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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, se encontrou com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro em Buenos Aires, onde ambos estão para participar da cerimônia de posse do presidente eleito argentino, o ultraliberal Javier Milei.

A reunião ocorreu nesse sábado (9). "A direita está crescendo não apenas na Europa, mas em todo o mundo", escreveu Orbán, no Twitter, ao final do encontro.

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Os dois se encontraram individualmente com Milei também.

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Da Ansa

Resultados preliminares da eleição na Hungria indicam uma vantagem favorável para o primeiro-ministro Viktor Orbán, que disputa um quarto mandato seguido. Com 43% das urnas apuradas, o partido Fidesz tem 57% dos votos contra 31% da coalizão opositora União pela Hungria.

Com a vantagem, Orbán declarou vitória no começo da noite deste domingo, 03. O Fidesz deve eleger 135 deputados, das 199 cadeiras do Parlamento.

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"Caros amigos, obtivemos uma vitória excepcional, uma vitória tão grande que provavelmente pode ser vista da lua, e certamente de Bruxelas", declarou o mandatário húngaro em um breve discurso após a publicação dos resultados parciais oficiais.

A apuração deve continuar ao longo da noite. Lideranças do partido de Orbán se apressaram em dizer que a eleição fortalece a democracia húngara, apesar do desmonte do sistema de freios e contrapesos no país, criticado pela União Europeia.

Acusado pela Comissão Europeia de múltiplos ataques ao Estado de direito, Orban silenciou durante três mandatos consecutivos a justiça e os meios de comunicação, estimulando ao mesmo tempo uma visão ultraconservadora da sociedade.

"Ouvimos muita bobagem sobre o estado da democracia na Hungria, mas nos últimos 12 anos ela apenas se fortaleceu", disse o secretário Zoltan Kovacs.

A oposição conseguiu seu melhor resultado desde 2010, mas o esforço de unir diversos partidos em uma única lista aparentemente foi em vão. O líder opositor Peter Marki-Zay não conseguiu se eleger para o Parlamento e perdeu para um deputado do Fidesz por 11 pontos porcentuais. Marki-Zay reconheceu a derrota no início da noite.

A taxa de participação se aproximou de 67,8% meia hora antes do fechamento das urnas, muito próxima da mobilização recorde das eleições de 2018.

Segundo Edit Zgut, cientista política da Academia Polonesa de Ciências em Varsóvia, a ampla vitória de Orbán permitirá que ele avançasse em uma direção autocrática, afastando dissidentes e dominando novas áreas da economia.

"A Hungria parece ter chegado a um ponto sem retorno'', disse ela. "A principal lição é que o campo de jogo está tão inclinado que se tornou quase impossível substituir o Fidesz nas eleições." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O ex-presidente americano Donald Trump manifestou nesta segunda-feira (3) seu apoio ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, político de extrema direita acusado de autoritarismo que ele descreve como um "grande líder", a quatro meses das eleições.

Em um comunicado, Trump afirma que o líder húngaro tem seu "total apoio e aprovação" para as eleições de abril, que devem ser acirradas.

Orban "ama seu país de todo o coração e busca a segurança para seu povo", disse Trump em uma declaração altamente elogiosa na qual pede apoio ao premiê.

Segundo Trum, ele fez um "trabalho maravilhoso protegendo a Hungria, contendo a imigração ilegal, criando empregos, comércio, e deve ter permissão para continuar a fazê-lo nas próximas eleições. É um líder forte e respeitado por todos".

O endosso gerou críticas entre os democratas. "Trump está simplesmente dizendo em voz alta o que o Partido Republicano há muito aceitou: preferem a autocracia à democracia liberal", denunciou Ben Rhodes, que foi um alto assessor do ex-presidente Barack Obama, no Twitter.

Quando estava no poder, Trump recebeu Orban na Casa Branca em 2019, apesar de muitos líderes europeus terem criticado o dirigente húngaro por suas posições sobre migrantes e pessoas LGBT.

Orban, por sua vez, lamentou a perda de um "importante apoio internacional" após a saída de Trump da Casa Branca e pediu que não houvesse julgamento pelo ataque ao Capitólio por apoiadores do bilionário republicano.

Orban foi saudado tanto pela ala de Trump do Partido Republicano quanto por líderes europeus de extrema direita, como Marine Le Pen, na França, especialmente por sua recusa em aceitar refugiados.

No cargo desde 2010, Orban enfrentará Peter Marki-Zay, que se descreve como um conservador católico tradicional, que prometeu eliminar as leis homofóbicas se for eleito.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, reiterou nesta sexta-feira o apoio a Donald Trump e afirmou que deseja a reeleição do "amistoso" presidente americano, "próximo dos líderes da Europa central".

"O que representa é bom para a Europa Central", declarou o chefe de Governo, o primeiro na União Europeia a expressar, em 2016, preferência pelo candidato republicano.

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"O presidente americano é particularmente próximo, quase poderia dizer amistosamente, a todos os governantes da Europa central", completou Orban, que compartilha com Trump uma postura hostil à recepção dos refugiados.

"Por isto nós ou, pelo menos eu pessoalmente, o apoio na eleição que acontecerá em novembro nos Estados Unidos", disse, antes de informar que Trump ligou para ele na quinta-feira.

Os dois conversaram sobre a gestão da pandemia de coronavírus, as perspectivas eleitorais americanas e questões bilaterais, segundo Orban.

Hillary Clinton, a candidata democrata em 2016, tinha uma relação tensa com Viktor Orban, a quem acusou em 2011, quando era secretária de Estado, de executar uma política autoritária.

Estados Unidos e Hungria são aliados da Otan e assinaram um acordo de cooperação na área de defesa em abril de 2019.

Donald Trump convidou Viktor Orban a visitar o salão oval um mês depois.

Ao mesmo tempo que fortalece os laços do outro lado do Atlântico, Orban, no poder há 10 anos, também estabeleceu relações estreitas com o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente turco, Recep Tayipp Erdogan, e estimulou os investimentos chineses na Hungria.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) viaja nesta semana para Hungria e Itália, onde encontrará, respectivamente, com o primeiro-ministro Viktor Orbán e o vice-premier Matteo Salvini. A viagem foi anunciada pelo filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nas redes sociais.

Desde o fim do ano passado, Eduardo Bolsonaro tem circulado por alguns países em busca de apoios para organizar o chamado Movimento, um grupo com líderes internacionais da extrema-direita.

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De acordo com uma reportagem do R7, Eduardo vai primeiro para a Hungria, onde conhecerá o sistema de fechado de imigração do país. Já na Itália, além de se reunir com Salvini, o deputado vai conversar com Alberto Torregiani, filho de uma das vítimas de Cesare Battisti.

Milhares de pessoas manifestaram-se neste domingo em Budapeste, convocadas pela oposição e por sindicatos, contra a política do premier Viktor Orban, dias após a aprovação de uma lei que flexibiliza os direitos trabalhistas.

A manifestação começou na Praça dos Heróis da capital, e reuniu cerca de 15 mil pessoas, segundo estimativas da imprensa. Os manifestantes seguiram até a Praça do Parlamento, onde, desde a aprovação da lei, na quarta-feira, já houve três protestos.

Pela primeira vez desde a chegada do premier nacional-conservador ao poder, em 2010, toda a oposição, desde a extrema direita até os socialistas, passando pelos liberais, manifestou-se unida, para denunciar "uma lei escravocrata".

A lei autoriza que os empregadores possam solicitar a seus funcionários até 400 horas extras por ano, o equivalente a dois meses de trabalho, e pagá-las em um prazo de três anos.

"Não negociam com ninguém, fazem só o que lhes dá vontade. Roubam tudo, é intolerável, não pode continuar assim", protestou o funcionário do setor de transportes Zoli.

Os manifestantes também pediram a derrogação de outra lei, aprovada esta semana, que cria jurisdições específicas para questões sensíveis, como concursos públicos ou disputas eleitorais, e que poderia colocar em risco a independência da Justiça.

Também houve manifestações no restante do país, principalmente em Szeged, cujo prefeito, socialista, pediu às empresas que boicotem a lei trabalhista.

O Parlamento húngaro aprovou nesta quarta-feira uma série de leis apelidadas de "Stop-Soros", criminalizando a ajuda aos migrantes, por iniciativa do primeiro-ministro conservador nacionalista, Viktor Orban.

Prometida pelo líder antes de sua confortável reeleição para um terceiro mandato consecutivo em abril, a nova legislação, que tem como alvo "os organizadores da imigração ilegal", foi aprovada por 160 votos a favor e 18 contra.

Esta nova reforma jurídica institui, em especial, uma pena máxima de um ano de prisão para quem ajudar uma pessoa que tenha entrado ilegalmente na Hungria a partir de um país que não pertença ao espaço Schengen, se a vida da pessoa em causa não estiver imediatamente em perigo.

A Assembleia legislativa foi precedida por uma emenda à Constituição estipulando que nenhuma autoridade pode prejudicar a "composição da população húngara", uma disposição destinada a tornar inconstitucional a imposição de quotas de migrantes da pela União Europeia.

O nome do pacote legislativo refere-se ao bilionário americano de origem húngara George Soros, que Orban acusa de orquestrar através de suas ONGs uma "imigração em massa" para a UE, o que o financista nega.

Milhares de manifestantes anti-governo marcharam neste sábado em Budapeste, capital da Hungria, exigindo uma nova eleição e um novo sistema eleitoral no país, na maior manifestação da oposição em anos.

O primeiro-ministro Viktor Orban foi reeleito para um quarto mandato na semana passada. O seu partido, o Fidesz, de direita, ganhou uma supermaioria na assembleia nacional, com resultados preliminares mostrando que o Fidesz e o Partido Democrata-Cristão conquistaram 134 assentos na legislatura de 199 assentos.

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Membros da oposição estão preocupados com o fato de as regras eleitorais da Hungria terem dado ao partido de Orban uma maioria tão grande no Parlamento quando ele conquistou apenas 50% dos votos.

Enquanto os partidos da oposição de esquerda conquistaram 12 dos 18 assentos nos distritos de Budapeste, o Fidesz ganhou 85 dos 88 assentos fora da capital. Os outros 93 assentos foram alocados com base nos votos por listas partidárias.

Manifestantes marcharam da Ópera para o Parlamento, gritando palavras de ordem como "Novas eleições!" e "Somos a maioria!".

O tamanho da multidão, que lotou a praça Kossuth, em frente ao Parlamento neo-gótico, rivalizava com a "Marcha da Paz", pró-governo, realizada em 15 de março. Organizadores disseram que outro protesto contra o governo será realizado no próximo fim de semana.

"Queremos eleições novas e justas", disse o ativista da oposição Gergely Gulyas à multidão. "Esta é a responsabilidade do governo e vamos lembrá-los disso, de forma pacífica e maciça."

Orban, cuja campanha se concentrou na crítica aos migrantes e prometeu "mudanças significativas" em seu próximo governo, que poderia pressionar por uma emenda constitucional contra a migração. Fonte: Associated Press.

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