Dois garçons e um técnico de computador foram presos em flagrante com R$ 3.500 em notas falsas durante uma corrida de Uber a caminho de uma casa de prostituição no Centro do Recife. Eles informaram à Polícia Federal (PF) que as cédulas foram adquiridas em um anúncio do Facebook e parte já havia sido gasta no comércio local.
O Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) deu ordem de parada ao motorista por aplicativo na Avenida Guararapes, bairro de Santo Antônio, por volta das 22h dessa terça-feira (19). Após revista nos passageiros, R$ 500 foram encontrados no bolso de um deles e R$ 300 com outro, somando R$ 800 em notas falsas. O condutor não teve envolvimento constatado.
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Já na presença de agente federais, um dos suspeitos confessou que escondia mais R$ 2.700 em casa. Os policiais localizaram a quantia e, ao todo, apreenderam R$ 3.500 em cédulas de R$ 100 e R$ 50 com a mesma numeração.
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De acordo com a PF, o trio pego em flagrante é composto por dois garçons, um de 23 anos e o outro de 20, e um técnico de computador, de 20. Todos são moradores do bairro do Ibura, na Zona Sul da capital, e não possuíam antecedentes criminais.
Já na sede da PF, eles foram autuados por introduzir em circulação nota falsa. Durante o interrogatório, revelaram que pagaram por R$ 800 para adquirir R$ 5.000 oferecidos em um anúncio do Facebook.
O grupo também informou que já havia gastado parte do montante no comércio do Centro com sorvetes, lanches e um item em uma loja de material de construção, e seguiam de Uber para uma casa de prostituição, onde pagariam pelos serviços com o dinheiro falso.
Presos em flagrante, os jovens passaram por audiência de custódia e podem ser condenados de 3 a 12 anos de reclusão, além de pagamento de multa. Ainda conforme as autoridades, o trio foi liberado e vai responder ao processo em liberdade.
O levantamento da PF aponta que, só neste ano, 12 pessoas foram presas em Pernambuco com R$ 18.400 em notas falsas. Índice superior a todo 2020, quando oito criminosos foram presos com R$ 16.400.
Uber se pronuncia
Em nota enviada ao LeiaJá, a Uber informou que não foi possível verificar o caso relatado porque, até o momento, não foram fornecidas à empresa informações suficientes para checar se a ocorrência mencionada se deu em viagem com o aplicativo da Uber. A empresa disse ainda que se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações.