Tópicos | acordo de paz

As autoridades sudanesas, no poder há um ano, e quatro movimentos rebeldes assinaram nesta segunda-feira (31) em Juba, capital do Sudão do Sul, um acordo de paz que deve acabar com 17 anos de guerra.

O acordo foi assinado em duas etapas, primeiro pelos grupos rebeldes em Darfur, onde a guerra que começou em 2003 deixou, segundo a ONU, quase 300.000 mortos e 2,5 milhões de deslocados, e depois pelo movimento rebelde de Kordofan do Sul e do Nilo Azul, cujo conflito afeta um milhão de pessoas.

Do lado das autoridades sudanesas, o acordo foi assinado por Mohamed Hamdan Daglo, vice-presidente do Conselho Soberano que governa o país e acusado de ter cometido "atrocidades" em Darfur durante a guerra civil.

Em um momento muito simbólico, Mohamed Hamdan Daglo apertou a mão daqueles que foram seus inimigos, os chefes dos quatro movimentos rebeldes reunidos na Frente Revolucionária Sudanesa (FRS).

"Esta é uma ocasião para reconciliação. Temos que reconhecer que cometemos erros, mas é hora de começar uma nova página", disse Daglo.

Por sua vez, o líder rebelde Gibril Ibrahim, do Movimento pela Justiça e Igualdade, destacou que "o principal desafio será implementar o acordo e conseguir financiá-lo".

Já o líder do Movimento Popular para Libertação do Sudão do Norte (SPLA-N), Malik Agar, espera que "este histórico acordo de paz ajude na construção de um novo Sudão".

O acordo também foi assinado, como testemunha, pelo presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir.

Vários líderes sudaneses viajaram até Juba para celebrar o primeiro êxito desde a queda do autocrata Omar Al Bashir no início de 2019.

Os governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Noruega celebraram o acordo de paz.

Os três países, conhecidos como Troika pelo Sudão do Sul, viram o acordo como o "primeiro passo" para restaurar a estabilidade e a esperança do povo sudanês, que há anos sofre em meio a conflitos violentos.

"O acordo de paz estabelece as bases para uma paz sustentável e estabilidade em Darfur e outras áreas afetadas por conflitos, essenciais para a transição democrática do Sudão", afirmaram em nota.

Conforme declarado no comunicado, os riscos para uma paz sustentável permanecem altos, devido à violência em Darfur, Porto Sudão e nos estados de Kordofan do Sul e Nilo Azul.

- Um ano de negociações -

Para alcançar ao acordo, as partes precisaram de um ano de negociações pela enorme desconfiança entre os dois lados e a complexidade do conflito.

"Quando aconteceu a declaração de Juba em setembro (2019), todo o mundo esperava que a paz seria assinada em dois ou três meses, mas percebemos que os temas tinham uma complexidade excepcional", disse Hamdok.

Após o fracasso de vários acordos de paz, como o de 2006 em Abuja (Nigéria) e o de 2010 no Catar, os adversários entenderam que não se tratava apenas de uma questão de segurança e abordaram as questões profunda que envenenam o país desde sua independência, em 1956.

Antes da cerimônia oficial nesta segunda-feira, os representantes das distintas partes assinaram no fim de semana os oito protocolos que integram o acordo de paz: segurança, propriedade imobiliária, justiça transitória, distribuição e compensação, desenvolvimento do sector nômade e pastoril, distribuição da riqueza, divisão do poder e o retorno dos refugiados e deslocados.

O acordo estipula que os movimentos armados terão que ser desmantelados e que seus combatentes terão que unir-se ao exército regular, que será reorganizado para ser representativo de todos os componentes do povo sudanês.

As negociações de paz eram a prioridade do novo governo de Cartum.

Mas ainda resta muito por fazer porque dois grupos não participaram nas cerimônias de segunda-feira: o Movimento de Libertação do Sudão (MLS) de Abdelwahid Nour e o Movimento Popular de Libertação do Sudão do Norte (SPLA-N) de Abdelaziz al-Hilu.

"Esta é a primeira fase e esperamos que aconteça outra etapa de negociações com os dois grupos", afirmou Saleh.

O acordo de paz do presidente americano, Donald Trump, para o Oriente Médio "está destinado ao fracasso", disse em comunicado neste domingo (26) o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que está à frente do movimento islâmico que controla a Faixa de Gaza, onde vivem dois milhões de palestinos.

"Declaramos com certeza que 'o acordo do século' não será aprovado. O novo complô contra a Palestina está destinado ao fracasso", ressalta em comunicado.

##RECOMENDA##

Chegou a hora de "restaurar os direitos dos palestinos por meio de uma nova fase da luta contra a ocupação israelense", acrescenta o informe.

O movimento islâmico também pediu para dialogar com outros movimentos palestinos, como a Fatah, de Mahmud Abas - que governa a Cisjordânia ocupada - para coordenar a reação ao acordo proposto pelo Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciará o seu acordo de paz para o Oriente Médio nas próximas horas.

Pouco depois da divulgação do comunicado do Hamas, um míssil foi disparado de Gaza à Israel, segundo o exército do país.

Em resposta ao ataque, Israel anunciou ter realizado bombardeios contra o Hamas na parte sul do enclave palestino.

O Papa Francisco saudou nesta quinta-feira (5) o acordo de paz recentemente assinado em Moçambique, na primeira etapa de seu giro pela África, e disse "compartilhar o sofrimento" das milhares de pessoas afetadas pelos dois ciclones que devastaram o país este ano.

"Vocês assinaram, cerca de um mês atrás, (...) o acordo do cessar-fogo definitivo entre irmãos moçambicanos. É um marco que comemoramos e esperamos ser decisivo", disse o pontífice em seu primeiro discurso desde sua chegada na quarta-feira à noite a Moçambique.

Um tratado de paz histórico foi assinado em 6 de agosto entre o governo de Maputo e a Renamo, a antiga rebelião que se tornou o principal partido de oposição. Apesar de a guerra civil ter terminado 27 anos atrás, a Renamo nunca havia se desarmado.

O papa Francisco, que falou nesta quinta diante do presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e do líder da Renamo, Ossufo Momade, elogiou "os esforços que foram feitos para trazer a paz".

"Não à violência que destrói, sim à paz e à reconciliação!", lançou o líder de 1,3 bilhão de católicos.

"A reconciliação é a melhor maneira de enfrentar (...) os desafios que vocês têm como nação", completou, dirigindo-se às autoridades moçambicanas e a membros da sociedade civil reunidos em Maputo.

Um dos países mais pobres do planeta, Moçambique tenta se reconstruir depois de dois ciclones devastadores, Idai e Kenneth, em março e abril, que deixaram mais de 700 mortos.

"Minhas primeiras palavras de (...) solidariedade" vão para as vítimas, disse o papa.

"As consequências devastadoras" de Idai e Kenneth "continuam pesando sobre muitas famílias, especialmente em lugares onde a reconstrução ainda não foi possível", lamentou.

"Quero que saibam que eu compartilho sua angústia, seu sofrimento", ressaltou.

Segundo o Banco Mundial, Moçambique, com seus mais de 2.000 km de costa ao longo do Oceano Índico, está entre os dez países mais ameaçados do mundo, devido às consequências das mudanças climáticas.

- Igualdade social -

O papa também defendeu a igualdade social em Moçambique.

"Sem igualdade de oportunidades, as diferentes formas de agressão e guerra encontrarão um terreno fértil que, mais cedo ou mais tarde, causará a explosão", alertou o papa argentino.

"Não relaxem enquanto houver crianças e adolescentes sem educação, famílias sem-teto, trabalhadores desempregados, camponeses sem terra", disse Francisco, elogiando os avanços conquistados na educação e na saúde.

Em um dos momentos mais emotivos do dia, o papa foi recebido por mais de 5.000 jovens, de todas as religiões, em um ginásio ao grito de "Reconciliação".

Jorge Bergoglio aconselhou os jovens a não caírem na "resignação nem na angústia".

"A paz é um processo que vocês também estão convocados a fazer avançar", disse em um discurso centrado na reconciliação.

Na saída, muitos dos jovens estavam emocionados. "Disse que ninguém deve nos roubar nossa juventude", afirmou Wetla Bazo, de 17 anos. "Me senti honrada com sua simples presença, ver o papa não é uma coisa que acontece todo dia", acrescentou.

O papa começou seu dia com uma reunião privada com o presidente Filipe Nyusi. Os dois já haviam se encontrado há um ano no Vaticano.

"A mensagem de encorajamento que recebemos durante nossa visita oficial ao Vaticano para que considerássemos todos os moçambicanos como irmãos (...) foi um guia no diálogo" com a Renamo, disse nesta quinta-feira o chefe de Estado moçambicano.

"Contudo, a paz duradoura (...) está ameaçada na província de Cabo Delgado (norte)", sob o domínio de uma insurgência islâmica há dois anos, observou ele, referindo-se a uma violência que deixou mais de 300 mortos.

Na catedral de Maputo, o pontífice pediu à comunidade religiosa católica que mostre o caminho do diálogo e evitar "fazer parte do problema das rivalidades, do desprezo e das divisões entre uns e outros".

O chamado "papa dos pobres" terminou o dia em uma obra de caridade católica, cujos voluntários percorrem todas as noites as ruas da cidade para distribuir comida quente aos mais necessitados.

Vinte e seis civis foram mortos nesta terça-feira por um grupo armado que atacou dois vilarejos no noroeste da República Centro-Africana - anunciou o chefe da Missão das Nações Unidas local (Minusca).

Trata-se do pior massacre cometido no país desde a assinatura, em 6 de fevereiro, de um acordo de paz entre o governo e 14 grupos armados.

"A Minusca condena nos termos mais fortes os assassinatos ocorridos nos vilarejos de Koundjili e Djoumjoum, com mais de 26 mortos e muitos feridos", tuitou o representante do secretário-geral das Nações Unidas na RCA, Mankeur Ndiaye.

O massacre ocorreu nessas duas aldeias localizadas a cerca de 50 quilômetros de Paoua, perto da fronteira com o Chade.

"Em 21 de maio, membros do grupo armado 3R (Retorno, Reclamações, Reconciliação) organizaram uma reunião com moradores dos vilarejos de Koundjili e Djoumjoum", segundo uma fonte da ONU.

"Quando os moradores apareceram para a reunião, elementos do 3R abriram fogo contra eles de forma indiscriminada, matando 12 civis em Koundjili, e 14, em Djoumjoum", acrescentou.

O grupo 3R assinou o acordo de paz de fevereiro. Em troca, seu líder, Bi Sidi Souleymane (conhecido como Sidiki), foi nomeado em 25 de março "conselheiro especial militar" do primeiro-ministro, responsável pela criação de unidades conjuntas associando membros das Forças Armadas (FACA) e grupos armados.

Preparado desde 2017 pela União Africana, o acordo assinado em fevereiro em Cartum é o oitavo desde o início da crise em 2013, marcada pela derrubada do presidente François Bozizé.

Nenhum dos acordos anteriores levou à estabilidade, em um país onde os grupos armados controlam 80% do território e lutam pelo controle dos recursos naturais.

Quase 25% das 4,5 milhões de pessoas da RCA foram forçadas a fugir de suas casas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inicia nesta segunda-feira (22) uma visita a Israel e Cisjordânia com o objetivo de pedir que os líderes Benjamin Netahyahu e Mahmoud Abbas apoiem e assinem um acordo de paz. "Nesta minha viagem, encontrei novas razões para esperança", disse o presidente. "Temos uma oportunidade rara de poder criar a paz nesta região. Vim para ressaltar os laços que não podem ser despedaçados entre EUA e Israel", ressaltou Trump.

Israel e Cisjordânia são dois países que fazem parte do primeiro tour internacional de Trump ao exterior como mandatário, iniciado na semana passada, na Arábia Saudita. O republicano desembarcou pela manhã em Israel e foi recebido no aeroporto por Benjamin Netanyahu, quem logo garantiu que "Israel quer a paz".

##RECOMENDA##

"Obrigado por sua histórica visita a Israel como parte de sua primeira missão ao exterior", disse o premier, ressaltando que seu país "busca a paz". Por sua vez, o presidente norte-americano garantiu que os EUA "amam e respeitam Israel" e que estão sempre ao lado da nação devido às "ligações indissolúveis".

De acordo com a Casa Branca, Trump pedirá que Israel encerre os assentamentos na Cisjordânia e que os palestinos parem de lançar campanhas de violência contra os judeus.

As negociações de paz entre o governo de Bashar al-Assad e os grupos rebeldes sírios começarão no dia 23 de janeiro em Astana, no Cazaquistão, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu.

A entrevista do chanceler foi dada à agência oficial de notícias de seu país, Anadolu, citada pela russa Tass nesta quarta-feira (4). Rússia e Turquia, ao lado do Irã, foram os principais negociadores do acordo para cessar-fogo assinado entre os dois lados do conflito sírio e que entrou em vigor no último dia 30 de dezembro.

##RECOMENDA##

Cavusoglu destacou que, antes do acordo de todos os representantes, será realizada uma espécie de pré-reunião entre russos e turcos nos dias 9 e 10 de janeiro.

Ao ser questionado sobre as acusações de grupos rebeldes de que o regime de Assad não estaria respeitando a trégua nos ataques, o ministro turco se mostrou preocupado e destacou que "se nós não formos capazes de para as violações do cessar-fogo, o encontro de Astana fracassará".

Nessa terça-feira (3), representantes dos rebeldes informaram que "congelariam" as conversas de paz em Astana porque as "violações" dos grupos pró-Assad estariam "ameaçando a vida de centenas de milhares de pessoas".

Mergulhada em uma guerra civil há quase seis anos, a Síria tenta um acordo diplomático para por fim ao conflito - que já matou centenas de milhares de pessoas e obrigou mais de seis milhões a saírem de suas casa. 

O Congresso da Colômbia ratificou, no fim da noite desta quarta-feira (30), o acordo de paz fechado pelo governo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O documento recebeu aprovação unânime na Câmara, um dia após ter sido apoiado pela maioria no Senado.

Após eleitores colombianos rejeitarem, em referendo, a proposta inicial do acordo, foram feitas cerca de 50 alterações no texto. O presidente do país, Juan Manuel Santos, disse que não haverá outra consulta popular. "Amanhã começa uma nova era", celebrou Santos.

##RECOMENDA##

O acordo permitirá que membros da guerrilha assumam cargos políticos. Em contrapartida, os rebeldes aceitaram entregar bens, como forma de compensar perdas de vítimas.

A ratificação do acordo de paz passará por um processo de transição por seis meses, período em que os mais de 8 mil guerrilheiros das Farc se concentrarão em áreas rurais e entregarão seus armamentos a monitores das Nações Unidas.

Os rebeldes, entretanto, insistem que só iniciarão a transição quando uma anistia a 2 mil soldados presos seja aprovada pelos congressistas. "O dia D começa quando as primeiras ações forem implementas", disse um dos líderes das Farc, Pastor Alape.

O debate em torno da anistia aos guerrilheiros presos pode ser um dos primeiros desafios ao acordo de paz, já que o Congresso terá de aprovar uma nova legislação e criar tribunais especiais.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, assinaram hoje um novo acordo de paz, na tentativa de terminar com o conflito, que já dura meio século.

Santos e Londoño assinaram o acordo no Teatro Colón, em Bogotá, quase dois meses após o acordo original ter sido rejeitado em um referendo por uma diferença de 57 mil votos. A cerimônia foi organizada às pressas, em um evento para menos pessoas do que o anterior, quando os dois assinaram o acordo na frente de diversos chefes de Estado e do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

##RECOMENDA##

O novo acordo introduz novos cerca de 50 alterações no texto da proposta anterior, que tentam amenizar as críticas da oposição, comandada pelo ex-presidente e atual senador, Álvaro Uribe. Fonte: Associated Press.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou neste sábado (5) que os negociadores de seu governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão concentrados em Havana, em Cuba, para revisar as 57 sugestões de ajuste do novo acordo de paz. Os temas foram sugeridos pelos que votaram contra o acordo no plebiscito realizado no dia 2 de outubro.

"Muitos assuntos são menos complexos de serem resolvido. Outros, mais difíceis", afirmou Santos, fazendo alusão a assuntos como a justiça pós-conflito, que foi um dos pontos mais polêmicos nas reuniões entre o governo e os críticos do acordo. "Todos serão objeto de discussão detalhada com as Farc", garantiu o presidente.

##RECOMENDA##

Santos destacou ainda que a equipe de negociação do governo manterá uma linha de comunicação permanente com os diversos setores que participaram das reuniões para assim escolher as propostas e alternativas para um novo acordo de paz.

"É preciso agora concentrar todos os esforços nos pontos mais complexos para elaborar um novo acordo com as Farc no menor tempo possível", enfatizou.

No acordo firmado no dia 26 de setembro após uma negociação de quase quatro anos, os rebeldes que entregassem suas armas e confessassem seus crimes estariam livres de cumprir pena na prisão. Além disso, as Farc obteriam 10 cadeiras no Congresso até 2026 para facilitar a sua conversão para um movimento político.

Porém, os opositores ao acordo contestam a possibilidade dos chefes guerrilheiros envolvidos em crimes contra a humanidade terem liberdade para ingressar na vida política. Eles propõem que, em alguns casos, eles vão recuperando seus direitos de forma gradual após pagar pelos seus crimes.

O governo, que foi pego de surpresa quando o acordo foi rejeito no plebiscito, quer chegar a uma nova proposta antes do fim de novembro para enviá-la ao Congresso e convocar uma nova consulta popular.

"Estou convencido de que chegaremos a um acordo que atenda aos desejos da imensa maioria dos cidadãos", disse Santos.

O presidente receberá o prêmio Nobel da Paz no dia 10 de dezembro e espera já ter conseguido o reconhecimento do acordo de paz até lá. Fonte: Associated Press.

Sanaa, Iêmen, 29/10/2016 - O presidente exilado do Iêmen rejeitou um acordo de paz proposto pela ONU e destinado a acabar com conflito devastador do país, dizendo que ele "premiaria" os rebeldes. O acordo de paz proposto daria aos rebeldes xiitas, que tomaram a capital iemenita em 2014 e forçaram o presidente Abed-Rabbo Mansour Hadi a deixar o país, uma participação no futuro governo. Ele também reduziria alguns dos poderes do presidente em troca da retirada dos rebeldes das grandes cidades.

Hadi fez as declarações durante uma visita do enviado da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, na capital saudita, Riad, neste sábado. "O povo iemenita condenou essas ideias e o chamado roteiro, na crença de que o acordo é uma porta de entrada para mais sofrimento e guerra", disse Hadi em um comunicado divulgado pela presidência. "As ideias apresentadas ... carregam as sementes de guerra", acrescentou. "Ela premia os líderes do golpe e pune o povo iemenita ao mesmo tempo."

##RECOMENDA##

A declaração informa que Hadi disse a Ahmed que a paz é alcançável apenas quando o "golpe rebelde" for revertido, com base em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que estipula que os rebeldes devem depor as armas e se retirar das cidades como pré condição para qualquer acordo de paz.

O conflito no Iêmen já deixou mais de 10 mil mortos e feridos e deslocou

quase 3 milhões de pessoas. A nação mais pobre do mundo árabe já estava

sofrendo com as altas taxas de desnutrição, e a guerra e um bloqueio imposto

pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita aprofundou a turbulência e a fome no país. Fonte: Associated Press

Representantes do governo da Ucrânia e dos separatistas rebeldes apoiados pela Rússia concordaram nesta quarta-feira em retirar tropas e armas de diversas áreas do leste da Ucrânia, em uma tentativa de reforçar o frágil acordo de paz entre as partes.

Segundo Darka Olifer, porta-voz do ex-presidente Leonid Kuchma, representante do governo, a cooperação se aplica a três áreas específicas e será monitorada por observadores da Organização de cooperação e Segurança da Europa (OSCE, na sigla em inglês). O acordo foi assinado por Kuchma, o representante russo, Boris Gryzlov, e o enviado da OSCE, Martin Sajdik.

##RECOMENDA##

O conflito entre o governo ucraniano e rebeldes separatistas pró-Rússia já mataram 9,6 pessoas desde seu início, em abril de 2014, de acordo com as Nações Unidas. Em fevereiro de 2015, um acordo firmado em Minsk, capital da Bielorrússia, ajudou a encerrar os confrontos de maior escala. No entanto, escaramuças menores continuam acontecendo na região, ao passo que a resolução política se mantém em um impasse. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco visitará a Colômbia no primeiro semestre de 2017 - anunciou neste sábado o presidente da Conferência Episcopal desse país, monsenhor Augusto Castro, após uma reunião com o sumo pontífice no Vaticano. "De fato, o papa irá à Colômbia", informou o prelado, confirmando que a viagem acontecerá "no primeiro semestre de 2017". "Este ano, já está cheio", comentou o religioso.

Segundo Castro, o papa disse que, "me esperam no Brasil, a Argentina grita e, no Chile, também querem eu vá, mas a prioridade é a Colômbia". Desde que foi eleito pontífice em março de 2013 Francisco ainda não visitou sua terra natal, a Argentina.

##RECOMENDA##

A cúpula da Igreja colombiana foi recebida neste sábado pelo papa Francisco, no Vaticano, para tratar da eventual visita ao país, após a assinatura do acordo de paz nesse território. "Viemos nos encontrar com o papa para falar da visita à Colômbia que ele prometeu, falar de detalhes, do que poderá (fazer) e do programa que estudará e fará depois, no momento que lhe for conveniente", relatou o monsenhor Augusto Castro, de Roma, a emissoras de rádio de seu país.

Em várias ocasiões, o papa Francisco ofereceu seu apoio ao processo de paz na Colômbia. Em seu discurso ao corpo diplomático acreditado na Santa Sé, em meados de janeiro, por exemplo, elogiou "os esforços do povo colombiano para superar os conflitos do passado e conseguir a tão esperada paz".

O histórico acordo de paz poderá ser assinado em 23 de março próximo, se for mantido o prazo estabelecido em setembro de 2015 pelas partes envolvidas.

Milhares de israelenses se manifestaram em Tel Aviv, neste sábado, pedindo a retomadas das negociações com os palestinos, por ocasião do 20º aniversário do assassinato do então premiê Yitzhak Rabin, uma figura simbólica dos esforços pela paz no Oriente Médio.

A organização A Paz Agora e outros grupos favoráveis a uma solução "com dois Estados" convocaram a mobilização, no momento em que as perspectivas de um acordo em um dos mais antigos conflitos no mundo se veem cada vez mais distantes. A recente onda de violência faz, inclusive, temer uma Terceira Intifada.

Os ativistas partiram da praça que leva o nome de Rabin, que se tornou primeiro-ministro em 1992 e foi assassinado em 4 de novembro de 1995, aos 73 anos, por tiros dados pelo judeu ortodoxo fanático Yigal Amir.

Amir era contra os Acordos de Oslo, de 1993, no âmbito dos quais se criou a Autoridade Palestina, uma espécie de prévia para um futuro Estado palestino. A iniciativa valeu o Prêmio Nobel da Paz a Rabin, ao então presidente israelense, Shimon Peres, e ao líder palestino Yasser Arafat.

O 20º aniversário da morte do premiê trabalhista, que provocou enorme comoção em Israel, inicia-se neste sábado à tarde, de acordo com o calendário judaico.

Os Estados Unidos podem lançar novas sanções a líderes rivais do Sudão do Sul para pressioná-los a aceitar um acordo de paz até meados de agosto, informou um alto funcionário do governo americano.

O presidente dos EUA, Barack Obama, deverá convocar amanhã uma reunião na capital da Etiópia com líderes africanos que têm tentado mediar um acordo de paz que acabe com a guerra civil no Sudão do Sul. O encontro deve incluir líderes do Quênia, Uganda e Etiópia, o presidente da União Africana e o ministro das Relações Exteriores do Sudão do Sul.

##RECOMENDA##

Uma fonte do governo americano comentou com jornalistas durante o voo que levava Obama de Nairóbi para Addis Ababa que o melhor cenário seria ambos os lados aceitarem o plano de paz até 17 de agosto, mas há pouca expectativa de que isso aconteça.

"Eu não acho que ninguém deve ter grandes expectativas de que haverá avanços", disse. "As partes mostraram-se completamente indiferentes ao seu país e ao seu povo, e isso é uma coisa difícil de corrigir."

Obama vai discutir com os líderes regionais passos concretos para um plano alternativo se o prazo terminar sem acordo. As opções em análise incluem sanções adicionais sobre indivíduos que têm como alvo seus ativos e capacidades de viagens, bem como sanções mais amplas dos EUA e em cooperação com países africanos, a União Europeia e as Nações Unidas.

Um embargo de armas também está em questão, de acordo com a fonte. "Mas o ponto é que precisamos encontrar ferramentas que afetem os dois lados igualmente, e o embargo de armas afeta mais um lago que os dois", comentou a autoridade. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os líderes europeus que negociam a crise ucraniana realizaram uma conferência telefônica com os presidentes da Rússia e da Ucrânia neste domingo e concordaram em trabalhar por um acordo de paz a ser discutido em uma reunião de cúpula em Minsk, na Bielorrússia, nesta quarta-feira (11), disse um porta-voz alemão da chanceler Angela Merkel.

Os quatro líderes - o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, o presidente francês, François Hollande, e Merkel - discutirão um pacote de medidas para alcançar uma "solução abrangente" para o conflito no leste da Ucrânia, disse o porta-voz Steffen Seibert.

##RECOMENDA##

Os trabalhos no pacote continuarão em Berlim nesta segunda-feira, visando efetivamente realizar a reunião em Minsk na quarta-feira, afirmou Seibert. Devem participar da cúpula representantes da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha, e também dos separatistas no leste da Ucrânia, acrescentou o porta-voz.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, reforçou neste domingo a rejeição do país à entregas de armas para a Ucrânia. "Eu vejo isso, para dizê-lo abertamente, não apenas como um risco, mas como sendo contraproducente", disse Steinmeier, na Conferência de Segurança de Munique.

Steinmeier também rebateu as críticas abertas da posição da Alemanha feita por senadores norte-americanos e outras autoridades. A Casa Branca está cogitando entregar armas à Ucrânia para apoiar a luta do país contra os separatistas pró Rússia, no leste do país.

"Talvez estejamos tão insistentes porque conhecemos um pouco a região", disse Steinmeier. O Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que discursou após Steinmeier na conferência, não citou a entrega de armas diretamente. Mas insistiu que o Ocidente estava unido em sua resposta à crise Ucrânia e prometeu novas medidas se a Rússia não trabalhar para acalmar os combates, mas não citou quais seriam essas medidas.

"Deixe-me assegurar a todos: não há divisão - não há ruptura", disse Kerry. "Nós todos concordamos que este desafio não vai acabar através da força militar. Estamos unidos em nossa diplomacia. Mas quanto mais tempo leva, mais vamos ser obrigados a aumentar os custos sobre a Rússia".

Fonte: Dow Jones Newswire

A chanceler Angela Merkel afirmou neste sábado (7) que permanece incerto se haverá sucesso na última rodada de negociações com Moscou para um acordo de paz na Ucrânia. Em seu primeiro discurso após viagens diplomáticas a Kiev e à Rússia com o presidente francês François Hollande, a líder alemã reiterou que ainda vale a tentativa de resolver a questão por meios pacíficos.

"Após as conversas ontem em Moscou, eu digo que é incerto se elas serão um sucesso. Mas é a minha perspectiva e a do presidente francês de que vale a pena tentar", afirmou Merkel em discurso na Conferência de Segurança de Munique. "Devemos isso às pessoas afetadas na Ucrânia".

##RECOMENDA##

Durante a semana, Merkel e Hollande tentaram costurar um novo acordo de paz e viajaram inesperadamente à Kiev, para encontro com o presidente Petro Poroshenko. Após o diálogo com o líder ucraniano, os chefes de Estado foram à Rússia para se reunir com o presidente Vladimir Putin na noite de ontem.

Em seu discurso hoje, Merkel afirmou que as ações da Rússia no leste da Ucrânia representam uma "forte contradição" com suas obrigações internacionais. Entretanto, a chanceler reiterou que a diplomacia com a Rússia para as negociações do projeto nuclear do Irã e a retirada de armas químicas da Síria mostra que a cooperação com Moscou em desafios internacionais importantes é possível.

O porta-voz de Merkel descreveu o diálogo com Putin como "construtivo e substancial" e disse que os países envolvidos estão trabalhando em um novo "documento conjunto" para a implementação do tratado de paz assinado em Minsk, em setembro do ano passado. Merkel afirmou que os resultados do acordo foram "muito decepcionantes", mas que isso não significa que a comunidade internacional deve desistir do caminho diplomático.

A chanceler alemã reafirmou mais uma vez sua oposição à ideia de que os países ocidentais devem conceder armamentos à Ucrânia e disse que a proliferação de tais equipamentos no leste do país já piora a situação. "Eu posso entender a discussão", afirmou. "Mas eu acredito que o progresso na Ucrânia não pode ser alcançado com mais armas. Eu estou muito, muito descrente quanto a isso".

Os Estados Unidos, por outro lado, têm adicionado pressão sobre Moscou ao considerarem o envio de armas às forças ucranianas - decisão que líderes europeus já sinalizaram que irão opor publicamente. Angela Merkel viaja neste domingo para os Estados Unidos e deve se encontrar com o presidente Barack Obama na Casa Branca na segunda-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Paz entre israelenses e palestinos "ainda é possível", disse neste sábado (25) o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, saudando os esforços do Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em retomar as negociações paralisadas.

Em um discurso no Fórum Econômico Mundial, na cidade de Al-Shunah, nas margens do Mar Morto, na Jordânia, Abbas pediu a Israel para "acabar com a ocupação de nossas terras", evacuar os assentamentos e libertar prisioneiros palestinos. "Isso é o que vai trazer a paz e garantir a segurança para você e para nós", disse ele.

##RECOMENDA##

O líder palestino elogiou os últimos esforços de Kerry para reviver as negociações de paz com Israel, que estão paralisadas há quase três anos. "Recentemente, temos visto ações concretas e tentativas tangíveis para reiniciar o processo de paz através dos esforços do secretário dos EUA (John) Kerry, e isso nos traz esperança", disse Abbas.

Na sexta-feira, Kerry pediu aos líderes israelenses e palestinos que tomem "decisões difíceis" para retomar as negociações ao final de sua quarta visita à região desde que assumiu o cargo, em fevereiro. "É claro que no longo prazo o status atual não é sustentável", afirmou Kerry em uma coletiva de imprensa Tel Aviv, observando que o "único caminho" para a paz é através de negociações diretas.

Uma autoridade palestina em Ramallah disse à agência France-Presse (AFP) nessa terça-feira que Abbas se reunirá com o rei da Jordânia, Abdullah II, Kerry e alguns ministros das Relações Exteriores europeus, em um encontro à margem do fórum. As informações são da Dow Jones.

Representantes de Israel disseram que resistiriam a qualquer tentativa do Egito para reabrir discussões militares sob o histórico acordo de paz, apesar da rápida deterioração da situação na península do Sinai.

Após uma série de ataques na região, incluindo uma ação que matou um soldado israelense na semana passada, Israel pode não ter escolha a não ser permitir ao Egito aumentar as forças na área significativamente desmilitarizada na fronteira.

##RECOMENDA##

O tiroteio de sexta-feira provavelmente vai alimentar novos pedidos do Egito para rever o tratado de paz.

Nos últimos anos, grupos militantes têm se tornado mais ativos no Sinai, e oficiais de segurança do Egito dizem que precisam de mais poder de fogo para manter a área sob controle.

O ministro Avigdor Lieberman disse, neste domingo, que Israel não concordaria em reavaliar os termos do acordo de paz. "Não há chance para que Israel concorde com qualquer tipo de mudança", disse a uma rádio. "Os egípcios não deveriam tentar iludir a si ou a outros", afirmou.

Lieberman disse que o fortalecimento de tropas não estava em questão e sugeriu que o exército do Egito não estava preparado para lidar com o desafio. "O problema no Sinai não é o tamanho das forças. É a aptidão para lutar, para colocar pressão e conduzir o trabalho como é necessário", disse.

Mas em diversas ocasiões, Israel permitiu ao Egito colocar contingente extra na região, sendo a mais recente em 5 de agosto, quando militantes mataram 16 soldados egípcios.

O acordo de paz de 1979 foi a base para a estabilidade da região. As informações são da Associated Press.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando