Orbán declara vitória com ampla vantagem em parcial
Resultados preliminares da eleição na Hungria indicam uma vantagem favorável para o primeiro-ministro Viktor Orbán
Resultados preliminares da eleição na Hungria indicam uma vantagem favorável para o primeiro-ministro Viktor Orbán, que disputa um quarto mandato seguido. Com 43% das urnas apuradas, o partido Fidesz tem 57% dos votos contra 31% da coalizão opositora União pela Hungria.
Com a vantagem, Orbán declarou vitória no começo da noite deste domingo, 03. O Fidesz deve eleger 135 deputados, das 199 cadeiras do Parlamento.
"Caros amigos, obtivemos uma vitória excepcional, uma vitória tão grande que provavelmente pode ser vista da lua, e certamente de Bruxelas", declarou o mandatário húngaro em um breve discurso após a publicação dos resultados parciais oficiais.
A apuração deve continuar ao longo da noite. Lideranças do partido de Orbán se apressaram em dizer que a eleição fortalece a democracia húngara, apesar do desmonte do sistema de freios e contrapesos no país, criticado pela União Europeia.
Acusado pela Comissão Europeia de múltiplos ataques ao Estado de direito, Orban silenciou durante três mandatos consecutivos a justiça e os meios de comunicação, estimulando ao mesmo tempo uma visão ultraconservadora da sociedade.
"Ouvimos muita bobagem sobre o estado da democracia na Hungria, mas nos últimos 12 anos ela apenas se fortaleceu", disse o secretário Zoltan Kovacs.
A oposição conseguiu seu melhor resultado desde 2010, mas o esforço de unir diversos partidos em uma única lista aparentemente foi em vão. O líder opositor Peter Marki-Zay não conseguiu se eleger para o Parlamento e perdeu para um deputado do Fidesz por 11 pontos porcentuais. Marki-Zay reconheceu a derrota no início da noite.
A taxa de participação se aproximou de 67,8% meia hora antes do fechamento das urnas, muito próxima da mobilização recorde das eleições de 2018.
Segundo Edit Zgut, cientista política da Academia Polonesa de Ciências em Varsóvia, a ampla vitória de Orbán permitirá que ele avançasse em uma direção autocrática, afastando dissidentes e dominando novas áreas da economia.
"A Hungria parece ter chegado a um ponto sem retorno'', disse ela. "A principal lição é que o campo de jogo está tão inclinado que se tornou quase impossível substituir o Fidesz nas eleições." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)