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Um tratamento com baixas doses de aspirina pode ser um novo caminho para enfrentar a doença de Alzheimer, protegendo a memória dos pacientes, de acordo com novo estudo feito por cientistas americanos.

Segundo os autores, um dos principais mecanismos responsáveis pela progressão da doença é uma perda de capacidade do organismo para remover as placas formadas no cérebro - especialmente no hipocampo - pela proteína tóxica beta amiloide. A partir da avaliação de um grande conjunto de estudos que demonstravam a ligação entre a aspirina e o risco reduzido de prevalência de Alzheimer, os cientistas mostraram que o medicamento reduziu as placas de beta amiloide em camundongos, ao estimular a ação dos lisossomos - um componente das células de animais que ajuda limpar os detritos celulares.

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A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade Rush, em Chicago (EUA), foi publicada nesta segunda-feira (20, na revista científica The Journal of Neuroscience. "Nosso estudo identificou um possível novo papel para um dos medicamentos mais amplamente utilizados no mundo", disse o autor principal do estudo, Kalipada Pahan.

Até agora, a FDA - a agência reguladora americana para alimentos e medicamentos - tem poucas drogas aprovadas para o tratamento da doença de Alzheimer - que afeta a memória e é considerada o tipo de demência mais comum no mundo - e os fármacos disponíveis fornecem só alívio limitado dos sintomas.

No novo estudo, durante um mês, os pesquisadores deram baixas doses de aspirina, por via oral, a camundongos que haviam sido geneticamente modificados para desenvolverem a doença de Alzheimer. Depois, a equipe avaliou a quantidade de placas de proteína beta amiloide nas partes do cérebro mais afetadas pela doença. "A aspirina estimulou os lisossomos e reduziu o acúmulo de placas nos cérebros dos animais." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tomar aspirina para evitar problemas como enfarte e AVC sem ter complicações gastrointestinais é um desafio para pacientes que fazem uso do medicamento. Mas um estudo de pesquisadores brasileiros conseguiu encontrar uma alternativa: ao trocar a dose diária do remédio pela administração a cada três dias, os efeitos benéficos foram alcançados sem afetar outras partes do organismo.

"Medimos uma substância produzida no estômago chamada prostaglandina, que é um protetor gástrico. Quando o paciente toma todos os dias, ocorre uma redução de 50% dessa substância. Ao tomar de três em três dias, não ocorre a diminuição e se mantém a eficácia da aspirina", diz o coordenador da pesquisa, Gilberto De Nucci, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp) e do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). A pesquisa recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp) e da Biolab Farmacêutica.

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O ácido acetilsalicílico (AAS) já é um antigo conhecido dos especialistas da área de saúde por sua capacidade de "afinar o sangue", como é chamado popularmente o seu potencial de evitar que as plaquetas se agrupem e obstruam os vasos sanguíneos. "A aspirina inibe a atuação das plaquetas, que estão entre os responsáveis pela coagulação do sangue. Ela atua como um antiagregante", explica Marcus Vinícius Bolívar Malachias, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

O estudo foi feito com 28 pacientes saudáveis e publicado no periódico The Journal of Clinical Pharmacology. O artigo recebeu o destaque de "escolha do editor".

Para os pacientes, o maior benefício de evitar as complicações gástricas é que elas costumam ser silenciosas. "A aspirina causa irritação gástrica que não necessariamente tem sintomas e o paciente pode ser surpreendido, mesmo com doses baixas, por hemorragia gástrica. Apesar do uso de protetores gástricos", afirma De Nucci.

Orientação

Malachias diz que mais pesquisas devem ser feitas até que a recomendação de doses a cada três dias chegue aos consultórios. "A pesquisa é de uma inteligência imensa e grande originalidade. O ideal é que o modelo seja replicado na vida real, mas é importante que sejam realizados mais testes. A maioria da população deve continuar tomando (o remédio) todos os dias. Há um longo caminho, mas abre a perspectiva para os intolerantes à aspirina diária." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A agência brasileira AlmapBBDO vai abrir mão de dois dos Leões que ganhou no Cannes Lions - Festival Internacional de Criatividade de 2016. A empresa tomou a decisão de devolver os dois Leões de bronze que recebeu nas categorias Print & Publishing e Outdoor após uma polêmica envolvendo o conteúdo e a veiculação de uma campanha para a multinacional alemã Bayer.

Após figurarem entre os vencedores, os cartazes para o produto Aspirina sofreram críticas pelo conteúdo, considerado machista, com uso de frases como "Calma amor, não estou filmando isso". Os críticos da peça publicitária argumentaram que esse tipo de mensagem poderia incentivar a gravação não consensual de uma relação sexual.

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Em resposta, a AlmapBBDO retirou todas as peças da Bayer da competição de Cannes Lions 2016. Em nota, a agência afirmou que "lamenta que o anúncio da Aspirina, do nosso cliente Bayer, tenha causado constrangimentos e esclarece que não houve a intenção de tratar com indiferença abusos de qualquer natureza".

A aspirina reduz em 50% o risco de câncer colorretal, mas apenas nas pessoas portadoras de genes que produzem um nível elevado da enzima 15-PGDH, de acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira (23) pela revista americana "Science Translational Medicine".

Várias pesquisas já demonstraram que esse analgésico está vinculado a uma redução do risco de câncer em geral e de doenças cardiovasculares, mas esse novo estudo de longo prazo permite identificar melhor as pessoas que podem se beneficiar da aspirina para prevenir o câncer de cólon.

Os especialistas analisaram tecidos de 270 indivíduos com câncer de cólon, que faziam parte de um grupo de 127.865 participantes do estudo. Eles foram acompanhados por três décadas.

Constatou-se que as pessoas com um perfil genético que não lhes permite produzir níveis elevados da enzima 15-PGDH quase não se beneficiam das propriedades preventivas da aspirina contra o câncer colorretal.

"Os indivíduos (que participaram do estudo) que tinham taxas elevadas de 15-PGDH e tomavam aspirina reduziram à metade o risco de contrair câncer de cólon", explica o médico Sanford Markowitz, professor de Genética do Câncer na Faculdade de Medicina da University Case Western Reserve em Cleveland (Ohio), principal autor da pesquisa.

"Os que tinham baixos níveis de 15-PGDH não obtiveram qualquer benefício com a aspirina", acrescentou.

Uma comissão médica federal americana recomendou a ingestão diária de pequenas doses de aspirina para reduzir o risco de pré-eclâmpsia, uma séria condição que pode pôr em risco a vida de gestantes e bebês. A pré-eclâmpsia se caracteriza pela presença de proteínas na urina e por hipertensão arterial na segunda metade da gestação.A doença placentária é o problema médico mais grave que pode afetar grávidas no mundo, segundo a comissão U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF).

Esta patologia causa complicações em entre 2% e 8% das gestações, e representa um risco importante de mortalidade tanto para as mulheres quanto para os bebês. A recomendação da USPSTF se baseia em vários testes clínicos que demonstram que doses baixas de aspirinas, entre 50 e 160 miligramas diárias, diminuem em 24% o risco de pré-eclâmpsia e em 14% o risco de nascimentos prematuros.

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A USPSTF recomenda que as mulheres com grande probabilidade de ter pré-eclâmpsia tomem 81 miligramas de aspirina todos os dias depois de 12 semanas de gravidez. As mulheres com risco importante de pré-eclâmpsia são as que já tiveram esta complicação médica em uma gravidez anterior, particularmente as que deram à luz antes do fim da gestação, as que sofrem de diabetes ou que tiveram hipertensão arterial no momento da concepção.

A comissão também considera que as grávidas com vários fatores de risco moderados, como obesidade, antecedentes familiares de pré-eclâmpsia, mais de 35 anos e pele negra poderiam tomar doses leves de aspirina. O comitê indica, por fim, que a aspirina parece não provocar efeitos colaterais no curto prazo durante a gravidez, ao mencionar uma análise de 19 estudos clínicos.

O ácido acetilsalicílico (AAS) - conhecido popularmente como Aspirina - é um dos medicamentos mais utilizados no mundo inteiro. Entretanto, estudos mostram que esses usuários regulares estão ficando mais propensos a desenvolver degeneração macular exsudativa (molhada), doença acomete quase 30% dos pacientes com mais de 75 anos.

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das principais causas da perda de visão depois dos 50 anos, sendo classificada em dois tipos: não-exsudativo ou seco (90%) e exsudativo (10%). Na forma exsudativa, vasos sanguíneos anormais se formam sob a mácula – pequena área central da retina que contém maior densidade de fotorreceptores e é responsável pela percepção de detalhes.

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O diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, o oftalmologista Renato Neves, fala que a doença pode ser adquirida de diversas formas. “A degeneração macular é causada por depósitos de restos celulares que destroem os fotorreceptores e provocam proliferação anormal de vasos sanguíneos sob a retina. Sabemos que a doença está estreitamente associada a fatores como predisposição genética, exposição aos raios ultravioleta, hipertensão, obesidade, ingestão de gorduras vegetais em excesso e dietas pobres em frutas, verduras e zinco”, disse o diretor.

Na opinião do especialista, ainda são necessários mais estudos associando pessoas que fazem uso regular de Aspirina com DMRI e alerta aos médicos que recomendam o remédio. “A pesquisa inicialmente publicada no jornal Internal Medicine, indica que o sistema imunitário pode ser cronicamente superestimulado pelo ácido acetilsalicílico, causando danos ao fundo do olho. Na dúvida, é interessante que os cardiopatas que façam uso de Aspirina com frequência mantenham suas consultas com o oftalmologista em dia.”

Novos tratamentos para DMRI

O oftalmologista afirma que o exame de fundo de olho faz parte de um primeiro diagnóstico, podendo sugerir a degeneração macular, mas a confirmação depende de exames muito mais específicos, como a retinografia e a angiofluoresceinografia – que utiliza contrastes.

As novas injeções intravítreas utilizadas para tratar a DMRI representam nova esperança para esses pacientes. Embora nem todo paciente recupere a visão perdida, só o fato de o tratamento interromper a progressão da doença e evitar que o paciente fique cego já é extremamente importante.

Além do tratamento de ponta, diminuir o consumo de gorduras, manter peso saudável, controlar a pressão arterial e adotar dietas ricas em frutas, folhas verdes, grãos integrais, peixes, nozes, castanhas e amêndoas mudanças são fundamentais para evitar a perda da visão. Os fumantes precisam abandonar o cigarro de vez, porque está mais do que comprovado que o fumo torna duas vezes maior o risco de desenvolver DMRI. 

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