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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, nesta quarta-feira (11), um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que atuem em prol da proteção de crianças palestinas e israelenses.

"É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", diz uma mensagem publicada por Lula nas redes sociais.

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Essa é a primeira vez desde o início do atual conflito que o mandatário brasileiro cita nominalmente o grupo fundamentalista Hamas, que controla Gaza.

"É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar-fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas. O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo", ressaltou o presidente.

Segundo Lula, é preciso "pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio". "Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar", disse. 

Veja o apelo na íntegra:

Apelo do Presidente Lula em defesa das crianças palestinas e israelenses

Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio.

Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo.

É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra. É urgente uma intervenção humanitária internacional.

É urgente um cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas.

O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo.

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente do Brasil

*Da Ansa

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, iniciou a 77ª Assembleia-Geral da entidade na manhã desta terça-feira (20), alertando sobre os crescentes problemas e desafios para a comunidade global, que podem terminar em escassez de alimentos no ano que vem e desastre climático a longo prazo. "Navegamos em águas agitadas. Um inverno de descontentamento está chegando em escala global", afirmou.

Segundo Guterres, os ideais que a ONU representam "estão em perigo", e sua ação está presa por "disfunções globais".

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De acordo com ele, um dos focos no momento deve ser elevar as entregas de fertilizantes da Rússia para o resto do mundo. Se isso não for feito, a crise de fertilizantes pode virar uma crise de escassez alimentar global em 2023, alertou.

A longo prazo, Guterres pediu que o mundo, em especial os países mais ricos, parem com a "guerra suicida contra o clima".

Ele instou as nações ricas a taxarem lucros excessivos de empresas produtoras de combustíveis fósseis e redirecioná-los em investimentos aos países mais vulneráveis e a pessoas impactadas pelo aumento nos preços de energia e alimentos.

"Nosso mundo está viciado em combustíveis fósseis. É hora de uma intervenção. Precisamos responsabilizar as empresas de combustíveis fósseis e seus facilitadores", cobrou Guterres.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou nesta quinta-feira que a "guerra é um absurdo no século XXI", durante uma visita a Borodianka, uma das localidades dos subúrbios de Kiev onde os ucranianos acusam os russos pela morte de civis durante a ocupação em março.

Em sua primeira visita à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, Guterres falou com os jornalistas diante de edifícios em ruínas, ao lado de militares ucranianos e funcionários do governo local.

"Imagino minha família em uma destas casas destruídas. Vejo minhas netas fugindo em pânico. A guerra é um absurdo no século XXI. A guerra é o mal. Não há como uma guerra ser aceitável no século XXI", declarou Guterres.

O secretário-geral da ONU seguiu para Bucha, outra área do subúrbio da capital ucraniana onde os ucranianos acusam Moscou de crimes de guerra. Durante a tarde ele se reunirá com o presidente do país, Volodymyr Zelensky.

Guterres desembarcou na Ucrânia na quarta-feira à noite, depois de visitar Moscou, onde se reuniu com o presidente Vladimir Putin e pediu à Rússia para colaborar com a ONU e permitir a retirada de civis das zonas bombardeadas, principalmente no leste e sul da Ucrânia, onde as tropas russas concentram sua ofensiva.

A pandemia da Covid-19 não terminou e pode continuar, devido à distribuição "escandalosamente desigual" de vacinas - advertiu o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta quarta-feira (9).

"Os estragos mais trágicos da pandemia foram na saúde e na vida de milhões de pessoas, com mais de 446 milhões de casos no mundo, mais de seis milhões de mortes confirmadas e outro grupo incontável, que lida com uma deterioração de sua saúde mental", disse Guterres, em um comunicado que coincide com o segundo aniversário do início desta grave crise mundial.

Guterres enfatizou que, devido às "medidas de saúde pública sem precedentes" e ao "desenvolvimento e distribuição de vacinas extraordinariamente rápidos", muitas partes do mundo conseguiram controlar a propagação do coronavírus.

"Mas seria um grave erro pensar que a pandemia acabou", acrescentou.

Para Guterres, "a distribuição de vacinas ainda é escandalosamente desigual" e, embora 1,5 bilhão de doses sejam produzidas por mês, "cerca de 3 bilhões de pessoas ainda esperam sua primeira dose".

"Esse fracasso é o resultado direto de decisões políticas e orçamentárias que priorizam a saúde das pessoas nos países ricos, em detrimento da saúde das pessoas nos países pobres", frisou Guterres.

Esta desigualdade aumenta, segundo ele, as possibilidades de "mais variantes, mais confinamentos e mais dor e sacrifícios em cada país", estimou, fazendo um apelo ao mundo para que "ponha fim, de uma vez por todas, a este triste capítulo na história da humanidade".

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, chegou neste domingo (19) ao Líbano, onde criticou duramente os líderes políticos locais e os acusou de "paralisar" o país, atingido por uma crise econômica e financeira.

"Vim com uma mensagem simples: a ONU se solidariza com o povo libanês", disse Guterres durante coletiva de imprensa após sua reunião com o presidente Michel Aoun no palácio presidencial em Baabda, perto da capital Beirute.

"Diante do sofrimento do povo libanês, os líderes políticos não têm o direito de paralisar o país com suas divisões", acrescentou ele, pedindo ao responsáveis que "trabalhem juntos" para resolver a crise pela qual o Líbano está passando, uma das piores desde 1850, segundo o Banco Mundial.

O secretário-geral também frisou que o objetivo de sua visita era "discutir as melhores maneiras de apoiar o povo libanês para ajudá-lo a superar esta crise e promover a paz, estabilidade e desenvolvimento durável".

Além da crise económica, a paralisia política impede o lançamento das reformas necessárias, num contexto em que mais de 80% da população vive abaixo da linha da pobreza.

O governo libanês não se reúne desde meados de outubro, em meio a divisões políticas sobre o trabalho de um juiz que investiga a explosão no porto de Beirute em agosto de 2020, que deixou pelo menos 215 mortos, 6.500 feridos e destruiu áreas inteiras da capital.

Referindo-se às eleições parlamentares programadas para a próxima primavera, Guterres convocou os libaneses a "participarem plenamente na escolha dos rumos de seu país".

Por sua vez, o presidente Aoun prometeu "eleições transparentes e justas que reflitam a verdadeira vontade dos libaneses ao eleger seus representantes".

Na manhã de segunda-feira, Guterres tem previsão de visitar o porto de Beirute "para fazer um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da explosão e suas famílias".

Na manhã deste sábado (18) o escritor Paulo Coelho publicou em suas redes sociais um pedido para que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, barre a entrada da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na assembleia-geral da entidade. O evento se inicia na próxima semana em Nova York (EUA).

Para Coelho, o fato do presidente brasileiro não ter tomado a vacina contra a Covid-19 seria um argumento válido para que Bolsonaro não participasse do encontro. A prefeitura de Nova York, inclusive, tem implementado regras que exigem o comprovante de vacinação para entrar em locais fechados da cidade, a exemplo do prédio onde acontecerá a assembleia-geral.

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Apesar disso, António Guterres disse que não pode exigir o imunizante de chefes de Estado. Ele também citou o fato de que o edifício da instituição é considerado território internacional. Em resposta, Paulo Coelho pediu que o secretário-geral proíba, pelo menos, a comitiva do governo brasileiro, que segundo ele, também não estaria vacinada.

Desde 2017, o escritor brasileiro é “mensageiro da paz” da ONU. Em seu Twitter, ele disse que “seria uma vitória proibir a comitiva do pres brasileiro de entrar”. Ele ainda anexou um link de uma reportagem do jornal Independent, que classifica a não imunização de Bolsonaro como um desafio "às regras de vacinação para reunião da cúpula”.

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu a todos os afegãos que cessem imediatamente a violência, em um relatório apresentado ao Conselho de Segurança da organização, neste fim de semana, em meio a temores de uma nova guerra civil no país.

"Peço o fim imediato da violência, o respeito da segurança e dos direitos de todos os afegãos e das obrigações internacionais do Afeganistão, incluindo todos os acordos internacionais, aos quais este país aderiu", escreveu ele neste documento obtido pela AFP e que ainda não é público.

"Convoco os talibãs e todas as demais partes envolvidas a exercerem a máxima moderação para proteger vidas e garantir que as necessidades humanitárias possam ser atendidas", observou Guterres.

O documento foi elaborado na perspectiva da renovação do mandato da missão política da ONU no Afeganistão, que termina em 17 de setembro.

Neste domingo (5), o Talibã disse ter conseguido ganhar terreno no Vale do Panshir, o último grande foco da resistência armada ao governo de todo país. De acordo com as Nações Unidas, 18 milhões de pessoas, metade da população, são afetadas pela crise humanitária.

O plano de resposta da ONU está financiado em apenas 38%, e a organização tenta angariar, urgentemente, cerca de US$ 800 milhões, diz o relatório do secretário-geral.

"Peço a todos os doadores que renovem seu apoio para que a ajuda vital seja reforçada com urgência, entregue a tempo, e o sofrimento seja aliviado", insistiu Guterres, que convocou uma reunião internacional em 13 de setembro próximo, em Genebra, com o objetivo de aumentar a ajuda humanitária.

O chefe da ONU também pede a "todos os países que concordem em receber refugiados afegãos e que se abstenham de qualquer expulsão".

"Os relatos de severas restrições aos direitos humanos em todo país são muito preocupantes, especialmente os relatos de crescentes violações dos direitos humanos de mulheres e meninas afegãs que geram temores de um retorno dos dias mais sombrios", alertou.

"É fundamental que os direitos conquistados a duras penas pelas mulheres e meninas afegãs sejam protegidos. Também é fundamental ter um governo inclusivo que represente todos os afegãos, incluindo mulheres e diferentes grupos étnicos", acrescentou o chefe da ONU.

Inicialmente previsto para sexta-feira (3), o anúncio sobre a composição do novo Executivo talibã, continuava sendo esperado para este domingo.

Em diferentes oportunidades, a comunidade internacional advertiu que julgará o governo talibã por seus atos, e não por suas palavras. Desde que recuperou o poder em 15 de agosto, o movimento fundado pelo mulá Omar prometeu instalar um governo "inclusivo" e garantiu que respeitará os direitos das mulheres.

A desconfiança em relação ao cumprimento destas promessas é grande - tanto em casa, quanto no exterior. No sábado, pelo segundo dia consecutivo, dezenas de mulheres se manifestaram em Cabul para exigir que seus direitos sejam respeitados e que possam participar do futuro Executivo.

Na véspera da reabertura das universidades privadas, os talibãs sancionaram um decreto, especificando que as estudantes destas instituições terão de usar uma abaya preta e um niqab que cubra o rosto. O texto afirma que poderão assistir às aulas, mas não poderão se misturar com os colegas do sexo masculino.

O Conselho de Segurança aprovou por unanimidade nesta terça-feira (8) recomendar Antonio Guterres, de 72 anos, para um segundo mandato como secretário-geral da ONU para o período 2022-2026.

No cargo desde janeiro de 2017, o ex-primeiro-ministro português foi o único postulante na disputa. Outras 10 pessoas buscaram o posto, mas não eram candidatos formais porque não receberam o respaldo de nenhum dos 193 países que integram a ONU.

O Conselho, crucial no processo de nomeação, aprovou em uma sessão a portas fechadas a recomendação para que a Assembleia Geral aprove o segundo mandato de Guterres, anunciou seu atual presidente, o embaixador da Estônia Sven Jürgenson.

A aprovação da Assembleia é considerada uma mera formalidade e deve acontecer em breve.

Durante seu primeiro mandato, Guterres se viu obrigado a concentrar esforços para limitar os potenciais danos da política externa unilateral, nacionalista e afastada das alianças estimulada pelo ex-presidente americano Donald Trump.

Agora, com o novo mandato, Guterres precisará de um "plano de batalha" para enfrentar todas as crises que afetam o mundo, afirmou uma fonte diplomática.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, declarou nesta segunda, 25, que as vacinas desenvolvidas para prevenir a covid-19 estão chegando rapidamente a países mais ricos, o que pode deixar os países mais pobres desamparados.

"Vacinas estão chegando rapidamente em países de alta renda, mas não nos mais pobres. Vacinas precisam ser bens comuns globais", disse, durante o Fórum Econômico Mundial, habitualmente sediado em Davos, mas que ocorre de modo virtual nesta edição devido à pandemia. O secretário-geral da ONU citou a importância do Covax, iniciativa global Covax para distribuição de vacinas.

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Guterres afirmou ainda que é necessário imunizar países em desenvolvimento juntamente com países mais avançados a fim de evitar novas variantes e mutações do novo coronavírus. "É crucial fazer vacinas acessíveis a, pelo menos, 20% de população em países em desenvolvimento. Se o Hemisfério Sul ficar sem imunização, o vírus terá novas mutações e não conseguiremos pará-lo.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, está "decepcionado" com os resultados da cúpula do G20 sobre mudança climática e dívida externa, embora tenha saudado os compromissos relacionados às vacinas covid-19, disse nesta segunda-feira seu porta-voz.

Guterres está "satisfeito" que a cúpula organizada neste fim de semana pela Arábia Saudita resultou em "um forte compromisso" no comunicado final "para tornar as vacinas covid-19 um bem público global e promessas financeiras para (o programa) Covax, embora a falta de dinheiro persista", disse Stéphane Dujarric em sua coletiva diária.

O programa global de imunização, apelidado de Covax e co-liderado pela Gavi (Vaccine Alliance), ainda precisa de cerca de 4 bilhões de dólares para garantir a distribuição equitativa de vacinas e equipamentos médicos.

"Com respeito à dívida, o comunicado de imprensa final é um passo na direção certa, mas o secretário-geral o considera insuficiente", acrescentou o porta-voz, indicando que "ele gostaria de ver iniciativas mais abrangentes sobre dívida e liquidez".

Os líderes do G20 “prometem implementar” uma iniciativa de suspensão do serviço da dívida já adotada que permite aos países menos desenvolvidos adiarem o pagamento de juros até junho de 2021.

Antes da cúpula, Antonio Guterres havia pedido que essa suspensão fosse estendida aos países de renda média em grande dificuldade e durasse até o final de 2021.

O G20 limitou-se a "examinar" essa questão. Dujarric também especificou que "na questão das mudanças climáticas, [Guterres] está decepcionado com o texto final que não reflete o movimento global observado na comunidade empresarial e entre vários governos com respeito à neutralidade de carbono."

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou nesta sexta-feira (8) que a pandemia do novo coronavírus "continua desencadeando um tsunami de ódio e xenofobia" no mundo.

Em uma mensagem no Twitter, o português alertou que é preciso "agir agora para fortalecer a imunidade de nossas sociedades contra o vírus do ódio" e fez um apelo pelo fim de discursos discriminatórios.

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"Eu convido líderes políticos a mostrarem solidariedade com todos os membros de suas sociedades e a construírem e reforçarem a coesão social", disse Guterres, acrescentando que extremistas estão tentando angariar apoio entre "públicos desesperados".

"E peço para todos, em todos os lugares, se levantarem contra o ódio, tratando todos com dignidade e aproveitando cada oportunidade para disseminar a bondade", afirmou. 

Da Ansa

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta quinta-feira (16) às "famílias em todas as partes e aos líderes de todos os níveis a proteger nossos filhos" que, inclusive, sem ser as primeiras vítimas da COVID-19 poderiam sofrer as piores consequências.

"À medida que a recessão mundial se acelerar, pode haver centenas de milhares de mortes infantis a mais em 2020", alertou em um comunicado, ao informar sobre o impacto da pandemia nos menores.

Segundo a ONU, esta estimativa poderia jogar por terra os últimos dois ou três anos de progressos conquistados na redução da mortalidade infantil.

Embora as escolas tenham fechado em todo o mundo em grande medida, as crianças poderiam sofrer ainda mais de fome porque 310 milhões de estudantes dependem da escola para se alimentar pelo menos uma vez por dia, disse António Guterres.

Segundo a ONU, 188 dos 193 países-membros da Organização das Nações Unidas impuseram o fechamento das escolas, afetando mais de 1,5 bilhão de crianças e jovens.

O confinamento social e uma maior recessão mundial alimentam as crescentes tensões dentro das famílias e "as crianças são, ao mesmo tempo, vítimas e testemunhas da violência doméstica e dos abusos", alertou o chefe da ONU.

A pandemia do novo coronavírus deixou pouco mais de dois milhões de infectados no mundo desde que o vírus surgiu na China em dezembro, a metade está na Europa. Além disso, deixou mais de 140 mil mortos, dois terços dos quais no Velho Continente.

A pandemia da Covid-19 é a pior crise global desde a Segunda Guerra Mundial, avaliou o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

Durante uma entrevista coletiva, ao ser perguntado por que considerava a atual "a pior crise mundial desde a fundação da ONU" - há 75 anos -, Guterres respondeu: "é uma combinação, por um lado, de uma doença que é uma ameaça para todos no mundo, e segundo, porque tem um impacto econômico que trará uma recessão sem precedentes no passado recente".

"A combinação desses dois fatores e o risco de contribuir para o aumento da instabilidade, o aumento da violência e o aumento do conflito são coisas que nos fazem acreditar que essa é, de fato, a crise mais desafiadora que enfrentamos desde a Segunda Guerra Mundial", explicou.

Para Guterres, "a humanidade está em jogo", mas a comunidade internacional ainda está longe da solidariedade necessária para enfrentar a situação, porque até agora os países desenvolvidos estão atuando principalmente para sustentar suas economias.

"Estamos longe de ter um pacote global para ajudar os países em desenvolvimento a criar condições para eliminar a doença e responder às dramáticas consequências para suas populações, em termos de perda de empregos, pequenas empresas em risco de desaparecer e pessoas que vivem na economia informal e agora não conseguem sobreviver", explicou.

"Estamos caminhando lentamente na direção certa, mas precisamos acelerar e fazer muito mais", continuou.

Nesta terça-feira (31), a ONU criou um novo fundo para os países em desenvolvimento, depois de pedir na semana passada doações para países pobres e em conflito.

O papa Francisco e o secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestaram-se claramente contra o fanatismo religioso, por ocasião de um encontro no Vaticano nesta sexta-feira (20).

"Não podemos, não devemos virar os olhos quando os fiéis de diferentes confissões são perseguidos, em diversas partes do mundo", defendeu o papa em um vídeo comum.

Ele criticou "o uso da religião para fins de ódio, violência, opressão, extremismo e fanatismo cego, ou com o objetivo de forçar o exílio e a marginalização".

"Nossa reunião é particularmente significativa neste período de Natal", disse Guterres. "É um período de paz e de boa vontade, e fico triste de constatar que as comunidades cristãs - incluindo algumas das mais antigas do mundo - não podem celebrar Noel com toda segurança", condenou o secretário-geral da ONU.

Francisco entregou a seu convidado uma cópia de um texto sobre a "fraternidade humana", assinado em fevereiro de 2019 com o grande imã sunita do instituto egípcio Al-Azhar, o xeque Ahmed al-Tayeb, em uma visita aos Emirados Árabes Unidos.

Considerado uma etapa marcante no diálogo entre cristãos e muçulmanos, este texto faz um apelo pela liberdade de crença e de expressão, pela proteção dos lugares de culto e defendeu a plena cidadania para as "minorias" discriminadas.

Guterres classificou a declaração como "histórica" e "extremamente importante, já que somos testemunhas de ataques tão dramáticos contra a liberdade religiosa e a vida dos fiéis". Ele disse ainda que a ONU lançou um plano de ação para proteger os lugares religiosos, assim como uma estratégia para lutar contra o discurso de ódio.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, anunciou nesta segunda-feira a criação de um comitê constitucional sobre a Síria que incluirá representantes do governo e da oposição, e que poderá levar à elaboração de uma nova carta magna.

"Acredito firmemente que o lançamento de um comitê constitucional organizado por sírios e liderado por sírios pode ser o começo de um caminho político em direção a uma solução" para o país em guerra desde 2011, disse Guterres a repórteres.

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"Meu enviado (para a Síria, Geir Pedersen) se reunirá com o comitê constitucional nas próximas semanas", acrescentou.

A ideia desse comitê constitucional foi oficialmente acordada em janeiro de 2018, sob o impulso da Rússia. Reúne 150 pessoas, das quais 50 são eleitas pelo governo, 50 pela oposição e 50 pela ONU para incluir representantes da sociedade civil.

A formação do grupo levou tempo em razão dos bloqueios e mudanças de nomes solicitados repetidamente por Damasco. As dificuldades na definição dos papéis dentro do comitê também atrasaram sua formação.

Uma versão reduzida do comitê (15 pessoas) deve facilitar seu trabalho, mas diplomatas acham que ainda levará meses para obter resultados concretos.

A missão do comitê parece vaga: Damasco espera emendar a constituição, enquanto a oposição espera escrever uma nova grande carta.

Para os países ocidentais, o objetivo do comitê é permitir a organização de novas eleições na Síria, inclusivas e integradas à diáspora, fortemente expandida desde o início da guerra com milhões de refugiados.

Os Estados Unidos saudaram a criação do comitê através da porta-voz do departamento de Estado Morgan Ortagus.

"Inclusive quando falta muito por fazer, é um passo alentador para uma solução política do conflito sírio", declarou a funcionária.

O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, reafirmou "o compromisso da Síria em favor (...) do diálogo" interno visando "uma solução política (...) que afaste qualquer intervenção extrangeira".

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, anunciou nesta segunda-feira a criação de um comitê constitucional sobre a Síria que incluirá representantes do governo e da oposição, e que poderá levar à elaboração de uma nova carta magna.

"Acredito firmemente que o lançamento de um comitê constitucional organizado por sírios e liderado por sírios pode ser o começo de um caminho político em direção a uma solução" para o país em guerra desde 2011, disse Guterres a repórteres.

"Meu enviado (para a Síria, Geir Pedersen) se reunirá com o comitê constitucional nas próximas semanas", acrescentou.

A ideia desse comitê constitucional foi oficialmente acordada em janeiro de 2018, sob o impulso da Rússia. Reúne 150 pessoas, das quais 50 são eleitas pelo governo, 50 pela oposição e 50 pela ONU para incluir representantes da sociedade civil.

A formação do grupo levou tempo em razão dos bloqueios e mudanças de nomes solicitados repetidamente por Damasco. As dificuldades na definição dos papéis dentro do comitê também atrasaram sua formação.

Uma versão reduzida do comitê (15 pessoas) deve facilitar seu trabalho, mas diplomatas acham que ainda levará meses para obter resultados concretos.

A missão do comitê parece vaga: Damasco espera emendar a constituição, enquanto a oposição espera escrever uma nova grande carta.

Para os países ocidentais, o objetivo do comitê é permitir a organização de novas eleições na Síria, inclusivas e integradas à diáspora, fortemente expandida desde o início da guerra com milhões de refugiados.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ontem (15), em Roma, que é absolutamente crucial preservar a estabilidade no Líbano, neste momento em que o Oriente Médio está uma confusão. A declaração foi feita durante um encontro ministerial do Grupo Internacional de Apoio ao Líbano. A informação é da ONU News.

Guterres explicou que “este é o momento em que a comunidade internacional precisa expressar o seu compromisso e apoio total para com a unidade e estabilidade no Líbano, mas também para com a sua soberania e integridade territorial. ”

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O chefe das Nações Unidas disse que é preciso ser claro e afirmar para a comunidade internacional que isto não é uma questão de solidariedade, é uma questão do seu próprio interesse. ” Segundo ele, “apoiar  a unidade e estabilidade libanesas, é apoiar a estabilidade em toda a região e contribuir para diminuir as ameaças dramáticas à paz que enfrentamos hoje no mundo.”

Desordem

O secretário-geral afirmou que “o Oriente Médio está uma confusão” e que “o símbolo claro dessa confusão é o infinito e sangrento conflito na Síria e o sofrimento dramático do povo sírio. ”

Mas nessa “desordem”, destacou Guterres, há uma exceção positiva que “é a sabedoria e a capacidade mostrada pelos líderes do Líbano para preservar a sua estabilidade e unidade, contra todas as probabilidades, contra um fluxo massivo de refugiados com impacto dramático na sua economia e na sociedade, e contra uma ameaça de segurança vinda do vizinho do lado, a Síria.”

Guterres concluiu dizendo que é “absolutamente crucial preservar” a ausência de conflitos no país porque “o Líbano é hoje um dos poucos pilares de estabilidade e paz na região. ”

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Antonio Guterres será o anfitrião de um jantar entre os líderes rivais do Chipre. O objetivo é acabar com o impasse nas conversas que buscam reunificar a ilha do Mar Mediterrâneo.

Antes do início do jantar neste domingo, o chefe das Nações Unidas posou para fotos com os dois líderes, cruzando os braços para dar uma das mãos ao presidente cipriota grego Nicos Anastasiades e a outra ao líder cipriota turco Mustafa Akinci.

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Anastasiades disse a repórteres esperar que as conversas "pavimentem um novo caminho para um diálogo construtivo em torno de alcançar não apenas progresso, mas um acordo".

Akici acusou Anastasiades de impor "pré-condições", dizendo que, se os dois lados se mantiverem dentro de parâmetros acordados, "o caminho pela frente poderá ser aberto". Fonte: Associated Press.

Pelo menos 15 pessoas morreram e 30 ficaram feridas em um ataque suicida no sul de Bagdá, capital do Iraque, horas antes da chegada ao país do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, informou nesta quinta-feira (30) à Agência EFE uma fonte policial.

O atentado ocorreu na madrugada. Um caminhão-tanque carregado de explosivos, conduzido por um suicida, bateu em um posto de controle das forças de segurança na região de Al Daura.

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Vários feridos estão em estado grave e foram internados em hospitais da região metropolitana da capital iraquiana, segundo a fonte.

A explosão danificou 11 caminhões e quatro automóveis que estavam nas imediações do posto de controle de segurança.

Horas depois do atentado, Guterres chegou a Bagdá, onde deve se reunir com as autoridades iraquianas, na segunda escala de sua viagem pela região.

Nesta quinta-feira (13), a Assembleia Geral da ONU aprovou a candidatura do ex-premiê português recomendada mais cedo pelo Conselho de Segurança. António Guterres é um notável político português e internacional. Nasceu em 30 de abril de 1949 em Lisboa.

Em 1976, foi eleito para o parlamento de Portugal e permaneceu como deputado por 17 anos. Depois, já em 1981-1983, foi membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.

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O ponto alto de sua carreira política foi em 1995, quando ele se tornou primeiro-ministro de Portugal. Permaneceu nesse cargo até 2002. Ao mesmo tempo, de 1992 a 2002, foi o secretário-geral do Partido Socialista de Portugal.

Em 2005-2015, Guterres ocupou o cargo de Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Durante este período conseguiu consolidar o prestígio do órgão e aumentar a eficiência dos seus trabalhos. Entretanto, entre 2005 e 2015, o número de pessoas desalojadas aumentou de 38 para 60 milhões de pessoas. Este período foi marcado por muitos acontecimentos de crise relacionados com ondas de refugiados da Síria, Iraque, Sudão do Sul e outros países.

Ele foi fundador do Conselho Português para os Refugiados, bem como de uma associação portuguesa de defesa de consumidores.





 

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