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Realizada por meio do Programa de Extensão Coroatá, do Campus do Marajó da Universidade Federal do Pará (UFPA), a websérie documental “Vivências do carimbó” evidencia o ritmo como ferramenta de ensino, promove maior valorização da cultura regional e o intercâmbio entre saberes populares e acadêmicos.
##RECOMENDA##O carimbó está presente em pelo menos 100 municípios do Pará. Em 2014, foi registrado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Durante os episódios, a websérie apresenta os fazedores de carimbó de Icoaraci, professores e mestres de carimbó de Soure, no Marajó, e entrevistados da Região Metropolitana de Belém
De acordo com Priscila Cobra, jornalista e mestra em Ciências Sociais pela UFPA e idealizadora e codiretora da websérie, a ideia surgiu de um rearranjo de formato devido à pandemia. A princípio, seria um projeto presencial. “A ideia era ir em cada um desses territórios e fazer oficinas, rodas de conversa e encerrar com rodas de carimbó”, explicou Priscila Cobra.
A série faz a ligação entres duas áreas normalmente afastadas: cultura popular (presentes nas ruas, nos grupos e rodas de carimbó) e educação dentro de sala de aula. “Buscamos promover o diálogo entre as áreas da educação, cultura e salvaguardar o carimbó”, afirmou a codiretora.
“Vamos mostrar na websérie que o carimbó não é apenas um ritmo. É um estilo de vida, uma raiz ancestral da nossa Amazônia indígena e negra: dos nossos rios, da floresta e também do asfalto, do ambiente urbano”, contou Priscila Cobra. Carimbozeira do Distrito de Icoaraci, Priscila explicou que a websérie mostra ao público como o carimbó é uma forma de resistência secular e pode ser uma ferramenta muito útil para o ensino dentro e fora da sala de aula.
Para Ailton Favacho, professor e poeta, o carimbó pode promover maior interação entre a vivência da comunidade acadêmica com os mestres de cultura e grupos de carimbó. “A grande importância do carimbó é porque ele pode ser uma ferramenta pedagógica muito atraente, isso faz com que o aluno se interesse pela aula e pela cultura dele mesmo”, afirmou o professor.
Marcos Correa, codiretor da websérie, afirma que o carimbó também traz o ambiente urbano e a realidade do asfalto. “Com as gravações vivenciamos aspectos dessa cultura e como ela pode ser ensinada e utilizada como ferramenta para educação em sala de aula”, disse. A série está disponível na plataforma de vídeos on-line YouTube (para assistir, clique nos episódios abaixo).
Serviço
Episódio 1, Episódio 2, Episódio 3.
Por Emilly Lopes e Júlia Marques (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).