justiça, meses depois, ofereceu a denúncia sem que a oferta fosse feita.

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A defesa alega, ainda, que o valor apontado como desviado foi inteiramente restituído aos cofres públicos, não havendo prejuízo ou dano ao município.

O desembargador federal Paulo Cordeiro, relator do caso, votou no sentido de que o habeas corpus não pode ser usado para discutir a possibilidade de se firmar acordo de não persecução penal, tampouco tratar de aparente conflito entre membros do MPPE – o que sequer é de competência do TRF5.

“Não restou demonstrada mácula, afronta, restrição ou mesmo ameaça a direito de locomoção, elementos que devem ser comprovados plenamente para que a ordem de habeas corpus possa ser concedida”, diz o voto. A Segunda Turma do TRF5 destacou, ainda, que o acusado não tem direito legal ao acordo de não persecução penal, cabendo ao Ministério Público avaliar se deve ou não conceder o benefício.

Hacker foi denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), sob acusação de ter utilizado dinheiro público para remunerar três empregadas domésticas, que ocupavam cargos em comissão na Prefeitura sem jamais terem prestado serviços à Administração Municipal. 

O fato foi confessado pelo próprio acusado, que exonerou as funcionárias após veiculação da notícia na imprensa local e nacional, no ano de 2020. De acordo com a Controladoria do Município, as verbas utilizadas indevidamente totalizaram R$ 193.365,20, sendo R$ 72.564,01 provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Como o montante desviado envolve recursos públicos federais, os autos foram remetidos à Justiça Federal, que detém a competência para julgar o processo. A denúncia, oferecida pelo MPPE, foi ratificada pelo Ministério Público Federal (MPF). Hacker é acusado de apropriar-se de bens ou rendas públicas e desviá-las em proveito próprio ou alheio. A Justiça Federal recebeu a denúncia em 21 de fevereiro de 2022, dando início à ação penal contra o ex-prefeito.

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para investigar o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Fabio Wajngarten. O inquérito visa apurar o envolvimento de Wajngarten em supostas práticas de corrupção passiva, peculato e advocacia administrativa. 

De acordo com as informações da Folha de São Paulo, o pedido da PF foi protocolado nessa segunda-feira (27) pelo procurador Frederick Lustosada, da Procuradoria da República no Distrito Federal, com base nas recentes reportagens que apontaram Wajngarten como sócio da FW Comunicação e Marketing e beneficiário de verbas de emissoras de TV e agências de publicidades contratadas pela Secom. O jornal indicou que o chefe da pasta estaria privilegiando as empresas as quais ele mantém contrato. 

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Se Wajngarten for considerado culpado, ele poderá receber as penas de 2 a 12 anos de prisão, mais o pagamento da multa.

O secretário também é alvo de outras investigações, como a do processo administrativo no Tribunal de Contas da União (TCU). Ele teria facilitado um direcionamento político sob os recursos de propaganda para TV’s próximas ao governo. 

Na Comissão de Ética Pública da Presidência, o publicitário responde por suspeitas de conflitos de interesses. Tal prática é considerada irregular pela legislação na qual proíbe que servidores do Estado tenham negócios com pessoas físicas ou jurídicas.

As punições para esse caso, são de advertência pública, censura ética, além de o governo receber orientações para exonerar o servidor. A decisão, no entanto, é do presidente Jair Bolsonaro. 

Uma investigação criminal sobre acusações de agressão sexual contra o produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, está avançando, disse o detetive-chefe da Polícia de Nova York, Robert Boyce.

"Este caso está avançando neste momento", disse ele em um comunicado, citando um contato regular com o procurador do distrito de Manhattan, Cyrus Vance Jr.

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"Não houve nenhuma determinação sobre aonde está indo, sobre uma linha de tempo ou sobre quando vai a um grande júri", explicou o funcionário do Departamento de Polícia de Nova York. Boyce disse ter enviado detetives a Los Angeles para cuidar do caso.

"Estou com dois detetives em Los Angeles agora. Mandei-os para Paris. Eu os enviei praticamente para o mundo todo... Mais mulheres se manifestando é uma coisa boa. Nós vemos um aumento significativo de pessoas que se apresentam e tendo fé", ressaltou.

A atriz de Nova York, Paz de la Huerta, afirma que Weinstein a estuprou em sua casa de Manhattan em 2010.

Mais de 100 mulheres tornaram públicas desde outubro acusações contra Weinstein nos últimos 40 anos, que vão de intimidação a estupro.

Entretanto, muitas das denúncias não podem ser investigadas criminalmente pelo fato de os supostos crimes terem prescrito.

Poucas mulheres apresentaram acusações criminais: esse foi o caso de Paz de la Huerta e outras duas mulheres em Los Angeles e Londres.

Um homem foi executado a tiros na noite desta quinta-feira (17) no terminal do Antônio Bezerra, em Fortaleza. A vítima, identificada como João Henrique da Silva, de 28 anos, estava voltando da casa de sua mãe com sua esposa quando outro homem se aproximou e o alvejou com vários tiros. Grávida, a mulher passou mal ao ver seu marido ser baleado.

Uma equipe do programa Ronda do Quarteirão foi acionada, mas o suspeito conseguiu fugir e continua foragido. De acordo com relatório da Divisão de Homicídios, João respondia em liberdade por crimes contra o patrimônio. Não se sabe ainda o motivo nem quem cometeu o crime, mas o caso continuará sendo investigado pela polícia.

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O governo da Guiné divulgou nesta segunda-feira, 22, que prendeu dois empregados da BSG Resources, em meio a uma investigação criminal que analisa a compra de direitos de exploração do depósito de minério de ferro de Simandou.

A mineradora brasileira Vale, que comprou uma fatia de 51% no projeto em 2010, disse na semana passada que estava "profundamente preocupada com as acusações envolvendo a BSG". A companhia afirmou não ter conhecimento de incidentes mencionados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e informou que vai cooperar totalmente com as investigações.

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O Ministério de Justiça da Guiné relatou que os funcionários presos são Ibrahima Sory Touré, vice-presidente e diretor de relações públicas da BSG, e Issaga Bangoura, que atuava como segurança e integra o exército guineano. Segundo o governo local, eles são testemunhas essenciais no caso. "As prisões ocorrem após atividades suspeitas para escapar do processo. Toure estava tentando deixar o país, enquanto Bangoura se ausentou sem justificativa do seu serviço militar", afirmou o ministério em comunicado.

A BSG confirmou as prisões. "Parece que eles foram presos ilegalmente, com base em razões infundadas. Esse é um novo exemplo de um governo ilegítimo que assedia a BSG e seus funcionários. Nossa principal preocupação é com a segurança dos nossos empregados e tentar garantir que recebam todos os seus direitos legítimos, sob a legislação guineana e internacional", disse a empresa em comunicado.

O governo da Guiné está revendo diversos contratos na área de mineração, incluindo o da BSG, que foi assinado com o governo do ex-ditador Lansana Conté, antes de sua morte, em 2008. O governo dos EUA também lançou sua própria investigação. Este mês as autoridades norte-americanas prenderam o francês Frederic Cilins, na Flórida, alegando que ele estava tentando obstruir as investigações.

Ele trabalharia para uma empresa que transferiu fundos para os EUA, como parte do esforço para obter as concessões na Guiné. O governo guineano disse que Cilins trabalha para a BSG, o que a empresa nega. As informações são da Dow Jones.

O Supremo Tribunal Federal poderá julgar nesta quinta-feira habeas corpus do empresário Sérgio Gomes, o Sombra, suposto mandante da execução do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), em 2002. O julgamento é cercado de grande expectativa no Ministério Público em todo o País.

A tese da defesa, se acolhida, vai aniquilar as promotorias e refletir em centenas de ações contra a corrupção. O advogado Roberto Podval alega que o MP não tem poderes para investigações criminais. Ele pediu adiamento, alegando que a composição da corte foi muito alterada desde que ingressou com o habeas. "Com serenidade aguardamos que o STF reafirme o poder investigatório do Ministério Público", disse o procurador geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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