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O ministro da Saúde, Arthur Chioro, foi demitido nesta terça-feira (29) por telefone, pela presidente Dilma Rousseff. A conversa, que ocorreu pela manhã, foi telegráfica. A presidente apenas informou ao ministro que precisava do cargo.

Em entrevista dada ao jornal O Estado de S.Paulo na segunda (28) Chioro havia afirmado que, qualquer pessoa que ficar à frente da pasta enfrentará, no próximo ano, uma situação difícil caso a proposta de Orçamento seja aprovada no Congresso da maneira que foi enviada. De acordo com ele, os recursos reservados para a área de média e alta complexidade pagam as despesas somente até setembro. O cargo de Chioro deverá ser ocupado por um integrante do PMDB. A mudança é um arranjo para o governo obter maior apoio no Congresso.

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Menos de 12 horas depois de desembarcar em Brasília, Dilma já teve um primeiro encontro com seu vice, Michel Temer, na manhã desta terça-feira (9). Os dois tiveram uma rápida reunião no Palácio do Planalto para conversar sobre a reforma ministerial.

Para superar o impasse com o PMDB, a presidente sinalizou que estaria disposta a dar sete ministérios à sigla. Até agora, ela trabalhava com o número de seis pastas. Assim, ficaria mais fácil atender à demanda dos deputados peemedebistas, que exigem comandar dois ministérios, além da bancada do partido no Senado e do grupo do vice.

No encontro, Dilma garantiu a Temer que quer prestigiar todas as alas do PMDB na reforma e disse que foi aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros aliados a ampliar o espaço da legenda no governo.

Segundo auxiliares de Temer, ele saiu convencido de que a presidente está disposta a resolver o problema com o PMDB e a contemplar todo o partido na reforma ministerial.

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O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que "o governo não defende a volta da CPMF". Ele destacou que é necessário "um debate com a sociedade, que passa necessariamente pelo Congresso Nacional, sobre a forma de gerar recursos para a área da Saúde, que é subfinanciada."

"Vamos debater, avaliar as melhores formas. Existem diversas. Isso que é relevante neste momento. Não há uma proposta fechada", destacou Chioro. "O Brasil quer um sistema único de Saúde?", questionou o ministro, para completar que, se a resposta for afirmativa, é necessário descobrir formas complementares para financiá-la.

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Ele disse que os recursos destinados para a Saúde no País são, em termos proporcionais à população, inferiores aos registrados no Uruguai e na Argentina.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou nesta sexta-feira, 08, que o Brasil corre o risco de enfrentar nos próximos três a quatro anos um surto de chikungunya, vírus com sintomas semelhantes aos da dengue e que também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. "É possível. Hoje a circulação é muito rápida das pessoas. É muito provável que a gente tenha circulação do chikungunya", disse Chioro em entrevista na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no Rio.

Segundo o ministro, em 2014 os casos de chikungunya se restringiram ao Oiapoque, no Amapá, e Feira de Santana, na Bahia. "Os casos que tivemos em mais quatro Estados foram pontuais, de pessoas que circularam."

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Até 18 de abril deste ano, foram confirmados 1.688 casos de chikungunya no País, sendo 809 na Bahia e 879 no Amapá. Em 2014, houve 2.773 casos autóctones, ou seja, de pessoas sem registro de viagem para países com transmissão do vírus. Os casos foram registrados no Amapá, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima.

Os principais sintomas da chikungunya são febre alta, dores musculares, de cabeça e nas articulações, com duração de três a dez dias. Assim como a dengue, não é recomendado o uso do ácido acetil salicílico (AAS), devido ao risco de hemorragia. O tratamento deve ser feito com medicação para febre (paracetamol) e dores articulares (anti-inflamatórios).

O Brasil detectou os três primeiros casos da doença em 2010, todos contraídos no exterior. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, a chikungunya havia sido identificada em 19 países, principalmente na África e Ásia. Mas, ao fim de 2013, foram identificados casos de transmissão dentro do mesmo território em países do Caribe e, a partir de março de 2014, na República Dominicana e no Haiti.

Apesar de ver o surto de chikungunya como possível nos próximos anos, Chioro afirmou que a dengue continua sendo a maior preocupação do Ministério. "O chikungunya, ao contrário da dengue, não mata, é completamente diferente. É o mesmo mosquito, são duas doenças virais que incomodam, mas tem um desfecho, que é o óbito, que nos preocupa demais", disse.

Quatro dias após ter admitido que o Brasil enfrenta epidemia de dengue, Chioro atribuiu às mudanças climáticas e à crise hídrica o maior número de casos neste ano. "Tivemos mudança climática, com início da chuva e calor muito mais cedo, então os casos começaram mais cedo. E tivemos falta d'água. Quando a população começa a armazenar água, naturalmente aumentam os criadouros do mosquito. Mas isso não explica todos os casos de dengue", afirmou.

Questionado sobre os investimentos no combate à dengue, Chioro afirmou que o ministério investiu R$ 1,25 bilhão em ações de combate ao mosquito em 2014. "Em dezembro, liberamos verba adicional de R$ 150 milhões, sem contar recursos adicionados pelos Estados e municípios. Não liberamos só na época da epidemia, nós fazemos um reforço. É trabalho do ano todo."

Na terça-feira, a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou requerimento para que o Chioro esclareça o uso de apenas R$ 2,8 milhões da verba de R$ 13,7 milhão do programa de Coordenação Nacional da Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, descartou ontem o caráter temporário do programa federal Mais Médicos. Ele afirmou que, mesmo depois de ampliadas as vagas de cursos de Medicina e de residência, o programa deverá continuar. "O Mais Médicos veio para ficar."

Segundo Chioro, o programa é uma garantia de oferta de profissionais para cidades mais afastadas, consideradas pouco atrativas. "Não adianta apenas a residência. É preciso um indutor para que o médico fique em locais mais afastados durante um período. Caso contrário, o residente continuará optando pelos grandes centros", disse.

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Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que 750 profissionais se candidataram para a segunda chamada do Mais Médicos. Eles têm até o dia 2 para se apresentar aos postos de trabalho. Caso todos iniciem o trabalho, 98% das vagas da expansão do programa terão sido preenchidas. "Restarão para a terceira chamada 85 postos de trabalho, distribuídos em 47 municípios. É um número a se comemorar", disse.

O ministro acredita em uma tendência de substituição progressiva dos profissionais estrangeiros por brasileiros. Ele afirmou que, diante dos números, dificilmente será necessária a realização de um convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para recrutamento de profissionais em Cuba. "Há ainda a terceira chamada, depois as vagas serão abertas para profissionais brasileiros formados no exterior e para estrangeiros."

Para o ministro, o Mais Médicos não serve apenas para alocar médicos nos municípios brasileiros, mas para fortalecer a atenção básica. A pasta garante que 94% da população que usa os serviços oferecidos avalia o programa como satisfatório. A iniciativa conta, ao todo, com 14.462 médicos que prestam assistência a 50 milhões de brasileiros em 3.785 municípios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu a lei que permite investimentos estrangeiros nos serviços de saúde, como clínicas e hospitais. Para ele, a regra corrige uma distorção já existente no mercado, melhora a concorrência e está longe de significar uma ameaça para o Sistema Único de Saúde (SUS). "A abertura de capital já havia acontecido. E de forma assimétrica", disse o ministro, durante reunião no Conselho Nacional de Saúde.

Sancionada semana passada pela presidente Dilma Rousseff, a lei vem sendo alvo de controvérsia. Para representantes de entidades de saúde coletiva, a mudança traz o risco de que grandes empresas internacionais entrem no País, adquiram grande número de serviços e passem a controlar o mercado, eliminando a concorrência. Alguns setores também enxergam na medida um passo para a privatização. Questionado nesta terça-feira durante reunião no Conselho, Chioro afirmou que somente "desconhecimento e falta de capacidade de análise a fundo da matéria" e o "antagonismo político inadequado" poderiam gerar a interpretação de que a lei representaria uma ameaça de privatização do sistema de saúde no País. "Não podemos ser usados em uma prática de concorrência usando o compromisso da militância do SUS", disse. O ministro garantiu que em nenhum momento se cogitou mudar a lógica de prioridades para contratação de serviços: em primeiro lugar os públicos, depois, filantrópicos e, por último, serviços privados. "Além disso, princípios de universalidade, equidade e integralidade em nenhum momento foram colocados em discussão."

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A primeira brecha para a entrada de capital estrangeiro no mercado de saúde brasileiro aconteceu em 1998, com a lei que regulamenta planos de saúde. Com ela, operadoras de capital internacional foram autorizadas a comprar planos no Brasil. Desde então, a Amil foi comprada pela empresa United Health e a Intermédica, vendida para o grupo de investimento americano Bain Capital. Depois da compra, as empresas passaram a adquirir hospitais próprios. "O jogo já estava aberto", resumiu o ministro.

O presidente do Conselho de Administração Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, tem avaliação semelhante. Ele afirma que a mudança prevista na lei sancionada vai trazer maior simetria ao mercado, permitindo que hospitais e clínicas passem a ter participação de capital estrangeiro. "Além de uma injeção de recursos, certamente seremos beneficiados por melhorias na forma de gestão, modalidades mais modernas e com foco em resultados, sobretudo na qualidade de assistência para o paciente", disse. Balestrin afirmou que empresas estrangeiras estudam investimentos no Brasil há pelo menos uma década. "São sobretudo companhias americanas e europeias, interessadas em um mercado significativo e com potencial de expansão." O maior interesse das companhias, em um primeiro momento, está nas Regiões Sul e Sudeste.

O Ministério da Saúde descartou nesta segunda-feira, 13, a suspeita de que Souleymane Bah, de Guiné, esteja com o vírus ebola. A contraprova do exame, também feita pelo Instituto Evandro Chagas, deu negativo. Bah deve receber alta do hospital Evandro Chagas nos próximos dias. As demais 62 pessoas que tiveram contato com o paciente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cascavel (PR), onde ele foi atendido no primeiro momento, também deixarão de ser monitoradas.

De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a equipe do hospital ainda fará alguns exames em Bah para tentar identificar se ele está com alguma outra doença transmissível. Já foram feitos testes rápidos de dengue, HIV e Malária - todas foram descartadas.

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Apesar de descartado o primeiro caso, Chioro garante que o alerta será mantido. "Todas as medidas de vigilância permanecem, apesar do baixo risco de que o ebola chegue ao País", afirmou. Hoje, foram feitas reuniões com a Secretaria de Portos, o Ministério da Defesa e o Ministério do Turismo para intensificar as medidas de atenção. Entre as medidas definidas estão uma reunião com práticos dos portos, que têm contato direto com as tripulações de navios, e algum tipo de alerta para ser distribuído em portos e aeroportos, em forma de panfleto ou cartilha, explicando os riscos e sintomas.

A expectativa mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a epidemia leve pelo menos seis meses ainda para ser controlada, o que justifica a manutenção do alerta. Nos últimos dias, o avanço no número de casos e a falta de pessoal e de recursos financeiros fez com que a organização dobrasse o período de tempo esperado para controlar a expansão do ebola na África Ocidental.

Chioro garante que as medidas são preventivas e que os riscos de contágio no Brasil são pequenos. "Nós não temos nenhum voo direto ou com escala de nenhum dos três países (Guiné, Serra Leoa e Libéria). Então são três barreiras de monitoramento até chegar ao Brasil: na saída dos países, onde 77 pessoas já foram impedidas de viajar, no país onde é necessária fazer uma conexão e depois nos nossos aeroportos", explica.

O número de brasileiros nesses locais também é reduzido. Apenas dois em Serra Leoa, 25 na Libéria e 33 na Guiné, incluindo pessoal de ajuda humanitária e diplomatas e outros funcionários do serviço exterior. Todos estão sendo acompanhados e, se manifestarem algum sintoma, serão repatriados para serem tratados no Brasil, de acordo com as normas da OMS.

Racismo

Chioro reagiu com indignação às informações, publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, mostrando que imigrantes africanos e haitianos estão sofrendo discriminação pela suspeita de que um deles poderia ter o vírus ebola.

"Não podemos concordar com qualquer postura discriminatória e tomaremos todas as medidas necessárias para inibir essa postura. O princípio do SUS é a universalidade. Em hipótese alguma podemos aceitar qualquer posição discriminatória em qualquer situação, muito menos com hipóteses infundadas. É inaceitável que em nosso País tenhamos atitudes desse tipo", afirmou o ministro.

Chioro mostrou preocupação, ainda, com Souleymane Bah, temeroso de que sofra discriminação ao ser liberado do hospital. Lembrou que o guineense está legalmente no País, tem visto de refugiado e direito a trabalhar. "Pedimos a todos os brasileiros que não manifestem qualquer tipo de reação racista ou segregacionista", disse.

O Ministério da Saúde determinou que haja maior rigor pelos fiscais sanitários em todos os aeroportos, portos e fronteiras do País para que identifiquem passageiros com possíveis sintomas do vírus Ebola e outras doenças transmissíveis.

A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, que recomendou que as pessoas "não tenham nenhum tipo de pânico, porque o serviço de vigilância sanitária que é feito nos portos e aeroportos e nas fronteiras é plenamente capaz de identificar pessoas sintomáticas para poder detectar qualquer enfermidade".

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Chioro fez questão de garantir que "não há risco de transmissão global da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)". De acordo com o ministro, até agora não há qualquer tipo de recomendação de restrição de viagem a países da África. "No nosso caso, o governo brasileiro tem reforçado as ações que já são feitas rotineiramente, de controle de aeroportos e portos, que é a de identificação de pessoas sintomáticas", declarou o ministro.

Depois de salientar que o governo recebe informes diários da OMS, ele explicou que o vírus Ebola é uma epidemia propagada, mas não é pessoa a pessoa. É transmitido por meio de contato com secreção e sangue e a transmissão tem muito a ver com a cultura dos países africanos. O ministro comentou que justamente por causa dessa cultura - onde se dá valor a rituais fúnebres que permitem a manipulação de mortos durante os funerais e a população se recusa a lacrar os caixões -, a cadeia de transmissão da doença acaba se alimentando.

De acordo com o ministro da Saúde, o Brasil está cooperando com países africanos mandando para eles kits de socorro médico. "Cabe ao Brasil fazer o que já havíamos feito antes com outros países africanos, com quem temos relações de cooperação muito intensas, que é colaborar com kits para desastres, que têm capacidade de socorrer, cada um, grupos de até 500 pessoas com medicamentos, material médico e de enfermagem suficientes para colaborar para as solicitações da OMS", afirmou o ministro.

Nesta sexta-feira, dia 1º a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que o surto de Ebola no oeste africano está fora de controle, mas que ainda pode ser contido. Contatos estavam sendo feitos com os presidentes da Guiné, Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim.

Recomendações

Entre as recomendações do ministro da Saúde para quem tiver de viajar para estes países estão, por exemplo, sempre tomar cuidado para seguir recomendações que serão dadas pelas autoridades sanitárias locais. Ele aconselha ainda os viajantes a não entrar em contato com secreções, vômitos e sangue das pessoas que são vítimas das doenças, que devem estar em isolamento e tratamento médico.

Segundo o ministro, parte significativa dos casos de Ebola na África estão relacionadas ou à profissionais de saúde que lidam com pacientes sem as condições de biossegurança, por causa da fragilidade do sistema de saúde, ou estão relacionados a questões culturais, como rituais fúnebres e sequestros de pacientes doentes de hospitais.

O advogado dos pais da menina Sofia Lacerda, de cinco meses, protocolou no Tribunal Regional Federal (TRF) nesta segunda-feira, 16, um pedido de prisão do ministro da Saúde, Arthur Chioro, alegando não ter sido cumprida liminar do próprio TRF que determinou ao governo encaminhar a criança para tratamento nos Estados Unidos. Sofia sofre de síndrome de Berdon, doença rara que afeta o sistema digestivo, e precisa de um transplante que não é realizado no Brasil.

Internada em Sorocaba, cidade do interior de São Paulo, a criança teve seu estado agravado e luta pela vida. O prazo dado ao governo brasileiro para providenciar a transferência do bebê para um hospital de Miami venceu na sexta-feira, 13, mas a Advocacia Geral da União (AGU) entrou com recurso. Apesar disso, o advogado Antonio Miguel Navarro, entende que a ordem judicial teria de ser cumprida.

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Ele também pediu a execução da multa de R$ 100 mil fixada na liminar por dia de descumprimento. O custo da cirurgia chega a R$ 2,4 milhões, mas os laudos apresentados à Justiça indicam que os hospitais brasileiros não teriam condições de fazê-la em segurança.

O Ministério da Justiça informou que a decisão do TRF foi cumprida, com a tomada de providências administrativas dentro do prazo para o transporte do bebê. De acordo com o Ministério, o recurso da AGU visa a obter uma avaliação clínica do quadro real de Sofia para comprovar a necessidade da remoção para os Estados Unidos.

O caso da menina vem sendo acompanhado nas redes sociais e várias campanhas de arrecadação estão em curso, em paralelo com as ações judiciais. No final de semana, o atacante Fred, da seleção brasileira, doou sua camisa, assinada por todos os jogadores e pelo técnico Luiz Felipe Scolari. A peça será leiloada e o dinheiro será usado para custear as despesas de transporte da criança.

As vésperas de uma Copa do Mundo que exigiu mudar as leis nacionais para permitir o consumo de álcool nos estádios e uma ampla publicidade, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou nesta segunda-feira (19) que é favorável a uma maior regulamentação das propagandas de cerveja e que vai apoiar propostas de prevenção em relação ao consumo.

O consumo de álcool no Brasil supera a média mundial e apresenta taxas superiores a mais de 140 países. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que, em um informe publicado na semana passada, alertou que 3,3 milhões de mortes no mundo em 2012 (5,9% do total) foram causadas pelo consumo excessivo do álcool. O volume é superior a todas as vítimas de aids e tuberculose. A OMS avaliou dados de 194 países e chegou à conclusão de que o consumo médio mundial para pessoas acima de 15 anos é de 6,2 litros por ano. No caso do Brasil, os dados apontam que o consumo médio é de 8,7 litros por pessoa por ano.

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Prioridade - Em declarações em Genebra durante a Assembleia Mundial da Saúde, Chioro deixou claro que o consumo excessivo da bebida é uma de suas prioridades e quer que o tema entre com força na agenda internacional. "O que nos preocupa é que muitas vezes damos uma super ênfase no crack e subdimensionamos o impacto que o alcoolismo tem na saúde, particularmente quando vemos o apelo para as crianças e adolescentes para se introduzir na dependência", declarou o ministro.

Uma das formas de incrementar a prevenção seria justamente limitar os horários de publicidade de cervejas. Hoje, a restrição se refere a bebidas com maior grau de álcool, o que deixa a cerveja fora das limitações. "Esse é um debate que a sociedade está fazendo. Há um grande movimento liderado pelo Ministério Público, Conselho Nacional de Saúde e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de ampliar a regulamentação da publicidade, no sentido de ver o que é bebida alcoólica. A nossa legislação deixa de fora algumas bebidas e cerveja", disse.

Debate - Chioro apontou que o governo ainda não tem uma posição fechada em relação à proposta de uma maior limitação de publicidade. "O governo está discutindo internamente como vai lidar com isso", declarou. Mas afirmou que seu ministério é favorável a novas medidas. "Não podemos desconsiderar o tema. Como ministro da Saúde, eu seria absolutamente inconsequente. Se na agenda internacional queremos discutir a dependência, o conjunto de medidas, que inclui prevenção, que puder ser considerado, merece da parte do Ministério da Saúde um tratamento muito especial", disse. Já para a Copa do Mundo, o fato de as leis terem mudado para abarcar a venda de bebidas não é considerado pelo ministro como um problema. "A Copa é temporal", afirmou.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que seria inconsequente se afirmasse não estar preocupado com a dengue no período da Copa do Mundo. "Temos de ficar preocupados 365 dias do ano", afirmou nesta quarta-feira (14). Apesar de São Paulo registrar um aumento de casos graves em 2014 - até 19 de abril, foram 1.022 ante 359 confirmados em 2013 -, Chioro informou que o período do ano de maior transmissão já terminou.

"Mas temos de ficar atentos, a prevenção deve ser feita durante todo o ano", reforçou o ministro. O número de casos graves de dengue no Brasil este ano registrou uma redução de 64% em relação a 2013. Até abril, foram confirmados 1.932 pacientes com a forma grave da doença. Ano passado, eram 5.384 casos. O número de óbitos provocados pela dengue também caiu 89% no período: de 435 para 69.

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O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou nesta quarta-feira (14) que o diretor nomeado para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), José Carlos de Souza Abrahão, tem "plenas condições de exercer as funções para as quais foi designado." Abrahão, que teve sua nomeação publicada segunda-feira no Diário Oficial, é criticado por sua estreita ligação com operadoras de saúde e pelo fato de ter se posicionado contrariamente ao ressarcimento ao Sistema Único de Saúde - obrigatório quando clientes das empresas são atendidos na rede pública.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) deve entrar até o início da próxima semana com uma representação no Conselho de Ética Pública da Presidência da República pedindo o afastamento de Abrahão. Medida semelhante foi adotada pelo instituto ano passado, quando a entidade questionou a isenção do então diretor nomeado, Elano Figueiredo, que já havia atuado como advogado do setor.

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"O indicado preenche todos os requisitos técnicos, o Senado aprovou o nome. Democraticamente as instituições têm direito de apresentar o pedido ao conselho. Vamos aguardar o posicionamento", afirmou Chioro sobre Abrahão. Numa nota divulgada anteontem, o Conselho Nacional de Saúde criticou a indicação de Abrahão para o cargo, sob a argumentação de que ele estaria impedido de votar em processos envolvendo temas prioritários na fiscalização da ANS -, numa clara referência aos processos de ressarcimento.

Sociedades de saúde coletiva e de defesa do consumidor também são contrárias à permanência de Abrahão na diretoria. Chioro, no entanto, discorda dessa avaliação. Questionado, ele argumentou ser necessário separar a trajetória profissional da sua capacidade ou de seu compromisso. Ele argumentou ainda que os julgamentos na ANS são feitos por um colegiado e embasados na legislação. "Não temos nenhuma pretensão de abrir mão do ressarcimento", disse.

O diretor nomeado esteve à frente da Confederação Nacional de Saúde de Hospitais, Estabelecimentos e Serviços, entidade que representa hospitais e outros serviços de atendimento do setor - incluindo planos de saúde. Abrahão também foi diretor presidente da Assim Assistência Médica, empresa de planos de saúde. No ano passado, o diretor da ANS Elano Figueiredo pediu demissão, após a Comissão de Ética Pública da Presidência decidir recomendar sua exoneração. O Estado revelou que Figueiredo omitiu de seu currículo atuação em favor de plano de assistência médica em processos contra a ANS.

O rompimento do PSB do ex-governador Eduardo Campos com o PT da presidente Dilma Rousseff parece não ter atingindo na postura política do também socialista e atual governador João Lyra Neto (PSB). Desde que a assumiu a gestão estadual, o atual chefe do executivo tem demonstrado abertura para o diálogo com a presidente. Nesta terça-feira (22), após visita ao Centro Cultural do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no Recife, o gestor revelou ter recebido hoje, uma ligação do ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Lyra comentou sobre a ligação numa conversa com imprensa que girava em torno de uma reunião com a presidente Dilma. “Hoje recebi uma ligação do ministro da Saúde se colocando à disposição e querendo conversar com o Estado de Pernambuco”, contou.

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Ainda sobre o telefonema, o governador afirmou ter prometido um encontro com Chioro, em Brasília, no dia que for ao Planalto Federal. “Eu disse a ele que a primeira vez que eu fosse a Brasília eu vou fazer uma visita porque nós temos muita integração, temos muitas obras em conjunto com o Ministério da Saúde e não só financiamento, mas também investimentos nas áreas que estamos construindo como o Mestre Vitalino (Hospital em construção na cidade de Caruaru), as UPAE’s, todas essas áreas têm convênios com o Ministério da Saúde”, revelou. 

Nos bastidores políticos a postura de Lyra é proposital e visa não perder convênios e recursos para Pernambuco. A ideia é manter o diálogo presidencial enquanto Campos sai em busca do voo nacional e segue criticando Dilma pelo País afora. Por outro lado, a presidente aproveita a abertura de diálogo em terras pernambucanas para marcar território como fez recentemente em sua visita a Suape e manter as aparências dos laços no reduto onde Eduardo Campos possui mais de 80% de aprovação. 

 

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou nesta quinta-feira (20), em palestra para uma plateia composta basicamente por prefeitos e vereadores do Estado, no 58º Congresso Nacional de Municípios, que pretende acabar com a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e criar um novo mecanismo de financiamento para a saúde pública. "Ouvimos falar muito que a tabela do SUS está desatualizada. Pretendo, como ministro, acabar com essa tabela, mudar o processo de financiamento e da transferência de recursos feita atualmente", disse. E exemplificou: "Não (substituir) pelo que paga mais, mas com pacotes de cuidados, para saber qual o custo para cuidar de um hipertenso e financiar adequadamente para garantir o procedimento ao paciente. A mudança dessa lógica é fundamental", afirmou.

O ministro explicou que já está se avançando, desde 2003, neste sentido, não mais pagando por tabela, mas por meio da contratação dos serviços. A produção, disse, passa a ser uma base para a informação e, em vez de pagar o procedimento, é importante avançar para modalidades que remunerem o cuidado integral. "Gostaria muito de anunciar que essa tabela deixou de ser a lógica do SUS, deixou de ser a lógica de pagamento, passa a ser sistema de informação para financiar o cuidado em saúde com outras lógicas." Nessa defesa do fim da tabela do SUS, Chioro disse que talvez ocorra a necessidade de adaptar como se pagar, por exemplo, serviços privados que só fazem procedimentos. "Talvez seja necessário manter uma pequena tabela com alguns procedimentos para remunerar nessa realidade."

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Apoio - Chioro anunciou aos prefeitos e vereadores que o ministério estará disposto a dar todas as informações, apoio e assistência que os municípios precisam, já que saiu diretamente de um município (na prefeitura de São Bernardo do Campo) para a Esplanada dos Ministérios e, portanto, conhece bem as dificuldades que esses administradores enfrentam. O ministro disse também que sua pasta irá destinar mais de R$ 3 bilhões na qualificação do serviço e melhoria das parcerias com os municípios. "O prefeito que fez a lição de casa vai receber pelo esforço. Contudo, quem não fez, vai ter todo nosso apoio também, pois temos de ver o que aconteceu e os problemas que podemos sanar."

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, em palestra realizada nesta quinta-feira (20), no 58º Congresso Estadual de Municípios, enalteceu o Programa Mais Médicos, dizendo que esta foi uma iniciativa ousada e que tem a aprovação de 84% da população do Brasil. Segundo o ministro, apesar das críticas que o programa recebeu, "é cabal a demonstração que, fora da política eleitoral, ele foi bem compreendido pelos prefeitos". E citou a adesão das cidades governadas pelo PMDB, com 71%, PSDB 67%, PT 82% e DEM 63%.

Na sua avaliação, um dos pontos fundamentais para o sucesso do programa é a adesão dos médicos cubanos. "Destaco a importância dos médicos cubanos para o êxito técnico neste processo", frisou. E disse que esses médicos, ao contrário dos profissionais brasileiros e de outras nacionalidades, optaram por atuar nos rincões do País. "Os médicos brasileiros, em sua maioria, optaram por trabalhar nas capitais e cidades litorâneas, o que é natural", lembrou.

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O ministro rebateu também as informações sobre a desistência de sete médicos cubanos do programa. "Dos 9.501 profissionais em atividade no Mais Médicos, 91 foram desligados por várias razões, deste total, 79 são brasileiros, cinco intercambistas internacionais e sete cubanos", disse. "Temos também outros 51 em fase de desligamento, sendo 48 brasileiros, três intercambistas internacionais e nenhum cubano."

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que, com a campanha de vacinação contra HPV, que tem início nesta segunda-feira (10), o Brasil incorpora todas as vacinas recomendadas do ponto de vista da saúde pública. "Neste momento, não só com a vacina contra HPV, passamos a ter 14 vacinas no nosso calendário. Todas as vacinas recomendadas do ponto de vista da saúde pública passam a ser incorporadas na proteção das crianças, adultos e idosos do nosso País. Isso é uma grande conquista", disse Chioro, durante cerimônia de lançamento da campanha nacional de vacinação.

"Estamos falando de um problema muito sério, que passa a ter mais um cuidado de prevenção", afirmou. Chioro destacou que o investimento feito pelo Ministério da Saúde é de R$ 465 milhões para garantir a vacinação. "70% dos casos de HPV vão ser prevenidos", disse Chioro. "Ninguém vai ser vacinado contra a vontade dos pais", destacou o ministro. Ele explicou a uma plateia formada por meninas pré-adolescentes como será a aplicação das três doses da vacina e ressaltou que ela já é hoje aplicada em mais de 51 países ao redor do mundo.

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Antes do início da cerimônia, Chioro vacinou algumas crianças no CEU Butantã (zona oeste). O mesmo fez o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), que tem formação em medicina. A presidente Dilma Rousseff acompanhou a vacinação ao lado das crianças.

"Vacina começa custando a dose unitária em torno de R$ 31, no quinto ano, a vacina vai estar custando em torno de US$ 9,00, com transferência de tecnologia", disse Chioro, ressaltando que há uma parceria entre Instituto Butantã, governo federal e governo estadual. "Com essa junção de forças, a economia que nós fizemos é de R$ 316 milhões", completou o ministro.

O deputado federal Fernando Francischini (SDD-PR) quer que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, vá à Câmara explicar o uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) durante o último carnaval. Para isso, Francischini (que é líder do Solidariedade na Câmara), está preparando um requerimento de convocação do ministro. A ideia é protocolar esse requerimento na presidência da Câmara na próxima segunda-feira (10), contando também com as assinaturas dos líderes do DEM, PSDB e PPS, pedindo a convocação de Chioro perante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Segundo informou neste sábado, 8, o jornal Folha de S.Paulo, Chioro levou a mulher em viagem a três capitais durante o carnaval. Nesses locais, o ministro participou de ações pelo uso de preservativos, em campanha pela prevenção da Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. A oposição também pretende ir à Procuradoria-Geral da República para fazer questionamento semelhante. "O ministro está há pouco tempo no cargo e já usa recursos públicos para benefício pessoal. Começou muito mal", diz Francischini. Chioro assumiu o comando do Ministério da Saúde no começo de fevereiro em substituição a Alexandre Padilha, que disputará o governo paulista pelo PT.

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O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), apresentou requerimento para ouvir o novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, na Comissão de Meio Ambiente e Fiscalização e Controle (CMA) da Casa. O pedido tem por objetivo, segundo o tucano, questionar o novo ministro a respeito da empresa de consultoria que atuava no setor - do qual ele era um dos acionistas - e que recebia recursos públicos.

Para Aloysio Nunes Ferreira, há informações que precisam ser esclarecidas sobre a empresa. Chioro está sob investigação do Ministério Público paulista e, antes de assumir o ministério, transferiu sua participação acionária na Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento Ltda para sua mulher.

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"É preciso que sejam conhecidas as ações da empresa do ministro e quais as suas fontes de recursos, mesmo que sejam a partir de transferências municipais cuja fonte primária é o Governo Federal", afirmo o tucano, em nota. O pedido do líder tucano é de convite: significa que, mesmo se for aprovado, o convidado pode se recusar a ir.

Duas horas após a cerimônia de posse dos novos ministros no Palácio do Planalto, o PPS entrou nesta segunda-feira, 3, com representação na Comissão de Ética Pública da Presidência da República contra o novo titular da Saúde, o médico Arthur Chioro.

De acordo com o PPS, há conflito de interesse no fato de Chioro ser, até dias atrás, sócio de uma empresa de consultoria com atuação na área de saúde. O ministro prometeu passar o controle para a sua mulher, que se tornaria sócia majoritária.

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"É evidente que o conflito de interesses persiste, sobretudo porque a transferência de quotas à esposa do denunciado teria ocorrido poucos dias antes de sua nomeação, já diante das especulações políticas e sob a real perspectiva de que viria a assumir o Ministério da Saúde", diz trecho da representação.

A próxima reunião da Comissão de Ética da Presidência da República será no dia 24 de fevereiro.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participa em Cuba, nesta segunda-feira, 27, da cerimônia de despedida de 2 mil novos médicos cubanos que estarão no Brasil para o programa "Mais Médicos". Trata-se de uma agenda própria do ministro, em compromisso paralelo aos eventos que estão sendo cumpridos pela presidente Dilma Rousseff no país.

Também participa da cerimônia o futuro ministro da Saúde, Arthur Chioro, ex-secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP). Padilha deixará a Esplanada dos Ministérios para concorrer, pelo PT, ao governo paulista.

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Dilma participou nesta segunda da inauguração da primeira etapa do Porto de Mariel, a 45 quilômetros de Havana, capital do país. O porto custou US$ 957 milhões e, deste total, US$ 682 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na inauguração, Dilma anunciou que o Brasil vai financiar mais US$ 290 milhões ao governo cubano para implantação da Zona de Desenvolvimento Especial do Porto de Mariel, além dos quase US$ 700 milhões já emprestados até agora.

Localizado a 45 quilômetros de Havana, o Porto de Mariel está em posição estratégica, de frente para a Flórida, no Estados Unidos. Quando estiver pronto, será o maior porto do Caribe, com 465,4 quilômetros quadrados de área. Desse total, parcela de mais da metade corresponde à Zona de Desenvolvimento Especial. O custo da obra, realizada pela empreiteira brasileira Odebrecht, foi de US$ 900 milhões.

O futuro ministro da Saúde, Arthur Chioro, que assumirá a pasta em fevereiro no lugar de Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira, 23, que considera não ter cometido "nenhuma irregularidade" ao ocupar o cargo de secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP) e ao mesmo tempo ser sócio de uma empresa que presta consultoria na área para prefeituras e gestões estaduais.

Chioro apresentou nesta quarta-feira, 22, seu pedido de desligamento formal da empresa na Junta Comercial de São Paulo. O futuro ministro é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo por suspeita de improbidade administrativa.

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"No entendimento da prefeitura de São Bernardo do Campo, totalmente fundamentada na legislação federal, na legislação vigente, não há nenhuma irregularidade no fato de, como secretário da Saúde, ser sócio de uma empresa que presta consultoria na área da saúde", disse Chioro, que convocou uma entrevista coletiva para falar do assunto.

Ele afirmou ainda que seu vínculo com a Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento, da qual figurava como sócio-diretor desde 1997, nunca foi omitido e que a empresa sempre atendeu clientes públicos ligados a partidos da base e da oposição ao governo Dilma Rousseff.

Chioro disse ainda que a empresa já atendeu clientes como as prefeituras de Ubatuba (SP), Volta Redonda (RJ), Pindamonhangaba (SP) e São Luís do Paraitinga (SP), administradas por PT, PMDB, PSDB e PPS na época dos convênios. Afirmou também que a Consaúde já ganhou uma licitação do governo federal para prestar consultoria aos Estados do Mato Grosso e Goiás, nos anos de 2001 a 2002, período em que o tucano José Serra era ministro da Saúde.

"Se fosse vinculada ao PT a empresa nunca ganharia uma concorrência internacional do Ministério da Saúde do Serra."

Investigação

Em setembro do ano passado, a promotora Taciana Panagio instaurou inquérito civil público para apurar a denúncia de que Chioro, além de ser secretário de Saúde de São Bernardo, era sócio majoritário de uma empresa de consultoria que prestava serviços na área de planejamento e gestão de sistemas de saúde para prefeituras paulistas comandadas pelo PT.

O Ministério Público estadual apura se ele infringiu a Lei Orgânica de São Bernardo do Campo, que proíbe secretários de manterem sociedade em empresas que tenham contratos com entes federativos.

Dedicação

Questionado sobre a investigação, Chioro garantiu que já estava afastado da administração da empresa desde 2009 para se dedicar ao cargo de secretário de saúde de São Bernardo. Ele disse também que todas as informações sobre sua atuação na empresa já foram encaminhados ao Ministério Público. Mesmo alegando estar distante da empresa desde 2009, Chioro continuou recebendo como cotista. Mas com o afastamento formal, suas cotas de participação na Consaúde serão repassadas para a sua esposa, que deve assumir o comando da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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