Tópicos | Desequilíbrio

Presidente nacional do PPS, Roberto Freire disse que o pré-candidato à Presidência da República e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), tem “o que dizer”, mas por um “certo desequilíbrio deixa de fazer”. Segundo Freire, em 2002, quando Gomes foi candidato pelo PPS, eles chegaram a achar que venceriam o pleito, mas problemas protagonizados pelo pedetista fez o resultado ser contrário. 

A menção de Roberto Freire a Ciro aconteceu durante uma entrevista ao Estadão, quando ele foi indagado se um candidato apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria no 2º turno. 

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“Não necessariamente. Precisa saber qual será. Teve um momento que imaginavam que poderia ser o Ciro (Gomes). Em 2002, quando ele foi candidato pelo PPS, teve um momento que achamos que ele poderia ganhar as eleições. Ele jogou fora isso já no meio da campanha por uma série de problemas. Um certo descontrole. Ciro tem o que dizer, mas por conta de um certo desequilíbrio deixa de fazer”, alfinetou Freire. 

Para o presidente nacional do PPS, o centro político do país está se afunilando em torno de dois nomes nas eleições 2018: o do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e da ex-senadora Marina Silva (Rede). 

“Eu diria que temos um centro eleitoral que não se decidiu. E ele representa a ampla maioria da sociedade brasileira. Esse centro da direita à esquerda democrática que ainda não se encontrou. Nesse cenário, as forças políticas começam a se afunilar. As forças políticas começam a se aproximar do Geraldo, e da Marina, por conta de seu recall”, avaliou.

Nesta semana, Freire foi cotado como vice na chapa da Marina. Sobre isso, líder do PPS disse que não conversou com a presidenciável sobre isso. “Não houve nenhuma conversa entre nós. Isso só é possível de ser discutido se o PPS porventura entender que não tem que cumprir com o indicativo que aprovou em seu congresso nacional, de apoio ao Geraldo Alckmin. Eu como presidente do partido vou fazer cumprir a decisão do congresso. Posso adiantar que não cumpro apenas por dever de ofício, mas por achar que a melhor opção que temos”, pontuou.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) afirmou que a decisão de revogar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em menos de 24 horas da instituição dele “demonstra o despreparo e o desequilíbrio” do governo. A medida levou as Forças Armadas para às ruas de Brasília após um grupo de manifestantes quebrarem vidraças e incendiarem algumas sedes dos ministérios. A parcela de pessoas que participava da manifestação que pedia o adiantamento das eleições gerais e a renúncia do presidente Michel Temer.  

Humberto considerou a ação como “desastrosa” e disse que o governo não sabe lidar com um tema dessa gravidade. "Foi um erro colossal, que denunciamos desde a primeira hora, estabelecer um estado de exceção em Brasília por conta de uma manifestação contra o governo. Temer se mostrou um tresloucado e seu ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), um completo irresponsável", criticou.

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Ironizando a atuação do ministro Raul Jungmann (PPS) à frente da pasta da Defesa, Humberto Costa disse que o auxiliar de Temer precisou “mentir” para justificar a medida. Ele lembrou que o ministro disse estar atendendo a um pedido do Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que negou a informação.

"Temer, mal assessorado por Jungmann, foi protagonista de mais um episódio patético. Seu governo é uma espécie de elenco de Os Trapalhões. Jungmann nunca teve atributo nem para chefe de Guarda Municipal, imagine para ministro da Defesa, Agora, vê-se que age com total despreparo. Deveria, a exemplo de Roberto Freire, pedir demissão do cargo."

A informação da revogação do decreto chegou quando a bancada de oposição no Senado estava em uma audiência com a presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para dar entrada em uma mandado de segurança na Corte contra a decisão de Temer. Paralelamente, a oposição também havia apresentado um projeto de Decreto Legislativo para que o Congresso Nacional anulasse o decreto presidencial.

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Em parceria com o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), a Prefeitura do Recife iniciou a segunda etapa de investigação sobre o aparecimento de uma grande quantidade de algas no Rio Capibaribe, no trecho entre a ponte Paulo Guerra e o Cais de Santa Rita. Na tarde desta quinta (11), pesquisadores coletaram água e sedimentos (terra) para serem analisados em laboratório. A princípio, os especialistas acreditam que o fenômeno tenha relação com a poluição, mas o estudo só deve ser concluído em 2015.

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Segundo a Dra. Elizabeth Pastich, bióloga especializada em tecnologia ambiental e recursos hídricos, este tipo de floração das algas além do comum tem relação com a presença de fósforo e/ou hidrogênio em quantidades maiores na água, o que acontece quando a mesma está recebendo poluentes provenientes da rede de esgoto. “É cedo para decretar qualquer motivo, porém, geralmente esta anormalidade está ligada a isto. Nosso período chuvoso foi atípico e isso pode ter contribuído também”, afirmou ela, que é coordenadora do Laboratório de Ecologia e Biodiversidade (Lecobio), do Itep.

O gerente de controle ambiental da Secretaria de Meio-Ambiente do Recife, Ismael Cassimiro, explicou que uma parceira com a Faculdade Frassinetti (Fafire) já havia resultado na coleta das algas. “Fizemos a coleta das plantas e agora estamos fazendo a do solo e sedimentos. Não dá pra afirmar que existe um desequilíbrio em cadeia, mas há um visível desequilíbrio da espécie, que está em um número mais elevado do que o normal”, disse ele.

A coordenadora do Lecobio alertou sobre as consequências que este aparecimento em massa da alga pode trazer. “Se a espécie for tóxica pode trazer problemas pra pescadores e banhistas. Além disso, o ambiente abaixo da manta verde não recebe raios solares e não faz a fotossíntese, o que pode prejudicar peixes e outras espécies aeróbicas devido a falta de oxigênio na água”, explicou Pastich.

Mas o procedimento para descobrir se o que ocasionou esta superpopulação da alga é algo natural ou provocado por uma condição de poluição acima do aceito pela legislação ambiental do país ainda deve durar um bom tempo. “O objetivo hoje foi fazer uma vistoria, a coleta de água e de sedimentos. É o primeiro momento e teremos que analisar quantas amostras vamos precisar para concluir o estudo. O ideal é que todo estudo de ecologia dure pelo menos um ano, visto que é necessário analisar o local em estações sazonais distintas”, concluiu a bióloga.

No entanto, O Itep estimou em 20 dias, no máximo, o prazo para ter uma análise preliminar da água, que já pode apontar algo sobre o nível de poluição.

Procedimento – Para colher as amostras, a equipe do Lecobio usou uma série de equipamentos. Depois, a equipe faz um cruzamentos dos dados e as análises laboratoriais para chegar à uma conclusão do que está acontecendo no local. Foram usados uma sonda multiparamétrica, que determina vários parâmetros da água, como PH, temperatura e índice de salinidade, além de um disco sech, que mede a transparência do líquido, um ecobatímetro, que mede a profundidade de onde foi tirara a amostra e uma draga para retirar os sedimentos.

Apesar de enfrentar uma grave crise econômica, os europeus lidam melhor com os problemas financeiros do que os brasileiros. Esta é a constatação de um levantamento feito em cinco países, divulgado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - PROTESTE. De acordo com a pesquisa, os brasileiros têm a saúde mais afetada do que belgas, italianos, portugueses e espanhóis. 

Os dados mostram que 24% dos brasileiros entrevistados sofrem com problemas para dormir, além de admitirem ter ansiedade (32%), irritabilidade (24%) e dor de cabeça (17%), decorrente dos percalços financeiros. O uso de ansiolíticos e antidepressivos também tem uma alta porcentagem no Brasil (30%), perdendo apenas para Portugal (33%). 

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Na concepção da psicóloga Sylviane Cardoso Barros, a atual cultura da automedicação pode ter influência direta nestes dados. “Percebo uma grande tendência de se medicar por qualquer desajuste emocional. A indústria farmacêutica no Brasil é muito agressiva e parte dos médicos ainda estimula a prescrição. Não sou contra a medicação, mas me assusto com a quantidade de pessoas que tomam por conta própria”, afirmou. 

Segundo a psicóloga, o número de pessoas com dificuldades financeiras, que buscam terapia, é significativo, mas o problema não costuma ser o principal. “Vejo a questão muito diluída, ficando mais evidente em pessoas com sofrimento muito intenso. Aí resulta na perda de autoestima, isolamento, é uma pancada no narcisismo para muita gente”, explicou Sylviane. 

Opinião do recifense – Para o estudante de odontologia Alysson Mariano Vieira, as dívidas podem se influenciar muito no equilíbrio mental das pessoas e cita um caso. “Eu conhecia um cara lá de alagoas, muito rico, que acabou se endividando e perdeu tudo, ficou devendo muito. Deu uma depressão nele e se suicidou. Acho que é complicado porque você procura formas de resolver o problema e dificilmente encontra”, disse. 

A massoterapeuta Anna Santa Cruz diz que a maioria dos seus clientes procurar um relaxamento por conta do endividamento. “O assunto com todo cliente que eu atendo é exclusivamente financeiro. Atualmente a massagem relaxante é muito usada para o desestresse causado pela falta do dinheiro, alto custo das coisas, até das mais banais, como pagamento da feira”.

A psicóloga Sylviane Cardoso Barros orienta que, para evitar tais problemas na saúde mental, não há mistério: enfrentar a adversidade com o máximo de positividade possível. “E acho que o brasileiro é criativo, otimista, se perde o emprego vai e corre atrás em outras opções. Depende da estrutura emocional de cada pessoa. Se não souber lidar, acaba virando uma bola de neve”. 

O governador de Pernambuco e provável candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), afirmou, nesta quinta-feira (14), que o Nordeste precisa ser olhado de outra forma pelos dirigentes do país e não apenas como um “celeiro” de votos, interessando os políticos brasileiros apenas nas eleições. 

“Não queremos um olhar de pena, não queremos migalhas ou favores, queremos direitos. Não somos só urna, não queremos ser enxergados só como um celeiro eleitoral para muitos no Brasil. Queremos ser olhado com o respeito que a gente nordestina merece por ter emprestado a este país os mais belos momentos da construção  da nação brasileira... Nós não somos um peso para o Brasil, somos parte da solução deste país, precisamos nos enxergar dentro de uma visão que vai muito além dos desafios”, frisou Campos em seu discurso.

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Além de alertar sobre o respeito com o nordestino, Eduardo aproveitou para alfinetar a maneira com que o Governo Federal tem conduzido o desenvolvimento regional.  "Depois de 2010, passamos (o Nordeste) a crescer quase a metade da América Latina e metade do mundo", ressaltou. O socialista, apesar de reconhecer o crescimento da participação da região no Produto Interno Bruto (PIB), alertou pelo desequilíbrio que ainda é perceptível.  

“Somos 28% da população brasileira e apenas 13,5% do PIB, das riquezas. Há um claro desequilíbrio na quantidade de pessoas e quantidade riquezas sendo geradas com limites como nos empoe a região semiárida. E esse desequilíbrio foi alterado na última década? Foi. Em 10 anos de expansão do consumo, de crescimento econômico, quando o Brasil viveu o crescimento econômico similar da América Latina e a do mundo de 2002 até 2010”, pontuou. 

Campos citou ainda estudos do Banco do Nordeste que apontam ser necessário o Nordeste crescer 2% acima da economia brasileira durante três décadas para se igualar a renda média dos nordestinos e dos brasileiros. “Esse desafio nos faz olhar para o semiárido com a necessidade de perceber as oportunidades extraordinárias que estão adormecidas no semiárido. Quem mora lá tem a capacidade de superar desafios”, elogiou.

*Com informações de Élida Maria 

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