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O Primeiro Congresso Internacional da Devoção Mariana e Círios de Nazaré teve sua programação iniciada na quarta-feira (14), com missa celebrada pela manhã na Basílica Santuário de Nazaré e abertura solene, à noite, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém do Pará. Organizado pela Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), o evento reuniu católicos dos tradicionais centros de devoção mariana do mundo.

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Com o objetivo de fortalecer a fé cristã a partir de Maria como exemplo de amor e integração entre os povos, participam do congresso representantes católicos de reconhecida devoção mariana: Fátima e Nazaré (Portugal), Lurdes (França), Guadalupe (México), Aparecida e Nossa Senhora de Nazaré (Brasil). Destaca-se a procissão do Círio de Nazaré, que ocorre em outubro na capital paraense.

Na Basílica Santuário, os devotos participaram da missa presidida pelo padre barnabita reitor Francisco de Assis Felintro e concelebrada pelos clérigos convidados, entre esses o padre Carlos Pedrosa Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima em Portugal, pela primeira vez em Belém do Pará. “Encontrar essa expressão mariana tão viva em Belém é reviver a fé que temos em Fátima”, disse o reitor português.

Após a celebração, os inscritos no congresso foram à Casa de Plácido, localizada no Centro Social de Nazaré, para realizar o credenciamento, o qual teve continuidade no Hangar, até o momento da programação da noite, quando o Primeiro Congresso Internacional da Devoção Mariana e Círios de Nazaré foi declarado oficialmente aberto.

O público, composto de religiosos, consagrados, leigos, autoridades eclesiásticas e seculares, acompanhou a chegada das imagens e ícones marianos cada um representando as aparições ou achados da Virgem Maria, em solos português, francês, mexicano e brasileiro. Representantes sacerdotais entregaram os símbolos marianos aos convidados que compunham a abertura, entre ao quais padre Diego Antônio da Silva, prefeito de Igreja do Santuário Nacional de Aparecida (Brasil); Luis Felipe García Álvarez, coordenador de Pastoral Litúrgica e teólogo magistral guadalupano (México); padre Michel Daubanes, reitor do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes (França) e o doutor Nuno Batalha, presidente da Mesa Administrativa de Nossa Senhora da Nazaré (Portugal).

Padre Paulo Falcão, da Arquidiocese de Belém e apresentador do podcast Cristo Mais, manifestou sua emoção por esse encontro considerado ímpar, o qual marca o centenário da Basílica de Nazaré. “Nosso Santuário aqui na Amazônia acolhe as pessoas que vieram participar do Congresso Mariano. Essa comunhão nos motiva ainda mais a seguir Jesus”, afirmou o sacerdote.

O arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira, em seu pronunciamento, relembrou a ocasião em que entregou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré ao Papa Francisco, quando o Sumo Pontífice esteve no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, em 2013. “Essa imagem ficou na capela do auditório onde aconteceu o Sínodo e todos a contemplavam. Na ocasião, o Papa Francisco compartilhou vários sonhos, e nós estamos hoje a realizar uma parte desses sonhos ao evangelizar inspirados em  Maria, aquela que por excelência é revestida da Palavra de Deus”, afirmou dom Alberto. “O Círio de Nazaré consegue catalizar todas essas realidades de devoção mariana, por isso a Arquidiocese de Belém e a Diretoria da Festa de Nazaré tomaram a iniciativa de promover um intercâmbio dessas experiências vividas mundo afora.”

A programação segue até esta sexta-feira (16), concentrada pela manhã no Hangar, onde haverá o pronunciamento do secretário estadual de Turismo, Eduardo Costa, e da secretária de Cultura, Úrsula Vidal. Serão nomeadas as comissões técnicas e  prosseguirão as palestras, debates, além do testemunho da Guarda de Nazaré. À tarde, os congressistas fazem visitas guiadas à Basílica Santuário de Nazaré e Museu Memória de Nazaré.

Na manhã do encerramento, o Cura da Catedral Metropolitana de Belém, padre Agostinho, fará a oração inicial e o mestre de cerimônia Marcelo Pinheiro anunciará  o ciclo das atividades até o horário da missa das 18 horas, que será realizada na Sé, dando-se por concluído o I Congresso Internacional da Devoção Mariana e Círios de Nazaré.

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Alma mariana

Católica e devota da Virgem Maria, a escritora Ruth Farias frequenta assiduamente o Santuário de Fátima, localizado em Belém, no bairro de mesm, e participa do congresso. “Estive na celebração na Basílica Santuário de Nazaré e agora estou aqui na abertura solene”, disse. “O paraense tem a alma mariana e essa é uma oportunidade única que não quero perder de jeito nenhum.”

Outra devota que elogiou a programação foi a pedagoga Maria de Lourdes da Silva Souza, 71 anos, engajada no movimento “Mães que oram pelos filhos” e na pastoral da Liturgia da Basílica Santuário. “Aprendi com minha mãe a caminhar com Maria e ensinei a meus filhos esse amor mariano que nos fortalece”, enfatizou a congressista.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e o governador do Pará, Helder Barbalho, pontuaram o fato de o Primeiro Congresso Internacional da Devoção Mariana e Círios de Nazaré ocorrer em Belém, o que faz essa parte da Amazônia ser protagonista do olhar mundial da fé cristã. “Estaremos em breve recebendo novamente o público internacional por ocasião da Conferência Climática. Nos firmamos como um Estado em potencial desenvolvimento e, por isso, parabenizamos a Igreja Católica pelo evento que fortalece ainda mais esse perfil”, declarou Helder Barbalho.

Antônio Salame, coordenador do Congresso Internacional, ressaltou que as devoções marianas, particularmente as de línguas latinas, são o centro desse encontro.  “Pretendemos a partir dele definir diretrizes para  crescermos em nossa fé", ressaltou o diretor da Festa de Nazaré.

A noite de abertura no Hangar foi contemplada com a apresentação do canto lírico de Patrícia Oliveira, que interpretou a célebre “Ave Maria”. A vasta programação  do congresso conta ainda com opcionais de passeio fluvial ou city tour e visita à Feira Internacional do Turismo, no dia 17 de junho. Além de missa e concerto de música sacra na Basílica Santuário, a partir das 17 horas.

No dia 18 de junho, ocorre a Caminhada guiada no trajeto do Círio de Nazaré, saindo da Catedral Metropolitana de Belém (Cidade Velha), às 7h30 da manhã,  até chegar à Basílica Santuário de Nazaré.

Por Rosângela Machado (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Imagens de vídeo: Fernando Sette (TV UNAMA).

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A 118ª Festa de Nossa Senhora da Conceição do Morro, que registra a volta das procissões da bandeira após a pandemia da Covid-19, marca também a tradição familiar da devoção de quem não pôde pedir, agradecer e nem fazer uma oração pessoalmente à Nossa Senhora da Conceição. 

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O dia da Nossa Senhora da Conceição é comemorado na quinta-feira, no dia 8 de dezembro, mas, para evitar o tumulto de pessoas que tomam o local no dia da grande celebração, alguns fiéis já se adiantaram e subiram o Morro  da Conceição, na Zona Norte do Recife, nesta quarta-feira (7).

A devoção pela Santa e a lembrança da mãe foi o que levou Alcione Isaias, de 45 anos, a ir ao Morro com a companheira, Josiane Pereira. Moradoras de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, Alcione contou que mesmo após a mãe, Neusa Maria, ter falecido ainda durante a pandemia, ela continuou o legado da família. “Eu venho conversar com ela [Nossa Senhora da Conceição] para espairecer a minha mente e me ajudar nos problemas da vida. Acima de Deus tem ela”, afirmou. 

O medo de perder a casa onde mora desde quando nasceu é o que aflige Alcione neste ano, que foi pedir para que tudo dê certo. “Esse ano eu vim pedir porque estão querendo tomar a casa que a gente mora depois de 50 anos. O metrô tá querendo a terra depois desse tempo todo. A gente foi numa reunião hoje antes de vir para cá, vamos levar os documentos para ver, mas tenho fé em Nossa Senhora que vai dar certo”, disse. 

Devota por ter conseguido uma Graça ainda jovem, quando teve o primeiro filho, dona Vanete chegou no Morro da Conceição no fim desta tarde. Ela contou que ficou com depressão depois de ter perdido a mãe, Maria das Neves, aos 78 anos, que faleceu por causas naturais também durante a pandemia. “Eu me sinto segura conversando com ela [Nossa Senhora da Conceição], é uma forma de confortar o coração. A minha mãe era muito devota de Nossa Senhora da Conceição e também vinha para o Morro, então, vir para cá é uma boa forma de lembrar dela, apesar de vir há muitos anos”. 

“Desde quando eu me casei, há 32 anos, e tive problema quando tive o meu primeiro filho, me agarrei com ela e deu tudo certo. Desde esse tempo eu fiquei devota dela. Já passei por muitos problemas com o meu filho e consegui tudo através da minha fé”, relatou dona Vanete. 

Trânsito

O acesso de veículos ao Morro da Conceição está fechado por conta do grande fluxo de pessoas e só vai abrir na quinta-feira (8), após a procissão de encerramento da Festa, com a imagem Santa, que terá concentração a partir das 15h e saída às 16h da Prefeitura do Recife em direção ao Morro da Conceição e a cerimônia, com previsão de início às 19h30. 

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), em conjunto com a organização do evento e da Prefeitura do Recife, está permitindo a subida de carro com pessoas idosas e com dificuldade de locomoção pela Rua Japaratuba.

*Com informações de Vitória Silva 

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Após dois anos sem as tradicionais romarias do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, o ano de 2022 trouxe a alegria do segundo fim de semana de outubro para o coração dos paraenses. A Trasladação é o trajeto que a Imagem Peregrina da Virgem de Nazaré faz do Colégio Gentil Bittencourt até a Igreja da Sé. Cerca de 1,4 milhão de fiéis percorreram três quilômetros e 600 metros na procissão noturna, durante quase cinco horas.

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Lorena Almeida, empresária, acompanha a Trasladação desde o ventre da mãe. Lorena fez uma promessa e disse que vai doar água e refrigerante nas futuras trasladações. "É inexplicável, é uma fé inexplicável que move montanhas, eu não sei explicar. Só quem viveu sabe o que sentir", relatou a empresária sobre o sentimento de viver a Trasladação. 

A corda que puxa a berlinda da santa peregrina contou com as cinco estações e o Núcleo da Berlinda. A corda foi rompida em frente à Estação das Docas.

A Trasladação teve cerca de 15 homenagens de empresas com canções referentes ao Círio, chuva de papel e show de fogos de artifício. 

Por Alessandra Vinagre e Sergio Manoel (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Os paraenses tomaram conta das ruas de Belém nesse domingo (9). Cerca de dois milhões e meio de devotos, segundo estimativa da Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), participaram da grande procissão do Círio de Nazaré pelas ruas centrais da capital paraense. A Igreja voltou a promover romarias presenciais depois de dois anos de pandemia, 2020 e 2021, período em que não houve procissão oficial da celebração católica.

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Foram mais de cinco horas de romaria, no Círio de número 230, em um percurso de três quilômetros e 600 metros. A romaria saiu às 7h20 da Catedral de Belém, após missa celebrada por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará. A procissão que seguiu em direção à Basílica Santuário, local em que a imagem foi encontrada em 1700 pelo caboclo Plácido.

No percurso pelo centro de Belém, a procissão passou por alguns dos principais monumentos representativos da história da cidade, recebendo diversas homenagens em frente a órgãos públicos, escolas e empresas.

Nos últimos dois anos, em decorrência da pandemia da covid-19, foram suspensas todas as procissões do Círio. Para amenizar essa distância, a imagem da Virgem de Nazaré chegou a sobrevoar a cidade de Belém de helicóptero, especialmente por cima dos hospitais, de onde saíram muitos pedidos de cura e para onde foram direcionadas muitas das orações nesse período.

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O publicitário Danilo Caetano, 44 anos, acompanha o Círio desde criança com sua mãe e foi agradecer pela graça alcançada. “Além da própria saúde em relação à pandemia, compramos uma casa, um sonho realizado. A gente tinha que vir aqui esse ano, é um ano especial de retorno da festa. É a celebração pela vida e ao mesmo tempo uma conquista pessoal que é a nossa casa, nossa casinha linda”, contou.

Para Danilo, o Círio é um momento de celebração pela vida, gratidão e renovação de fé. “Saímos de uma pandemia tão difícil para todo mundo, e estar aqui também é um agradecimento”, afirmou.

José Antônio Bahia, 61 anos, é guarda da santa há seis anos e se orgulha de servir a Nossa Senhora de Nazaré. “Eu tive diabetes, um buraco no meu pé e eu não tomo remédio e não tomo nada e eu somente pedi pra Deus, indo à Basílica. Eu tenho muito orgulho de Nossa Senhora de Nazaré, eu vou chorando cada hora que vou falando dela, não tenho explicações do meu amor por ela. É uma felicidade participar desse Círio”, ressaltou.

Antônio Bahia disse que seu sentimento de alegria ao estar na celebração de fé é inexplicável. “O sentimento é uma alegria que não tenho palavras para explicar. Esses dois anos parados com a pandemia que houve e agora poder estar participando de novo é uma alegria”, finalizou.

Por Amanda Martins (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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A Trasladação, procissão noturna do Círio de Nazaré, tem hora marcada para sair, neste sábado (8), em Belém. Às 17h30, segundo a Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), a berlinda com a Imagem Peregrina ganha as ruas da cidade para um percurso inverso ao da grande romaria do Círio, no domingo: sai do Colégio Gentil Bittencourt até a Catedral de Belém, depois da missa.

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A primeira Trasladação foi promovida pelo governador Francisco de Souza Coutinho, com o capelão do Palácio do Governo, padre José Roiz de Moura. Os dois levaram a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré da Matriz até a capela do local.

Carla Daniela Araujo, 29 anos, supervisora de atendimento, participa com frequência da programação do Círio de Nazaré, em especial da Trasladação. Ela acompanha a procissão para demonstrar sua devoção à Nossa Senhora de Nazaré. "Fui na corda algumas vezes. Mas um momento marcante foi quando me perdi da minha mãe durante a procissão e tive que pedir um celular emprestado, porque o meu molhou e só funcionou dois dias depois", recorda.

A devota fala sobre a importância do evento este ano, após as mortes de muitas pessoas durante a pandemia. "Muitas vidas foram perdidas e a Trasladação é um momento principalmente de agradecer pela vida e pelas almas de todos que infelizmente não puderam mais viver esse momento", diz Carla. "A Trasladação, assim como Círio, é importante pela devoção e significado que ele carrega em si. Pela fé e várias outras demonstrações de empatia com o próximo."

Renan Almeida, 20 anos, estudante, segue a Trasladação desde criança. "Voltar às ruas esse ano será um momento muito mágico. Vai ser um momento de reencontro com a mãe. Passados os dois anos de pandemia, que a gente não podia ir para a rua, essa Trasladação vai entrar para a história", diz.

O estudante conta que faz promessas todos os anos para Nossa Snhora e que sempre a cumpre. A parte mais memorável que já viveu, diz, foi ver muitas pessoas pagando suas promessas, como vê-las dando água, ou indo na corda. "É um momento lindo", destaca.

"A importância da Trasladação para os paraenses é a fé na Virgem Maria e no seu filho Jesus, porque muitas pessoas têm fé e devoção nela. A gente simplesmente ama a virgem Maria. Para nós, paraenses, é um momento lindo e mágico. Um momento de fé e renovação", conclui.

Por Kátia Almeida, Giovanna Cunha e Ana Clara Soares (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O tradicional Auto do Círio, programa de extensão da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA), volta às ruas nesta sexta-feira (7). O evento antecede o Círio e ocorre há 28 anos. O cortejo se inicia na Casa das 11 Janelas e segue até a Praça Felipe Patroni. O tema deste ano é “Agradecer, bendizer e celebrar”.

Tarik Coelho, coordenador do programa de extensão, comentou sobre a experiência de voltar a realizar esse espetáculo presencialmente depois de dois anos, e diz que a maior dificuldade enfrentada foi o tempo. “É uma emoção muito grande poder voltar a realizar o Auto do Círio presencialmente, nós artistas paraenses estávamos muito ansiosos por esse momento de fé e devoção à Nossa Senhora de Nazaré”, disse.

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A fotógrafa Danielle Cascaes é licenciada em Teatro pela ETDUFPA e  faz registros do Auto do Círio desde 2018. “É um evento que tem fotógrafos do mundo todo, e esse foi muito importante para mim porque foi o momento da minha carreira que eu tive a publicação Internacional, na Vogue Itália, com o registro do Auto do Círio do bailarino Juan. Eu fiquei muito lisonjeada de que o meu trabalho foi pela primeira vez reconhecido internacionalmente com um registro do Auto”, falou a fotógrafa.

Danielle disse já estar se preparando para o cortejo deste ano, comprando os materiais necessários, e que mesmo que o trajeto seja curto ele demanda muito fisicamente. “Eu acho que eu vou um pouco mais cedo para fotografar mais os bastidores do que qualquer outra coisa. Porque eu realmente não acho que eu vou ser capaz de aguentar o cortejo inteiro devido a condições físicas de uma recente cirurgia. Mas eu vou sim e vou tentar fazer tudo o que eu posso, tudo o que estiver ao meu alcance. Então eu estou me preparando física e psicologicamente para aguentar esse momento e eu acho que de qualquer maneira vai ser uma ótima experiência”, disse Danielle.

A fotógrafa comenta a alegria de poder fotografar esse espetáculo pela primeira vez como fotógrafa oficial do projeto. “É um marco para a minha carreira, porque eu comecei fotografando nele, foi uma das primeiras vezes que eu fotografei. Então eu estou muito feliz de ter sido convidada pela direção do Auto para ser a fotógrafa oficial deste ano e eu espero fazer o meu melhor trabalho. Fotografar o Auto sempre é um momento especial para mim, não só como artista mas como pessoa devota e cidadã dessa cidade”, concluiu.

A artista e professora da UFPA Luiza Monteiro é também a diretora artística do elenco que se apresenta nesta sexta-feira (7) e afirma que o Auto do Círio é um momento importante para aprender mais sobre estar em cena. “O Auto é um momento muito importante para que a gente possa aprender a estar em cena e a trocar com o público e com os outros artistas, já que, são muitas coisas acontecendo, tem muita visualidade, maquiagem, figurino e muitas performances. É uma oportunidade de explorar a capacidade que o corpo tem de estar em cena e perceber os elementos da cena no ao vivo, no improviso e no contato com esse público gigantesco que participa do auto do círio”, explica.

A professora, que participa da apresentação há mais de 10 anos por meio da Companhia Moderno de Dança, conta que o Auto já tem um espaço especial na agenda de outubro. “Para mim o Auto faz parte de todo um ritual, encontros e momentos que celebram o meu Círio de Nazaré. Também é pra que eu manifeste a minha fé, apresente minha arte. Ele faz parte do meu calendário do Círio para que eu possa dançar, rezar, agradecer e estar em comunhão com as pessoas que eu amo.”

O coordenador do programa, Tarik Coelho, confia que Nossa Senhora dê forças para que consigam realizar o Auto do Círio dentro do que foi planejado e encoraja a todos que participem deste momento. “O trajeto foi todo pensado nessa questão do público, retiramos palcos do caminho e alargamos nossas ações, esperamos que tudo dê certo. Por isso venham assistir o Auto do Círio 2022, nosso retorno ao presencial, um momento de muita fé e devoção dos artistas paraenses à Nossa Senhora”, finalizou.

Por Ana Luísa Cintra e Yasmin Seraphico (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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O Círio de Nazaré já toma conta das ruas de Belém. Nesta sexta-feira (7), ao longo de todo o dia, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora segue na romaria do Traslado da Basílica Santuário até o município de Ananindeua, na Região Metropolitana. Num percurso de 50 quilômetros, a berlinda com a santa passa por vários bairros e comunidades. Por volta de 12 horas, o cortejo para na UNAMA Ananindeua, na rodovia BR-316, para homenagens.

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Na quarta-feira (5), primeira romaria oficial do Círio 2022, o Traslado dos Carros, atravessou as ruas centrais da capital paraense. A Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) e a Arquidiocese de Belém transformaram o Traslado dos Carros de milagres e promessas da grande procissão do Círio, da Basílica Santuário à Estação das Docas, na 13ª Romaria Oficial do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. 

Na quinta-feira (6), um dos símbolos do Círio foi apresentado aos devotos: o manto da Virgem de Nazaré. A cerimônia ocorreu na Basílica Santuário, em Belém.

Nesta sábado (8), 350 mil pessoas são esperadas na Romaria Rodoviária, que ocorre a partir das 5h30, após a Missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças, em Ananindeua. Essa é a terceira das cinco procissões realizadas na véspera do Círio. Durante a procissão, a Imagem Peregrina da Virgem de Nazaré será conduzida até o Trapiche de Icoaraci, para a saída do Círio Fluvial. O percurso da Romaria é de aproximadamente 24 quilômetros, o segundo maior das 13 procissões oficiais do Círio de Nazaré.

Círio Fluvial

Ainda no sábado, às 9 horas, será realizado o Círio Fluvial – a quarta romaria oficial –, que sai do Trapiche do Distrito de Icoaraci com destino à Escadinha da Estação das Docas. A Imagem Peregrina é levada no navio Garnier Sampaio, da Marinha do Brasil, responsável por também fazer a organização e controle de toda a Romaria Fluvial, que deve ter duração de duas horas. 

A Marinha informou que somente barcos inscritos poderão participar, todos usando adesivos e bandeiras fornecidos pela Secretaria de Estado de Turismo (SETUR), entregues no momento do cadastro. As embarcações devem respeitar a capacidade e todos os ocupantes são obrigados a usar coletes salva-vidas. 

Motorromaria

Após receber as honrarias na Escadinha do Cais do Porto, a Imagem Peregrina é conduzida para a terceira romaria do dia, a Motorromaria. A procissão é realizada desde 1990 e iniciou por uma iniciativa da Federação Paraense de Motociclismo, que gostaria de prestar sua própria homenagem à Santa. 

A procissão se encerra em cerca de uma hora em frente ao Colégio Gentil Bittencourt, com uma bênção para os motociclistas. A previsão de público é 45 mil.

No fim da tarde, sai a Trasladação, a gra de romaria noturna. O destino é a Igreja da Sé. Na manhã de domingo, a grande procissão do Círio ganha as ruas, no percurso inverso - Sé/Basílica Santuário.

As principais ruas serão bloqueadas a partir das 6 horas da manhã e permanecem assim até o fim da procissão do Círio, no domingo, dia 9.

Da Redação do LeiaJá Pará (com informações da Diretoria da Festa de Nazaré).

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É uma tradição paraense, ao longo do ano, e especialmente no período do Círio, a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré a paróquias e instituições públicas e privadas. Na última quinta-feira (21), a UNAMA – Universidade da Amazônia, unidade Alcindo Cacela, acolheu a Imagem Peregrina em um momento de fé e entre os devotos.

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A reitora da UNAMA, Betânia Fidalgo, afirma que essa tradição deve ser mantida por muitos anos na universidade e ressalta a importância do ato: “Maria Mãe e Mestra, ou seja, renovando a fé do processo educativo que a UNAMA faz há 48 anos. Muita emoção. Professores, professoras, colaboradores, alunos e alunas, todos reunidos esperando a nossa mãe".

A missa foi celebrada pelo padre Deogratias Muderhwa, da arquidiocese de Belém. Ele ressaltou um papel importante de Maria para os devotos: ela os educa como filhos para viverem bem com a fé. O padre também diisse que o momento é de manifestação do carinho de Nossa Senhora aos seus seguidores. “Esse momento é muito importante para a universidade e para todo mundo que reconhece que Deus nos enviou seu Filho, que nasceu de Nossa Senhora e que nós a veneramos como nossa Mãe.”

A coordenadora do curso de Psicologia da UNAMA Alcindo Cacela, Luzia Aquime, ressaltou sobre a importância que o Círio tem na vida dos paraenses. “É como se fosse o Natal. Na verdade, é uma grande confraternização, é um momento que todos nós nos enchemos de muita fé e a gente passa o Círio dessa forma, com muita emoção”, diz.

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A estudante de Licenciatura em História Silviane Montenegro, moradora do Outeiro, na região das ilhas de Belém, compartilha sua devoção à Imagem Peregrina.

“Eu fiz a caminhada de Outeiro para Basílica no ano passado e também acompanhei o Círio na estação da berlinda. Quando eu lembro eu me arrepio, porque é uma coisa marcante que ficou e eu quero continuar. A gente ficou dois anos sem o Círio e eu senti muita falta”, destacou.

Silviane revela que vivenciar o Círio é uma emoção inexplicável, de acolhimento e muita fé. A devota disse que participar desse momento em que a instituição recebe a imagem de Nossa Senhora de Nazaré é um sentimento único.

“Eu me senti muito feliz, são dois anos sem poder estar tão pertinho dela, a gente sente uma emoção tamanha, tanto que eu fiquei demais emocionada e foi lindo. Muito obrigada, eu agradeço à UNAMA”, concluiu.

Por Amanda Martins, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna.

 

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O Traslado da Viagem de Nazaré da Basílica Santuário até a Igreja Matriz de Ananindeua nunca foi tão rápido. A berlinda conduzida por um veiculo da Polícia Rodoviária Federal cumpriu o percurso de cerca de 30 quilômetros, nesta sexta-feira (8), em menos de cinco horas. Mesmo sem as procissões, por causa da pandemia de covid-19, o Círio está nas ruas.

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Não houve paradas para as tradicionais homenagens, mas o povo fiel acompanhou a Santa de carro, moto e bicicleta e milhaes de pessoas acenaram das calçadas. A berlinda saiu às 7h30 da Basílica Santuário e seguiu por algumas das principais ruas e avenidas de Belém, Ananindeua e Marituba

O Traslado ocorre desde 1992 e é a mais longa de todas as romarias do Círio. Este ano, como em 2020, será a única. No trajeto, empresas, órgãos públicos, instituições, condomínios residenciais e vários devotos prestam homenagens à Nossa Senhora de Nazaré.

No domingo (10), em vez da grande procissão do Círio, os devotos poderão participar de uma extensa programação, transmitida pelos canais de comunicação da Igreja Católica e pelas redes sociais. Às 7 horas haverá a Missa na Catedral de Belém, fechada ao público. Em seguida, começa a breve homenagem da Esquadrilha da Fumaça, com uma passagem pela Catedral.

Às 8h30 a Imagem Peregrina sai do píer na Casa das 11 Janelas e faz um sobrevoo pela cidade, passando por alguns hospitais, iniciando no Hospital da Marinha, seguindo pela Ordem Terceira, Hospital do Exército, Santa Casa  e PSM da 14 de março (estes dois recebem homenagem com pétalas de rosas jogadas), Beneficente Portuguesa, Hospital Amazônia, Ophir Loyola (com homenagem de pétalas), Hospital Unimed, PSM do Guamá (com homenagem de pétalas), Hospital HSM, Porto Dias (com homenagem de pétalas), Hospital da Aeronáutica, Metropolitano e Abelardo Santos, que também recebem homenagem de pétalas.

“Será um momento verdadeiramente emocionante, em que lembraremos o quanto foram difícil estes meses, quanto sofrimento e vidas perdidas nestes locais, mas também quantas mensagens de esperança e fé tivemos. Nossa Senhora estará agradecendo aos profissionais de saúde e nos abençoando, para que em 2022 possamos celebrar como ela merece o Círio 230º”, ressalta Albano Martins, coordenador da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN).

 A Imagem retorna para o Hangar do GRAESP, no aeroporto, e aguarda para fazer um novo sobrevoo pelo trajeto do Círio, às 11 horas, pousando no estacionamento da Basílica, para acessar a berlinda e entrar na Praça Santuário, onde ficará em exposição durante a quinzena do Círio.

O público só terá acesso à Praça depois das 12 horas, quando se inicia a Missa de encerramento na Basílica Santuário, presidida pelo bispo auxiliar Dom Antônio de Assis Ribeiro. O acesso à Missa será permitido, porém controlado. Veja, aqui, mais fotos do Traslado.

Com informações da DFN.

Desde a última quinzena do mês de setembro que Belém já não era a mesma. Na cidade, um típico cheiro de maniva no fogo, as casas começam a ser decoradas, o comércio a se agitar, as noites marcadas por novenas na vizinhança, cantos e orações.

No simples caminhar pelos bairros, o que se vê é um colorido que toma conta das ruas, das comunidades e vielas. Seja com pequenas berlindas e faixas com saudações em frente às casas e prédios comerciais ou em camisas personalizadas à venda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, estendidas em varal improvisado nas esquinas. 

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Vemos a tradição nas fitas amarradas com pedidos no gradeado da Praça Santuário ou nos pulsos dos romeiros, que saem de várias cidades do interior do Estado e, como um mar de gente, descem em caminhada, rumo à Cidade das Mangueiras.

Eles se encontram às margens da BR-316 por horas, quilômetros e dias compartilhando pedidos, agradecimentos, devoção, dores físicas e fé. É bem verdade, são ajudados durante todo percurso por “anjos nazarenos e marianos” com entrega de alimentos, hidratação e curativos nos pés machucados.

Como é lindo de ver, seja por todo o caminho ou nos metros finais da chegada, a energia que toma conta deles e, em um toque de mágica, como os devotos são alçados pelos sentimentos da fé e, mesmo exaustos, ainda conseguem dar o último grito, lavados em lágrimas, suor e satisfação por completar o trajeto, os olhares fixos de contemplação e agradecimentos, com joelhos colados ao chão em frente à Basílica.  

Enquanto isso, os grupos de desconhecidos, familiares, amigos saúdam e parabenizam com aplausos, fogos e vibrações positivas, homens e mulheres que puderam ser abençoados do início da caminhada até finalizar a batalha física, mental pela devoção a “Nazinha”, como a Santa é chamada carinhosamente pelos fiéis.

Aos poucos, é possível ver os primeiros raios do sol, que anunciam a chegada de um novo dia. Ao fundo, como uma espécie de balé sincronizado, aves em cantoria se juntam ao badalar dos sinos que ecoam no bairro de Nazaré, no centro da cidade. Nas casas tudo está sendo organizado para o preparo do almoço em família. Que como em um ritual, só é servido quando é anunciada a chegada da imagem da “Mãe dos Paraenses”. 

Desta vez, assim como no ano anterior, não teremos procissão, para evitar a disseminação do vírus que parou o mundo por certo período mas não afastou a fé, a esperança e a devoção de um povo. Que faz deste momento uma comemoração similar ao Natal, pois quando chega o mês de outubro por aqui é possível constatar, por essas e por outras historias, que é Círio outra vez.

Por Dinei Souza.

 

Com iniciativa da TV Liberal, o escritor, professor, jornalista e membro da Academia Paraense de Letras (APL) João Carlos Pereira, que morreu em novembro de 2020 de covid-19, é o grande homenageado em um documentário que mostra a intensa trajetória do devoto de Nossa Senhora de Nazaré. O audiovisual será exibido em dois episódios, nos dias 2 e 9 de outubro, pela afiliada da Rede Globo no Pará, depois do Jornal Hoje.

“João de Nazaré” começou a ser gravado em 2018, com direção da cineasta Ângela Zoe, contendo imagens inéditas do Círio. O filme teria a participação e narração de João Carlos Pereira, informou o diretor de programação da TV Liberal, Elton Magalhães.

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Com a pandemia e a morte do jornalista, o documentário foi ressignificado e modificado, resgatando o Círio com homenagem a João Carlos Pereira. “A nossa sensação de dever cumprido se dá por nós termos homenageado um amigo e um colega tão importante, não só para a TV Liberal, mas pra todo o Estado do Pará e para todo mundo que é devoto da Nossa Senhora de Nazaré”, afirmou Elton Magalhães.

O filme, além de trazer diversos personagens importantes para a história do Círio e depoimentos, conta com a participação especial da filha de João Carlos, Mariana Pereira, que narrou textos escritos pelo pai. Ela conta que sente gratidão pelo reconhecimento do trabalho dele e por ter feito parte do projeto.

“É um documentário de muita saudade, que fala de amor, de fé, que fala de um homem que fez história no Jornalismo, na pesquisa, buscando o Círio. Ele não fazia por trabalho, ele fazia por devoção, por amor. Então, ele me ensinou a trabalhar com o que a gente gosta, pesquisar o que a gente gosta. O resultado é este belíssimo documentário”, complementou.

O jornalista André Laurent, responsável pela roteirização de “João de Nazaré”, relembrou os momentos em que trabalhou com João Carlos Pereira durante as coberturas do Círio e afirmou que aprendeu bastante com ele. André também falou sobre o desafio de readaptar o material recebido. “Fico muito honrado de ter participado desse processo, com uma equipe muito talentosa de profissionais que entenderam a nossa mensagem e colocaram toda sensibilidade para que esse trabalho ficasse não só emocionante, mas digno de uma grande homenagem para o João Carlos, e também que fizesse com que as pessoas revivessem o Círio de Nazaré na sua plenitude”, ressaltou.

Márcio Lins, jornalista e apresentador do Bom Dia Pará, da TV Liberal, disse que trabalhar com o João Carlos Pereira foi enriquecedor. “Fica uma saudade, fica uma tristeza, mas sem dúvida, também, alegria de saber o que ele plantou entre a gente, muito conhecimento, uma amizade muito grande. Uma pessoa muito fraterna, muito querida, e para todos nós foi uma satisfação trabalhar com João Carlos Pereira, sempre vivo em nossos corações”, afirmou.

Por Isabella Cordeiro.

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O Círio 2020 já está registrado na memória, na história e no coração do povo paraense. Na manhã de 26 de outubro, as celebrações se encerraram com a subida ao glória da centenária imagem de Nossa  Senhora de Nazaré encontrada pelo caboclo Plácido.

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A festa católica paraense teve alcance mundial, como em anos anteriores, transmitida on-line. Os protocolos de segurança sanitária e prevenção ao novo coronavírus impediram a realização das grandes procissões. 

Tudo foi diferente, como diz a música: “Novo! Tudo novo! Renovado!”. Mas o paraense devoto da Santinha de Nazaré, ou quem se faz paraense por amor ao Círio de Nazaré, sentiu a mesma emoção e caminhou com fé neste período em que o sofrimento esteve em total evidência por conta da pandemia da covid–19. 

Ao longo da história, essa foi a terceira vez que a festividade teve a sua programação alterada. Porém, um detalhe fez a diferença: o universo virtual conectou a fé real. As celebrações na Basílica Santuário, como nas demais paróquias, puderam ser acompanhadas pelos fiéis.

Se houve o cancelamento das romarias tradicionais, como a fluvial, a rodoviária e a trasladação noturna, outras maneiras de homenagear a Virgem de Nazaré foram realizadas, como no caso da romaria principal, no segundo domingo de outubro, quando, após missa na Catedral Metropolitana, a Imagem Peregrina seguiu de helicóptero e sobrevoou o céu da capital paraense para saudar e abençoar os devotos, em especial os doentes hospitalizados ou limitados de alguma forma. 

O resultado premiou o esforço conjunto dos padres barnabitas, da Diretoria da Festa de Nazaré, de empresas particulares e públicas, do Governo do Estado do Pará, da Arquidiocese de Belém, dos meios de comunicação e do povo. “O Círio é a festa do povo”, declarou dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém. 

Com o mesmo espírito acolhedor, a cidade recebeu convidados que vieram prestigiar a festa da Rainha da Amazônia, entre esses dom Irineu Roman, Santarém (PA); dom Bernardo Johannes Bahlman, Óbidos (PA); Francisco Biasin, Rio de Janeiro (RJ); dom Bernardino Marchió, Caruaru (PE); dom Anuar Battisti, Maringá (PR); dom Geraldo Gusmão, Porto Nacional (TO); e dom Evaldo Carvalho dos Santos, Viana (MA).

O rigor do protocolo de saúde foi seguido, mas não impediu a emoção de cada momento da rica programação religiosa, cultural, musical e do almoço do Círio em família. 

Esse aspecto  familiar acentuado do Círio 2020 inspirou o tema do Círio para 2021, “O evangelho da família, na casa de Maria". E, assim, houve Círio outra vez.

Por Rosângela Machado.

 

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A Basílica Santuário, com número permitido de acordo com os protocolos de segurança, teve todos os lugares disponíveis ocupados pelos devotos da Virgem de Nazaré que participaram do encerramento do Círio 2020, no último domingo (25). A missa foi presidida pelo arcebispo metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira, e cocelebrada por dom Geraldo Vieira Gusmão, bispo emérito de Porto Nacional. Também participaram dom Antônio de Assis e do reitor do santuário nazareno, padre José Maria Ramos das Mercês.

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O arcebispo destacou em sua homilia alguns dos títulos marianos e disse que cada um deles expressa o amor de Deus por todas as suas criaturas. “Todos devem ser amados porque somos igualmente amados por Deus.” Mesmo com as limitações impostas pelo momento, dom Alberto citou o gesto concreto da penitência como um dos principais realizados neste período de  quinzena mariana.

Jorge Xerfan, membro da Diretoria da Festa, comentou o quanto foi perceptível a presença forte dos devotos durante os momentos de oração tanto nas igrejas quanto na Basílica Santuário, em família e locais de trabalho. “O Círio aconteceu nos corações, isso é marcante neste Círio 2020. Esse é o nosso objetivo, que a evangelização aconteça em todos os lugares, e o realizaremos com mais intensidade, como disse dom Alberto, no próximo Círio em 2021”, assinalou.

Após a celebração, um espetáculo de luz e cores confirmou o tema do Círio 2021, anunciado durante a missa pelo arcebispo de Belém: “O evangelho da família, na escola de Maria”.

O público presente à Praça Santuário aplaudiu a história do caboclo Plácido, contada em imagens projetadas na Basílica Santuário, acompanhada pelos fogos coloridos no céu da capital paraense. Os jovens Alessandra Pinheiro e Mayson da Silva Baía sintetizaram a emoção: "Não importa o que aconteça, temos a certeza de que Deus nos abençoa e a Virgem de Nazaré está presente em nossas vidas".

Por Rosângela Machado.

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Os peregrinos saíram às ruas de Belém. Alguns, não os milhares de outubros passados. Os romeiros cumpriram seu percurso de fé, na rota das procissões. Poucos, não os milhões de todos os anos. A Imagem Peregrina de Nossa Senhora saiu da Catedral para a Basílica Santuário, depois da missa tradicional. Saiu pelo alto, em sobrevoo de helicóptero, com paradas em cima de hospitais que acolhem as vítimas da covid-19. O Círio de número 228, o Círio diferente, o Círio virtual, marcado pela pandemia do novo coronavírus, foi o Círio do distanciamento social, do recolhimento, sem a multidão de pés e mãos unidos no asfalto, mas foi também o Círio da renovação da fé, do agradecimento, do apelo por saúde e da celebração da vida. 

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A programação oficial da Igreja católica começou com a Santa Missa na Sé, presidida pelo arcebispo metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa. "Círio é luz acesa, que se acendeu no nosso batismo e representa a fé. Círio remete à Páscoa. É Cristo ressuscitado. Que este Círio seja consolo para pessoas que sofreram ou sofrem neste quadro doloroso que tantas pessoas sofreram e sofrem", disse no sermão dom Taveira. "O Círio é feito por todos nós. Vivemos um Círio diferente, mas ainda Círio. Viemos aqui para proclamar que a nossa fé não tem distâncias. Hoje, todo o povo de Deus está reunido. Que esse sentimento esteja gravado em oração, no coração de todos nós."

Desde as primeiras horas da manhã, grupos de fiéis se aglomeravam na área próxima da catedral, na praça Frei Caetano Brandão, na Cidade Velha, isolada por policiais militares. No fim da missa, dom Alberto Taveira levou a imagem da santa para um rápido encontro com os devotos, antes do embarque em carro que a levou até o Portal da Amazônia, para o helicóptero.

A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré sobrevoou os seguintes locais: Santa Casa de Misericórdia, Pronto-Socorro Municipal, Hospital Ophir Loyola, Hospital Otávio Lobo, Hospital Barros Barreto, Hospital Porto Dias, Hospital Metropolitano, Hangar – Centro de Convenções e Hospital Abelardo Santos. Depois da viagem, de forma simbólica, a Imagem atravessou as avenidas do trajeto do Círio e desceu no Arraial de Nazaré, ao lado da Basílica Santuário. Nos próximos 15 dias a Santa ficará na Basílica Santuário.

No sábado à noite, na hora da Trasladação, contrariando as recomendações da Igreja e das autoridades sanitárias do Estado, grupos de promesseiros e fiéis caminharam de Nazaré até a Cidade Velha. Muitos estavam sem máscara. De manhã, no domingo, a cena se repetiu no sentido oposto, numa reprodução em diminuta dimensão da grande romaria do Círio. (Veja vídeo abaixo)

Círio on-line

Jornalista e professora, estudiosa do Círio de Nazaré nas mídias, a pesquisadora Regina Alves escreveu artigo sobre o Círio eletrônico ao longo da história, da primeira transmissão pela TV até a cobertura on-line que se impôs aos paraenses em 2020. “A televisão chegou a Belém em 30 de setembro de 1961, em pleno clima do Círio, que seria dia 8 de outubro. A TV Marajoara Canal 2 ficava no Largo de Nazaré e mostrou logo a que vinha: tirou do estúdio para a rua um enorme videoteipe – dois metros de altura e 800 quilos -, instalou o caminhão de externa ao lado da praça e uma câmera no ângulo oposto. Isso garantiria as imagens da chegada do Círio à Basílica. Para cobrir a romaria, apenas um cinegrafista, com uma câmera de cerca de 70 quilos e filme mudo”, registrou.

Em 1997, já com internet, destacou a professora, os avanços da comunicação permitiram que  a TV abrisse canais para a manifestação de devotos no mundo todo. “Da Alemanha, um grupo contava que ia almoçar pato no tucupi (o pato era búlgaro, mas o tucupi e o jambu eram paraenses!). Todos estavam emocionados, muitos diziam ‘estar em casa’, outros pediam e agradeciam graças. A celebração dos ausentes se ampliou quando as mídias permitiram a participação ao vivo nas transmissões”, escreveu.

Em 2009, lembrou Regina, o padre Vladian Alves, de Roma, denominou uma nova categoria criada pela tecnologia, ao declarar-se um “peregrino on-line”. “Na evolução, smartphones permitem autonomia na criação de narrativas pessoais sobre a festa, principalmente veiculadas nas redes sociais”, observou a professora.

Para Regina Alves, os registros das transmissões do Círio são importantes para a história da festa e da própria TV paraense. “Na externa da Marajoara, que foi perdida, como todo o acervo do Canal 2, começava a crônica da narrativa televisual do Círio de Nazaré, eterno desafio para o jornalismo. Seria um documento precioso. Como será precioso o registro do trabalho das emissoras paraenses neste domingo, construindo mais uma narrativa do Círio quando, pela primeira vez, o desafio será trabalhar a ausência da romaria nas ruas de Belém”, assinalou.

No mais incomum dos Círios da história, as redes sociais ecoaram a fé e a devoção dos católicos em mensagens que emocionam:

“Sem a multidão nas ruas, sem as lágrimas dos fiéis, sem a Berlinda, sem a Trasladação, mas dentro de nós muitos sentimentos: paz, amor, fé e devoção! Feliz Círio”;

"O Círio 2020, atípico e em um contexto de pandemia, deve reproduzir em nós os sentimentos de amor ao próximo, de fé e de temperança. Desejo o melhor a todos os paraenses - e que Nossa Senhora de Nazaré possa nos abençoar e nos amparar, hoje e sempre. Feliz Círio!";

"Nossa senhora de Nazaré nos abençoe. Cuide de cada um de nós. De nossas famílias, amigos e da humanidade. Nos dê saúde e tranquilidade. Feliz Círio. A festa linda já começou! Diferente e com a fé mais fortalecida!";

"Feliz Círio! Acordei com Nazica passando aqui no Tapanã, indo para o Albelardo!";

"É Círio outra vez, e a nossa festividade da fé está acontecendo no lugar onde nasceu: dentro do coração dos paraenses."

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A edição 228ª do Círio de Nazaré, uma das maiores procissões religiosas do Brasil, não terá peregrinações com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, devido à pandemia do novo coronavírus. A Arquidiocese de Belém e a Diretoria da Festa do Círio 2020 decidiram cancelar as procissões oficiais.

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A procissão que reúne em média mais de dois milhões de pessoas pelas ruas de Belém, no segundo domingo de outubro, contará com uma programação por meios virtuais, para evitar a propagação da covid-19. Este ano, o Círio ocorre no dia 11 de outubro. 

As romarias costumam reunir milhares de devotos pelas ruas da capital paraense. Por causa da pandemia, a Romaria Fluvial, que percorre as águas da Baía do Guajará, não será realizada este ano. O percurso pelas águas da Baía de Guajará tradicionalmente corresponde a aproximadamente 18 quilômetros, saindo do distrito de Icoaraci até a praça Pedro Teixeira (escadinha do cais - ao lado da Estação das Docas).

Mas os devotos da padroeira dos paraenses garantem que vão celebrar a data e expressar sua  fé. "Com certeza a demonstração de fé deve ocorrer todo ano, todo momento e não somente em uma data específica. A minha fé nunca irá esmorecer e a devoção por Nossa Senhora de Nazaré tampouco. E o Círio deste ano será no seio de minha família, com muito amor e carinho e regado de muito tucupi e muita maniçoba’’, conta o advogado Maurício Filho, de 23 anos, que há três participa da Romaria Fluvial ao lado da família.

Maurício revela que já esperava que o tradicional Círio fosse cancelado. ‘’A notícia chegou de uma maneira bem desconfortável, a gente já havia criado o hábito de ir todo ano, já era uma festa que era esperada, juntamente com as demais demonstrações de fé e acabou que esse ano vai ser de uma maneira diferente. Acredito que o Círio Fluvial seja uma viagem que a gente faz com a imagem da Santa, com o espírito de felicidade, proteção, segurança que aquela Imagem nos traz. A viagem é uma representação de uma união, motivação, de uma mobilização comum das pessoas que estão ali. Inclusive dos meus familiares que todo ano se preocupam em antecipar as passagens e garantir os locais, garantir que o trajeto seja confortável’’, disse.

No primeiro ano, Maurício foi a convite de sua mãe, depois continuou participando por acreditar ser uma festa de fé, em que a celebração ocorre de maneira completamente diferente ao longo do trajeto, onde ele pode expressar sua fé sem muito desgaste físico comparada com as demais procissões que ocorrem. "Acabei gostando do evento e virou um hábito pra nossa família presenciar a passagem da Santa na Romaria Fluvial. Inúmeras promessas eu já fiz, algumas delas venho mantendo ao longo do tempo; inclusive, uma delas é acompanhar todo ano junto da minha família, no intuito de demostrar minha fé, e também de tê-los sempre juntos. Eu peço a procissão inteira pela saúde de todos, bem-estar e a felicidade de geral’’, explica o advogado.

Símbolo da fé

A corda do Círio, um dos principais símbolos da festividade, carregada por milhares de fiéis na Trasladação e no Círio, este ano será dividida em partes iguais e distribuída para às 95 paróquias da Arquidiocese de Belém. A decisão foi tomada pela Igreja em função do cancelamento das procissões por causa da pandemia do novo coronavírus. O objetivo é fazer com que os devotos possam se sentir acolhidos por Nossa Senhora de Nazaré.

Muitos fiéis vão na corda para pagar alguma promessa por uma vitória alcançada. A corda acaba sendo disputada por romeiros durante toda a procissão. Heitor Pantoja, 26 anos, vai na corda há 7 anos. "Primeiro eu ia acompanhando uma amiga jogando água e ajudando quem ia. Depois eu fiz uma promessa no tempo em que eu estava doente e disse que, se eu melhorasse, eu iria na corda por 10 anos e assim vem sendo’’, revela.

O promesseiro explica a sensação de ir na corda. ‘’É emocionante, mas ao mesmo tempo complicado. Tem momentos que a gente pensa em desistir. Nem tanto pelo aperto, mas sim pelo calor. Ano passado eram poucos os pontos de distribuição de água pra subir a avenida Presidente Vargas. Foi tenso. E isso não só no Círio, mas na Trasladação também. No fim, quando cortam a corda, a gente vê que tudo valeu a pena. E chega até ser pouco pelo o que Ela fez pela gente’’, comenta.

Heitor também conta que ficou triste com a notícia de que o Círio de Nazaré deste ano ia ser cancelado e que vai celebrar a data em família. ‘’Fiquei pensando na promessa que eu tinha feito, entre outras coisas, mas, no fim, a gente sabe que é algo necessário pra que ano que vem a gente possa continuar. Acho que uma das tradições mais importantes do Círio é a celebração em família e isso não vai mudar’’, afirma o promesseiro. Heitor é de uma família bastante católica e tudo o que eles têm hoje agradecem à Nossa Senhora de Nazaré e a Jesus Cristo.

Além das procissões oficiais do Círio terem sido canceladas, também não vai ser ativada a Casa de Plácido, onde promesseiros se dirigiam após realizarem longas caminhadas. Mesmo assim, muitos devotos não vão abrir mão de cumprir suas promessas e vão fazer longas caminhadas até Belém. É o caso da tia da Ariana Oliveira, 27 anos, estudante de Fisioterapia. Ela preferiu não se identificar. Diz que paga promessa há três anos caminhando do município de Marituba até à Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém.

 A tia da estudante sai na madrugada de sábado até chegar na Basílica. Ela tem a companhia dos seus dois filhos. Eles fazem o percurso sem paradas.

Além da tia da Ariana, outras pessoas de sua família também já pagaram promessas, como levar velas de cera e ir na corda. A estudante também já pagou promessa por conseguir encerrar um ano letivo.

Há 5 anos Ariana participa da Romaria da Juventude junto com amigos. Ela conta que no dia em que foi oficializado o cancelamento das procissões do Círio deste ano, o coração apertou, mas entendeu que foi necessário. Ela e sua família vão celebrar a data mais uma vez, mesmo em formato virtual. "Iremos assistir às programações e continuar nossa tradição do almoço do Círio, afinal, ele está, sim, vivíssimo, dentro de cada um de nós. Nossa Senhora representa amor, perdão. Difícil explicar os sentimentos que uma pequena Imagem causa, é um misto de sensações. Um sentimento de paz e gratidão, de alma lavada e limpa pra um novo ciclo. A saudade bate, mas na esperança que 2021 estejamos caminhando junto com Maria e mais forte’’, finaliza a estudante de fisioterapia. 

Fiscalização da Marinha

Segundo o Comando do 4º Distrito Naval da Marinha do Brasil, não há ações previstas para atender especificamente demandas do Círio Fluvial, já que a procissão não ocorrerá este ano, por decisão da Arquidiocese de Belém, devido à pandemia do novo coronavírus.

Ainda segundo a Marinha, a inspeção naval realizada pela Capitania dos Portos da Amazônia Oriental ocorre diariamente na orla de Belém.

A Diretoria da Festa de Nazaré recomenda que os devotos fiquem em casa e acompanhem as programações pela TV Círio e pela TV Nazaré, que contarão histórias e mostrarão os bastidores do Círio.

Programação do Círio 2020

09 de outubro (sexta-feira): Missa na Basílica Santuário, às 18 horas. Às 19 horas, haverá a apresentação do manto de Nossa Senhora de Nazaré 2020. Às 19h30, Live musical – Grupo Ama, da Basílica Santuário.

10 de outubro (sábado): Missa na Basílica Santuário, às 8h30. Às 9h30, a programação terá Pregação na Basílica Santuário. Às 11h30, descida da imagem original. Às 18 horas, haverá missa na capela do colégio Gentil Bittencourt. Antes, essa missa ocorreria às 17h.

Às 19 horas está programada a exibição do documentário “Plácido” (anteriormente agendada para as 18 horas). Às 19h30, haverá exibição de outro documentário, com grandes momentos da Trasladação (antes estava previsto para as 18h30).

Às 20h40 ocorrerá a live musical com transmissão ao vivo da decoração da berlinda (inicialmente prevista para as 19 horas). Foi cancelada a queima de fogos que antes havia sido marcada para as 20h30, numa balsa sobre o rio Guamá, às proximidades da Catedral Metropolitana de Belém.

Às 22h10, serão mantidas as bençãos do cônego Roberto Cavalli (antes marcadas para as 20h45). E às 22h15, outra novidade: uma live na Catedral.

11 de outubro (Domingo de Círio): Às 7 horas começa com missa na Catedral de Belém, na Cidade Velha, celebrada pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira.

Às 8 horas, a programação televisiva (documentários, entrevistas, grandes momentos do Círio, Círios antigos, testemunhos de fé e conversão, sobrevoo da imagem peregrina sobre hospitais da cidade etc.).

Às 10 horas, ocorrerá o Terço Mariano, com Dom Alberto Taveira. Às 10h30, ocorre a sequência da programação televisiva, com missa de encerramento do Círio 2020, às 11h30, celebrada por Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém.

O encerramento da programação do domingo de Círio está previsto para às 12h30.

Quinzena Mariana (de 12 a 25 de outubro)

- 5h15: Terço da alvorada – Basílica santuário.

- 8h: visitação da imagem peregrina a hospitais na região metropolitana.

- 12h: exposição da imagem peregrina no altar central da Praça Santuário.

- 18h: missas da festividade – Basílica Santuário.

- 21h: encerramento da visitação.

Atividades preliminares (7 a 9 de outubro)

- Dia 7 de outubro, às 8horas, missa de abertura da Vigília de Adoração.

- De 7 a 9 de outubro, Vigília de Adoração (Casa de Plácido).

- Dia 9 de outubro, às 6h30, encerramento da Vigília de Adoração.

Para acompanhar o Círio

-  TV Nazaré (Canal 30.1)

- Rádio Nazaré (91,3 FM)

- Facebook da Festa de Nazaré e da Arquidiocese de Belém 

Youtube da TV Nazaré

- TV Círio - parte da programação também será transmitida pelo canal, que estará em cadeia com a Rede Nazaré de Comunicação, a emissora oficial da Arquidiocese de Belém e do Círio de Nazaré.

Por Amanda Lima (com apoio de Gabriela Puga).

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O Círio de Nazaré, uma das maiores manifestações religiosas do Brasil, este ano não terá as peregrinações pelas ruas de Belém com a imagem de Nossa Senhora, devido à pandemia do novo coronavírus. A programação ganhou novo formato para evitar aglomerações dos fiéis, que inclui lives musicais e transmissão on-line da decoração da berlinda. O anúncio oficial das mudanças foi feito pela Diretoria da Festa e Arquidiocese de Belém, no dia 6 de agosto.

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Para retratar o novo cenário do Círio de 2020, os músicos Leno Rocha e Moisés Araújo lançaram o single "Círio em casa", da banda Outubro Dez, no último dia 12 de agosto. A intenção da dupla é levar um pouco da festividade de Nazaré para o lar dos devotos, por meio de uma composição carregada de simbologias, significados e resgates do verdadeiro valor do Círio, a fé.

Leno Rocha, cantor e produtor da banda, afirma que os fiéis levam à Nossa Senhora de Nazaré os sentimentos de gratidão, os sonhos e angústias. Com a pandemia, os devotos estão impossibilitados de pagar as promessas. Ele conta que a letra foi escrita para reforçar a campanha para que as pessoas permaneçam em casa se cuidando, e que apesar de ser uma comemoração atípica, nada mudará.

“As pessoas estão acostumados a ir à procissão. Tem um trecho da música que fala: ‘O Círio em casa será bem melhor, é Nossa Senhora cuidando de nós’. Ele define bem a ideia de conforto que queremos passar. Não precisamos estar na rua, ou dentro da igreja, para que Ela esteja conosco, Ela cuida de todos o ano inteiro”, diz o cantor.

Para o poeta e compositor Moisés Araújo, o momento atual é de ficar em casa, mas sem deixar de manter as tradições do Círio. “Faça a sua maniçoba, as comidas típicas da data e reúna a família. O importante é ter fé que tudo vai passar e em breve, vamos poder festejar como estamos acostumados”, afirma.

A renovação espiritual que os católicos sentem no mês de outubro é inexplicável, e é capaz de emocionar qualquer pessoa que chegue perto da berlinda, segundo o compositor. Moisés ressalta que o Círio consegue atrair os olhos do mundo inteiro, tamanha a importância que possui, seja pelo âmbito religioso ou cultural.

O mês de outubro é tão importante para a dupla que originou o nome do grupo, Outubro Dez. A ideia foi criar um disco de músicas regionais, com ritmos que valorizassem a cultura paraense. As composições retratam o cotidiano paraense, as comidas típicas, as danças, os costumes e o clima que se instala todo mês de outubro, no Círio de Nossa Senhora de Nazaré. 

“O tema maior dos discos são músicas que refletem o Círio, mas também temos produções com estilo de músicas regionais, samba e forró. A nossa maior inspiração são os paraenses e as celebrações do Pará”, afirma o compositor Moisés Araújo.

A primeira música lançada da dupla foi "O Círio", em 2015, que fala do trajeto do Santa da catedral até a Basílica. Depois saíram, em 2016, o "Rio de gente", que fala das pessoas dentro da procissão e da emoção que sentem; "O arraial e a lua", dos turistas que acompanham o Círio; "Outubro", que fala da comemoração, do almoço de domingo do Círio; e "O promesseiro", homenagem às pessoas que vão na corda.

O CD tem uma música chamada "Oração", interpretada pela esposa de Leno Rocha, Nayla Nunes, que também é integrante da banda. A letra fala da condição de rezar, que vai além do que está escrito nos livros, e ressalta a importância do sentimento envolvido no ato da rezar e ser escutado por Nossa Senhora de Nazaré. O novo single "Círio em casa" pode ser escutado no site da banda.

Por Amanda Martins.

 

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Devido à pandemia do novo coronavírus, o Círio de Nazaré não poderá ser realizado da forma tradicional pela primeira vez na história. Por isso, a Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) lançou na ultima sexta-feira, 4 de setembro, a websérie “Testemunhos”, com o intuito de divulgar depoimentos de devoção à Nossa Senhora de Nazaré.

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Os vídeos serão divulgados às sexta-feiras e terão duração de cinco minutos, contando com testemunhos de fiéis de todo o Pará. A produção da série é feita pela TV Círio, tendo apoio do Laboratório Amaral Costa.

Cada episódio é gravado em diferentes igrejas de Belém, como Basílica Santuário e Catedral. A intenção é captar ao máximo a sensação de estar nesses locais mesmo vendo através de um celular ou computador.

Albano Martins, coordenador da Diretoria da Festa, falou sobre a importância da divulgação desses relatos durante a pandemia. “A partir do surgimento da TV Círio e dentro da decisão de consolidar a presença digital no Círio, nós entendemos que em um momento como esse seria pertinente e evangelizador que esses depoimentos fossem gravados e divulgados nas redes sociais”, disse.

De acordo com Rosana Pinto, assessora da DFN, quatro vídeos já estão prontos para o mês de setembro. Outros serão preparados dentro de uma programação regular e permanente na TV Círio.

Iolinda Sousa, aposentada e devota de Nossa Senhora, faz parte do grupo de risco da covid-19 e diz que a websérie a faz se sentir próxima da igreja. “Todos os domingos eu ia na missa rezar por mim e pela minha família, mas agora com o vírus a única opção que tenho é ver pelo celular, e apesar de não ser a mesma coisa, ainda consigo sentir a fé que sentia na missa. Ver a emoção dos devotos sempre me emociona. Me sinto acolhida e mais perto de Nazinha”, relatou.

Por Henrique Herrera.

 

O fim de semana será de festa em Barcarena, nordeste do Pará. O município celebra seu 60º Círio de Nossa Senhora de Nazaré prometendo levar milhares de fiéis às ruas da cidade. 

A programação começou em outubro, com as visitas das imagens peregrinas aos lares dos católicos barcarenenses. Os órgãos públicos também receberam a santa. Mas é neste fim de semana que as principais romarias da festa acontecem.

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A programação começou com a apresentação do manto, em 7 de novembro, no Centro de Eventos. Nesta sexta-feira, dia 8, às 18 horas, sai a procissão rodoviária rumo à comunidade do Cafezal. 

No sábado, dia 9, é dia de romaria fluvial, com saída da comunidade Piramanha Baixo, até a orla de Barcarena. À noite, às 19 horas, a trasladação sai do Centro de Eventos rumo à comunidade São Pedro, de onde no dia seguinte, no domingo, sai o Círio 2019, às 6 horas pelas ruas da cidade.

O primeiro círio foi em 1959, a partir da devoção que uma família tinha na cidade pela Virgem de Nazaré. Por anos a procissão saía da comunidade do Cafezal e a imagem peregrina era conduzida num carro de boi. 

Em seguida a devoção passou para a sede da cidade, com a construção da Igreja Matriz na década de 60. Nos dias atuais a Paróquia São Francisco Xavier vive uma festividade diferente, sem a presença da Igreja Matriz, que precisou ser demolida em 2018 por risco de desabamento. As atividades religiosas ocorrem ao lado do que era a igreja, agora no Centro de Eventos paroquial. 

Na festividade 2019, com o tema “Alegra-te, cheia de graça. O senhor é contigo”, a Igreja busca recursos para reconstruir aquilo que será, por anúncio do bispo de Abaetetuba, um Santuário Paroquial à Nossa Senhora de Nazaré. Sem espaço para celebrar o religioso e o cultural ao mesmo tempo, uma estrutura de ferro e lona foi montada na avenida Cronje da Silveira.

A festividade deste ano conta com vários momentos especiais, como o concurso de redação que chegou em 2019 à sua 5ª edição. A prova premia os três primeiros colocados de três categorias de estudantes de escolas públicas e privadas de Barcarena. No sábado da festa, dia 16, pela manhã, ocorre o Círio Mirim, às 7h no Centro de Eventos; e pela tarde a Romaria da Juventude, às 14h na comunidade Nossa Senhora Aparecida. Algo inédito neste ano é a corrida e caminhada do círio, no domingo, dia 17, às 6h. O evento busca arrecadar fundos para a construção da nova Igreja Matriz. Pela noite do domingo, às 19h, missa de encerramento da festa. Na segunda, dia 18, às 19h, também no Centro de Eventos, missa do recírio.

Serviço

Círio 2019 em Barcarena.

Data: 10 de novembro de 2019. Hora: 6h.

Local: saindo da comunidade São Pedro, na Jaime Dias, esquina com Cantídio Nunes, Bairro Novo.

Por Jhonata Chaves.

 

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Devoção, fé, emoção inexplicável. Tudo isso é o Círio de Nazaré, em Belém. "As pessoas dizem: 'Como é que Nossa Senhora faz tudo isso? Como é que move essa multidão a vir segui-la? Essa é a fé, que a gente não sabe explicar de onde vem”, disse Teresinha Matos, devota de Maria, que estava acompanhando a Trasladação no sábado (12).

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A Trasladação é a última romaria que antecede o Círio. Ela sai do Colégio Gentil Bittencourt, na avenida Nazaré, e segue até a Catedral da Sé, no boulevard Castilhos França.

As procissões do Círio são repletas de promesseiros e devotos que desejam prestigiar Nossa Senhora de Nazaré (veja vídeo acima). Como André Cals, que conta que sua avó sempre o incentivou a participar. “Eu sou católico. Eu sinto essa fé, o sentimento, me sinto bem no meio do Círio”, comentou. O devoto acrescentou que teve uma graça alcançada, a aprovação no vestibular.

Segundo o Dieese Pará (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a Trasladação reúne cerca de 1,4 milhão de fiéis, nos 3,7 quilômetros de percurso. No Círio, esse número chega perto de dois milhões.

Teresinha Matos saiu de Peixe-Boi, a cerca de 150 quilômetros da capital paraense, para demonstrar a gratidão pelas graças conquistadas. “Eu venho todos os anos porque é como se fosse uma promessa, tenho que agradecer pelas graças que recebo da mãezinha querida”, afirmou.

Ela revelou que uma das graças foi a aprovação do filho em um concurso público. “Agora ele passou. Pra mim foi uma graça que eu alcancei com Nossa Senhora”, finalizou.

Com reportagem de Bruna Oliveira.

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A maior manifestação religiosa do Estado do Pará, o Círio de Nazaré, leva milhares de pessoas às ruas de Belém no segundo domingo de outubro. Na edição de número 227, no último dia 13, a devoção e a fé dos católicos paraenses se renovaram em orações, agradecimentos, sacrifício e lágrimas ao longo de quase quatro quilômetros de caminhada.

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Nesta galeria de fotos, imagens captadas no percurso da Catedral Metropolitana, na Cidade Velha, até a Praça Santuário, em Nazaré, o repórter fotográfico Filipe Bispo, estudante de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia, revela detalhes da grande procissão.

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Da Redação do LeiaJá Pará.

  

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