Tópicos | Kiev

Pelo menos seis civis morreram, e dezenas ficaram feridos, em ataques aéreos das forças russas, principalmente contra as cidades ucranianas de Kiev e Kharkiv, anunciaram as autoridades do país nesta terça-feira (23).

O governador da região de Kharkiv, Oleg Sinegubov, informou que mais de 50 pessoas ficaram feridas, e pelo menos cinco morreram, na capital regional com o mesmo nome, no nordeste da Ucrânia. O balanço anterior era de três mortos e pouco mais de 40 feridos.

Um fotógrafo da AFP viu na manhã desta terça socorristas retirando feridos e buscando sobreviventes em meio aos escombros de um edifício em ruínas.

Em Pavlograd, na região central de Dnipropetrovsk, "uma pessoa morreu, e outra ficou ferida", segundo as autoridades locais.

Em Kiev, 22 pessoas ficaram feridas, disse o prefeito da capital, Vitali Klitschko, acrescentando que "13 foram hospitalizadas, incluindo três crianças".

Segundo o ministro do Interior, uma pessoa em um hospital se encontra em "estado de morte clínica", mas as autoridades da capital ainda não confirmaram esse óbito.

Em um bairro da capital, um edifício e vários veículos pegaram fogo, segundo a mesma fonte. A ogiva não detonada de um míssil também foi encontrada em um apartamento.

Outras três pessoas ficaram feridas por fragmentos de mísseis na região de Kiev, disse o chefe da administração militar, Ruslan Kravchenko.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, prometeu que seu país "fará a Rússia pagar pelo sofrimento e pela dor que causou".

Anteriormente, o gabinete do prefeito de Kharkiv havia relatado que o bombardeio desta cidade causou "a destruição completa de uma seção de um prédio de apartamentos".

"As equipes de resgate estão agora tentando remover os escombros para procurar pessoas", disse o conselho.

Segundo o comandante em chefe do Exército ucraniano, Valeriy Zaluzhny, a Rússia disparou 41 mísseis contra a Ucrânia. No total, a defesa antiaérea destruiu 21, segundo a mesma fonte.

A Ucrânia está pedindo urgentemente a seus aliados ocidentais mais meios de defesa antiaérea para fazer frente às tropas russas, que lançaram uma ofensiva contra seu vizinho que dura quase dois anos.

Moscou negou ter alvejado civis nos bombardeios desta terça-feira, alegando que ataca apenas alvos militares.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) se encontraram nesta segunda-feira (2) na capital ucraniana para uma reunião "histórica" fora das fronteiras do bloco, destacou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

A reunião acontece no momento em que a Ucrânia pressiona para entrar no bloco europeu, ao mesmo tempo que luta contra a invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.

"Estamos aqui, convocados para uma reunião histórica dos ministros das Relações Exteriores na Ucrânia, país candidato e futuro membro da UE", afirmou Borrell em um comunicado divulgado nas redes sociais.

"Estamos aqui para expressar nossa solidariedade e nosso apoio ao povo ucraniano", acrescentou o chefe da diplomacia do bloco. "O futuro da Ucrânia está na UE".

Como anfitrião, o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, comemorou o encontro em Kiev.

"É um acontecimento histórico porque, pela primeira vez, nos reunimos fora (...) das fronteiras da União Europeia, mas dentro das futuras fronteiras da UE", declarou Kuleba.

A ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, destacou que a reunião em Kiev é "um gesto diplomático excepcional e uma mensagem para a Rússia" a respeito da determinação do bloco de apoiar a Ucrânia a longo prazo.

Para Colonna, o encontro mostra que a "Ucrânia é parte da família europeia".

"Vamos permanecer aqui por muito tempo", disse à imprensa.

A chefe da diplomacia da Holanda, Hanke Bruins Slot, destacou que é "muito importante" reunir-se em Kiev "para mostrar solidariedade com a Ucrânia, com o povo ucraniano e os corajosos soldados que lutam todos os dias pela liberdade".

A Ucrânia obteve o status de país candidato a integrar a UE em junho de 2022, poucos meses após o início da invasão russa, e espera iniciar as negociações oficiais para entrar no bloco de 27 países, mas ainda não existe um cronograma.

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky pressiona para acelerar o processo de adesão devido à invasão russa.

A nova embaixadora da UE na Ucrânia, Katarina Mathernova, declarou em uma entrevista à imprensa ucraniana na sexta-feira que a adesão do país em 2030 é um objetivo "realista".

A Ucrânia afirmou nesta quarta-feira (30) que a defesa antiaérea do país derrubou mais de 20 mísseis de cruzeiro e vários drones explosivos, no ataque mais potente contra Kiev desde a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), que provocou duas mortes.

O ataque aconteceu no momento em que a Rússia anunciou que um aeroporto próximo da fronteira com a Estônia foi atacado com drones e, segundo agências estatais, vários aviões foram danificados.

Um correspondente da AFP em Kiev ouviu pelo menos três grandes explosões às 5h (23h de Brasília, terça-feira) como parte da onda de 28 mísseis de cruzeiro e 16 drones explosivos.

A Administração Militar da Cidade de Kiev afirmou que este foi o "maior" ataque contra a capital desde a primavera e duas pessoas morreram na queda de escombros.

As tropas russas lançaram, a partir de várias direções, "grupos" de drones de iranianos Shahed contra a capital, que também foi alvo de mísseis da Força Aérea, informou a Administração Militar da capital.

Funcionários do governo municipal avaliavam os danos e os moradores limpavam os escombros em um prédio residencial, que teve as janelas destruídas.

- Ataques no Mar Negro -

No início da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia atacava de maneira sistemática as cidades ucranianas, mas as operações diminuíram à medida que os estoques russos se esgotaram e as defesas ucranianas foram reforçadas.

A Ucrânia, ao mesmo tempo, intensificou os ataques com drones no território da Rússia.

Moscou anunciou que destruiu quatro embarcações ucranianas com quase 50 soldados a bordo no Mar Negro e afirmou que impediu ataques com drones ucranianos em vários pontos de seu território.

O ministério russo da Defesa destacou que destruiu "quatro embarcações militares de alta velocidade" no Mar Negro à meia-noite (horário de Moscou).

As embarcações transportavam "unidades de desembarque das forças de operações especiais ucranianas", acrescentou em um comunicado.

A nota não informa a área do Mar Negro em que aconteceram os ataques.

Também durante a madrugada, na mesma região, as defesas russas impediram um "ataque de drone marítimo" perto da baía de Sebastopol, na península anexada da Crimeia, informou o governador local, Mikhail Razvozhayev.

Kiev e Moscou intensificaram as operações no Mar Negro desde que a Rússia abandonou um acordo, mediado pela ONU e a Turquia, para permitir a exportação de grãos ucranianos por suas águas.

Sebastopol é a base da frota russa do Mar Negro e a cidade mais importante da Crimeia, alvo frequente de ataques de Kiev.

Na última semana, Kiev reivindicou uma operação militar nesta península, anexada em 2014 pela Rússia, durante a qual suas unidades especiais hastearam uma bandeira nacional.

- Drones contra a Rússia -

A Ucrânia executou uma série de ataques com drones contra os territórios controlados por Moscou, informaram as autoridades russas.

As defesas aéreas "impediram" um ataque no aeroporto de Pskov (noroeste), a quase 800 quilômetros da Ucrânia e perto das fronteiras com Letônia e Estônia, ex-repúblicas soviéticas agora dentro da União Europeia.

O governador da região de mesmo nome, Mikhail Vedernikov, publicou um vídeo nas redes sociais de um grande incêndio, no qual é possível ouvir explosões e sirenes.

As autoridades avaliam os danos do ataque que, segundo o governador, não provocou vítimas.

Dois aviões de transporte pesado foram incendiados no ataque, informou o ministério de Emergências, citado pela agência de notícias RIA Novosti.

O governador anunciou que todos os voos previstos para quarta-feira no aeroporto de Pskov foram cancelados "até a averiguação dos possíveis danos na pista".

Os aeroportos moscovitas de Vnukovo e Domodedovo interromperam temporariamente as operações.

As autoridades de outras regiões, como Briansk e Oriol, perto da fronteira com a Ucrânia, e Kaluga e Riazan, nas proximidades de Moscou, anunciaram que destruíram ou derrubaram drones ucranianos.

O prefeito da capital russa também destacou que as defesas aéreas destruíram um drone "direcionado contra Moscou", que não provocou danos ou vítimas, segundo informações preliminares.

Há várias semanas, a Ucrânia executa ataques de drones contra Moscou e outras regiões da Rússia quase diariamente, em uma tentativa de levar o conflito para o território do país rival.

A defesa aérea ucraniana derrubou 15 drones russos lançados na direção de Kiev na madrugada de quinta-feira (3), anunciou o comandante da administração militar da capital, Sergiy Popko.

As forças ucranianas "detectaram e destruíram 15 alvos aéreos que se aproximavam de Kiev", afirmou Popko no Telegram, que identificou os dispositivos como drones explosivos "Shahed" de fabricação iraniana.

"De acordo com as informações disponíveis até o momento, não houve vítimas ou danos na capital", acrescentou.

O alerta aéreo, de número 820 em Kiev desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, durou três horas, informou Popko.

Na noite anterior, o exército ucraniano afirmou que derrubou mais de 10 drones no céu da capital.

A queda dos destroços provocou danos materiais pequenos e não deixou feridos.

Ao mesmo tempo, ataques russos com drones provocaram danos consideráveis na quarta-feira em uma área portuária ucraniana em Izmail, no Danúbio, uma infraestrutura crucial para as exportações de grãos.

Na Rússia, o governador da região de Kaluga, Viacheslav Chapsha, anunciou nesta quinta-feira que a defesa antiaérea derrubou seis drones na área, que fica 200 km ao sul de Moscou.

"Esta noite, seis drones que tentavam atravessar a região de Kaluga foram derrubados pelos sistemas de defesa antiaérea", disse Chapsha.

"Não houve vítimas ou danos", acrescentou o governador.

Nas últimas semanas, os ataques ucranianos com drones contra o território russo aumentaram, em particular contra Moscou e a península anexada da Crimeia.

Na terça-feira, a Rússia afirmou que impediu um ataque de drones em Moscou, mas admitiu que um deles atingiu um prédio da capital, o mesmo edifício que já havia sido alvo de um ataque no fim de semana.

As forças russas executaram durante a madrugada um ataque em larga escala de drones contra Kiev e outras regiões, anunciaram nesta terça-feira (20) as autoridades ucranianas, que não relataram vítimas.

"Novo ataque aéreo em larga escala na capital", afirmou a administração militar de Kiev em um comunicado divulgado no Telegram. A nota também informou que há 18 dias os russos não utilizavam drones explosivos Shahed de produção iraniana para atingir a cidade.

"Seguindo as táticas habituais para os ataques em larga escala de UAV (veículos aéreos não tripulados), os drones entraram na capital em ondas, procedentes de várias direções. O alerta aéreo durou mais de três horas", acrescentou o comunicado.

"Quase duas dezenas de dispositivos inimigos foram detectados e destruídos por nossas forças e recursos de defesa no espaço aéreo ao redor de Kiev".

"Não há informações sobre vítimas ou danos até o momento", conclui a nota.

Em Lviv, oeste do país, "infraestrutura crítica" foi atingida por drones, afirmou o chefe da administração regional Maksim Kozitski no Telegram, sem revelar mais detalhes.

Ele não relatou vítimas ou feridos no ataque.

A administração militar de Zaporizhzhia também informou um grande ataque contra alvos civis na cidade do sul do país e seus arredores.

Na região de Mykolaiv (sul), o governador Vitaliy Kim reportou a destruição de três drones Shahed.

O Estado-Maior da Ucrânia informou posteriormente que a Força Aérea derrubou 28 dos 30 drones utilizados pela Rússia durante a noite.

A Rússia lançou nesta sexta-feira (16) uma série de mísseis contra Kiev, durante a visita de uma delegação de governantes africanos que pretende buscar uma solução para o conflito.

Os líderes africanos, incluindo o presidente da África do Sul Cyril Ramaphosa, se reunirão nesta sexta-feira com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e no sábado com o russo Vladimir Putin, em São Petersburgo.

Pouco depois da chegada da delegação, as sirenes do sistema de defesa antiaérea foram acionadas e várias explosões foram ouvidas em Kiev.

A Força Aérea da Ucrânia afirmou que derrubou 12 mísseis russos, incluindo seis Kinzhal hipersônicos. Todos os projéteis foram interceptados no espaço aéreo ao redor de Kiev, informou a administração militar.

Os bombardeios são uma mensagem de Moscou aos mediadores africanos, segundo o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba.

"Os mísseis russos são uma mensagem para a África: a Rússia quer mais guerra, não a paz", tuitou.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que o ataque não provocou danos na cidade.

A delegação africana também visitou Bucha, nos arredores de Kiev e cenário, no ano passado, de um massacre de civis atribuído ao exército russo

- "Caminho para a paz" -

A delegação tem como objetivo "tentar encontrar um caminho para a paz no conflito", tuitou o porta-voz da presidência sul-africana, Vincent Magwenya.

A mediação acontece durante a contraofensiva das forças de Kiev, com a intensificação dos combates na frente de batalha e o aumento dos bombardeios russos contra as grandes cidades ucranianas.

Esta é a iniciativa mais recente de uma série de esforços diplomáticos que tentaram, em vão, acabar com o conflito.

Analistas, no entanto, consideram que a missão tem poucas possibilidades de sucesso.

"Os governantes africanos não podem ter um papel de mediação. Eles têm pouco peso político e não têm nenhuma influência", declarou à AFP o analista político ucraniano Anatoliy Oktysiuk.

A África do Sul, criticada por sua posição próxima a Moscou, se recusa a condenar a invasão russa e afirma que deseja permanecer neutra, com pedidos de diálogo.

Os países africanos criticaram de forma menos unânime a guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Putin tenta atrair os líderes africanos, alegando que a Rússia luta contra o imperialismo ocidental. E acusa os aliados da Ucrânia de bloquear, com as sanções, as exportações de cereais e fertilizantes russos, cruciais para a África.

- Retrocesso da Rússia -

No campo de batalha o exército russo reconheceu nesta sexta-feira que intensos combates estão em curso no sul da Ucrânia, pelo controle das cidades de Rivnopil e Urozhaine, e admitiu implicitamente pela primeira vez um retrocesso.

"Os combates mais ativos ocorrem nas cidades de Rivnopil e Urozhaine", afirmou o exército russo.

As cidades estão entre as que Ucrânia alegou ter recuperado na semana passada, na área de Vremivka.

A Rússia afirmou que "cinco ataques das Forças Armadas ucranianas foram impedidos".

Os combates pelo controle destas cidades provocam o retrocesso de alguns quilômetros das linhas russas para o sul e leste, na fronteira das regiões de Zaporizhzhia e Donetsk, parcialmente ocupadas pela Rússia.

O exército ucraniano relatou progressos na quinta-feira, apesar da "resistência intensa" das tropas russas.

A Rússia executou um ataque aéreo nesta quinta-feira contra Kiev que matou pelo menos três pessoas, incluindo uma criança, uma incursão que provocou pânico na capital ucraniana após uma semana de bombardeios.

O ataque, que começou às 3h locais (21h de Brasília, quarta-feira) com mísseis de cruzeiro e balísticos, deixou três mortos e 12 feridos, segundo as autoridades ucranianas.

"No bairro de Desnianski: três pessoas mortas, incluindo uma criança (nascida em 2012), e 10 pessoas feridas, incluindo uma criança. No bairro de Dniprovskyi: duas pessoas feridas", anunciou no Telegram a Administração Militar de Kiev.

Ao mesmo tempo, a Rússia começou a retirar na quarta-feira centenas de crianças de regiões de fronteira com a Ucrânia, alvos de intensos bombardeios nos últimos dias, e onde a situação é "alarmante", segundo o Kremlin.

Nesta quinta-feira, oito pessoas ficaram feridas em uma cidade da região de Belgorod, próxima da fronteira e alvo de disparos contínuos de artilharia, anunciou o governador Vyacheslav Gladkov.

"Shebekino está sob fogo ininterrupto", afirmou Gladkov no Telegram. As forças ucranianas bombardeiam "o centro e os arredores" da cidade, acrescentou.

"Oito pessoas ficaram feridas. Não há mortes", disse.

"A vida dos civis e da população está sob ameaça, em particular em Shebekino e nas localidades próximas", afirmou Gladkov.

O governador, no entanto, negou as informações divulgadas em alguns canais do Telegram sobre um "avanço" das tropas ucranianas na região de Belgorod.

Gladkov anunciou na quarta-feira o início da retirada de menores de duas localidades alvos de disparos de artilharia e morteiros.

"A partir de hoje estamos evacuando nossas crianças dos distritos de Shebekino e Graivoron", disse. "Um primeiro grupo de 300 crianças será enviado hoje para Voronezh", cidade cerca de 250 quilômetros ao nordeste.

Um jornalista da agência Ria Novosti disse que diversos ônibus com cerca de 150 pessoas chegaram à cidade.

Enquanto isso, as tensões com o Ocidente aumentaram nesta quarta-feira, após a Alemanha anunciar uma drástica redução do corpo diplomático russo em seu território, com o fechamento de quatro dos cinco consulados.

Moscou criticou a decisão, que chamou de "provocação impensada", e prometeu uma "resposta justa".

Em Washington, o Pentágono anunciou um novo pacote de armas de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,53 bilhão) para a Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea e dezenas de milhões de cartuchos de munição.

Várias explosões foram ouvidas nesta segunda-feira (29) no centro de Kiev, pouco depois do acionamento das sirenes antiaérea na capital da Ucrânia.

"Explosões na cidade, em bairros do centro", escreveu no Telegram o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko. "A defesa antiaérea está em ação", afirmou a administração militar da cidade.

"O ataque contra Kiev continua", declarou alguns minutos mais tarde o prefeito, que pediu aos moradores da cidade que permaneçam nos abrigos antiaéreos.

Klitschko disse que os serviços de emergência estão trabalhando para apagar o incêndio provocado pelos destroços de um foguete no distrito de Obolonskii, na zona norte da cidade.

Kiev permaneceu relativamente à margem dos ataques desde o início do ano, mas nas últimas semanas foi alvo de bombardeios quase todas as noites.

Poucas horas antes, o comandante do exército ucraniano, Valeri Zaluzhni, anunciou que o país interceptou 37 mísseis de cruzeiro e 29 drones de combate russos durante uma nova série de ataques noturnos.

"Durante a noite noite, os ocupantes atacaram instalações militares e infraestruturas essenciais. Eles lançaram quase 40 mísseis de cruzeiro 35 drones, a partir do norte e do sul", afirmou no Telegram. De todos os projéteis, 37 mísseis e 2 drones foram derrubados, destacou o comandante militar.

Um bombardeio russo atingiu uma instalação militar na região ucraniana de Khmelnitski, oeste do país, informaram as autoridades locais.

Fortes explosões foram ouvidas em Kiev na manhã desta quinta-feira (18) após um novo ataque da Rússia. Autoridades ucranianas disseram que todos os artefatos foram destruídos pela defesa antiaérea. Um prédio não residencial pegou fogo após ser atingido por destroços, segundo a Administração Militar da capital ucraniana.

Não há informações sobre vítimas, e não ficou claro qual seria o alvo principal da ofensiva. O ataque foi realizado a partir da região do Cáspio, provavelmente com mísseis de cruzeiro, e a Rússia posteriormente lançou naves de reconhecimento sobre Kiev.

##RECOMENDA##

Foi a nona vez neste mês que ataques aéreos da Rússia atingiram a capital da Ucrânia, em uma clara escalada de tensão após semanas de calmaria, e antes de uma contra-ofensiva ucraniana muito esperada, com o uso de armas ocidentais avançadas recém-fornecidas. Em Odessa, no sul do país, mísseis russo mataram uma pessoa e feriram outras duas. Fonte: Associated Press.

O governo da Ucrânia convidou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de ser favorável à Rússia, a visitar Kiev para que "compreenda" a realidade da agressão russa

Lula recebeu na segunda-feira (17) o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para promover uma mediação internacional na guerra da Ucrânia. No domingo ele afirmou que o Ocidente estava contribuindo para a continuidade do conflito.

O governo dos Estados Unidos acusou o Brasil de estar "papagueando a propaganda russa e chinesa sem observar os fatos em absoluto", enquanto Lula afirma que deseja promover uma iniciativa de paz.

O porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, criticou no Facebook o presidente brasileiro por colocar "a vítima e o agressor no mesmo nível" e por atacar os aliados da Ucrânia que a ajudam a "proteger-se de uma agressão assassina".

Nikolenko pediu a Lula que "compreenda as reais causas e a essência" da guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022.

A Rússia, sob sanções dos países ocidentais, iniciou uma ofensiva diplomática para convencer as potências emergentes de que está apenas se defendendo contra a hegemonia dos Estados Unidos, uma mensagem que será repetida durante a semana pelo chanceler russo em vários países da América Latina.

A defesa antiaérea ucraniana derrubou 12 drones russos no céu de Kiev, afirmou o comandante da administração militar da capital, Sergi Popko.

"No total, 12 drones inimigos foram detectados e destruídos pelas forças de defesa no espaço aéreo de Kiev", declarou Sergi Popko.

"Não houve vítimas", acrescentou o comandante, que antes de informar que "um edifício não residencial pegou fogo devido à queda dos destroços de um avião não tripulado".

As Forças Armadas da Ucrânia afirmaram que a Rússia lançou 15 drones de fabricação iraniana contra o país na segunda-feira à noite e que 14 foram destruídos.

"A ameaça de novos ataques aéreos e com mísseis continua sendo elevada em toda a Ucrânia", afirmou o Estado-Maior.

Os drones foram cruciais em uma série de ataques que a Rússia executou contra as infraestruturas ucranianas durante os meses de inverno, interrompendo o abastecimento de água, energia elétrica e calefação para grande parte da população.

A capital da Ucrânia sofreu um novo ataque aéreo na madrugada desta segunda-feira (2), após um fim de semana de Ano Novo marcado por bombardeios russos que deixaram pelo menos quatro mortos em várias cidades.

Aos primeiros sinais de novo ataque, a administração militar de Kiev ordenou que os moradores fossem para abrigos.

O "sistema de defesa aérea está funcionando (...) Varandas e janelas de edifícios sofreram danos no bairro de Desnyansi", informou Seguei Popko, responsável administrativo, no Telegram.

"Os russos lançaram várias ondas de drones Shahed", comentou Oelski Kuleba, chefe da região administrativa militar de Kiev, referindo-se aos drones fabricados no Irã.

"Visaram a instalações de infraestrutura crítica", acrescentou.

Quase três horas depois, a capital e a região vizinha suspenderam o alerta aéreo.

"Vinte alvos aéreos foram abatidos", informou a administração militar da cidade.

Mísseis e drones de fabricação iraniana foram lançados contra a capital e outras cidades no sábado (31), matando três pessoas, enquanto outra foi morta no domingo (1º) na região sul de Zaporizhzhia.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, relatou uma explosão nesta segunda-feira no bairro de Desnyanski, onde "um homem de 19 anos foi hospitalizado". Mais tarde, as autoridades informaram que o jovem foi ferido por vidro que caiu de um prédio.

Os ataques russos do Ano Novo visaram a áreas centrais de grandes cidades, segundo Mikhailo Podoliak, assessor do presidente Volodimir Zelensky.

"A Rússia não tem mais alvos militares e tenta matar o maior número possível de civis e destruir instalações civis", tuitou.

Além dos quatro mortos, dezenas de pessoas ficaram feridas, acrescentaram as fontes.

- "Desumanos" -

Em 31 de dezembro, a artilharia russa atingiu uma cidade nos arredores de Kherson, onde um menino de 13 anos foi ferido. Posteriormente, as forças russas atacaram o hospital onde o menor estava internado.

"O que o menino de 13 anos tem a ver com esses desumanos que tentaram matá-lo duas vezes?", questionou o governador Yaroslav Yanushevitch no Telegram.

O ataque russo danificou o hospital de Kherson e deixou a cidade e seus arredores sem energia.

Em novembro, as forças russas se retiraram de Kherson, a única capital regional sob seu controle, mas continuaram a bombardeá-la.

A força aérea ucraniana disse que 45 drones de fabricação iraniana foram destruídos: 13 deles, abatidos na última noite de 2022, e os outros 32, depois da meia-noite.

O chefe de polícia, Andrii Nebitov, publicou no Facebook uma imagem dos destroços de um drone com a inscrição "Feliz Ano Novo" em russo.

Na região leste de Donetsk, as autoridades pró-Rússia relataram a morte de um civil na cidade de Yasinuvata como resultado de um bombardeio ucraniano.

Após uma série de derrotas militares, Moscou começou a atacar a infraestrutura energética ucraniana em outubro, deixando milhões de pessoas no frio e no escuro.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a justiça "moral e histórica" está do lado de seu país nesta guerra.

Já o Ministério russo da Defesa anunciou que, no sábado, atacou "instalações de defesa ucranianas envolvidas na fabricação de drones ofensivos".

"Conseguimos desmantelar os planos do regime de Kiev de organizar ataques terroristas contra a Rússia em um futuro próximo", apontou.

A Rússia acusa a Ucrânia de atacar suas instalações e infraestruturas militares locais.

Tropas russas abateram um drone na quinta-feira perto de Engels, uma base aérea estratégica russa a centenas de quilômetros da fronteira ucraniana.

E hoje informou que o drone abatido sobre a base aérea de Engels matou três pessoas quando caiu.

É política de Kiev não assumir a responsabilidade por tais ataques.

A capital da Ucrânia foi alvo de um ataque nesta segunda-feira (19) com drones, que danificou infraestruturas "críticas" da cidade, poucas horas antes de uma reunião prevista entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu colega de Belarus, Alexander Lukashenko, em Minsk.

Antes da reunião, o exército russo anunciou que os militares de Moscou participarão em "exercícios táticos" em Belarus - em outubro os países anunciaram a formação de uma força conjunta de milhares de soldados.

Além disso, a Rússia também anunciou que vários navios de guerra participarão a partir desta semana em exercícios conjuntos com a Marinha chinesa, mais uma demonstração da aproximação entre Moscou e Pequim diante dos países ocidentais.

Durante a madrugada, a capital ucraniana voltou a ser bombardeada por drones russos.

"Durante o alerta aéreo registramos 23 VANT (veículo aéreo não tripulado) inimigos no céu da capital. A defesa aérea destruiu 18 drones", anunciou o comando militar de Kiev nas redes sociais.

As forças russas utilizam munições de bombardeio conhecidas como "Shahed", com as quais atingiram a capital ucraniana nas últimas semanas, acrescentou.

O governo municipal de Kiev emitiu um alerta aéreo às 1H56 locais. A segunda sirene, às 5H24, foi cancelada meia hora depois.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou explosões nos distritos de Solomiansky e Shevchenkivskyi da capital e que várias infraestruturas críticas foram "danificadas".

Após o ataque, a operadora ucraniana de energia DTEK anunciou apagões de emergência.

"Durante toda a noite, drones inimigos tentaram atacar instalações de energia, o que provocou uma situação difícil para o sistema (...) e cortes de emergência em Kiev" e outras 10 regiões do país, afirmou a operadora Ukrenergo.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, o país sofre bombardeios com frequência.

Os ataques se intensificaram a partir de outubro, depois que Moscou sofreu uma série de reveses militares.

Desde então, a Rússia optou por bombardear em larga escala as centrais e infraestruturas de energia elétrica do país, o que deixou milhões de ucranianos sem luz e água às vésperas do inverno (hemisfério norte).

O ministério russo da Defesa anunciou nesta segunda-feira que derrubou quatro mísseis HARM de fabricação americana em seu território, na região de Belgorod - fronteira com a Ucrânia.

- Reunião em Belarus -

França e União Europeia (UE) afirmaram que os ataques russos contra a infraestrutura civil constituem crimes de guerra. O chefe da diplomacia da UE chamou os atos de "bárbaros".

O ministério da Defesa da Rússia afirma que os ataques têm como alvo as Forças Armadas ucranianas e instalações de energia, com o objetivo de interromper "a transferência de armas e munições de fabricação estrangeira".

Enquanto Moscou bombardeava Kiev, Putin estava reunido com os comandantes responsáveis pela operação militar na ex-república soviética para ouvir propostas sobre futuras ações, segundo o Kremlin.

As autoridades ucranianas temem uma nova ofensiva nos primeiros meses de 2023.

Durante seu discurso diário, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky insistiu que "a proteção da fronteira com Rússia e Belarus é uma prioridade constante. Nos preparamos para todos os cenários possíveis".

Putin terá uma reunião com Lukashenko em Minsk, a capital de Belarus, onde as tropas de Moscou devem participar em exercícios militares, segundo a agência Interfax. Esta será a primeira visita do chefe de Estado russo ao país em três anos.

Em outubro, Belarus anunciou a formação de uma força conjunta com a Rússia e milhares de soldados do país foram enviados à ex-república soviética.

O presidente bielorrusso, no entanto, afirmou em várias ocasiões que não pretende enviar unidades militares de seu país à Ucrânia.

O presidente Volodimir Zelensky afirmou nesta quarta-feira que a defesa aérea ucraniana derrubou 13 drones de fabricação iraniana utilizados para atacar a capital Kiev.

"Os terroristas iniciaram esta manhã com 13 (drones) Shahed... Todos os 13 foram derrubados por nossos sistemas de defesa aérea", afirmou Zelensky em um vídeo divulgado nas redes sociais, em uma referência aos drones iranianos utilizados pela Rússia contra alvos ucranianos.

A capital ucraniana foi alvo de "duas ondas" de ataques de drones que não provocaram vítimas, afirmou o comandante militar de Kiev, Serguei Popko, em um comunicado.

Ele informou ainda que "estilhaços de drones derrubados atingiram um prédio administrativo" no distrito de Shevchenkivsky, no centro-oeste da capital.

"Quatro edifícios residenciais sofreram danos leves", afirmou Popko.

A Rússia bombardeou durante várias semanas as infraestruturas de energia da Ucrânia com mísseis e drones, o que deixou milhões de pessoas no escuro às vésperas do inverno.

As autoridades ucranianas afirmaram nesta segunda-feira (28) que preveem uma nova onda de bombardeios por parte da Rússia esta semana, após os ataques contra infraestruturas críticas que provocaram cortes de água e de energia elétrica, inclusive na capital Kiev.

"É muito provável que o início da semana seja marcado por um ataque do tipo", declarou nesta segunda-feira a porta-voz do comando sul do exército ucraniano, Natalia Gumeniuk, antes de destacar que um navio russo com mísseis foi observado no Mar Negro.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, advertiu no domingo à noite que "a semana que começa pode ser tão difícil como a anterior", marcada por bombardeios em larga escala que provocaram grandes cortes de energia elétrica e água no momento em que o país registra temperaturas próximas de zero.

"Nossas forças estão se preparando. Todo o Estado está se preparando. Imaginamos todos os cenários, inclusive com os aliados ocidentais", acrescentou Zelensky, antes de pedir aos compatriotas que prestem atenção aos alertas antiaéreos.

Zelensky também destacou uma situação "muito difícil" na frente de batalha, em particular na região de Donetsk, leste do país, onde os combates se concentram desde a retirada das forças russas da região de Kherson (sul).

Irene acende velas, Igor uma lanterna. São 18h09 (13h09 no horário de Brasília) em Kiev e, como previsto, a eletricidade acaba de ser cortada no edifício do casal, no norte da capital ucraniana.

Desde 10 de outubro, o sistema elétrico ucraniano tem sido afetado por múltiplos ataques russos contra a infraestrutura energética.

Para evitar um apagão total, a operadora nacional Ukrenergo aplica cortes de eletricidade programados na capital e outras cidades e regiões da Ucrânia.

No site da operadora, basta indicar sua direção e aparecem os cortes programados para a semana, por rotação de distritos.

O edifício de Irene Rozdobudko e Igor Juk sofreu três cortes de eletricidade no sábado.

- "Às cegas" -

"Eu posso fazer borsch (sopa ucraniana) às cegas. O fogão (a gás) sempre funciona. Tenho água, (embora) o fluxo esteja baixo. Há repolho na geladeira, cenoura e outros produtos necessários", afirma a escritora Irene, acrescentando que a calefação também funciona.

Para iluminar, a casal utiliza velas decorativas e lanternas de bolso. No banheiro, há uma lâmpada de acampamento.

Do lado de fora, a vizinhança está na escuridão. Em algumas janelas, há luzes fracas e moradores iluminam as calçadas com celulares.

Porém, os apagões controlados não aliviam o sistema elétrico. No sábado, Ukrenergo anunciou restrições adicionais com cortes de emergência.

No domingo em Kiev, mesmo os bairros próximos à Presidência, livres de apagões até então, sofreram cortes temporários.

Também houve cortes de água no início da semana em algumas regiões da capital, após novos ataques russos.

A capital voltou a ser alvo em outubro, após ficar livre de ataques desde junho.

Para Igor, um cientista de 70 anos, os bombardeios contra infraestruturas civis são a marca da "agonia e a impotência do Exército russo", após perder em setembro milhares de quilômetros quadrados no nordeste.

No centro de Kiev, onde anoitece por volta de 17h00, a Praça da Independência (Maidan, em ucraniano), lugar simbólico da revolução de 2014, fica no escuro.

Somente os faróis dos carros iluminam as ruas dos bairros onde não há eletricidade. Os restaurantes também usam velas.

Na noite de quinta para sexta-feira, cerca de 4,5 milhões de pessoas em Kiev e 10 regiões do país ficaram temporariamente sem eletricidade, indicou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que denunciou um "terror energético".

Com a proximidade do inverno, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que teme o pior cenário em caso de novos ataques a instalações energéticas: "aquele em que não haverá eletricidade, água ou aquecimento".

Com sua lanterna frontal, Igor coloca as coisas em perspectiva: "Provavelmente será um pouco mais difícil no inverno, ou talvez muito mais".

Em um canto do apartamento, Irene segura uma carta emocionada de seus netos refugiados em Marselha, na França. "Olá avô e avó, gostaríamos de saber se a vida está indo bem na Ucrânia. E se não estiver, venham para a França. Nós os amamos muito e os apoiamos."

A Ucrânia denunciou nesta segunda-feira (17) que a Rússia voltou a atacar Kiev com vários "drones suicidas", um ato de "desespero" de Moscou, de acordo com as autoridades ucranianas.

"Esta manhã, os terroristas russos atacaram novamente as infraestruturas energéticas da Ucrânia em três regiões", lamentou o primeiro-ministro, que mencionou "cinco ataques com drones" em Kiev e "ataques com mísseis" em Dnipropetrovsk (centro-leste) e Sumi (nordeste).

Correspondentes da AFP em Kiev observaram drones sobrevoando um bairro central da capital e o momento em que policiais abriram fogo contra os aparelhos. Também foram observadas colunas de fumaça provocadas por explosões em toda a cidade.

Sirenes antiaéreas tocaram pouco antes das explosões, que aconteceram às 6H35 e 6H54 locais.

"O inimigo pode atacar nossas cidades, mas não conseguirá nos quebrar", afirmou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, antes de confirmar que "drones suicidas e mísseis estão atingindo toda a Ucrânia".

Um dos bombardeios atingiu um edifício residencial. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que o corpo de uma mulher foi encontrado entre os escombros e que três pessoas foram hospitalizadas.

- Ataques às segundas-feiras -

Os ataques aconteceram uma semana depois dos disparos em larga escala de mísseis por parte da Rússia, que duraram dois dias e atingiram cidades em toda a Ucrânia, provocando cortes de de energia elétrica.

"Parece que agora nos atacam todas as segundas-feiras", afirmou Sergiy Prijodko, enquanto aguardava do lado de fora da estação ferroviária central de Kiev.

"É a nova maneira de começar a semana", declarou à AFP.

Após os ataques, o chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, afirmou que o país precisa de "mais sistemas de defesa antiaéreos o mais rápido possível".

"Os russos pensam que isto vai ajudá-los, mas demonstra apenas o seu desespero", destacou.

O ministério ucraniano da Defesa afirmou que "nas últimas 13 horas" os militares ucranianos derrubaram 37 drones Shahed-136 iranianos e três mísseis de cruzeiro lançados pela Rússia.

- "Drones iranianos" -

Na semana passada, Zelensky afirmou que os drones iranianos estavam sendo utilizados pelos russos para atacar a infraestrutura energética, embora Teerã negue que esteja fornecendo armas a Moscou para a guerra.

Em 10 de outubro, mísseis russos atacaram Kiev e outras cidades na campanha de bombardeios mais intensa em meses.

Os ataques deixaram pelo menos 19 mortos e 105 feridos, o que provocou a indignação da comunidade internacional.

Os disparos de Moscou voltaram a acontecer em 11 de outubro, mas em menor intensidade, e atingiram infraestruturas energéticas no oeste da Ucrânia, longe da linha de frente.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os ataques foram uma resposta à explosão que danificou a ponte estratégica que liga a Rússia à península da Crimeia, anexada por Moscou

Na sexta-feira, Putin afirmou que estava satisfeito e que "no momento" não havia necessidade de executar mais ataques contra a Ucrânia.

Ele também afirmou que Moscou está fazendo tudo da "maneira correta" na ofensiva, apesar de alguns reveses consideráveis.

No sul da Ucrânia, as tropas de Kiev se aproximam de Kherson, que é única grande cidade ucraniana tomada pelos russos e que fica ao norte da Crimeia.

A região de Kherson é um dos quatro territórios ucranianos reivindicados como zonas anexadas por Moscou.

Após os ataques da semana passada, o governo dos Estados Unidos anunciou um novo pacote de ajuda militar de 725 milhões de dólares, incluindo sistemas lança-foguetes Himars.

Com a nova assistência, o total da ajuda militar concedida pelos Estados Unidos à Ucrânia chega a 17,6 bilhões de dólares desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

burs/an/es/fp

O presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu ampliar o apoio militar de seu país à Ucrânia em conversa telefônica com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, após a Rússia lançar nesta segunda-feira (10) uma série de ataques em várias cidades ucranianas - incluindo a capital Kiev - que mataram civis e destruíram infraestrutura de energia, segundo o escritório presidencial francês.

O governo francês tem compartilhado poucos detalhes sobre o apoio à Ucrânia. Na sexta-feira (7), porém, Macron disse que a França planeja enviar seis novos caminhões equipados com obuses para a Ucrânia, além dos 18 que já embarcou desde o início da guerra.

##RECOMENDA##

Macron também anunciou planos de criar um fundo especial no valor de 100 milhões de euros, a princípio para permitir que a Ucrânia compre equipamentos diretamente de empresas francesas. Macron prometeu nesta segunda-feira manter contato próximo com Zelenski, assim como com outros líderes europeus e do G-7, grupo formado pelas sete maiores economias do mundo. Fonte: Dow Jones Newswires.

A região central de Kiev registrou uma série de estrondos na manhã desta segunda-feira (10), informaram autoridades da Ucrânia. Os ataques encerram meses de relativa calmaria na capital ucraniana e acontecem dias após uma explosão ter danificado a ponte de Kerch, que liga a Rússia ao território anexado da Crimeia. A Ucrânia nega envolvimento no episódio, mas, no domingo, o presidente russo, Vladimir Putin, descreveu a explosão como um "ato terrorista" de forças ucranianas.

No Twitter, o assessor do Ministério do Interior da Ucrânia, Anton Gerashchenko, publicou imagens de locais danificados na cidade. Uma gravação mostra um cenário de destruição no parque Taras Shevchenko, um dos mais movimentados da metrópole. Não há informações sobre vítimas.

##RECOMENDA##

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que foguetes atingiram alvos no centro da cidade e pediu que moradores de bairros periféricos fiquem longe da região. Os serviços de emergência estiveram no local e as forças de segurança fecharam as ruas no centro, segundo ele. "A capital está sob ataque de terroristas russos!", acusou.

Além de Kiev, outras cidades da Ucrânia também registraram explosões na manhã desta segunda-feira, em um desdobramento que levanta suspeita de uma ofensiva coordenada da Rússia. Estrondos foram ouvidos em Dnipro, Zaporizhzhia e Lviv - esta última vinha sendo poupada de ataques mais severos desde o início da guerra, em fevereiro.

Desde que Moscou redirecionou o foco de sua operação ao leste da Ucrânia, em abril, Kiev tem sido alvo de poucos ataques. A relativa calmaria permitiu, inclusive, que autoridades internacionais visitassem a cidade. Com informações da Dow Jones Newswires.

A rede de restaurantes fast-food McDonald's anunciou que iniciará a partir da próxima terça-feira (20) a reabertura gradual de seus restaurantes na Ucrânia.

De acordo com a chefe do departamento de comunicação do McDonald's no país europeu, Alesya Mudzhiri, os primeiros estabelecimentos reabertos serão na cidade de Kiev.

##RECOMENDA##

Os restaurantes funcionarão inicialmente apenas para entrega, enquanto os serviços de drive-thru deverão ser abertos novamente em outubro.

Segundo a imprensa local, a previsão é que ao menos oito restaurantes voltem a funcionar na capital ucraniana em uma semana. Na sequência, o McDonald's reabrirá outras unidades em cidades do oeste da nação.

O horário de funcionamento dos estabelecimentos será das 9h até 21h e as portas serão fechadas durante alertas para permitir que funcionários e clientes cheguem ao refúgio mais próximo.

O McDonald's havia fechado todos os seus 109 restaurantes na Ucrânia quando a invasão russa começou em 24 de fevereiro.

Da Ansa

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando