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Países da África Ocidental afetados pelo ebola estão decretando estado de emergência. O vírus já causou quase mil mortes. A Europa recebeu o primeiro infectado para tratamento. Na Libéria, onde os corpos dos mortos permanecem nas ruas, o presidente Ellen Johnson Sirleaf declarou estado de emergência nacional por pelo menos 90 dias, alegando que medidas extraordinárias são necessárias para garantir a “própria sobrevivência do país”.

No país, barreiras militares estão impedindo centenas de pessoas de deixar a província de Grand Cape Mount, que faz fronteira com Serra Leoa, e a capital Monróvia, devido ao surto. De acordo com a Agência Lusa, o governo da Libéria alega que a medida é para evitar de pessoas contaminadas passem para áreas não contaminadas.

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Em Serra Leoa, 800 militares foram deslocados para hospitais e clínicas para ajudar no tratamento dos casos de ebola. O Parlamento deverá reunir-se para ratificar o estado de emergência declarado na semana passada.

Na Nigéria, a preocupação com a doença aumentou, depois da morte de uma freira em Lagos. Foi a segunda morte registrada pelo ebola no país. O país espera receber um medicamento norte-americano, ainda em fase de testes, para impedir a propagação do vírus, mas o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou que ainda é cedo para enviar o remédio e apela para a construção de “uma infraestrutura pública forte”.

Desde o início do ano, a epidemia causou 932 mortes e mais de 1.700 pessoas estão infectadas na Guiné-Conacri, Libéria, em Serra Leoa e na Nigéria.

O ebola causa febre alta e, nos casos mais graves, hemorragias. É transmitida pelo contato com fluidos corporais e as pessoas que estão próximas aos pacientes são as que apresentam maior risco de contrair a doença.

Enquanto os países africanos tentam conter a disseminação da epidemia, a Espanha retirou de Monróvia um padre católico, Miguel Pajares, de 75 anos, que adoeceu quando prestava auxílio a doentes em um hospital na capital da Libéria. O missionário foi o primeiro paciente a ser transportado para a Europa para receber tratamento.

O avião militar, com equipamento especial, transportou o padre hoje de manhã para Madri, junto com uma freira espanhola, que trabalhou no mesmo hospital na Libéria, mas que não teve resultado positivo no teste da doença, anunciou o governo espanhol.

O padre encontrava-se estável e sem sinais de hemorragias, enquanto a freira aparenta estar bem e deverá voltar a ser submetida a testes. Dois cidadãos norte-americanos que trabalhavam para instituições cristãs na Libéria, também infectados, foram levados para os Estados Unidos nos últimos dias e têm mostrado sinais de melhora, depois de terem tomado um medicamento experimental, conhecido como ZMapp, que é difícil de se produzir em larga escala.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma sessão de emergência, que ocorre desde quarta-feira, em Genebra, a portas fechadas, para decidir se deverá ser declarada crise internacional. A decisão é esperada para esta sexta-feira.

Diante da proliferação de casos de Ebola na África, a OMS demonstra preocupação em relação ao uso de remédios que nem sequer estão aprovados pelas agências reguladoras. Nos Estados Unidos, os dois pacientes que foram transferidos da África estão recebendo tratamento experimental. A OMS convocou uma reunião para a próxima semana para determinar não apenas se o uso de remédios experimentais para um caso de emergência é justificado, mas também determinar quem seriam os primeiros a se beneficiar do medicamento.

"Estamos diante de uma situação pouco comum", declarou Marie-Paule Kieny, diretora-geral adjunta da OMS. "Temos uma doença com uma alta taxa de mortalidade sem nenhum tratamento ou vacina. Precisamos de orientação dos especialistas em ética médica."

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sobreviventes do vírus Ebola, mas excluídos. Os que foram tratados e sobreviveram estão sendo rejeitados por famílias e vizinhos, diante do temor de que possam disseminar uma doença sem cura. Quem conta isso é o médico brasileiro Maurício Ferri, que acaba de deixar Serra Leoa, depois de dez dias em um dos epicentros do surto. "Quem sobrevivia pedia um certificado para mostrar que estava curado", contou ao Estado em Genebra.

Paranaense de Maringá, Ferri mora em New Jersey e decidiu ajudar a Organização Mundial da Saúde (OMS) em Serra Leoa. Depois de passar pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e pelo Canadá, o médico fazia a primeira viagem para a África e justamente para o "centro de um furacão". Antes, teve de convencer a mulher a deixar que fosse em missão.

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O temor da família não ocorria por acaso. Das 932 mortes até ontem pelo vírus, pelo menos 80 são de médicos e enfermeiras que estavam tratando das pessoas infectadas.

Ferri foi enviado para Kenema, no interior de Serra Leoa, e por dez dias tratou de pacientes infectados pelo Ebola. O surto é o maior já registrado e, até amanhã, a OMS definirá se decreta emergência sanitária mundial. Para o brasileiro, o impacto da doença não é apenas individual, mas coletivo. "Uma sociedade inteira está abalada", contou.

"O problema é muito sério", disse. O drama, segundo ele, vai bem além dos cerca de 50% dos pacientes que acabam morrendo. "Os que sobrevivem se sentem diferentes. Eles sentem que estão sendo olhados de uma forma diferente", disse. "Nós dizíamos aos que se curavam: ‘podem ir para casa’. Mas eles tinham medo e nos pediam até um certificado de que estavam curados, para mostrar às comunidades", relatou.

O problema da estigmatização se somava ao desconhecimento sobre como tratar casos suspeitos. "O retorno dessas pessoas às casas era muito difícil. Muitos passaram a ter medo deles", disse Ferri. O impacto também era sentido nas famílias. "Entrávamos na enfermaria e encontrávamos três ou quatro crianças chorando. Os pais tinham morrido e outros doentes tentavam confortá-las."

Proteção

Depois da morte do principal médico da cidade e de diversas enfermeiras, todo cuidado era pouco. "A rotina era sempre a mesma. Eu acordava e vestia uma verdadeira roupa de astronauta", contou o brasileiro. O macacão branco era acompanhado por máscara, proteção facial e luvas. "Entre os três médicos que atendiam, cada um se monitorava para garantir que, antes de entrar em uma zona de contágio, todos estavam protegidos", explicou.

Em sua enfermaria, eram pelo menos 45 pacientes sendo atendidos por ele e por dois britânicos. "Éramos muito poucos. Tínhamos de fazer tudo. Pegar a veia dos pacientes, preparar a medicação, dar água."

Em um calor de 30 graus e com alta taxa de umidade, Ferri trabalhava por cerca de três horas pela manhã e outras três horas à tarde. A comunicação era ainda outro desafio. Blindado em sua roupa, tinha diante dele pessoas que apenas falavam dialetos tribais e raramente inglês.

O desconhecimento também marcava o grau de tensão. Em um dos dias, ele e os demais funcionários do centro de atendimento tiveram de ser evacuados. Um tumulto havia sido formado na porta, com moradores que acusavam os médicos estrangeiros de inventar uma doença. "Diziam que o Ebola não existia", lembra Ferri. "Mas aqueles que estavam sendo tratados sabiam que estávamos salvando suas vidas."

Propagação

Ferri alerta que "ninguém sabe o que vai acontecer", mas a doença pode se espalhar por outros locais. "O número de casos neste surto é maior do que nos precedentes. É uma situação imprevisível. Mas suspeito que vamos ouvir falar bastante do Ebola ainda."

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de mortos por ebola subiu para 931. De acordo com a entidade, 108 casos foram confirmados entre os dias 2 e 4 de agosto, com 45 mortes. Funcionários da área de saúde lutam para conter a disseminação do vírus.

O Ministério da Saúde da Nigéria informou nesta quarta-feira que um profissional da saúde que tratou de um paciente com ebola morreu em consequência da doença e confirmou a infecção de outras cinco pessoas que tiveram contato com o doente.

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O crescente número de casos em Lagos, cidade de 21 milhões de habitantes, acontece no momento em que as autoridades reconhecem que não trataram Patrick Sawyer como um paciente com ebola e ele não foi colocado em isolamento nas primeiras 24 horas após sua chegada ao país, no mês passado. Sawyer, um americano de ascendência liberiana de 40 anos, viajara num voo comercial para a Nigéria quando apresentou os sintomas.

A morte do enfermeiro (ou enfermeira), cujo nome não foi divulgado, é a segunda por ebola na Nigéria. A questão é muito preocupante já que a Nigéria é o país mais populoso da África e Lagos, onde as mortes foram registradas, uma de suas maiores cidades.

Na Arábia Saudita, o Ministério da Saúde informou a morte de um homem de 40 anos que era submetido a exames para verificar se estava com Ebola. Ele voltou no domingo de Serra Leoa, onde há um surto da doença, e estava hospitalizado em Jedá após apresentar sintomas da febre hemorrágica.

O Ministério da Defesa da Espanha disse que um Airbus 310 com equipamentos médicos está pronto para ir até a Libéria para repatriar um missionário espanhol que contraiu ebola. Segundo o Ministério, os preparativos para o avião eram finalizados nesta quarta-feira, mas ainda não se sabia o horário de decolagem da aeronave.

O padre Miguel Pajares é um dos três missionários mantidos em isolamento no hospital San José de Monróvia. Exames mostraram que todos contraíram a doença, informou na terça-feira ordem San Juán de Díos, grupo humanitário católico que dirige hospitais em todo o mundo.

O ebola, doença para a qual não existe vacina nem tratamento, fez vítimas até agora em Serra Leoa, Libéria e Nigéria.

Especialistas em saúde dizem que os funcionários da área médica que contraíram a doença de Sawyer na Nigéria não devem ter contagiado vizinhos ou familiares até começarem a apresentar os sintomas. A demora em colocar em prática medidas de controle da infecção representa outro retrocesso no combate a pior epidemia de Ebola já registrada.

Autoridades da Libéria disseram que uma irmã de Sawyer morreu de Ebola, embora Sawyer tenha dito que não teve contato próximo com ela enquanto ela estava doente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pode declarar o surto do vírus Ebola "ameaça sanitária internacional", o que implicaria medidas de controle e restrições de viagem, além de verificações em aeroportos. A partir desta quarta-feira (6), 15 especialistas de todo o mundo se reúnem em caráter de emergência para determinar até que ponto a proliferação no Oeste da África é um risco para a comunidade internacional e vão estudar medidas para freá-la.

Se o grupo de cientistas considerar que existe esse risco, as medidas serão anunciadas na sexta-feira. Mas os governos no Oeste da África já se organizam para tentar impedir que haja uma declaração de restrição de viagens. Para países já fragilizados poderia representar colapso econômico. A OMS indica que 1.600 pessoas já foram afetadas pelo maior surto da doença, com 887 mortos.

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Até hoje, apenas a epidemia de pólio e a gripe A foram alvo de uma declaração de emergência sanitária mundial. No ano passado, a OMS reuniu os especialistas em quatro ocasiões para avaliar a situação do coronavírus no Oriente Médio. Mas em nenhum momento chegou à conclusão de que seria uma emergência mundial.

Mesmo sem as medidas da OMS, o impacto já é real. Para a Guiné, país mais atingido, o Ebola deve reduzir a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para 3,5% em 2014. Isso se a doença for freada. O comércio entre os países da região despencou e, no campo, agricultores estão abandonando as regiões mais afetadas pelo vírus.

Nesta terça-feira, a British Airways anunciou que interrompeu os voos para a Libéria e Serra Leoa pelo menos até o dia 31. O motivo seria "a situação de saúde pública". "A segurança de nossos clientes, pilotos e funcionários é sempre nossa prioridade", declarou a companhia. No domingo, a Emirates havia cancelado os voos para a região. Mineradoras como a London Mining e a African Minerals já retiraram da região parte dos funcionários.

Esperança

Diante de um cenário considerado como de "alto risco", a esperança é o tratamento que está sendo dado a dois americanos infectados pelo vírus do Ebola. Ele receberam remédios experimentais que nem haviam sido aprovados para a aplicação em humanos. Mas os resultados são "positivos".

O Ebola não tem cura e mata entre 50% e 70% dos infectados. Mas um produto desenvolvido com base na planta de tabaco poderia ser a solução. A empresa Mapp Biopharmaceutical Inc. de um pequeno laboratório em San Diego com nove funcionários, havia testado o remédio ZMapp apenas em macacos.

Mas, em uma tentativa de salvar dois americanos, o uso do produto foi autorizado. Não existe uma comprovação ainda de que seja o tratamento que tenha salvado os dois americanos. Mas a esperança é de que o remédio possa pelo menos retardar o avanço do vírus que, em alguns casos, pode matar em questão de horas.

O caso, porém, tem levantado um debate sobre a ética de se utilizar um remédio sem aprovação das agências de regulação. Entre a comunidade científica, muitos ainda questionam também se não seria o caso de usar justamente em populações na África, as mais afetadas pela doença. Uma vacina começará a ser testada em setembro. Mas só estaria à disposição no mercado no fim de 2015.

Um padre espanhol permanecia isolado no hospital São José de Monróvia com Ebola, informou nesta terça-feira a organização Juan Ciudad, à qual ele pertence.

"Os resultados dos exames de Ebola foram confirmados. Portanto, a Ordem Hospitalar de San Juan de Dios (OHSJD) informa que o padre espanhol Miguel Pajares", juntamente com outras duas missionárias, "deram positivo para o teste de vírus Ebola", informou a organização em um comunicado em seu site.

As outras duas missionárias são a congolesa Chantal Pascaline Mutwamene e a guineana Paciencia Melgar.

"A OHSJD já comunicou ests informação aos ministérios das Relações Exteriores e da Cooperação, e da Saúde da Espanha", acrescentou o comunicado.

O hospital foi fechado e seis pessoas estão isoladas.

Desde março, 887 pessoas morreram na África devido ao último surto de Ebola, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Desde o seu surgimento, em 1976, o vírus matou dois terços das pessoas infectadas.

Dois americanos, um médico e uma missionária que trabalhavam na Libéria, foram infectados com o vírus Ebola recentemente.

O médico Kent Brantly foi repatriado no sábado para os Estados Unidos e a missionária Writebol Nancy deve ser transferida ainda nesta terça-feira.

O professor belga Peter Piot, um dos descobridores do vírus Ebola, descartou uma epidemia fora do continente africano, em entrevista à AFP, e pediu que as vacinas e os tratamentos, promissores nos animais, sejam testados em humanos.

Mesmo que uma pessoa portadora do Ebola viaje até Europa, Estados Unidos ou outra região da África, "não acho que isto possa causar uma epidemia importante", declarou à AFP este cientista que atualmente chefia a prestigiosa Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. Peter Piot foi o codescobridor do vírus Ebola em 1976, quando tinha apenas 27 anos. Depois, ele foi diretor do programa ONUAids das Nações Unidas.

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"Eu não estou muito preocupado com a ideia de que o vírus seja transmitido aqui na população", acrescentou.

"Não me preocuparia em ficar sentado no metrô ao lado de uma pessoa portadora do vírus Ebola contanto que não vomite em cima de mim ou algo do tipo", afirmou, lembrando que esta é "uma infecção que requer um contato muito próximo".

É preciso descobrir se os tratamentos experimentais funcionam 

O professor Peter Piot lembrou que existem várias vacinas e tratamentos contra o Ebola que tiveram resultados promissores em animais e propôs testá-los nos seres humanos nas zonas afetadas.

"Acho que chegou a hora, pelo menos nas capitais, de oferecer estes tratamentos para um uso compassivo (uma regulamentação que permite tornar legal o uso de medicamentos não autorizados), mas também descobrir se são eficazes para que estejam preparados para a próxima epidemia", afirmou.

De acordo com este especialista, a história recente da Libéria e de Serra Leoa complica os esforços mobilizados na luta contra o vírus que pode ser mortal para 25% a 90% da população afetada e que já deixou 729 mortos no oeste da África.

"Não esqueçamos que estes países saem de décadas de guerra civil", disse. "Libéria e Serra Leoa tentam agora se reconstruir. Portanto, há uma falta total de confiança nas autoridades que, somada à pobreza e aos serviços de saúde medíocres, é na minha opinião, a causa desta grande epidemia", destacou.

Em 1976, este cientista, que trabalhava em um laboratório em Antuérpia (Bélgica), contribuiu para isolar um novo vírus, chamado depois de Ebola, na amostra de sangue de uma religiosa católica morta no então Zaire, hoje República Democrática do Congo.

Depois, viajou para Yambuku, uma aldeia no antigo Zaire, onde o vírus do Ebola matava "uma pessoa em cada dez ou em cada oito". "Eu estava com medo, mas tinha só 27 anos, nessa idade você se acha invencível", lembrou.

Os pesquisadores perceberam que a maioria das pessoas infectadas era de mulheres entre 20 e 30 anos, que frequentavam uma clínica para consultas pré-natais. Descobriu-se que o vírus tinha sido transmitido através de um punhado de agulhas, mal desinfetadas, que eram usadas várias vezes nas mulheres grávidas.

Outra rede de contaminação estava vinculada a práticas funerárias. "Uma pessoa que morreu de Ebola tem o corpo coberto com o vírus por causa dos vômitos, da diarreia e do sangue", explicou.

"Está claro que novos vírus surgem constantemente e que o Ebola voltará, tomara que não seja com esta magnitude", advertiu. A epidemia atual foi declarada no começo deste ano na Guiné, antes de se espalhar para a Libéria e, em seguida, para Serra Leoa, três países vizinhos que até esta quinta-feira totalizavam 1.300 casos, 729 dos quais mortais, segundo o último registro da Organização Mundial da Saúde.

O governo de Serra Leoa uniu-se à Libéria nesta quinta-feira (31) no lançamento de medidas de longo alcance para conter a epidemia de ebola que já matou pelo menos 672 pessoas em todo o oeste africano, um sinal de que os governos começam a intensificar sua resposta ao surto da doença.

Ernest Bai Koroma, presidente de Serra Leoa, enviou tropas do Exército para bairros que estão em quarentena por causa do vírus e proibiu por pelo menos 60 dias a realização de reuniões públicas, exceto aquelas dedicadas à disseminação de informações sobre o vírus.

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Koroma também cancelou viagens ao exterior de graduadas autoridades, o que inclui sua visita a Washington na próxima semana para uma cúpula de três dias com alguns dos 50 líderes de países africanos, que serão recebidos pelo presidente Barack Obama.

"Desafios extraordinários exigem medidas extraordinárias", disse Koroma em discurso transmitido pela televisão. "A doença não pode ser combatida por qualquer país ou comunidade sozinhos", afirmou.

As amplas medidas introduzidas pelo líder de Serra Leoa foram divulgadas menos de um dia depois de o governo da Libéria informar que estava fechando a maioria de suas passagens de fronteira, proibindo reuniões públicas e estudando colocar em quarentena alguns locais para conter a disseminação da doença.

Em mais um sinal do aumento do perigo, autoridades nigerianas disseram nesta quinta-feira que identificaram 14 funcionários de hospitais com "alto risco" de contrair ebola, depois de terem ajudado a cuidar de uma autoridade da Libéria que morreu em decorrência da doença na semana passada em Lagos, a capital comercial da Nigéria.

"Estas são pessoas que tiveram contato próximo com a vítima", disse Abdulsalami Nasidi, diretor do Centro para Controle de Doenças da Nigéria.

Acredita-se que o atual surto de ebola, que começou na Guiné em fevereiro, seja o pior já registrado. Até domingo, 729 pessoas haviam morrido por causa do vírus na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa, informou nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). Outras 1.323 pessoas são suspeitas ou tiveram confirmada a infecção pelo vírus, disse a OMS.

O ebola pode matar os infectados em poucos dias, provocando febre alta e dores musculares, vômitos, diarreia e, em alguns casos, falência dos órgãos e hemorragia.

Na terça-feira, o doutor Sheik Umar Khan, considerado um herói nacional em Serra Leoa por tratar de dezenas de pacientes com ebola, morreu em decorrência da doença, menos de uma semana depois de o diagnóstico ter sido anunciado.

Koroma deve viajar em breve para Conacri, capital da Guiné, onde vai se reunir com autoridades dos governos da Guiné e da Libéria. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um médico americano que colabora na luta contra a epidemia de febre hemorrágica produzida pelo vírus Ebola em vários países da África ocidental foi infectado na Libéria, anunciou a organização humanitária para a qual trabalha.

A Samaritan's Purse (SP), uma associação beneficente cristã, anunciou em seu site no sábado que o médico Kent Brantly havia sido colocado em quarentena no hospital ELWA de Monróvia, capital da Libéria.

"Estamos otimistas sobre sua recuperação, mas ainda não está certamente fora de perigo", declarou à AFP neste domingo a porta-voz de SP, Melissa Strickland.

Segundo ela, seus sintomas incluem febre e dores musculares.

O doutor Brantly é casado e pai de dois filhos, de acordo com um comunicado da ONG publicado na internet.

O vírus do Ebola continua se agravando, com a morte de 28 pessoas entre 18 e 20 de julho em três países do oeste da África, o que eleva o total de vítimas a 660 mortos, indicou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Guiné registrou desde janeiro 74 mortes de um total de 121 casos confirmados de febre hemorrágica Ebola, anunciou o Ministério da Saúde em um comunicado publicado nesta terça-feira.

"Até a data de 27 de abril de 2014, a Guiné registrou 121 casos confirmados de febre hemorrágica Ebola, incluindo 74 mortes", indica o ministério.

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Segundo a mesma fonte, desde domingo, "nenhum novo caso de febre hemorrágica Ebola foi registrado no país".

Até esta data, dez pessoas continuavam hospitalizadas: quatro em Conakry e seis em Guéckédu (sul), enquanto que 26 doentes conseguiram se curar nos centros de tratamento instalados em Conakry, Guéckédu e Macenta (sul).

Não existe vacina nem tratamento específico para o Ebola, uma doença que mata grande parte da pessoas atingidas.

O vírus Ebola, altamente contagioso, se propagou para a vizinha Libéria, onde foram confirmados cinco casos (de 25 casos suspeitos de febre hemorrágica e 12 mortes, de acordo com os últimos dados do governo da Libéria).

Outros casos suspeitos de febre hemorrágica foram relatados em Serra Leoa e Mali, mas os testes para Ebola deram negativo.

Em uma semana, o número de casos de dengue na cidade de São Paulo cresceu 55%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 3, pela Secretaria Municipal da Saúde. Desde 1.º de janeiro, foram notificados 1.166 casos da doença na capital. No balanço anterior, divulgado há uma semana, eram 751. Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 15%.

Treze distritos já ultrapassaram a incidência registrada no ano passado. Como informado pelo Estado ontem, a zona oeste é a mais afetada. Três distritos da região já têm incidência acima do normal: Jaguaré, Lapa e Rio Pequeno. Os distritos do Tremembé (zona norte) e Vila Jacuí (zona leste) também são áreas de preocupação da Secretaria da Saúde por terem apresentado aumento significativo de casos na última semana.

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"Só cinco distritos reúnem metade dos casos de dengue confirmados até agora na cidade. Então, vamos concentrar os nossos esforços nos locais que apresentaram crescimento totalmente inesperado", disse o secretário da Saúde, José de Filippi Junior.

Reservatórios.

O secretário afirmou que uma das principais razões para o alto índice de casos nesses bairros é o acúmulo de água parada em objetos como latas, pratos de vasos e até reservatórios que estão sendo utilizados para o armazenamento de água por pessoas que temem um desabastecimento com a crise do Cantareira.

"Nossos agentes, principalmente da Lapa, identificaram nos últimos dois meses a população reservando água em algum utensílio, caixas de água ou outros tipos de reservatório, com essa água desprotegida e descoberta", disse Filippi. "A população está se precavendo por um lado, mas pode criar um problema por outro lado. Queremos alertar que esses recipientes devem ser cobertos." A partir de hoje, a Prefeitura fará campanha nas rádios alertando sobre o risco de manter água limpa e parada descoberta.

Filippi anunciou que a administração municipal fará uma ação conjunta com a prefeitura de Osasco, município localizado no limite com a zona oeste e que também teve incremento da doença. O secretário afirmou que, em um mês, a cidade a Região Metropolitana passou de 30 para 350 casos.

"Vamos iniciar a ação na segunda-feira, no limítrofe das duas cidades, para que a gente possa somar esforços e concentrar a utilização de larvicida para combater os criadouros e aplicação de nebulização para eliminar o mosquito já na condição de transmissor." As ações, disse o secretário, têm o objetivo de impedir crescimento ainda maior de casos nas regiões críticas, já que o pico da doença sempre acontece em meados de abril. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Guiné enfrenta uma epidemia sem precedentes da febre Ebola, com 22 casos confirmados e 78 mortes suspeitas registradas em todo o país, considerou nesta segunda-feira a organização Médicos sem Fronteiras (MSF), que tenta conter a sua propagação.

"Nós somos confrontados com uma epidemia de amplitude jamais vista de acordo com a divisão do número de casos no território, com várias cidades envolvidas no sul do país", epicentro da epidemia, e na capital Conakry, declarou Mariano Lugli, coordenador da MSF na Guiné, em um comunicado recebido pela AFP em Dacar.

"MSF tem atuado em quase todas as epidemias declaradas de Ebola desde o seu aparecimento nos últimos anos, mas os casos estão mais concentrados e em locais remotos. Essa disseminação complica enormemente o trabalho das organizações que tentam controlar a epidemia", explica Lugli.

Desde janeiro, a Guiné enfrenta uma epidemia de febre hemorrágica viral que, segundo o último balanço do ministério da Saúde, causou a morte de 78 pessoas de um total de 122 casos registrados.

Segundo o ministério, de várias amostras analisadas desses casos, 22 deram positivo para o vírus Ebola. A metade desses casos foram registrados em Conakry, e a outra metade em duas cidades do sul: Guéckédu (seis casos) e Macenta (cinco casos).

Vários casos suspeitos foram assinalados na Libéria e em Serra Leoa, países vizinhos da Guiné. Dois casos na Libéria foram confirmados como sendo o vírus Ebola, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na Guiné, as autoridades e seus parceiros, incluindo a OMS e a MSF, continuam nesta segunda-feira seus esforços para tentar conter a propagação da epidemia, particularmente essa de Ebola, altamente contagiosa e fatal na maioria dos casos.

O vírus Ebola é transmitido por contato direto com sangue, fluidos corporais ou tecidos de pessoas infectadas, seja de homens ou animais, vivos ou mortos.

De acordo com o governo da Guiné, o vírus identificado no país é "do tipo Zaire", uma das cinco espécies da família dos filoviruses que causam Ebola.

A origem da febre hemorrágica nas outras amostras examinadas ainda é desconhecida.

"A cepa Zaire do vírus Ebola (...) é a mais agressiva e mortal. Ela mata mais de nove em cada 10 casos", disse Michel Van Herp, membro da MSF atualmente em Guékédou, citado no comunicado.

"Para parar o surto, é importante traçar a cadeia de transmissão. Todos os contatos de pacientes que possam ter sido contaminados devem ser monitorados e isolados ao primeiro sinal de infecção", acrescentou.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus está entre os mais contagiosos e mortais entre os humanos.

Não existe qualquer tratamento ou vacina específica para a febre hemorrágica provocada pelo vírus ebola.

A doença, que provoca febre hemorrágica, ganhou este nome de um rio no norte da República Democrática do Congo (RDC), onde foi detectado pela primeira vez em 1976, quando o país ainda se chamava Zaire.

Desde então, o ebola matou pelo menos 1.200 pessoas de 1.850 casos registrados.

O vírus, da família Filoviridae (filovírus), tem cinco espécies (Zaire, Sudão, Costa do Marfim, Bundibudjo e Reston), e se transmite por contato direto com o sangue, os fluidos ou os tecidos dos indivíduos infectados.

A doença é particularmente devastadora porque os médicos geralmente estão entre as primeiras vítimas, o que ameaça o serviço de saúde em países com graves carências.

Novos casos de pessoas afetadas pelo vírus ebola foram confirmados no domingo na Guiné, onde equipes médicas locais e internacionais atuam para tentar impedir a propagação da epidemia de febre hemorrágica que provocou 78 mortes desde janeiro.

"No total, 122 casos suspeitos de pessoas afetadas por febre hemorrágica viral, incluindo 78 fatais, foram registrados até sábado na Guiné, o que significa uma taxa de mortalidade de 63%", afirma um boletim do ministério da Saúde.

De 22 mostras positivas para ebola, metade dos casos corresponde à capital Conacri e o restante a cidades do sul, Gueckedou (seis casos) e Macenta (cinco casos), epicentro da epidemia.

Em Conacri, o medo de contaminação provocou medidas desesperadas: vários moradores estão refugiados em suas casas ou limitam os deslocamentos.

Um show do cantor senegalês Yussou N'dour, previsto para sábado, foi anulado "por solidariedade com as vítimas e para evitar a exposição dos espectadores a uma possível contaminação".

O Senegal fechou no sábado as fronteiras terrestres com Guiné, ao sul e sudeste do país, por precaução.

Outros países adotaram medidas similares. A Libéria, que registra oito casos de febre hemorrágica viral, seis deles fatais, e Serra Leoa, com seis casos suspeitos e cinco mortes.

Uma misteriosa doença já vitimou ao menos 23 pessoas no sul da República da Guiné nas últimas seis semanas e ainda não há sinais de qual enfermidade se trata, informou o Ministério da Saúde do país.

"Uma doença febril, cujos primeiros indícios foram relatados em 9 de fevereiro, já custou pelo menos 23 vidas, incluindo a do diretor e de três funcionários do Hospital Distrital de Macenta, totalizando 36 casos até o momento", disse Sakoba Keita, um médico do setor de prevenção do Ministério da Saúde do país. O porta-voz informou ainda que o distrito administrativo de Gueckedou é o mais afetado, com 19 casos relatados, sendo 13 mortos.

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O número total de mortos pode subir ainda mais, uma vez que cerca de 30 corpos foram enviados para serem analisados na França e outras amostras serão examinada em Dakar, na capital do Senegal.

Os sintomas da enfermidade são febre, diarreia, vômitos e sangramento. Médicos especialistas foram enviados para a região mais afetada para identificar a doença, cujos sintomas são semelhantes aos causados pela Febre de Lassa, Febre Amarela e pelo vírus Ebola. Fonte: Associated Press.

O ministério da Saúde da Arábia Saudita informou neste sábado a morte em Riad de uma pessoa infectada com o coronavírus MERS, o que eleva a 56 o número de vítimas fatais desta doença no país.

Em seu site, o ministério informa tratar-se de um saudita de 73 anos, que padecia de doenças crônicas.

Além disso, foram registrados três novos casos do vírus responsável pela Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS, por sua sigla em inglês) em Riad: dois funcionários estrangeiros do setor sanitário que estiveram em contato com pacientes infectados e um saudita de 53 anos.

Foram registrados em todo o reino um total de 136 casos desde o aparecimento da doença há mais de um ano, segundo o ministério.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou em sua página na internet um total de 165 casos de contaminação pelo vírus em todo o mundo, entre eles 71 casos fatais.

O coronavírus pertence à mesma família do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que provocou quase 800 mortes em todo o mundo em 2003.

A peste causou a morte de 39 pessoas nas últimas semanas em Madagascar, onde a epidemia é propagada pelos ratos que invadem as casas por causa do desmatamento descontrolado na ilha, anunciou nesta quinta-feira o Ministério da Saúde.

"Atualmente há uma epidemia de peste em Madagascar em cinco distritos (de 112). Oitenta e seis pessoas contraíram a peste, das quais 39 faleceram nas últimas semanas", afirma um comunicado do ministério.

Um médico da direção geral da Saúde em Antananarivo afirmou que 90% dos casos eram de peste pulmonar - mais grave que a forma mais comum, a peste bubônica ou peste negra - que pode causar a morte em três dias.

Segundo a fonte, a primeira morte foi registrada num povoado localizado no meio de uma floresta, ao norte.

A morte ocorreu antes de novembro, embora não haja uma data declarada oficialmente.

A Deep Silver anunciou na última quinta-feira (7) o game Dead Island: Epidemic, novo jogo do universo Dead Island. Segundo a editora, o jogo trata-se de um ZOMBA (Zombie Online Multiplayer Battle Arena) que irá dispor três equipes umas contra as outras em uma desesperada baralha pela sobrevivência.

O jogo será gratuito e exclusivo para PC. Mais detalhes serão divulgados na Gamescom, que acontecerá no final de agosto em Berlim, na Alemanha, mas já é possível assinar a newsletter do game no site oficial.

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Apesar dos mais de 80 mil casos de diarreia e 51 mortes em Alagoas, somente em 2013, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) afirma que os números já estão estabilizados. Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (1), em Maceió, o secretário da Saúde, Jorge Villas Bôas, e a superintendente Estadual em Vigilância à Saúde, Sandra Canuto, disseram que irão distribuir 7.500 caixas de hipoclorito nos 25 municípios alagoanos que estão com o surto epidêmico.

Jorge Villas Bôas disse que todos os casos de morte ocasionados pelo surto serão investigados. “Vamos analisar todas essas mortes para saber realmente o que aconteceu”, disse.Segundo Sandra Canuto, a principal causa da diarreia foi a seca. A população consumiu água de cacimbas, carros-pipas e outras fontes. “Onde as pessoas achavam água ele as a utilizavam para consumo", explicou.

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Segundo o último boletim da Vigilância Epidemiológica da Sesau, o quantitativo de casos verificados nos seis primeiros meses deste ano é quase o dobro do registrado no mesmo período de 2012, onde foram contabilizados 45.633 casos. De acordo com as informações do levantamento, 46 municípios alagoanos estão em alerta e apenas 26 dentro da normalidade.

 

 

Além das dificuldades estruturais ocasionados pela pior estiagem dos últimos 50 anos, os moradores do semiárido nordestino estão enfrentando problemas de saúde. Nos últimos meses as unidades de saúde da região receberam uma grande quantidade de pacientes com sintomas de doenças diarreicas agudas (DDA), que podem levar à morte.

Somente em Pernambuco, 86 cidades estão em zona epidêmica e outros 76 municípios em zona de alerta. De acordo com dados oficiais, de janeiro a junho deste ano seis óbitos, sendo cinco mulheres e um homem, foram causados pela DDA.

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A situação crítica dessas cidades será abordada em uma audiência pública nesta quarta-feira (30), em Afogados da Ingazeira, Sertão de Pernambuco. O encontro vai reunir as promotorias públicas da região, órgãos governamentais e representantes de organizações da sociedade civil. 

“Suprimento de água para população do Pajeú com foco na qualidade da água que está sendo fornecida para zona rural” é o tema oficial da audiência. Serão debatidas medidas que garantam o suprimento e a qualidade da água que chega às vítimas da seca na região. 

Confira a pauta da audiência pública:

• Solicitação da análise de potabilidade da água distribuída na Zona Rural do Pajeú;

• Análises já comprovadas da Barragem do Rosário indicam má qualidade da água distribuída na Zona Rural. Questionamento das medidas que serão tomadas para o tratamento da água;

• Questionamento das medidas previstas para a garantia do suprimento de água no caso de colapso dos reservatórios de Brotas e Rosário;

• Questionamento das medidas para fortalecer o monitoramento do uso da água nos centros  urbanos, observando-se: desperdício da rede de distribuição da Compesa; mau uso residencial; demandas de lava jatos, abatedouros, clubes de lazer, irrigantes, entre outros;

• Proposta para a realização de campanhas educativas voltadas à população.

MACEIÓ (AL) - O surto de diarreia que atinge 27 municípios de Alagoas e já causou 37 mortes vai ser investigado pelo Ministério Público do Estado. A informação veio nesta quarta-feira (27), quando foi confirmado um encontro em Arapiraca (AL), entre procuradores e promotores que irão apurar os responsáveis pelo surto, procurando saber se houve omissão por parte do poder público.

O procurador, Geraldo Magela, explicou que será feito um levantamento, tendo por base os relatórios da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) dos municípios que foram atingidos pelo surto. “Após todas essas análises, elaboraremos uma estratégia de atuação, onde começará pela cobrança de explicações aos órgãos responsáveis pelo tratamento e distribuição da água nas cidades, que são eles: a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), as prefeituras, o Estado e até o Exército, que é responsável pelo transporte dos carros- pipas”, afirmou.

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A região mais atingida pela epidemia é o Agreste e o Sertão do Estado, de acordo com o relatório da Sesau. Entre os municípios atingidos estão a União dos Palmares, Estrela de Alagoas e  Palmeira dos Índios.  Neste último já foram registradas 10 mortes e mais de 7,2 mil atendimentos por diarreia somente este ano.

De acordo com a Sesau, o surto se deu por conta da água contaminada que é consumida pela população e ela pode ter vindo do sistema de abastecimento da Casal, dos carros-pipas, da distribuição ou venda particular de água por meio de carroças de burro e carros de boi que captam o líquido em locais contaminados ou ainda do uso da água da barragem.

A promotora, Michele Tenório, afirma que apenas no mês de maio deste ano, o número de atendimentos médicos por conta de casos de diarreia aumentou em mais de 200% em relação ao mesmo período de 2012. 

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