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Nesta sexta-feira (11), a Polícia Federal em Pernambuco cumpriu dois mandados de busca e apreensão após deflagrar a Operação Dois Unidos. A PF não divulgou os nomes dos envolvidos, mas, em reserva, uma fonte confirmou ao LeiaJá que um dos alvos é o deputado estadual Francismar Pontes (PSB). O parlamentar é suspeito de cometer crime de corrupção eleitoral.

As investigações iniciaram após viralizar nas redes sociais um vídeo que mostra eleitores reivindicando um suposto pagamento por terem votado no deputado que concorria à reeleição e conseguiu manter o cargo com 66 mil votos.

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Na gravação, feita no bairro de Dois Unidos, Zona Norte do Recife, uma mulher diz que todos os anos de eleição, Francismar e os seus cabos eleitorais, principalmente um identificado como Thiago, vão nas portas das pessoas para comprar os votos. "Olha aqui, Francismar, todo mundo aqui em Dois Unidos, na casa de Thiago, querendo receber o dinheiro e nada. Todo ano é isso. Todo ano quando tem eleição a gente vem e não recebe", destaca a eleitora. 

"A gente quer os nossos direitos porque se foram atrás da gente para botar os nossos nomes na lista, foi para receber. Bora todo mundo se juntar para ir na clínica de Francismar", grita a mulher, que é acompanhada por diversos outros possíveis eleitores que aguardavam o suposto pagamento pelo voto. Além de deputado estadual, o socilista é médico cardiologista e tem um projeto chamado "Saúde nos Bairros", que oferece diversos atendimentos médicos aos moradores do Grande Recife.

O nome da operação deflagrada pela PF remete ao bairro recifense em que aconteceu a gravação. A PF destaca que, após as diligências preliminares, o local onde o vídeo foi gravado foi identificado, bem como o suposto coordenador de campanha e o deputado.

"A investigação busca obter novos elementos de prova e objetiva confirmar o modus operandi dos investigados, bem como identificar outros envolvidos", destaca a Polícia Federal. Os investigados podem pegar quatro anos de prisão, além de pagamento de multa.

No primeiro turno das eleições gerais deste ano, a boca de urna foi um dos crimes eleitorais que, ao lado da compra de votos, mais chamaram a atenção das autoridades públicas encarregadas de coibir práticas ilícitas capazes de interferir no resultado do pleito.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, entre 15 de agosto e 2 de outubro, foram registrados, em todo o país, 444 flagrantes de candidatos, representantes de partidos, cabos eleitorais ou simpatizantes abordando eleitores com o propósito de convencê-los a votar em determinada pessoa ou legenda.

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Nesta sexta-feira (28), ao declarar que os órgãos de segurança pública não tolerarão a boca de urna e demais crimes eleitorais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, ecoou alerta feito na quinta-feira (27) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao destacar que quem for flagrado aliciando eleitores no domingo corre o risco de parar atrás das grades.

Pela Lei das Eleições (nº 9.504, de 1997), quem for pego fazendo propaganda de boca de urna no dia da votação pode ser punido com detenção de seis meses a um ano, mais pagamento de multa de até R$ 15,96 mil.

As punições podem ser aplicadas tanto para eleitores quanto para representantes de partidos ou candidatos. Por isso, alerta o TSE, é importante saber o que pode e o que não pode ser feito durante as eleições.

Além de proibir a propaganda de boca de urna ou qualquer iniciativa de arregimentação eleitoral, a legislação veda a realização de comícios ou carreatas no dia da eleição, bem como o uso de alto-falantes e amplificadores de som para promoção político-partidária.

A distribuição de material gráfico de campanha é permitida só até as 22h da véspera, e aglomerações que possam ser interpretadas como manifestação coletiva de apoio político, com ou sem o uso de veículos, são autorizadas apenas após o término da votação, às 17h de domingo (30).

A Polícia Rodoviária Federal fará até domingo (30) a Operação Eleições 2022, Segunda Fase. A ação tem como objetivo o policiamento e fiscalização direcionadas ao combate aos crimes eleitorais, inclusive com a fiscalização de veículos de transporte de passageiros.

Além de garantir aos usuários das rodovias federais segurança do direito ao voto, conforto e fluidez do trânsito, a PRF estará atenta à existência de qualquer ilícito que esteja sendo transportado.

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“Para esta etapa da operação, o número 191, principal telefone de contato da população com a PRF, terá foco, além das finalidades usuais, no recebimento de denúncias de crimes eleitorais. Além disso, o recém-lançado aplicativo PRF Brasil também estará à disposição para o recebimento de denúncias de delitos dessa natureza, entre outros serviços já prestados”, informou a PRF em nota.

O prefeito da cidade de Hortolândia (SP), José Nazareno Gomes, o Zezé Gomes, foi preso hoje (2) no interior paulista por fazer boca de urna, informou o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Segundo boletim do tribunal, divulgado por volta das 10h de hoje, ele será liberado após o registro do boletim de ocorrência.

A boca de urna, que é quando uma pessoa faz propaganda de um candidato no dia da eleição, é um crime eleitoral. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quem é pego fazendo boca de urna está sujeito à pena de detenção, que pode variar de seis meses a um ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade e multa no valor de até R$ 15,9 mil.

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Até este momento, informou o TRE-SP, 45 urnas precisaram ser substituídas em todo o estado de São Paulo, sendo 25 delas na capital paulista. Esse valor de urnas substituídas em todo o estado corresponde a cerca de 0,03% do total de 115.510 urnas que estão em operação hoje no território paulista. Segundo o tribunal, todas estas 45 urnas foram substituídas por outras urnas eletrônicas.

O estado de São Paulo tem 34.667.793 eleitores e eleitoras aptos a votar nas eleições de 2022, de acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com acréscimo de 1,1 milhão de eleitores em relação às eleições municipais de 2020, os paulistas representam 22,16% do eleitorado do país, que totaliza 156.454.011 milhões.

A capital paulista concentra 26,8% do eleitorado paulista e possui o maior contingente entre os 5.570 municípios brasileiros, com 9.314.259 milhões de eleitores.

Os canais de denúncia vinculados à Justiça Eleitoral já estão disponíveis para apurar irregularidades junto ao eleitorado. As ferramentas, coordenadas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e regionais, contam com a participação da população para uma eleição mais limpa, rápida e dentro da lei. A medida mais recente é o aplicativo Pardal, que já foi atualizado para o próximo dia 2 de outubro e encaminha denúncias de crimes eleitorais aos órgãos competentes. 

Pela legislação, crimes eleitorais são vistos em qualquer conduta que prejudique ou impeça a liberdade do voto, bem como o processo eleitoral amplo. Boca de urna, caronas irregulares, campanhas no dia da votação, compra de votos, dentre outras atividades suspeitas e ilegais, poderão ser comunicadas à Justiça.  

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O Pardal é um aplicativo de fácil acesso oferecido gratuitamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que qualquer cidadão possa enviar denúncias sobre diversos tipos de irregularidades durante as campanhas eleitorais espalhadas por todo o país. 

O app está apto a receber as seguintes denúncias: compra de votos; uso da máquina pública; crimes eleitorais; e propagandas irregulares. Já a apuração de todas as denúncias compete ao Ministério Público Eleitoral. Este ano, dos dias 16 a 23 de agosto, foram recebidas 1.330 denúncias de propaganda eleitoral irregular pelo Pardal. Os dados são da primeira semana de funcionamento do app para as Eleições Gerais de 2022. 

Onde baixar

Aplicativo Pardal, do TSE:

- Para iOS;

- Para Android.

Ouvidoria 

Os tribunais regionais também possuem canais próprios de comunicação e que podem servir para interceptar e encaminhar demandas de denunciantes. Basta pesquisar no site do seu Tribunal Regional Eleitoral por “Ouvidoria” ou “Canais de Denúncia/Comunicação”. 

LeiaJá também 

- - > ‘Justiça Eleitoral alerta sobre possível alteração em local’ 

- - ‘Não vai votar? Saiba como justificar o voto’ 

- - ‘Eleições: confira os aplicativos disponibilizados pelo TSE’ 

 

O ex-BBB e empresário Felipe Prior deu o que falar mais uma vez na noite do último domingo (15). Felipe foi acusado por internautas de cometer crime eleitoral por estar filmando uma urna de votação.

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Felipe compartilhou o vídeo em seus stories do Instagram e foi parar nos assuntos mais comentados das redes sociais.

Apesar das críticas, alguns internautas saíram em defesa do ex-BBB e afirmaram que não houve crime, porque Felipe não mostrou nada, apenas o teclado da urna.

O Ministério Público Eleitoral vai investigar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu crime eleitoral ao fazer propaganda em favor de vários candidatos em sua live. A veiculação do vídeo aconteceu na última quinta-feira (5). 

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A solicitação da investigação foi feita pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio de Janeiro ao Ministério Público Estadual (MP/RJ). O requerimento foi feito pelo órgão do Ministério Público Federal (MPF) ao Centro de Apoio Operacional das Promotorias Eleitorais (CAO-Eleitoral), do MP-RJ.

No ofício à Coordenação do CAO/Eleitoral, a procuradora regional Eleitoral Silvana Batini pediu que a eventual prática de ilícitos eleitorais seja analisada pelos promotores eleitorais atuantes no combate à propaganda irregular, conduta vedada e abuso no uso dos meios de comunicação social.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Firminópolis, no interior de Goiás, investiga um suposto esquema de compra de votos na cidade durante esse período de eleições municipais de 2020. Na quinta-feira (5), foi cumprido um mandado de busca e apreensão em investigação de crime eleitoral. 

Com o principal investigado da operação, os policiais apreenderam um caderno de anotações listando os nomes de eleitores que já haviam sido pagos. Em troca, eles deveriam votar em determinados candidatos.

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Segundo o delegado Tiago Junqueira, o investigado fazia promessas em um vídeo, que circulou nas redes sociais, e oferecia o pagamento de R$ 200 por cada voto que conseguisse para um candidato a vereador e para um candidato a prefeito da cidade.

O mandado de busca e apreensão foi deferido pela Justiça Eleitoral. As investigações continuam em andamento.

A Polícia Federal irá utilizar drones durante as eleições para combater crimes eleitorais como boca de urna e transporte de eleitores. Os equipamentos vão sobrevoar as principais zonas eleitorais do país.

Segundo a PF, os drones possuem câmeras capazes de realizar zoom suficiente para identificar suspeitos, placas de veículos, entregas de santinhos e situação de compra de votos. Esta será a primeira eleição em que a PF utilizará o equipamento.

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Detalhes de como serão feitas essas fiscalizações nas principais zonas eleitorais do país serão repassadas para a imprensa na próxima terça-feora (27).

A Polícia Federal (PF) indiciou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), por crime eleitoral na campanha de 2018. Ele é acusado de omitir, na prestação de contas, valores desviados em esquema de candidaturas "laranjas".

De acordo com relatório da PF, recursos destinados a duas mulheres foram usados para pagar cabos eleitorais do então candidato. Kadija de Almeida Guimarães e Psicóloga Dolores Moreira Costa Ferreira, ambas do MDB, receberam juntas cerca de R$ 1,08 milhão e declararam os gastos. A maioria dos recursos veio dos fundos eleitoral e partidário, compostos de dinheiro público. A investigação concluiu que os prestadores de serviços trabalharam, na verdade, para Ibaneis, que não informou as despesas. Kadija teve 403 votos e Dolores teve 551.

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A previsão é que o inquérito, que ainda não foi finalizado, siga até agosto e, sequência, seja enviado ao Ministério Público Eleitoral.

Defesa

Advogado de Ibaneis, o criminalista Cleber Lopes afirma que a denúncia é um "grande equívoco". O defensor argumenta que, na campanha, o candidato era recém-chegado na sigla e não tinha poder de decisão no partido ou ingerência sobre a divisão dos recursos. "Quando o governador passa a ser favorito para ganhar a eleição, é natural que todo mundo queira trabalhar para eleger quem vai ganhar. Mas de, qualquer modo, o governador não era responsável pela destinação de recursos", disse.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que tipifica o crime de denunciação caluniosa com finalidade eleitoral. A norma sancionada altera o Código Eleitoral e está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira.

De acordo com a nova lei, quem fizer acusações falsas contra candidatos a cargo político com o objetivo de prejudicar sua candidatura estará sujeito a pena de reclusão - de 2 a 8 anos - e multa. Além disso, a pena poderá ser aumentada se o agente valer-se de anonimato ou usar nome suposto; e diminuída, se a imputação é de prática de contravenção.

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O texto que saiu aprovado do Congresso também previa que "quem, comprovadamente ciente da inocência do denunciado e com finalidade eleitoral, divulga ou propala, por qualquer meio ou forma, o ato ou fato que lhe foi falsamente atribuído" também estaria sujeito às mesmas penalidades, mas esse trecho foi vetado por Bolsonaro.

Segundo o Planalto, ao equiparar as duas práticas para efeitos de punição, o dispositivo "viola o princípio da proporcionalidade entre o tipo penal descrito e a pena cominada". O trecho cita que a pena para prática semelhante, de propalar ou divulgar calúnia eleitoral, já tipificada no Código Eleitoral, é de seis meses a dois anos, e multa.

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira (9), por unanimidade, arquivar uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) contra o ex-candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad.

A abertura da ação havia sido protocolada em 2018 pelo então candidato a deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP).

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Ele apontou a suspeita de prática de caixa 2 por Haddad, que não teria declarado o gasto de R$ 1,2 milhão na contratação de uma empresa de pesquisas.

O relator do caso no TSE, ministro Jorge Mussi, constatou que o gasto foi de fato declarado.

Ele destacou que a área técnica do tribunal “esclareceu que o investigado [Haddad] registrou duas despesas em nome da empresa Vox do Brasil Pesquisa, pagas via TED na conta do Banco do Brasil, totalizando R$ 1.202.006”.

Ele atendeu o pedido do Ministério Público Eleitoral (MPR), que havia opinado pelo arquivamento da ação. “A representação foi feita a partir de uma nota fiscal do contrato que não se consumara e a relação do candidato com a empresa estava calçada em outras notas fiscais que se encontravam no acervo da prestação de contas, o que de fato torna improcedente a ação”, disse o vice procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques.

Todos os demais ministros da Corte seguiram o voto do relator.

“O objetivo aqui, desculpa a expressão, era bater clara de ovo”, afirmou o advogado Eugênio Aragão, que representa a campanha de Haddad.

A Justiça Eleitoral de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, condenou o prefeito de Ouricuri, Ricardo Ramos (PSDB), a quatro anos 11 meses e 15 dias de prisão no regime semiaberto, por transporte irregular de eleitores. O tucano ainda terá que pagar uma multa de 247 salários mínimos. De acordo com a decisão,  o crime aconteceu em outubro de 2012, às vésperas da disputa eleitoral daquele ano.

Outras duas pessoas, que são apontadas como motoristas que fizeram o transporte, também foram condenadas pela sentença assinada pelo juiz eleitoral Carlos Fernando Arias. A decisão é passível de recursos.

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Segundo detalha o processo, no dia 6 de outubro de 2012 a Polícia Rodoviária Federal (PRF) abordou um ônibus que estava transportando eleitores de Ouricuri, que moravam em Petrolina sem autorização da Justiça Eleitoral.

Apesar de ter sido condenado, Ricardo Ramos pode continuar exercendo o cargo de prefeito porque a condenação se trata de crime cometido em 2012, quando ele foi derrotado nas eleições, e o mandato vigente foi conquistado em 2016.

Em nota, o prefeito de Ouricuri disse que a condenação é “absurda e totalmente desprovida de amparo em provas” e pontuou que vai recorrer da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) que, segundo ele, “restabelecerá a verdade dos fatos”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) em Brasília recebeu um inquérito da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro que investiga o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) por falsificação de documento público para fins eleitorais. O caso foi revelado pelo O Globo e confirmado ao jornal O Estado de S. Paulo.

O caso tramitava desde março de 2018 na Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (PRE-RJ) e apurava suposto crime eleitoral praticado por Flávio Bolsonaro ao declarar imóveis comprados por meio de "negociações relâmpago" ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com valores supostamente abaixo do real.

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No inquérito, há ainda a citação de que as negociações teriam resultado em aumento do patrimônio do atual senador. Há no inquérito citação a possível lavagem de dinheiro.

Em novembro de 2018, a PRE-RJ havia encaminhado a investigação para a PF para que fossem cumpridas diligências para apuração dos fatos, entre elas, a oitiva de Flávio Bolsonaro. O prazo estipulado pela Procuradoria à época era de 60 dias para cumprimentos dessas medidas investigatórias.

No documento em que enviou, ainda em novembro de 2018, o material para a PF, a PRE-RJ afirma que como Flávio Bolsonaro havia sido eleito senador, após os 60 dias era necessário o envio do inquérito à PGR para analisar a possível existência de foro por prerrogativa de função.

Com o recebimento do inquérito, a PGR irá agora analisar se o caso permanece no Rio de Janeiro ou se passa a tramitar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Estado apurou que, em um primeiro momento, a expectativa é que seja utilizada a nova interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF) que restringiu o foro apenas a crimes praticas durante o mandato. Com isso, o caso voltaria à 1ª instância.

Toda a investigação tem relação com as transações imobiliárias de Flávio Bolsonaro. Em reportagem de janeiro de 2018, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o senador eleito realizou 19 operações envolvendo imóveis na zona sul do Rio de Janeiro e na Barra.

Em um dos casos, de um imóvel no bairro de Laranjeiras, o primogênito do presidente declarou à Justiça Eleitoral, em 2016, que o valor era de R$ 846 mil. Entretanto, na escritura, no fim do mesmo ano, o valor registrado foi de R$ 1,7 milhão.

O superintendente da Sexta Região Fiscal, auditor fiscal Mário José Dehon, um dos responsáveis pela Operação Capitu, afirmou em coletiva de imprensa que há indícios de crime eleitoral no esquema. "Não estamos frente somente a possibilidade de corrupção ativa e passiva e crime de lavagem de dinheiro, estamos prestes a provar crime eleitoral também", afirmou o auditor nesta sexta-feira, 9.

Segundo a força-tarefa da Polícia Federal, Receita e Procuradoria, o esquema envolvia frigoríficos, políticos e escritórios de advocacia.

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Uma das maiores redes de supermercados do País também teria integrado a engrenagem de lavagem de dinheiro oriundo do esquema, repassando aos destinatários finais os valores ilícitos em dinheiro vivo e em contribuições "oficiais" de campanha.

Segundo os investigadores, "há grandes indícios de que doações eleitorais que tinham aparência de legalidade eram feitos por via transversal por essas redes de supermercado".

Uma mulher foi flagrada na manhã deste domingo (7) indicando números de candidatos na frente de um local de votação, na ilha de Fernando de Noronha. Ela foi flagrada cometendo o crime eleitoral pelo promotor da ilha, Alfredo Pinheiro Martins Neto.

“É flagrante de captação ilegal e irregular de sufrágio, promovida por uma pessoa que se diz trabalhar para uma coligação e estava ensinando o eleitor, número a número, senador, deputados. O fato foi presenciado por mim e na hora eu acionei os policiais federais”, afirmou o promotor Alfredo Neto.

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De acordo com o G1 a acusada não quis se pronunciar, ela foi conduzida pelos policiais federais. A Polícia Federal reforçou que prática de boca de urna é crime perante a Justiça Eleitoral.

Por Lídia Dias

O candidato a deputado federal por São Paulo, Eduardo Bolsonaro, indicou em sua conta do twitter que os eleitores que tiverem problemas nas urnas filmem e façam lives (transmissões ao vivo). No entanto, atos dessa natureza configuram crime eleitoral com pena prevista de até dois anos de detenção.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é proibido entrar na cabine eleitoral com celular, máquinas fotográficas e filmadoras. A medida visa garantir que o cidadão vote no candidato de sua preferência e exerça o direito de escolha.

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No site do TSE há informações referente ao artigo 14 da Constituição Federal, que afirma a prevalência da opinião popular exercida pelo processo de votação e o parágrafo único do artigo 91-A da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições) proíbe expressamente o ingresso do eleitor, na cabina de votação, portando celular, máquina fotográfica e filmadora. Atos como esse tipificam crime eleitoral “violar ou tentar violar o sigilo do voto”, de acordo com o artigo 312 da Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral).

Por Lídia Dias

Cinco pessoas foram presas até as 13 horas deste sábado (6), véspera do primeiro turno das eleições, conforme balanço divulgado pelo Ministério da Segurança Pública.

De acordo com a pasta, uma pessoa foi presa em Santo Antônio Do Leverger (MT). Após uma denúncia, foram encontradas três folhas pequenas com nomes, CPFs e dados de títulos de eleitores, além de material de campanha. Também foram apreendidos R$ 6.501 em dinheiro. O caso está sendo apurado pela Polícia Federal em Cuiabá.

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Uma pessoa foi presa em Teresina (PI) por suspeita de crime eleitoral. O indivíduo se dirigia à cidade piauiense de Piripiri com R$ 100.000 em espécie, sem uma comprovação de origem do dinheiro. O caso foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal no Estado.

Outras duas pessoas foram detidas em Joaquim Nabuco (PE) com materiais de campanha (santinhos, adesivos e panfletos) e R$ 4.580 em dinheiro que, segundo eles, seria o pagamento para militantes. Após o material ser apreendido, ambos foram liberados, sem a necessidade de pagamento de fiança.

Já em Salvador (BA), uma pessoa foi presa por tentativa de homicídio após tentar atropelar uma pessoa que vendia camisetas de um candidato. Apenas o varal com as camisetas foi danificado, com prejuízo estimado em R$ 540 pela a vítima.

Além das prisões, foram apreendidos materiais de campanha irregulares em Currais Novos (RN) e em Rondônia, além de um carro de som na Bahia.

As ocorrências foram registradas pela Operação Eleições 2018, que é coordenada pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Sediado em Brasília, na Polícia Rodoviária Federal (PRF), o CICCN possui representantes de todos os Estados para centralizar e coordenar as informações e ações relacionadas à segurança pública durante as eleições. Essas informações vão nortear a atuação das polícias militares e civis dos Estados e, também, das guardas municipais.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou na noite desta sexta-feira, 5, que foram apreendidos R$ 100 mil em um táxi que seguia da capital do Piauí para a cidade de Piripiri, localizado no norte do Estado. Há a suspeita de crime eleitoral porque, segundo a PRF, o passageiro foi flagrado mantendo contato com um candidato durante a apreensão e não comprovou a origem do dinheiro.

O caso foi encaminhado para apuração da Polícia Federal no Piauí. De acordo com o registro da PRF, a apreensão ocorreu às 17h15, no km 333 da BR 343, próximo a Teresina. A quantia estava escondida no interior de um táxi, conduzido por um motorista de 58 anos.

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O passageiro do veículo, identificado pelas iniciais E. H. M. L., de 25 anos, informou ser o proprietário do dinheiro e revelou que havia conseguido R$ 100 mil após transação comercial. Ele, porém, não apresentou nenhum documento para comprovar o lucro com o suposto negócio. Além disso, a PRF divulgou que, durante a abordagem, o suspeito foi flagrado mantendo contato com um candidato, informando a sua localização e apreensão do dinheiro. O nome do candidato não foi revelado pela PRF.

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