No período da gestação, a mulher passa por mudanças emocionais, físicas e psicológicas, no caso dos olhos, podem ocorrer distúrbios temporários ou até mesmo permanentes. Em algumas grávidas, o problema pode persistir inclusive durante o aleitamento materno.
Pesquisas mostram que a sensibilidade da córnea diminui em muitos casos, principalmente nos últimos três meses, voltando ao normal pouco tempo depois de o bebê nascer. Também pode ocorrer o espessamento da córnea, bem como um aumento de curvatura e inclinação – prejudicando a visão e podendo resultar na falta de acomodação das lentes de contato.
##RECOMENDA##De acordo com o diretor-presidente do Hospital de Olhos Eye Care, o oftalmologista Renato Neves, os principais problemas oculares que podem ocorrer durante a gravidez são o olho seco; visão embaçada; desdobramentos da pré-eclampsia; e desdobramentos do diabetes gestacional.
O médico faz um alerta as gestantes que usam lentes de contato. “Durante a gravidez, a gestante pode perceber que os olhos estão mais secos que o normal. A síndrome do olho seco, neste caso, pode provocar muito desconforto durante o uso de lentes de contato e até irritações nos olhos, é necessário o uso de lágrimas artificiais”, explica.
O especialista também aponta como um problema comum, a retenção de líquidos durante a gravidez e que pode alterar a espessura e o formato da córnea. “Mínimas mudanças desse tipo são suficientes para resultar em visão distorcida ou embaçada, sem foco. Apesar do desconforto, não é preciso se alarmar, já que o problema costuma ser transitório”, comenta.
Os desdobramentos da pré-eclâmpsia também merecem atenção especial e podem ser identificados através dos olhos em 5% a 8% das gestantes. Dois fatores muito importantes da pré-eclâmpsia: o aumento da pressão sanguínea e a presença de proteína na urina. Diante desse quadro, os principais sintomas são a perda temporária de visão, maior sensibilidade à luz, visão embaçada ou com formação de halos ou flashes.
Com informações de assessoria