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O conselho de administração da Petrobras decidiu nesta quarta (29) que as vendas de ativos com contratos já assinados e à espera do fechamento (closing) serão respeitadas e mantidas, apurou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A decisão vai em linha com o que o presidente da estatal, Jean Paul Prates, já havia dito na semana passada.

O colegiado considerou cada um dos processos de venda desses ativos como "ato jurídico perfeito", que não precisariam ser revisitados pela nova diretoria executiva - que assumiu seus cargos ontem.

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Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou ofícios para a diretoria executiva da Petrobras e para o conselho solicitando que todas as vendas de ativos, inclusive as assinadas, fossem reavaliadas pela nova diretoria e o assunto devolvido ao conselho para apreciação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para pagar parte de sua dívida, uma das estratégias que poderão ser adotadas pela Americanas é a venda de ativos. É o que fez, por exemplo, a operadora de telecomunicações Oi, que saiu recentemente de uma recuperação judicial - e está prestes a entrar em uma nova. Segundo especialistas, com uma gama variada de negócios, que inclui marcas importantes como Submarino, ShopTime e Ame, a venda de ativos é uma das opções à mesa, mas há desafios a serem superados, mesmo- nesse caso.

A varejista deu início ao processo de recuperação judicial em 19 de janeiro, declarando uma dívida de mais de R$ 40 bilhões para credores, como bancos, fabricantes de eletrônicos e fornecedores de chocolate. Com o processo de recuperação aceito pela Justiça, a empresa passará pelos ritos tradicionais, com a apresentação de um plano de pagamento das dívidas após 60 dias, a ser votado em assembleia de credores. Essa plano pode incluir a injeção de capital por parte dos sócios ou a venda de bens.

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Em 2021, a Americanas uniu negócios com a B2W, que operava o comércio eletrônico da varejista, assim como as marcas Submarino, ShopTime e AME. Além disso, a rede de varejo popular também comprou o Hortifruti Natural da Terra no mesmo ano, em um acordo de valor estimado em R$ 2,1 bilhões.

As marcas do grupo Americanas:

- Lojas Americanas

- Americanas Express (versão menor das lojas físicas)

- Americanas.com (loja online)

- Americanas Empresas (e-commerce de vendas do tipo B2B, business-to-business)

- Submarino (e-commerce)

- Shoptime (canal de vendas para artigos da casa)

- Local (lojas de conveniência)

- Vem Conveniência (lojas de conveniência)

- Digital (lojas menores que as de conveniência)

- Hortifruti Natural da Terra (rede varejista especializada em frutas, verduras e legumes)

- AME (fintech e plataforma de negócios mobile)

- AME GO (lojas sem atendimento, com pagamento por meio de inteligência artificial)

- LET’S (plataforma de gestão compartilhada)

- +AQUI (plataforma para serviços de crédito, seguros, cartões de conteúdos e venda assistida)

- Grupo Uni.co (dono das marcas Puket, Imaginarium, MindD e Lovebrands)

Para Eduardo Yamashita, diretor de operações na Gouvêa Consulting, a Americanas vai enfrentar um cenário de mercado desfavorável durante a sua recuperação, especialmente, devido aos problemas financeiros que devem dificultar a aquisição de mercadorias. "Os fornecedores serão muito mais duros nas negociações, o que vai reduzir a oferta de produtos e a demanda do consumidor vai cair. As outras varejistas veem isso como oportunidade", afirma.

Yamashita vê possibilidades de vendas de ativos como dados anônimos de perfil de consumo de clientes, imóveis e marcas, como a carteira digital AME. "Existem ativos que podem ser monetizados, mas estão fazendo avaliação interna."

Renato Leopoldo e Silva, líder de contencioso empresarial cível, recuperação de empresas e arbitragem do escritório Donelli Abreu Sodré e Nicolai Advogados, diz que casos de recuperação judicial como o da Americanas tendem a permitir a criatividade para a quitação de débitos. "A lei é aberta. Dentro da legalidade, a Americanas tem diversas opções para apresentar formas de pagamento, como venda de ativos e aumento de capital. É comum a empresa negociar com seus credores algo que seja factível para lidar com as dívidas contraídas após o pedido de recuperação judicial", afirma.

Filipe Denki, sócio do escritório Lara Martins Advogados e diretor da Comissão de Recuperação de Empresas e Falência do Conselho Federal da OAB, vê o caso da Americanas como "delicado", uma vez que tem ações negociadas na bolsa de valores e a injeção de capital se mostra necessária diante do caixa estimado em R$ 800 milhões.

"As demissões em massa serão inevitáveis, por causa da redução de lojas. Fora isso, deve ocorrer o fatiamento da Americanas para evitar que todas as unidades de negócios sejam afetadas. No plano de recuperação judicial, a empresa pode prever unidades produtivas isoladas, que podem ser vendidas. É um processo de cisão. No caso da Oi, a telefonia celular foi vendida para operadoras e o negócio de fibra óptica foi para o BTG", diz.

Denki lembra que o caso recente mais comparável ao da Americanas é o da Ricardo Eletro. A varejista precisou fechar todas as lojas físicas e demitir milhares de funcionários, ficando apenas com o seu site de comércio eletrônico. Como adiantou o Estadão, a empresa agora já planeja a abertura das primeiras cinco lojas.

Se reinventar tem sido a saída que os pernambucanos têm encontrado através do empreendedorismo. Segundo o Expresso Empreendedor, Pernambuco tem 348 mil microempreendedores ativos. Além disso, somente em 2020, até o mês de outubro, 65 mil Microempreendedores Individuais (MEI) foram constituídos.

Dentre as pessoas que migraram de funções, e apostam no empreendedorismo para superar a crise no mercado de trabalho está a jornalista Glauce Gouveia, de 51 anos, que agora produz pães com receitas especiais. “Gostaram tanto que começaram a me encomendar. Resolvi fazer para vender porque parece que encontrei algo que pode crescer, me sustentar e ainda me dar paz e prazer”, diz empreendedora, segundo informações da assessoria de comunicação.

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Assim como Glauce, outras 250 mil mulheres são donas ou estão envolvidas em um novo negócio neste ano, de acordo com os dados da Junta Comercial de Pernambuco. “O mundo do empreendedorismo pode parecer desconhecido e assustador para muitos, mas buscando o conhecimento, se qualificando e persistindo no que acredita, é uma receita muito difícil de dar errado”, afirma o secretário do Trabalho Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, segundo nota.

Para aqueles que desejam regularizar a situação como empreendedor, basta acessar as unidades do Expresso Empreendedor, que podem ser encontradas em Recife, Ipojuca, Caruaru, Petrolina e Salgueiro. Confira, abaixo, os contatos:

RECIFE - Unidade do Expresso Empreendedor Recife Centro Rua da União, 293 - Recife - PE Contato: (81) 3183.7232 e (81) 3183.7257 

Horário de funcionamento: segunda a sexta - 8h às 13h

IPOJUCA - Agência Mais Rua Mário da Costa Monteiro, 95, Centro - Ipojuca - PE Contato: (81) 3561-1946 

Horário de funcionamento: segunda a sexta - 8h às 13h

CARUARU - Associação Comercial e Empresarial de Caruaru - ACIC Rua Armando da Fonte, 15, Térreo, Maurício de Nassau - Caruaru - PE 

Contato: (81) 3725-7600 

Horário de funcionamento: segunda a sexta - 8h às 13h 

PETROLINA - Agência do Trabalho do Centro de Convenções Av. Tancredo Neves, s/n, 1º Piso, Centro de Convenções Senador Nilo Coelho - Petrolina - PE Contato: (87) 3866-9815 

Horário de funcionamento: segunda a sexta - 8h às 13h 

SALGUEIRO - Expresso Cidadão Av. Antônio Angelim, N 570, no 1ª andar - Salgueiro - PE 

Contato: (87) 3871.8975

Horário de funcionamento: segunda a sexta - 8h às 17h

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) relatando manobra adotada pelo governo Jair Bolsonaro para vender ativos da Petrobrás sem consultar o Legislativo. Segundo ele, a estatal estaria criando novas subsidiárias para burlar decisão da Corte.

Uma empresa subsidiária é uma espécie de subdivisão de uma companhia - como a Transpetro e a BR Distribuidora, no caso da Petrobras. Em junho do ano passado, o Supremo proibiu o governo de vender 'empresas-mães' sem aval do Congresso e sem licitação, permitindo somente a privatização de subsidiárias sem consulta prévia ao Legislativo. Para driblar a restrição, o Executivo estaria 'fatiando' ativos da Petrobras em novas empresas, que seriam vendidas à iniciativa privada, esvaziando a estatal.

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"Essas novas empresas serão criadas artificialmente com o exclusivo propósito de propiciar a posterior venda direta ao mercado", afirmou Alcolumbre. "A prática, se for levada a efeito de maneira gradual e contínua, abrirá caminho para que meros atos do Conselho de Administração da Companhia, do qual participam, por óbvio, representantes do Poder Executivo, e não do Legislativo, permitam o desmembramento da 'empresa-mãe' em várias subsidiárias para, a seguir, alienar o controle de cada uma delas. Ao fim e ao cabo, por essa sistemática, será possível dispor, paulatinamente, de todo o patrimônio estratégico da empresa".

Alcolumbre cita a manifestação da própria Petrobras em ação civil pública perante a 32ª Vara Federal do Rio de Janeiro, na qual a estatal admite modelo em que criaria uma subsidiária para transferir ativos da controladora, e então venderia a nova empresa sem consultar o Legislativo.

O presidente do Congresso cobra ao Supremo uma liminar para proibir a manobra, citando a iminência da retomada da alienação de ativos da Refinaria Landulpho Alvos, na Bahia, e a Refinaria do Paraná.

O pedido foi enviado ao ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação sobre a privatização de estatais. No entanto, devido ao recesso do Judiciário, a análise da liminar será feita pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, que atua no plantão da Corte.

Advogado-Geral da União, o ministro André Mendonça defendeu, nesta quarta-feira (19), ao Supremo Tribunal Federal (STF) a validade do decreto que facilita a venda de ativos da Petrobras. Segundo ele, a norma de 2018 não traz nenhuma inovação para as atividades da estatal, mas almeja explicar e dar segurança a Lei do Petróleo.

Editado no governo Temer, o decreto permite à Petrobras vender, por exemplo, blocos de petróleo para outras empresas sem necessidade de fazer licitação.

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Mendonça destacou que a máquina estatal já está "inchada demais", não sendo viável impor um regime de contratação pública sob pena de inviabilizar a própria atividade da Petrobras, disse.

O AGU ainda rebateu comentário feito pelo advogado do PT, de que o decreto estimularia a corrupção. Segundo Mendonça, nas contratações realizadas através de consórcios não se identificou nenhum caso de corrupção, após a Lava Jato. "O sistema de governança é diferenciado, há sistema de compliance", disse.

Em nome do PT, que tenta derrubar no STF decreto que facilita a venda de ativos da Petrobras, o advogado Bruno Silvestre afirmou que a norma, de 2018, abre "portas" para a corrupção e viola a "coisa pública". "A Petrobras tem praticado desde o início dos desinvestimentos uma violação à coisa pública. Não se vende uma Ferrari por dez reais. Qual é o prejuízo da Petrobras em se fazer um leilão?", afirmou o advogado da tribuna.

Advogado responsável por fazer a defesa da Petrobras perante o STF, Tales David Macedo destacou que as ferramentas de cessão de direitos de exploração e de formação de consórcios previstas no decreto julgado nesta quarta pela Corte são essenciais para as atividades da estatal.

Macedo lembrou que a Petrobras partiu de um regime de monopólio para um regime de concorrência, e que o plano de desinvestimento da empresa por meio da cessão é importante para que a estatal se mantenha competitiva.

Cessão suspensa

Após a sustentação oral do advogado, a sessão foi suspensa e será retomada ainda na parte da tarde desta quarta com os votos dos ministros.

"Vinte por cento são a taxa de eficiência mundial da indústria de petróleo, o que demonstra quão desafiador é tocar uma indústria de petróleo", disse o advogado, para quem o decreto em análise na Corte dá segurança jurídica para os planos da empresa.

O advogado ainda enfatizou que os grandes negócios da indústria de petróleo são realizados por meio do procedimento de consórcio.

Preso na Operação Rock City, a fase 62 da Lava Jato deflagrada nesta quarta-feira, 31, o presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, declarou ter R$ 1,3 bilhão em contas no exterior, segundo aponta relatório de sua quebra de sigilo bancário. Segundo a Receita Federal, o montante equivale a 1% do total repatriado no âmbito do Regime Especial de Regularização Cambial e tributária (RERCT).

O Ministério Público Federal rastreou as contas do dono do Grupo Petrópolis e encontrou ativos na Suíça, Ilhas Virgens, Panamá, Reino Unido, Holanda e Uruguai. Segundo a procuradora Laura Tessler, que elaborou o relatório, "a análise teve por objeto as Declarações de Imposto de Renda Pessoa Física de Walter Faria dos anos-calendário 2006 a 2017".

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"Dessas declarações foram coletados e empilhados os registros de ativos, com indicação de localização no exterior". Ela elenca todas as movimentações financeiras de Faria no período. Parte teria sido repatriada.

Segundo a juíza federal Gabriela Hardt, em decisão que autorizou a prisão de executivos do Grupo Petrópolis, Walter Faria "aderiu ao Regime Especial de Regularização Cambial e tributária (RERCT) e 'regularizou' R$ 1.393.800.399,02, conforme declarações de imposto de renda".

"Em consulta aos dados de operações de câmbio de Walter Faria, constata-se que o investigado internalizou, de 01/01/2013 a 31/01/2019, o montante de USD 136.800.000,00, o que indica claramente que os ativos ilícitos permanecem em grande parte no exterior", anotou Gabriela.

O juiz ainda anota que, "segundo o Relatório de Inteligência Financeira n.41353.3.138.4851 emitido pelo Coaf, de 08/04/2019 a 11/04/2019, Walter Faria internalizou cerca de R$ 185.805.000,00 e tentou adquirir uma Cédula de Crédito Bancário junto Intrader Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, mas não foi concretizado o negócio, pois este não conseguiu comprovar a licitude dos valores perante a instituição financeira".

Defesas

"O Grupo Petrópolis informa que seus executivos já prestaram anteriormente todos os esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos competentes. Informa também que sempre esteve e continua à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos"

A reportagem busca contato com a defesa do empresário Walter Faria. O espaço está aberto para manifestações de defesa.

O processo de venda da BR Distribuidora, considerada a "joia da coroa" dos negócios que a Petrobras pretende vender, terá que ser reiniciado do zero. A determinação foi anunciada nesta quarta-feira (15), pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após quase quatro de meses de paralisação nas negociações, por conta de uma liminar apresentada pela corte de contas.

Após a decisão do TCU, a estatal será obrigada a ajustar seu plano de negócios. A redução dos investimentos previstos no plano de negócios parece o caminho mais provável, segundo ex-diretores da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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A possibilidade de cortar investimentos, no caso de a decisão do TCU atrapalhar a venda de ativos, foi sinalizada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, em entrevista esta semana. John Forman, da J Forman Consultoria, vê o corte nos investimentos como o mais provável, mas essa decisão trará como consequência um fluxo de caixa menor no médio prazo, já que a reduzirá o potencial de crescimento da produção.

"A consequência será reduzir, evidentemente, o fluxo de caixa (no médio prazo), o que trará problemas no futuro", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O processo de venda da BR Distribuidora, considerada a "joia da coroa" dos negócios que a Petrobras pretende vender, terá que ser reiniciado do zero. A determinação foi anunciada nessa quarta-feira (16) pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após quase quatro meses de paralisação nas negociações, por conta de uma liminar apresentada pela corte de contas.

Em dezembro de 2016, o TCU freou os processos de venda de ativos da Petrobras, para que a estatal refizesse a metodologia de venda desses negócios, considerada pouco transparente. O tribunal concluiu que os procedimentos poderiam ferir diretrizes da lei de licitações e favorecer atos ilícitos e, por isso, determinou uma série de correções à estatal antes de a retomada ser novamente avaliada e autorizada.

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Na decisão, o TCU permitiu o andamento de apenas cinco negócios, levando em conta a necessidade de caixa da companhia. Três deles foram concluídos e outros dois estão agora em vias de serem fechados. As negociações envolvendo a BR Distribuidora, no entanto, que já está nos planos de "desinvestimento" da estatal desde 2015, terão que recomeçar.

Os planos atuais da petroleira preveem a venda de 51% do controle da BR Distribuidora, de modo que a Petrobras manteria 49% do capital votante e a maioria do capital social desta sociedade.

No passado, a empresa já tinha planejado vender uma fatia menor, de no máximo 25%, mas mudou de ideia e decidiu ampliar a oferta por falta do interesse do mercado na aquisição de uma fatia minoritária.

No fim do ano passado, a 3.ª Vara da Justiça Federal em Sergipe determinou, por meio de liminar, que a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis suspendessem a venda da empresa. Na ação, empresários petroleiros acusaram a estatal de infringir a legislação ao planejar fazer o negócio sem realizar licitação. À Justiça, a Petrobras disse que pode atuar em regime de livre competição.

Interessados

Em novembro de 2016, a Itaúsa confirmou interesse em comprar a fatia da BR, em parceria com as empresas Brasil Warrant Administração de Bens e Empresas e a Cambuhy Investimentos. O segmento de conveniência da BR Distribuidora, que tem a marca BR Mania, também despertou o interesse da GP Investimentos e da Lojas Americanas. A lista de interessados inclui ainda o fundo americano de investimentos Advent e a comercializadora de commodities holandesa Vitol.

Com a decisão do TCU, o jogo recomeça para todos os interessados atuais e futuros. Além de rever as regras para a oferta, a Petrobras terá que seguir a mesma cartilha para os demais empreendimentos que fazem parte de sua lista vendas.

Dos cinco empreendimentos da empresa que estavam em negociações avançadas no fim do ano passado, três já foram concluídos. Pela decisão do ministro relator do processo no TCU José Múcio, a estatal poderá dar andamento a apenas dois negócios que estão em vias de serem fechados.

Vendas

Definida a nova metodologia de desinvestimento pelo TCU, a Petrobras reafirmou a intenção de se desfazer de US$ 21 bilhões em ativos até o fim de 2018. Em comunicado ao mercado, a empresa afirmou que a decisão do TCU "é fundamental para que a companhia possa seguir em frente com seu plano de parcerias e desinvestimento, que é considerado um dos pilares para o alcance da meta de redução da alavancagem". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Petrobras negocia com um consórcio de empresas chinesas, liderado pela estatal Sinopec, a venda da fábrica de fertilizantes nitrogenados que começou a construir no município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. Na negociação, o consórcio se comprometeu a assumir dívidas que somam R$ 38 milhões com fornecedores. A Sinopec, junto com a Galvão Engenharia, respondia pela construção e montagem da fábrica, interrompidas em dezembro de 2014 com 82% das obras concluídas. A Petrobras rescindiu o contrato com as construtoras com o argumento de que teriam descumprido as condições do acordo.

A venda da fábrica, porém, pode esbarrar numa decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). Nesta quarta-feira (15) o órgão deve julgar se o plano de venda de ativos da estatal terá de voltar à estaca zero.

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O TCU determinou em dezembro que a Petrobras suspendesse a assinatura de seus projetos de venda até uma nova deliberação. Permitiu o prosseguimento de apenas cinco negócios, levando em conta a necessidade de caixa da companhia. O principal motivo da paralisação foi a identificação de "riscos" na sistemática adotada para as alienações.

O tribunal concluiu que os procedimentos poderiam ferir diretrizes da lei de licitações e favorecer atos ilícitos, como o "direcionamento e o ajuste de preços". Por isso, determinou uma série de correções à estatal antes de a retomada ser novamente avaliada e autorizada.

O relator do processo no TCU, José Múcio Monteiro, deve apresentar nesta quarta seu voto propondo que uma nova sistemática de venda de ativos seja adotada, desde o princípio, para todos os desinvestimentos da companhia, o que implicaria refazer procedimentos nos casos já em andamento. A única exceção que estava sendo considerada na segunda-feira era a alienação do controle acionário da BR Distribuidora.

Por conta dessa possibilidade, as ações da Petrobras foram castigadas nesta terça na Bolsa de Valores. Os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) da estatal caíram 5,43%, enquanto os ordinários (ON, com direito a voto) recuaram 3,75%.

Prática antiga

Na segunda-feira (13), a Petrobras deu sua última cartada na tentativa de convencer o Tribunal de que a venda de ativos é essencial para continuar investindo e para abandonar o posto de petroleira mais endividada do mundo. A empresa apresentou ao TCU um documento de 11 páginas no qual descreve as 149 transações de ativos realizadas de 2009 a 2014. A tese é que o desinvestimento não é uma prática nova dentro da empresa e que, ao contrário do que afirmam opositores, ganhou velocidade na gestão petista.

A estatal argumentou ao TCU que o seu programa de venda de ativos ganhou corpo a partir de 2012, quando o número de aquisições despencou e as alienações aumentaram, como consequência da dificuldade de caixa enfrentada a partir da capitalização da empresa em troca de reservatórios de pré-sal, realizada em 2010.

A venda de ativos é "uma das ferramentas mais importantes no processo de saneamento financeiro da empresa", diz a Petrobras. Se nada tivesse sido feito para controlar a dívida, "a Petrobras chegaria a um pagamento de juros anuais de US$ 17 bilhões", complementa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) declarou que foi ao Tribunal de Contas da União (TCU), nesta terça-feira (14), juntamente com Humberto Costa (PT) e Lindbergh Farias (PT) para denunciar as vendas de ativos pela Petrobras. Segundo Grazziotin, essas vendas são “uma privatização disfarçada da maior empresa brasileira”.

A senadora afirmou que “eles”, se referindo ao governo Temer, estão se aproveitando das dificuldades que passa a Petrobras para “entregar de mão beijada ao capital estrangeiro grande parte do nosso patrimônio”. 

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A comunista ainda disse que esse era o absurdo da ilegalidade. “Todas as empresas foram criadas por lei. As ilegalidades, as pedaladas, estamos vendo agora e ainda vem o presidente dizendo que: ou continua a venda dos ativos fazendo terrorismo porque agora é o que está na moda ou terá que aumentar o preço da gasolina. Esse é um absurdo e a população, infelizmente, não está sabendo disso”.

O senador Lindbergh definiu como um “escândalo” o que está acontecendo. “Eles estão privatizando e não fazem leilão, não fazem licitação. Estão usando um decreto que não vale mais nada, que é um decreto para comprar da Petrobras. Depois de todos esses escândalos envolvendo a Petrobras, admitir um processo desse fere a impessoalidade. Você chama uma empresa e faz um acordo com exclusividade sem fazer licitação. Eu me lembro da época de Fernando Henrique Cardoso, que teve aquela privatização criminosa, agora, eles faziam um leilão, a gente protestava, nem isso estão fazendo”, contou. 

Segundo matéria da IstoÉ, publicada hoje, com informações do Estado de S.Paulo, o TCU poderá “obrigar” a Petrobras a recomeçar do zero projetos de venda de ativos para corrigir procedimentos considerados irregularidades. 

De acordo com a reportagem, a proposta deve ser apresentada em plenário pelo relator do processo que avalia os desinvestimentos da estatal, José Múcio Monteiro, em julgamento previsto para esta quarta-feira (15). 

 

 

 

 

 

Marcado pelo fim do superciclo das commodities e por muita turbulência na indústria de mineração, o período de Murilo Ferreira frente à Vale não foi dos mais fáceis. O executivo enfrentou queda dos preços do minério de ferro aumento da oferta global e o primeiro prejuízo anual da mineradora desde a privatização, em 1997.

Para combater esse cenário, apostou em uma gestão conservadora, com corte de custos e um plano de desinvestimento de US$ 15 bilhões para fazer frente às dívidas da companhia.

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Em relatório, o BTG Pactual aponta como "grandes realizações" do executivo o corte dramático de custos e despesas, a entrega de um dos maiores projetos da empresa (a mina de minério de minério de ferro S11D, no Pará), melhorias de governança e a disciplina de capital. "Independentemente do novo nome e contexto, acreditamos que o foco estratégico de desalavancagem e disciplina será inalterado", diz o texto.

Para o Bank of America Merrill Lynch, a empresa trocou a estratégia de ser a maior mineradora do mundo pelo foco na rentabilidade. Segundo o banco, Ferreira foi importante na renovação do acordo de acionistas que acarretará a unificação das ações da Vale e a pulverização do controle da companhia.

O Banco do Brasil deixou de ser a maior instituição financeira do País. O posto foi assumido pelo Itaú Unibanco, que atingiu em dezembro do ano passado a soma de R$ 1,425 trilhão em ativos, R$ 4 bilhões a mais do que o BB. Os ativos de um banco são compostos por suas carteiras de crédito, aplicações em títulos públicos, agências, investimentos, entre outros.

O Itaú já tinha chegado a essa marca em 2008 quando uniu suas operações ao Unibanco, da família Moreira Salles. A liderança, no entanto, durou pouco: na sequência o Banco do Brasil comprou metade do banco Votorantim e assumiu novamente a liderança que durou até dezembro do ano passado.

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A constatação da perda da liderança do BB foi feita com base nos resultados divulgados nesta quinta-feira, 16, pelo banco público. A instituição ficou praticamente estável no valor de seus ativos comparado com o ano de 2015, em torno de R$ 1,401 trilhão.

Para este ano, existe a expectativa de que o Itaú mantenha a liderança já que vai absorver a área de varejo do Citibank, que adquiriu no ano passado, mas que ainda não foi incorporada ao banco. Os números do Itaú, segundo lembra um analista, no entanto, também são afetados pela variação cambial. O banco consolida a operação do Corpbanca, um banco chileno que adquiriu há dois anos. Como os ativos do banco chileno estão em dólares, a variação cambial também afeta o valor do patrimônio.

O Tribunal de Contas da União (TCU) proibiu a Petrobras de vender ativos e empresas por tempo indeterminado. A decisão, em caráter liminar, foi tomada nesta quarta-feira, 7, em razão de irregularidades detectadas nos processos adotados pela estatal para fazer os chamados "desinvestimentos". A corte, no entanto, atendeu pedido da companhia e permitiu que sejam concluídos cinco alienações que estão em fase avançada e cuja receita prevista é de R$ 10 bilhões.

A venda de ativos é uma das principais estratégias da Petrobras para enfrentar a crise financeira na qual está mergulhada, marcada pelo alto endividamento e a redução do fluxo de caixa. A expectativa de obtenção de recursos no biênio 2015-2016, divulgada ao mercado no Plano de Negócios e Gestão, é de US$ 15,1 bilhões (R$ 51,1 bilhões).

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Na sessão desta quarta, os ministros do TCU seguiram o entendimento do relator do caso, José Múcio Monteiro. Conforme a decisão, a Petrobras terá de se abster de "assinar contratos de venda de ativos e empresas, bem como de iniciar novos processos de alienação", até que o tribunal delibere a respeito do mérito do processo, que visa a corrigir as falhas detectadas. As exceções são os projetos de desinvestimento batizados de Paraty 1, Paraty 3, Ópera, Portifólio 1 e Sabará, que poderão ser finalizados.

Entre outras irregularidades, o TCU apontou a falta de transparência e a possibilidade de direcionamento dos negócios, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo no último dia 27. A corte lista a escolha do assessor financeiro dos processos sem consulta ao mercado, a liberdade da estatal para a definição de potenciais compradores, a chance de restrição do número de interessados nas aquisições de forma "arbitrária" e a permissão para que o objeto alienado seja alterado "a qualquer momento", mesmo em etapas avançadas de negociação.

Além disso, o TCU verificou que parcela considerável de atos relacionados à venda não é enviada à deliberação de órgãos diretivos da companhia, o que "pode implicar consequências indesejadas ao processo de desinvestimento, macular as diretrizes fundamentais do procedimento licitatório, além de potencializar os riscos de ocorrência de atos ilícitos, como o direcionamento e o ajuste de preços das vendas, de modo similar às práticas desvendadas pela Operação Lava Jato."

Tempo

Em seu voto, José Múcio ponderou ser "irrefutável" que a situação financeira da empresa requer ações imediatas e efetivas. Mas destacou que "a relevância e a complexidade" do tema tornam exíguo o tempo para examinar adequadamente todas as questões levantadas pela auditoria. "São três os motivos que levam a me posicionar desta forma: a constatação de que, no presente caso, a omissão significa permitir à Petrobras a continuidade dos procedimentos; os autos terem chegado a meu gabinete já na segunda quinzena de novembro; e o fato de restar apenas esta sessão Ordinária do plenário (do TCU) neste ano", escreveu.

A Petrobras, em nota, informou "já está revisando sua sistemática de desinvestimentos e se compromete com os aperfeiçoamentos recomendados pelo TCU e demais órgãos de controle". Além disso, a empresa reafirmou a meta de "seu programa de parcerias e desinvestimentos de US$ 15,1 bilhões para o biênio 2015/16 e de US$ 19,5 bilhões para 2017/18", completou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Odebrecht está prestes a assinar a venda de sua participação de 55% na concessionária Gasoduto Sul Peruano, por cerca de US$ 2 bilhões, disseram fontes ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real da Agência Estado. Os compradores são a companhia norte-americana Sempra, que ficará com 50% da participação, e a Tecpetrol, do grupo ítalo-argentino Techint, com os 5% restantes.

O contrato prevê ainda a venda da participação de 71% da Odebrecht no consórcio construtor para a Techint. Fontes ouvidas pelo Broadcast informaram que o fechamento da transação deve ser concluída entre segunda e terça-feira e que dependia apenas de acertos de detalhes contratuais. Procurado, o grupo Sempra e a Odebrecht não comentaram o assunto. Nenhum porta-voz do Techint foi encontrado pela reportagem.

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O conglomerado baiano está, nos últimos meses, vendendo importantes ativos para aliviar sua complicada situação de caixa, após envolvimento de seus executivos no esquema de propinas investigado pela Operação Lava Jato. Marcelo Odebrecht, ex-presidente da companhia, está preso desde junho do ano passado.

Rolagem de dívida. A companhia também está renegociando as dívidas de suas principais empresas. Em julho, o grupo concluiu a renegociação de um passivo de R$ 11 bilhões da Odebrecht Agroindustrial (produtora de açúcar e álcool).

Os maiores esforços da empresa estão hoje concentrados nas negociações da Odebrecht Óleo e Gás com "bondholders" (detentores da dívida) para reestruturar uma dívida de US$ 3,7 bilhões. O objetivo é evitar que esses investidores peçam o vencimento antecipado da dívida. Paralelamente, negocia com a Petrobrás com contratos que sustentam o fluxo de compromissos dessa dívida. A OOG tem em aberto com esses credores os juros de US$ 550 milhões de bônus perpétuos, no montante de US$ 9,6 milhões.

Sem a venda de ativos e renegociação de seus principais débitos, empresas do grupo correm o risco de entrar com pedido de recuperação judicial, segundo fontes.

No mês passado, o grupo deu um importante passo ao concluir a venda de 70% da Odebrecht Ambiental para a gestora canadense Brookfield, que adquiriu 70% da Odebrecht Ambiental, por US$ 768 milhões. A Odebrecht também se desfez da concessionária Rutas de Lima (concessão rodoviária no Peru), também negociada para a Brookfield; e do Complexo Eólico Corredor do Senandes para o Grupo NC. Nessas duas operações, o grupo levantou mais de R$ 1,6 bilhão, de acordo com fontes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais dependentes do mercado interno, as vendas de importantes grupos, como a Usiminas, que enfrenta uma das maiores disputas societárias em curso no Brasil, e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do empresário Benjamin Steinbruch, poderão ser afetadas este ano. Os dois grupos, altamente endividados, também colocaram ativos à venda, mas as conversas ainda não avançaram, segundo fontes ouvidas pela reportagem.

No caso da Usiminas, que tem uma dívida bruta de R$ 7,4 bilhões (até março), há poucos ativos "líquidos" à venda: imóveis, além da Usiminas Mecânica, de bens de capital. O Credit Suisse está com o mandato. A expectativa, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto, é que as renegociações das dívidas deem fôlego para que a companhia possa ter mais tempo para vender os ativos.

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A CSN também anunciou no ano passado uma série de desinvestimentos. O Bradesco BBI tem o mandado para algumas operações, como o Terminal de Contêineres (Tecon), de Sepetiba (RJ), que teria recebido ofertas no início do ano. A fatia da companhia na ferrovia MRS e duas usinas hidrelétricas também foram colocadas à venda.

Com uma dívida bruta de R$ 33,1 bilhões no primeiro trimestre, a CSN conseguiu alongar parte de seus débitos, sobretudo com os bancos públicos. "O grupo conseguiu empurrar os vencimentos para frente e não tem mais tanta pressa para vender", disse uma fonte do mercado financeiro, criticando a postura do controlador de não vender negócios. Procurada, a CSN não comentou o assunto.

A companhia, que é a maior acionista fora do bloco de controle da Usiminas, também está em pé de guerra com a siderúrgica mineira. O grupo conseguiu, com o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), eleger dois conselheiros independentes na Usiminas, decisão que está sendo contestada pela Nippon e Terninum/Techint, do bloco de controle da siderúrgica mineira. A CSN terá se desfazer de suas ações na Usiminas - o prazo imposto pelo Cade para essa venda é mantido sob sigilo.

Por causa da crise do aço, em 2015, os valores de mercado da CSN e Usiminas recuaram 67,9% e 25,7%, respectivamente. O valor da Gerdau caiu 53,75% no período. Mas, no acumulado do ano até sexta-feira, todas ganharam fôlego, reflexo da recuperação dos preços do minério de ferro no mercado internacional. "O preço das ações dessas empresas estava baixo", disse Bruno Piagentini, da Coinvalores. O valor de mercado da CSN cresceu 126%; o da Usiminas 61,3%, e Gerdau, 31,3%.

Crise

A recessão no Brasil deverá ter forte impacto nas siderúrgicas, afirmou Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto de Aço Brasil (IABr). A entidade, que já tinha feito previsões pessimistas para 2016, revisou para baixo seus números. As vendas deverão cair 10%, para 16,3 milhões de toneladas de aço. As exportações, com crescimento estimado em 2,3% este ano, devem cair 5,2%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma organização não governamental (ONG) argentina que representa investidores locais tenta bloquear a venda de 67% dos ativos da Petrobras Argentina à Pampa Energia, anunciada em maio. Representante de acionistas não profissionais prejudicados pela desvalorização da multinacional brasileira, a Consumidores Financieros Asociación Civil para su Defensa busca desde o ano passado uma indenização de cerca de US$ 1 bilhão da Petrobras.

O argumento é que houve perdas expressivas decorrentes de corrupção e que os bens da estatal na Argentina deveriam ser mantidos em garantia até uma auditoria.

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Depois do anúncio, em 3 de maio, do negócio de US$ 892 milhões entre Petrobras e Pampa, a ONG reforçou a ofensiva na Justiça e procurou a Comissão Nacional de Valores, o órgão regulador do mercado de ações na Argentina, repetindo as alegações. A tentativa não ganhou atenção da mídia local especializada no setor e especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo consideram remota a chance de êxito.

A Consumidores Financieros especializou-se em ações coletivas contra companhias privadas e estatais na área de energia. A concretização da venda do braço argentino da Petrobras prejudicaria, segundo a ONG formada por advogados e economistas, a tentativa de cobrar a indenização.

Em outra frente, a associação abriu em 25 de abril deste ano uma denúncia na Procuradoria de Criminalidade Econômica e Lavado de Dinheiro, na qual acusa a Petrobras de infringir o artigo 309 do Código Penal, que pune autores de transações fraudulentas.

Manobra

Ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, um funcionário ligado à direção da Pampa afirmou ontem que, internamente, se trata a manobra da ONG como um recurso "para recuperar algum dinheiro" de quem investiu em ações da Petrobras, mas sem risco para o negócio.

Analista do setor na região petrolífera de Neuquén, Roberto Aguirre opina que "denúncias desse tipo tendem a não ter sucesso".

Logo após o negócio, a Pampa lidou com rumores de que havia sido apenas uma intermediária em um plano para revender os ativos à estatal YPF. Integrantes do PSDB no Brasil consideraram baixo o valor do negócio, diante de uma perspectiva de valorização com a abertura na economia promovida por Mauricio Macri, e pediram investigação.

A venda de ativos da Petrobras na Argentina e no Chile (US$ 490 milhões) foi uma das últimas decisões da diretoria antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Em comunicado, a Pampa, empresa de Marcelo Mindlin, negou na semana passada ter um plano de revenda. Pela transação, a empresa ficará com poços de petróleo, uma refinaria, duas centrais térmicas e hidrelétricas, plantas petroquímicas e uma rede de 100 postos de gasolina, dos quais a marca Petrobras desaparecerá depois de 180 dias.

Outras ações

A Petrobras já é alvo de algumas ações coletivas e individuais nos Estados Unidos e o julgamento desses questionamentos, pedindo recuperação de prejuízos por conta da Operação Lava Jato, está marcado para o dia 19 de setembro.

O advogado do escritório Pomerantz, responsável pelas ações na corte em Nova York, Jeremy Lieberman, fala que a companhia, caso queira um acordo, terá de buscar uma solução com os investidores para resolver o imbróglio até essa data.

Se deixar o caso ir para julgamento, o valor determinado pelo juiz para a empresa pagar aos investidores internacionais pode ser muito maior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar da necessidade de recursos, a Petrobrás está disposta a ganhar menos com a venda de ativos para evitar contratos que levem a empresa a ter de assumir passivos trabalhistas e tributários no futuro.

Nas negociações mais avançadas, com previsão de serem concluídas ainda neste semestre - como a venda da subsidiária na Argentina e da malha de gasodutos do Sudeste -, a estratégia é priorizar um modelo de contrato livre de amarras e garantias para o comprador, mesmo que, para isso, a estatal acabe recebendo um valor menor pelo ativo.

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Na Argentina, a subsidiária está sendo negociada exclusivamente com a Pampa Energia, que ofereceu US$ 1,5 bilhão à Petrobrás. Segundo fontes da estatal, a proposta em análise superou outra oferta, mais atrativa, mas que continha cláusula de "escrow account", uma garantia financeira à nova dona do ativo para cobrir eventuais passivos tributários ou trabalhistas após a venda.

A mesma posição é mantida nas negociações com os três interessados na subsidiária de gasodutos Nova Transportadora do Sudeste (NTS), que encaminharam propostas no início do mês. O banco Santander é o assessor financeiro da transação e a previsão é que a escolha do comprador seja fechada em até 90 dias.

A intenção é vender participação de 81% na malha de dutos, garantindo ao investidor privado o controle do negócio. Entre os interessados, há um conglomerado chinês, com empresas do grupo CNPC (China National Petroleum Corp), o fundo canadense Brookfield e um consórcio entre o Canadian Pension Plan Investiment Board (CPPIB) e o grupo Engie, que, no Brasil, atua prioritariamente no setor elétrico.

"Não adianta nada decidir pelo preço se ele representa condições contratuais difíceis de serem cumpridas. O que estamos vendo é a qualidade da proposta. Quando você vende algo, não quer estar amarrado a eventuais garantias", informou uma fonte próxima às negociações.

Caixa apertado

A avaliação interna na Petrobrás é que os investidores já incluem no preço a fragilidade de caixa da companhia, que precisa captar recursos com alto custo financeiro para manter a operação das subsidiárias. Por isso, alguns exigem as garantias futuras. Outro temor é que a estatal condicione a venda dos gasodutos à manutenção do contrato de operação, que garanta à petroleira o acesso à rede de transporte do gás.

Dentro da empresa, no entanto, esse temor é minimizado. Após os cortes de investimentos na área e a extinção da diretoria de gás, a orientação interna é ser mais "pragmático" nas negociações do plano de desinvestimento, para acelerar a geração de caixa. "Não há qualquer tabu, nem ideológico", é frase repetida pelo presidente da estatal, Aldemir Bendine, nas reuniões de avaliação das ofertas.

A Petrobras vai continuar a buscar linhas de financiamento "atrativas" em 2016, disse o presidente da petroleira, Aldemir Bendine, em encontro com a imprensa na terça-feira, 15. A empresa vai recorrer a agentes financeiros que ofereçam prazos mais longos e que permitam à empresa abater a dívida em dólar, como ocorreu neste ano. Em 2015, a Petrobras conseguiu reduzir em 5% o endividamento em dólar, disse o executivo, que prometeu vender ativos em um ritmo "mais rápido" em 2016.

A melhora do perfil da dívida e a aceleração dos desinvestimentos são as duas principais ferramentas da petroleira contra a crise. Apesar da descrença do mercado, Bendine reafirmou o plano de arrecadar US$ 15,1 bilhões com a venda de ativos em 2016. Por enquanto, o único negócio que saiu foi o repasse de 49% da Gaspetro, da área de distribuição de gás natural, por R$ 1,9 bilhão, para a japonesa Mitsui.

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Mas, para assinar o contrato, a Petrobras precisa chegar a um acordo com o governo da Bahia, que entrou na Justiça para embargar a venda, com medo de que a Mitsui passe a dificultar investimentos de expansão da rede do Estado. "Não tínhamos expectativa de fazer grandes desinvestimentos neste ano. Eles estarão concentrados no próximo ano", disse Bendine.

Estratégia

Para o executivo, a Petrobras não tem outra saída a não ser encolher. Ele diz que a melhoria da gestão e a redução dos custos internos não vão ser suficientes para reduzir o alto endividamento. Perto de completar um ano à frente da estatal, Bendine comemorou a "confiança do mercado" em sua gestão.

O executivo, ex-presidente do Banco do Brasil, disse que todas as captações de novas dívidas com a emissão de títulos no mercado financeiro foram antecipadas em 2015 e que a empresa vai iniciar o ano com folga de caixa pela primeira vez após oito anos.

Além de ter sido afetada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga casos de corrupção na empresa, a Petrobras teve as finanças prejudicadas pela retração do preço do petróleo no mercado internacional e pela valorização do dólar, que encarece sua dívida.

Para se adaptar a um novo cenário, a Petrobras vai enxugar investimentos. Um plano de negócios mais enxuto vai ser divulgado no início do ano que vem. A nova Petrobras deverá foco de investimento na exploração de petróleo e gás natural em águas profundas e no pré-sal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco BTG Pactual e o BTG Pactual Participations esclareceram, a respeito de notícias veiculadas na imprensa, que recentemente têm sido procurados por interessados em diversos dos seus ativos, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No documento, o banco confirma que está considerando oportunidades de negócios, podendo, se for conveniente, vender parte dos seus ativos, conforme antecipou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) em uma série de reportagens publicadas ao longo desta semana.

Ainda no comunicado, o banco confirmou que as eventuais transações podem envolver a venda de participações societárias nas seguintes sociedades: BSI, Recovery, Leader, UOL, BodyTech, BR Properties e Bravante, entre outros, conforme antecipou o Broadcast.

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No mesmo texto, o banco alerta, contudo, que a despeito dos contatos feitos por potenciais interessados nos referidos ativos, não houve a assinatura de qualquer documento representativo das potenciais transações ou mesmo a definição de venda de qualquer participação societária.

Por outro lado, o banco indica que as decisões podem ser tomadas com agilidade. "Naturalmente, considerando as condições atípicas e excepcionais enfrentadas pelas companhias (Banco BTG Pactual e o BTG Pactual Participations) nos últimos dias, as decisões têm sido e continuarão a ser tomadas com velocidade compatível com a situação presente e conforme o constante desenvolvimento das oportunidades, sempre de forma a gerar valor para as companhias e seus acionistas", diz o texto.

O BTG Pactual esclareceu que as referidas companhias não são acionistas da Mitsubishi Motors do Brasil, que conta com investimento da BTG MB Investments, LP, veículo pertencente exclusivamente aos sócios integrantes do partnership das empresas.

Quanto à negociação de créditos com outras instituições financeiras, o banco reafirmou que, como parte de suas atividades e no curso normal de seus negócios, adquire e cede carteiras de crédito e títulos e valores mobiliários de renda fixa ou variável. O BTG Pactual reafirmou também que poderá realizar novas transações, se surgirem oportunidades atrativas.

Ainda especificamente sobre esse assunto, o banco esclareceu que não há nenhum acordo para cessão de créditos para a Caixa ou para o Banco do Brasil.

O mesmo documento traz ainda que, "no presente momento, o fechamento de capital das companhias não está sendo considerado".

A respeito da venda de participações, vale lembrar que, na última quinta-feira, o presidente do conselho de administração do banco, Pérsio Arida, disse que a Rede D'Or era o primeiro ativo de uma série de outros dos quais o BTG Pactual iria se desfazer. "O banco tomou a decisão de vender ativos que não são essenciais para a atividade financeira. A Rede D'Or é o primeiro desinvestimento de uma série de outros que estão em curso", afirmou ele na ocasião, em entrevista ao Broadcast.

O BTG Pactual articula com rapidez a venda de seus ativos e participações para garantir liquidez no curto prazo e também para minimizar a dilapidação de seu patrimônio. A pressa para a venda de seus negócios é um passo importante para que banco possa fechar seu capital, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O banco vive uma crise desde o dia 25 de novembro, quando o banqueiro André Esteves foi preso na Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras.

Além dos ativos de seu vasto portfólio de private equity (que compra participações em empresas para vender depois com lucro), infraestrutura e ativos imobiliários e de florestas, o BTG já ofereceu o BSI, banco suíço gestor de recursos considerado o marco de globalização do BTG, além de seu braço de asset management (gestora de recursos) a outras instituições.

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Na quinta-feira, 3, as units (pacote de ações) do BTG fecharam em alta de 1%, para R$ 20,20, após acumular queda de cerca de 35%, desde a prisão de Esteves, que renunciou à presidência do banco e saiu do bloco de controle do BTG, conforme anunciou a instituição financeira na quarta-feira, 2.

A reação positiva das ações do BTG, contudo, não está atrelada ao seu recente processo de reestruturação, mas à abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, segundo analistas de mercado ouvidos pela Broadcast.

As ações de outros bancos subiram fortemente com esse mesmo argumento: os papéis ordinários (ON) do Banco do Brasil (,40%); o BB Seguridade ON (8,43%); as ações preferenciais (PN) do Itaú Unibanco PN (6,35%); as PN do Bradesco (4,39%); as units do Santander (4,24%).

Já os bônus da dívida com vencimento em 2022 do BTG seguem em rota de baixa e operam com retornos (yield) semelhantes aos de papéis em que o emissor já está reestruturando as suas dívidas. De acordo com uma fonte, a cotação para a compra já está abaixo de 40% do valor de face, em 36%. Desde o dia 25 de novembro, esses bônus já perderam mais de 40% de seu valor.

Liquidação

O primeiro movimento nesse sentido foi o desinvestimento total na Rede D’Or para o fundo soberano de Cingapura (CIG), por R$ 2,38 bilhões. Também está encaminhada a negociação da Recovery, gestora de créditos vencidos e recebíveis, que tem como interessados os fundos Cerberus e Lone Star, segundo a Reuters. Com esse negócio, o BTG poderá levantar até R$ 1,2 bilhão, segundo fontes.

A rede de estacionamentos Estapar é outro ativo ofertado pelo banco e tem gerado interesse. Fontes dizem que o banco almeja cerca de R$ 5 bilhões com esses desinvestimentos.

Outros ativos do portfólio de private equity em que o BTG deve encontrar compradores com mais facilidade, mesmo diante de grande competição no mercado pela forte onda de ativos à venda no Brasil, são Mitsubishi Motors, UOL e a rede de academias Body Tech. Há outros negócios menos atraentes, que também estariam à venda, de acordo com fontes, como a BR Properties, a BR Pharma, a varejista Leader, além da Bravante, que atua nas áreas de apoio marítimo.

Procurado, o banco não comenta as informações. Em entrevista na quarta-feira, Persio Arida, presidente do conselho de administração do BTG, confirmou que o banco fará uma série de desinvestimentos "que não fazem sentido para a atividade financeira" da instituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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