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Desde o início de abril, Simaria, da dupla Simone e Simaria, está afastada dos palcos. A cantora descobriu uma tuberculose ganglionar e precisou fazer uma pausa na carreira. De lá para cá, a cantora deixou de lado também as redes sociais e sua irmã, Simone, passou a realizar os shows sozinha, preocupando os fãs. Mas, na noite do último domingo, dia 27, a dupla esteve no Fantástico e revelou que o retorno aos palcos deverá acontecer em breve. Em tom de desabafo, Simaria foi às lágrimas ao relembrar os momentos difíceis da doença.

- Eu avisei para todas as pessoas que estavam a minha volta que eu não estava bem. Eu estava esperando que alguém tomasse uma atitude por mim. Mas só eu podia tomar essa atitude. Falaram para mim: Você tá muito magra. Peso 50 quilos e eu caí pra 42. Eu não podia pegar meu filho no colo porque eu não tinha forças. Ele tem 2 anos e meio e ficava pedindo pra mamar.

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A cantora ainda revelou o momento em que descobriu que era a hora de procurar ajuda médica:

- Minha língua secava, eu não respirava direito. Não sei como consegui fazer. Eu saia do palco o tempo todo porque minha pressão baixava . Então eu voltava para o camarim, colocava sal na boca e voltava para cantar. Eu entendi que era hora de ir pra casa e procurar um médico.

Após alguns exames, Simaria foi diagnosticada com tuberculose ganglionar, um tipo não transmissível, mas que exige tratamento mínimo de 6 meses. O infectologista David Uip, que está cuidando da beldade, explicou que o excesso de trabalho fez com que a imunidade dela caísse e fez com que a doença se manifestasse. Agora, Simaria diz estar consciente de que se excedeu e diz que não pretende a voltar a ter a mesma rotina:

- Desde os meus 14 anos até 35 anos eu trabalhei igual um burro de carga. Já cheguei a fazer três shows em uma noite. Quem tem vida assim? Isso é vida? Não quero mais fazer 30 shows por mês. Eu dormia três horas por noite. Mas o que mais mata a pessoa é a distância de um lugar para o outro. Porque é nessa distância que você não tem o que comer. No final do show, comia sanduíche, porcaria...

Simone também participou da entrevista e se emocionou ao falar sobre estar sozinha nos palcos. Após o susto, ela também foi procurar um médico:

- Depois da doença, eu até fiz um check-up para ver como eu estava. Porque uma depende da outra. Uma é o porto seguro da outra. Se eu pudesse estaria no lugar dela, porque eu não gosto de ver ela doente, eu fico triste, eu sofro. É ruim. É difícil falta um pedaço ali, sem ela no palco.

No Instagram, Simaria também fez um desabafo ao publicar um vídeo ao lado da família e agradecer pelo carinho que tem recebido: Oi famílias! Hoje venho, aqui, apresentar a vocês as pessoas que sempre me deram força para seguir e que são os meus maiores tesouros. Minha familia, os amores da minha vida: Vicente, Giovanna e Pawel. Eu sou muito reservada não gosto de mostrar minha vida pessoal, mas hoje dedico esse vídeo aos meus fãs, as pessoas que não esqueceram de orar por mim um dia sequer, pedindo a Deus pela minha saúde . Quero agradecer a todos vocês pela minha recuperação. Agradecer a minha irmã @simoneses uma guerreira, que está segurando essa caminhada sozinha e aproveitar pra dizer que eu a amo com todo o meu coração e desejo feliz aniversário . Também a Adilene, Chicão que cuidam de mim como se cuida de um filho. Ao Dr. Bruno, que me convenceu a ir um hospital. A Day e a Renata, que sempre estão ao meu lado, se preocupando comigo e com a dupla. Obrigada meu povo brasileiro e solidário pela torcida. Espero voltar logo para vocês. Não esqueçam que a saúde é o bem mais valioso que nós temos, sem ela não somos nada. Ps: continuem indo ao show e não deixem minha irmã sozinha. É muito duro cantar sozinha. Eu sei bem o que é isso, pois já fiz show sem ela. Amo vocês, escreveu na legenda da publicação.

Cerca de 10% das pessoas privadas de liberdade têm tuberculose ativa, frequentemente em estágio avançado, nas prisões do Estado do Rio de Janeiro. Esses são os resultados preliminares de pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) em colaboração com o Sanatório Penal da Secretaria de Administração Peniteniária do Rio de Janeiro.

Apesar do empenho do Programa de Controle da TB da Seap, que detectou em 2017 mais de 1.300 casos de TB (taxa de incidência: 2.589/100.000, cerca de 35 vezes superior à taxa de incidência na população do estado de RJ), problemas de coordenação entre as várias estruturas do sistema de saúde prisional impedem a otimização dos limitados recursos humanos e financeiros disponíveis”, afirmou a coordenadora da pesquisa e do Grupo de Pesquisa em Saúde Prisional da Ensp/Fiocruz, Alexandra Sánchez.

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Segundo a Fiocruz, contribuem para as altas taxas de tuberculose a superpopulação (da ordem de 240%), as condições estruturais das unidades prisionais, mal ventiladas e mal iluminadas, a desestruturação da assistência à saúde intramuros e a dificuldade de articulação com as secretarias de saúde do estado e dos municípios, inviabilizando a efetivação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP).

Os presos, analisaram os pesquisadores, estão cientes do elevado risco de contrair a doença e da necessidade de fazer o diagnóstico e de se tratar, o que provocou uma mudança de comportamento. “Se antigamente o PPL doente era isolado e não tinha aceitação dos companheiros, hoje, com uma taxa altíssima de tuberculose nos presídios fluminenses, não há uma cela sem casos de TB. Não há mais preconceito entre os detentos. E isso foi trabalhado pelo Programa de TB da Seap: um indivíduo não exclui um colega doente justamente porque sabe que pode ser o próximo. Portanto, eles pedem para fazer os exames, desejam ficar bem de saúde e a adesão ao tratamento é muito alta”, disse Alexandra Sánchez. 

Há dois anos a ONU Brasil chamou atenção para a elevada incidência de tuberculose nos presídios brasileiros, considerando-a uma “emergência de saúde e de direitos humanos”. Para a coordenadora do Grupo de Pesquisa em Saúde Prisional, o “peso” da incidência da doença na população carcerária exige, acima de tudo, uma reestruturação da assistência à saúde nas prisões e um esforço coletivo que deve implicar, além da administração penitenciária, as secretarias de saúde estadual e municipais, assim como a melhoria das condições de encarceramento e a drástica redução da superpopulação.

Com informações da assessoria

Nenhum país no mundo está em vias de alcançar as metas das Nações Unidas para erradicar a tuberculose até 2030, e muito poucos estão caminhando para impedir novos contágios com o vírus da aids (HIV), segundo um estudo sobre a saúde mundial publicado nesta quarta-feira.

Menos de 5% dos países atingiriam, até 2030, os objetivos de redução de suicídios, mortes em acidentes de trânsito e obesidade infantil, e só 7% poderiam eliminar novas infecções com o HIV, segundo o estudo publicado na revista médica The Lancet.

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Quanto à tuberculose, nenhum país está em vias de uma erradicação de novas infecções.

Por outro lado, mais de 60% dos países avaliados podem alcançar as metas de redução da mortalidade infantil, neonatal e materna, e de eliminação da malária.

Apenas 20% das 37 metas de saúde estabelecidas no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU adotados em 2015 são suscetíveis de serem cumpridas, segundo os autores.

Estes destacam uma "desigualdade considerável" nas projeções para 2030: os países com rendas altas alcançariam 38% das metas, e os com rendas baixas, 3%.

Com base nas tendências registradas, Cazaquistão, Timor-Leste, Angola, Nigéria e Suazilândia teriam os avanços mais notáveis em nível mundial, segundo os autores, que citam, entre seus avanços, uma redução da mortalidade infantil, um melhor acesso aos cuidados, ao planejamento familiar e à presença de profissionais qualificados para os partos.

Outros países registraram retrocessos em termos de obesidade infantil e abuso de álcool, entre eles o Sri Lanka, Venezuela, Sérvia e Ucrânia.

A equipe classificou, ainda, os países com base em um índice global dos objetivos ligados à saúde.

Cingapura, Islândia e Suécia estão no topo desta lista de 188 países, e o Afeganistão aparece em último lugar.

A Espanha está na 23ª posição - com índices ruins em abuso de álcool, tabaco e obesidade infantil - seguida pelos Estados Unidos, cujos maiores problemas são o suicídio, as agressões sexuais a menores, o abuso de álcool e os homicídios.

A Costa Rica (36ª posição) e Cuba (38ª) são os primeiros países latino-americanos da lista, embora o primeiro registre índices altos de abusos sexuais de menores e o segundo tenha como ponto mais fraco a gravidez na adolescência.

Esta última também é o principal problema do Uruguai, (posição 45), Argentina (59), Peru (62), Nicarágua (63), Equador (79) e Bolívia (112).

Os homicídios são o principal flagelo no México (48), Colômbia (51), Brasil (67), El Salvador (75) e Venezuela (99).

O Chile (61) registra especialmente taxas altas de obesidade infantil.

Honduras, no 113º lugar, é o país latino-americano pior classificado, com resultados ruins principalmente em homicídios, gravidez na adolescência e registro de certidões de óbito.

A publicação do estudo, financiado pela fundação Bill & Melinda Gates, coincide com a realização da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

A partir da próxima sexta-feira (25), o Laboratório de Diagnóstico em Tuberculose que funciona no Centro de Observações e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife, terá o serviço ampliado.  A unidade passará a realizar o exame de cultura, até então encaminhado ao Laboratório Central da Secretaria Estadual de Saúde (Lacen/SES).

Para a ampliação do serviço, o Lacen doou a câmara para manipulação do material e o Ministério da Saúde duas estufas e uma cabine de segurança biológica para proteção do operador, meio ambiente e amostras. A cultura é indicada na suspeita de tuberculose pulmonar e nos casos de resistência bacteriana a outras drogas. O resultado sai no prazo de dois meses.

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Diariamente, entre 20 e 25 exames de baciloscopia são realizados no Cotel para os presos de seis unidades. São atendidos pacientes do Presídio de Igarassu, Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima, Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, Penitenciária Professor Barreto Campelo e Penitenciária Agroindustrial São João. 

Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, de janeiro a julho de 2017 foram registrados no laboratório do Cotel 3631 exames de diagnóstico de tuberculose com 185 casos confirmados e nenhum óbito. Dois analistas clínicas e dois técnicos de laboratório trabalham no local. 

O laboratório do Cotel já realizava o exame de baciloscopia do escarro, que detecta diversas fontes de infecção; teste rápido molecular, que define o DNA do bacilo; e genexpert, análise complementar com capacidade de detectar a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identificar se a pessoa tem resistência ao antibiótico indicado para tratamento. A unidade foi criada em 2012. 

Trezentos cervos da espécie sambar (Rusa unicolor) serão sacrificados no parque Pampas Safari, na cidade de Gravataí a 30 quilômetros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O abate, que teve autorização do Ibama, acontece devido a uma epidemia de tuberculose que infectou os animais. 

Segundo o Ibama, o sacrifício dos cervos é necessário para que a doença não atinja os outros animais do parque e nem as pessoas que vivem na região.

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O caso se tornou público nesta quarta-feira (23), quando a deputada estadual Regina Becker (Rede) denunciou a liberação do abate em suas redes sociais. “Diante desta triste decisão, respaldada por legislações que visam tão somente as questões sanitárias, desconsideram a vida animal e a possibilidade destes serem tratados, buscarei junto aos órgãos judiciais o conhecimento na íntegra do processo, para analisar criteriosamente os laudos, exames, autuações e todos os demais dados que resultaram na decisão de morte de centenas de animais”, afirmou a deputada, que pede também para que o teste de tuberculose seja feito em todos os animais antes do abate, para que não corra nenhum risco de sacrificar um animal saudável.

Até agora 18 animais já foram abatidos em um local especializado e com ajuda de veterinários. O sacrifício é feito com o uso de uma pistola pneumática, instrumento que ejeta um cano de 15 centímetros de comprimento a 120 quilômetros por hora. Esse método, conhecido como “abate humanitário”, é o mais rápido e indolor que existe.

O Pampa Safari enfrenta casos de tuberculose desde 2007, quando búfalos foram contaminados com a doença. Em 2013, um novo surto atingiu camelos, lhamas e cervos, causando a interdição temporária do parque pelo Ibama, que impôs medidas rígidas para a saúde dos animais.

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Em abril deste ano, os donos do parque alegaram não ter dinheiro para fazer testes de doenças nos animais ainda vivos e sugeriu ao Ibama sacrificar todos os cervos e vender a carne dos que não estivessem contaminados. Mesmo que o abate e o consumo da carne de cervo sambar sejam legalizados no país, a ideia não foi aceita pelo instituto, que exigiu que os testes fossem feitos com os animais vivos, para que os cervos saudáveis pudessem ser separados do grupo.

Como a administração do parque não cumpriu as medidas exigidas pelo Ibama, o Pampas Safari foi fechado definitivamente em novembro de 2016. O parque ainda abriga cerca de 500 animais saudáveis que serão remanejados para outros zoológicos.

Criado em 1977 pelo Grupo Febernati, o Pampas Safari oferecia aos visitantes uma coleção com mais de 2 mil animais exóticos, como zebras, camelos, hipopótamos, cervos, flamingos, avestruzes, antílopes, lhamas e também animais naturais da fauna brasileira. Os animais eram distribuídos numa área de 320 hectares que os visitantes percorriam dentro de seus veículos. 

Pesquisadores americanos anunciaram nesta segunda-feira (27) que desenvolveram um exame de sangue para detectar a tuberculose que pode acelerar o diagnóstico e o tratamento desta grave infecção bacteriana.

A tuberculose matou cerca de um bilhão de pessoas nos últimos dois séculos, e continua sendo uma das dez principais causas de morte no mundo.

"Com os formatos de testes atuais, os únicos métodos para diagnosticar a tuberculose são as secreções expectoradas, as culturas de sangue, as invasivas biópsias pulmonares ou linfáticas, ou as punções lombares", disse Tony Hu, da Universidade Estatal de Arizona, que chefiou a pesquisa.

Com estes testes tradicionais, cujos resultados "podem dar falsos negativos", pode levar "de dias a semanas para obter os resultados".

O novo exame "supera todos os existentes no mercado atualmente" e pode ser realizado em questão de horas, indicaram os pesquisadores em um comunicado.

Também é o primeiro a medir a gravidade de uma infecção ativa de tuberculose, ao examinar duas proteínas do sangue - CFP-10 e ESAT-6 - que as bactérias geram só durante as infecções ativas.

A precisão do exame é de cerca de 92%. Ainda não está disponível para o público, e seu custo não foi determinado.

Um relatório com a descrição do teste foi publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).

O Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, vai trabalhar com o setor privado para desenvolver um teste diagnóstico de tuberculose mais rápido, barato e informativo do que os atuais. O projeto é fruto de uma parceria entre o governo paulista e a Embaixada do Reino Unido, que vai investir cerca de R$ 1,4 milhão na iniciativa, batizada de Inovação Aberta em Saúde.

Em contrapartida, o Adolfo Lutz colocará à disposição seu acervo de material biológico (amostras de tecidos e microrganismos), sua infraestrutura laboratorial e recursos humanos. "Poucos países no mundo têm o acervo de amostras que o Adolfo Lutz tem; isso é preciosíssimo", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o secretário da Saúde, David Uip. O governo estima que sua contrapartida seja equivalente a um investimento de R$ 900 mil.

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A empresa parceira será selecionada por um processo de chamamento público, que será lançado em março. O edital será aberto a estrangeiros, mas o teste deverá ser desenvolvido e fabricado no Brasil.

Processo

O diagnóstico da tuberculose hoje é um processo lento e fragmentado, que exige diversas análises. Há vários tipos de micobactéria, mas só uma delas (Mycobacterium tuberculosis) causa a tuberculose. Outras espécies também podem causar infecções pulmonares graves, com sintomas parecidos, mas o tratamento é completamente diferente.

Para fazer essa diferenciação é preciso cultivar a bactéria em laboratório, o que leva no mínimo 15 dias. O objetivo é desenvolver um teste molecular único, capaz de identificar rapidamente a espécie da micobactéria e se ela é resistente a algum antibiótico específico.

Alckmin

"Pode ser uma grande revolução", disse à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). A meta é reduzir a incidência da tuberculose no País de 35 para menos de 10 casos por 100 mil habitantes até 2035. "A tuberculose está caindo muito lentamente. Se não inovarmos, não vamos atingir a meta." Para ele, o diagnóstico mais rápido e preciso ajudará a coibir o contágio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um novo tratamento contra a tuberculose resistente aos antibióticos registrou uma taxa de sucesso de 82%, um "avanço" apresentado durante a Conferência Mundial da União sobre a Saúde Respiratória, que começou na quarta-feira (26) em Liverpool (noroeste da Inglaterra).

O estudo foi realizado durante nove meses e contou com a participação de 1.006 pacientes procedentes de nove países da África subsaariana, todos eles resistentes à rifampicina, um dos medicamentos mais eficazes contra a tuberculose.

Sete remédios foram receitados aos pacientes. Um deles, a isoniazida, já usado na luta contra a tuberculose multirresistente, foi administrado em doses duas vezes maiores do que as prescritas normalmente.

Dos 1.006 pacientes, 734 foram declarados curados após o tratamento, 54 não responderam aos remédios, 82 morreram durante o período, e os cientistas perderam o contato com 49 deles, segundo o estudo.

O tratamento é "um avanço no combate à tuberculose resistente aos antibióticos", comemorou a médica Paula I Fujiwara, diretora científica da União Internacional contra a Tuberculose e as Doenças Respiratórias.

"Esses resultados foram obtidos em contextos diferentes e em um grande número de pacientes, o que demonstra que se trata do tratamento mais eficaz atualmente contra a tuberculose resistente aos medicamentos", afirmou.

O estudo foi realizado em colaboração com o Instituto de Medicina Tropical de Ambères, o Instituto Científico San Raffaele de Milão e pesquisadores dos nove países africanos envolvidos.

Cerca de 1,8 milhão de pessoas morreram de tuberculose em 2015, 300.000 a mais do que no ano anterior, informa o relatório anual da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado em outubro.

Postos de Saúde de todo o país estarão abertos hoje (24) para o dia D de atualização do calendário vacinal de crianças menores de cinco anos e crianças e adolescentes de nove anos a 15 anos. Serão disponibilizadas diversas vacinas como as contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba e HPV.

A orientação do Ministério da Saúde aos estados e municípios é que as salas de vacinação permaneçam em atividade durante todo o dia, no entanto os horários de funcionamento ficam a cargo dos gestores locais de saúde e podem variar de uma cidade para outra.

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A campanha começou na última segunda-feira (19) e segue até 30 de setembro, em cerca de 36 mil postos fixos em todo o Brasil. Ao todo, 350 mil profissionais participam da ação.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram enviadas a todas as unidades da Federação 26,8 milhões de doses - incluindo 7,6 milhões para a vacinação de rotina de setembro e 19,2 milhões de doses extras para a campanha.

O objetivo da ação é combater a ocorrência de doenças imunopreveníveis no país e reduzir os índices de abandono à vacinação – principalmente entre adolescentes.

Mudanças no calendário de vacinação

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde alterou o esquema de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente. A imunização contra a poliomielite passou a ter três doses da vacina injetável (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral. Até 2015, o esquema era de duas doses injetáveis e três orais.

Já a vacinação contra o HPV passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas para meninas saudáveis de 9 a 14 anos. Meninas de 9 a 26 anos que vivem com HIV devem continuar recebendo o esquema de três doses. 

No caso da meningocócica C, o reforço, que era administrado aos 15 meses, passou a ser feito preferencialmente aos 12 meses, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras duas doses continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

A pneumocócica teve redução de uma dose e passou a ser administrada em duas (2 e 4 meses), com um reforço preferencialmente aos 12 meses, mas que pode ser recebido até os 4 anos.

Oficinas para profissionais de saúde e orientações para a população fazem parte das ações da Secretaria de Saúde do Recife contra a tuberculose no mês de combate à doença. Na quarta-feira (30), Dia D de Combate à Tuberculose, uma mobilização está agendada para ocorrer no Centro Comunitário da Paz (Compaz) do Alto Santa Terezinha, na Zona Norte do Recife. 

Já nesta terça-feira (29), serão realizadas as oficinas “Manejo da Tuberculose” para profissionais de saúde da Atenção Básica e “Ações de Controle da Tuberculose” para os profissionais da Saúde Mental e técnicos da Secretaria de Enfretamento ao Crack e Outras Drogas. As oficinas acontecem no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, no bairro da Madalena, Zona Oeste da capital. 

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No Compaz, a ação será aberta aos jovens usuários do centro e população visitante do local, com orientações gerais sobre a doença. Segundo a Secretaria de Saúde, serão proferidas palestras, haverá distribuição de material educativo, esquete sobre o tema, coleta de escarro dos sintomáticos respiratórios e testagem rápida para HIV. 

Em 2016, Recife já registra 177 novos casos de tuberculose. No ano passado, foram registrados 1527 novos casos e 125 óbitos. 

A taxa de mortalidade por tuberculose caiu 42% na comparação com os índices de 1990. Esse é o principal resultado de um levantamento divulgado nessa quarta-feira (28) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda assim, 1,5 milhão de pessoas morreram pela doença no ano passado, 890 mil homens, 480 mil mulheres e 140 mil crianças, sendo que 400 mil eram HIV-positivos.

Ao lado da aids, a tuberculose é uma das principais causas de mortes no mundo. As mortes por HIV em 2014 estão estimadas em 1,2 milhão, que inclui as 400 mil também por tuberculose. A OMS calcula que 9,6 milhões de pessoas tiveram a doença no ano passado, sendo que 12% desses novos casos foram registrados em pacientes com HIV.

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Por dia, 4,4 mil pessoas morrem de tuberculose, o que para a OMS é "inaceitável", uma vez que é possível diagnosticar e curar os pacientes. De acordo com o relatório, para reduzir a incidência da doença é necessário corrigir as deficiências na detecção e tratamento, melhorar o financiamento e investir em pesquisas para desenvolver novos diagnósticos, medicamentos e vacinas.

Mais da metade dos casos ocorrem em cinco países: China, Índia, Indonésia, Nigéria e no Paquistão. Entre os novos casos, 3,3% dos pacientes têm resistência aos medicamentos para curar a tuberculose.

Entre os avanços, 43 países reportaram a cura em mais de 75% dos pacientes. A OMS registra melhorias no tratamento, com 77% das pessoas com tuberculose e HIV recebendo antirretrovirais. E entre os pacientes com HIV, 1 milhão recebem terapia preventiva contra a tuberculose, um aumento de 60% na comparação com 2013.

Muitos desses avanços foram alcançados a partir do ano 2000, quando foram implementados os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A incidência mundial da tuberculose teve queda de 1,5% por ano desde 2000, e 18% no total.

Uma das metas era diminuir pela metade a incidência de tuberculose e do número de mortes, objetivo alcançado em vários países com o maior número de casos, incluindo  o Brasil,  a China, Índia e Uganda. Segundo a OMS, diagnóstico e tratamentos eficientes ajudaram a salvar 43 milhões de vidas nos últimos 15 anos.

Na avaliação da OMS, o financiamento ainda é curto. Dos US$ 8 bilhões necessários para detecção e tratamento, apenas US$ 1,4 bilhão foram alcançados. E segundo a agência, são necessários mais US$ 1,3 bilhão para o desenvolvimento de novos diagnósticos, remédios e vacinas.

A OMS lembra que acabar com a epidemia de tuberculose é agora parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis e que os países-membros das Nações Unidas adotaram uma estratégia que visa reduzir a incidência de casos de tuberculose em 80% e das mortes em 90% até 2030. Por isso, mais investimentos são necessários para a acabar com essa "ameaça global" e reduzir os custos para as famílias.

O relatório completo sobre tuberculose está disponível na página da OMS na internet.

Nas últimas décadas foram alcançados avanços importantes contra a tuberculose, mas a doença continua sendo uma doença que deixa milhares de mortos anualmente devido à falta de acesso aos serviços de atenção sanitária - é o que aponta um informe da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A luta contra esta infecção, uma das principais causas de mortalidade no planeta, começou a dar frutos com a redução da taxa de mortalidade desde 1990, aponta o documento publicado nesta quarta-feira em Washington.

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A maioria dos progressos mais importantes ocorreram desde 2000, ano que marcou a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio na ONU. No total, as intervenções médicas com ferramentas de diagnóstico e tratamentos eficazes ajudou a salvar 43 milhões de vidas em 15 anos e a incidência da doença foi reduzida de 18% neste período, diz a OMS. "O relatório mostra que o controle da tuberculose teve um enorme impacto em termos de vidas salvas e curadas", comemorou Margaret Chan, diretora-geral da OMS.

"Estes progressos são reconfortantes, mas se o mundo quer acabar com esta epidemia, é preciso reforçar os serviços (de cuidado) e, um ponto crucial, investir em pesquisa", explicou.

Para combater a tuberculose, "nós precisamos preencher as lacunas na detecção e no tratamento, bem como no financiamento insuficiente, e desenvolver novos medicamentos, vacinas e instrumentos de diagnóstico para manter o progresso", explicam os autores do relatório.

A organização acredita que o financiamento insuficiente minou a luta contra a doença. Segundo o texto, o déficit de chega a 1,4 bilhões, sobre os mais de 8 bilhões necessários para acabar com a epidemia em 2030.

O documento afirma que o número de novos casos, 9,6 milhões em 2014, foi maior do que nos anos anteriores. "Os progressos alcançados estão longe de ser suficientes", lamentou Mario Raviglione, diretor do programa global contra a tuberculose da OMS.

Sublinha que "a infecção ainda deixa 4.400 mortos por dia, um número inaceitável quando você pode diagnosticar e curar a maioria dos pacientes". Mais da metade dos casos de tuberculose são relatados na China, Índia, Indonésia, Nigéria e Paquistão.

Os moradores de rua do Recife realizaram, na manhã desta terça-feira (24), exames para detecção de tuberculose. A ação, da Secretaria de Saúde do Recife, é feita em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que ocorre nesta data.

Técnicos da Equipe de Abordagem Social dos programas Consultório de Rua e Consultório na Rua ficaram responsáveis por visitar locais com aglomerados de pessoas em situação de rua e trazê-los até o Centro para População de Rua do Recife, no bairro da Boa Vista, na área central da capital pernambucana.

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No Centro, os moradores de rua realizaram o exame da coleta de escarro, testagem rápida para HIV, exame de glicose e aferição da pressão. A expectativa da Secretaria de Saúde era que cerca de 100 pessoas participassem da campanha, mas devido à chuva, próximo do final da manhã, só 50 pessoas haviam sido atendidas. 

Dessas 50 pessoas, apenas 17 tiveram a amostra de escarro recolhida, pois o exame é feito só para quem tem tosse com muco. O material colhido é levado para laboratório onde passa pelo exame de baciloscopia, que identifica o bacilo de Koch, causador da doença.

Segundo a coordenadora do Programa de Doenças Negligenciadas, Ariane Bezerra, a escolha do público-alvo está relacionada às características da doença. “Eles têm uma maior probabilidade de contrair a tuberculose pelo próprio contexto em que vivem, de rua, de aglomerados. Eles são atingidos cerca de 68 vezes mais se comparado à população em geral”, explica Bezerra.

A tuberculose é uma doença contagiosa, causada por bactéria, e apresenta sintomas como tosse por mais de três semanas (com ou sem catarro), febre vespertina, suor noturno, dor no peito, perda de peso e falta de ânimo. Ela é transmitida através do contato com a tosse, fala ou espirro da pessoa doente que não está em tratamento e que vive em lugares pouco ventilados.  O tratamento dura seis meses e é gratuito, feito nos postos de saúde.

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Dados – De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, a cada ano, são notificados cerca de 80 mil casos novos e ocorrem aproximadamente 4,6 mil mortes em decorrência da doença no Brasil. O país ocupa a 17ª posição entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, a tuberculose é a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte dentre as doenças infecciosas definidas dos pacientes com AIDS. São registrados cerca de 1270 casos anualmente no Recife. Só em 2015, 270 casos já foram confirmados na cidade. A incidência é de 104 casos por cada 100 mil recifenses. 

Atualmente, o Estado de Pernambuco ocupa a quarta posição nacional em taxa de incidência de tuberculose. Os números são de 50,4 casos por 100 mil habitantes em 2013, sendo 3,8 óbitos por 100 mil habitantes. Anualmente, são registrados, em média, 4,5 mil novos casos no Estado, com uma média de 350 mortes. Já a capital do Recife é a terceira em taxa de incidência, tendo 104,8 casos por 100 mil pessoas, no mesmo período, e a primeira em número de óbitos.

Nesta terça-feira (24) é o Dia Mundial de Combate a Tuberculose e para alertar sobre os riscos, sintomas, prevenção e cuidados, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) mobilizou os municípios para integrar a campanha “Tuberculose: diagnosticar, tratar e curar”. A proposta é apoiar as atividades, através do Programa de Controle da Tuberculose e do Programa Sanar, que faz o enfrentamento a sete doenças negligenciadas, entre elas, a tuberculose.

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“É importante que a população fique atenta aos sintomas clássicos da tuberculose, como tosse persistente, febre vespertina, sudorese noturna, falta de apetite  e emagrecimento. Pessoas que apresentem tosse por três semanas ou mais são suspeitas de ter a doença e deverão procurar um serviço de saúde mais próximo para a avaliação clínica e realização de exames. Todo o tratamento, que dura em média seis meses, é gratuito”, afirma a Coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da SES, Cândida Ribeiro, segundo informações da assessoria de imprensa.

A coordenadora ainda ressalta que o frequente abandono ao tratamento, além de impossibilitar a cura, pode ocasionar resistência aos medicamentos preconizados. Atualmente, Pernambuco registra uma taxa média de abandono ao tratamento de 11%, enquanto que o preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) é abaixo de 5%.

Quanto às unidades de atendimento, Candida elencou. “Nossa referência para pacientes que apresentam algum tipo de resistência às drogas é o Hospital Otávio de Freitas e ambulatório do Hospital das Clínicas. Em relação aos pacientes coinfectados com HIV, a referência é o Hospital Correia Picanço. Já os casos que não apresentem qualquer intercorrência devem ser acompanhados nas Unidades Básicas de Saúde”.

Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que acontece nesta terça-feira (24), técnicos da Secretaria de Saúde do Paulista vão atender os moradores, das 9 às 11h30, na Praça Aníbal Fernandes, no bairro de Jardim Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR).

As equipes irão montar uma espécie de laboratório para realizar a baciloscopia (exame do escarro) no público. Os resultados serão entregues dois dias úteis após a coleta. Quem comparecer ao local, também poderá fazer o teste rápido de HIV no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Itinerante, que ficará estacionado na lateral da praça.

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O trabalho irá contar com a participação dos profissionais lotados nas unidades de saúde do bairro.

 

Com informações da assessoria

O Brasil manteve o 16º lugar no ranking de países campeões em casos de tuberculose. Ano passado foram registrados 67.966 casos da doença, com coeficiente de incidência de 33,5 casos por 100 mil habitantes. Em 2013, haviam sido contabilizadas 71.123 infecções. Em um ano, a redução de casos foi de 4,4%. A taxa de mortalidade em 2013 foi de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes, 20,7% mais baixa do que havia sido registrado em 2003, com 2,9 mortes a cada 100 mil.

Os números foram apresentados na Câmara dos Deputados durante sessão solene pelo Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Com indicadores ainda considerados altos, o governo assumiu o compromisso de redução em 95% dos óbitos e em 90% do coeficiente de incidência da doença até 2035.

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"Progredimos, mas há ainda muito o que avançar", afirmou Carlos Basile, da Parceria Brasileira contra Tuberculose. Em seu discurso, ele disse estar preocupado com a redução da vacina contra a doença em postos de saúde, identificada no último mês em razão de problemas de abastecimento. De acordo com o Ministério da Saúde, a situação deverá ser regularizada até o início de abril. Semana passada, foram entregues 18 mil doses. Dia 31, seguem mais 522 mil e dia 2, as 410 mil doses restantes para abastecer os estoques.

Uma das estratégias consideradas essenciais para o controle do número de casos da doença é o diagnóstico rápido da infecção. Atualmente, 94 municípios e o Distrito Federal - capitais e cidades consideradas estratégicas - dispõem de teste rápido. As cidades contempladas atualmente pelos testes rápidos respondem por 60% dos números de casos.

"Ainda consideramos a tuberculose como um grande desafio", afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O ministro observou que as taxas da doença são significativamente altas em dois grupos: população carcerária e moradores de rua.

O ministro lembrou ainda que a doença é muito desigual no País. Amazonas e Rio lideram com números de casos. "Estamos lidando com uma doença mutifatorial: condição social, de moradia e de vida são preponderantes para determinar o risco da doença", disse. Ele lembrou que na população indígena o risco de ter a doença é três vezes maior do que a população em geral. Na população de rua, o risco é 47 vezes maior. "O sucesso das ações está ligado a uma aliança de vários setores da sociedade", defendeu.

"Podemos viver num mundo livre de tuberculose. Para isso, é preciso que países caminhem conjuntamente", disse Chioro. "Diagnosticar e tratar adequadamente a tuberculose significa romper a cadeia de transmissão", completou.

O ministro atribuiu as dificuldades enfrentadas na entrega de vacina contra tuberculose ao atraso na obtenção do certificado de boas práticas do laboratório fabricante, a Fundação Ataulpho Paiva, e a problemas de abastecimento de água na fábrica.

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul assinaram nesta sexta-feira (5) um compromisso para a construção do Plano de Enfrentamento da Tuberculose. Até março, representantes dos países integrantes do Brics devem detalhar a forma como vão conduzir a estratégia, que prevê a oferta universal de medicamentos e diagnóstico rápido para pacientes, conforme ficou estabelecido ao final da 4ª Reunião de ministros da Saúde do Brics, que reuniu os representantes dos cinco países entre 2 a 5 de dezembro.

Juntos, os países do bloco concentram 50% dos casos de tuberculose do mundo. "É um momento histórico. O primeiro passo para redução significativa do número de casos da doença", disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, ao final do encontro, realizado em Brasília.

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Os compromissos assumidos durante a reunião foram incluídos em um comunicado, divulgado por Chioro. "O documento reflete a preocupação dos cinco países com a saúde global. A possibilidade de garantirmos o fornecimento gratuito de medicamentos de primeira linha contra a tuberculose é um marco, e demonstra nosso compromisso, o fomento ao desenvolvimento tecnológico, e respaldo às iniciativas multilaterais de saúde", afirmou o ministro.

Chioro afirmou que um fundo para o enfrentamento da tuberculose deverá ser criado. A participação do Brasil ainda não foi definida. Ele não descarta, no entanto, a possibilidade de o País contribuir por meio do fornecimento de medicamentos para a doença e com a oferta de testes rápidos. A meta é atingir 90% dos grupos vulneráveis para tuberculose, que 90% dos pacientes sejam diagnosticados e que 90% das pessoas sejam tratadas com sucesso.

Este é o quarto encontro de ministros de saúde do Brics. Além de discutir o plano de tuberculose, o grupo debateu estratégias para melhorar a qualidade de vida de pacientes com HIV/aids e para reduzir o risco de doenças relacionadas a doenças não transmissíveis e a prevenção da obesidade. Ebola também esteve na pauta das reuniões. O grupo aprovou a criação de uma equipe de trabalho para desenvolver um plano conjunto de enfrentamento da doença.

O Instituto de Tecnologia em Fármacos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), obteve nesta segunda-feira (24) o registro de novo medicamento contra a tuberculose, o 4 em 1, que reúne quatro princípios ativos em um só comprimido. O deferimento foi dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a Fiocruz, somente no ano passado, o Brasil registrou 71.123 novos casos da doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa formulação em dose fixa combinada é a mais eficaz no combate à tuberculose. O medicamento permite melhor adesão e redução das taxas de abandono do tratamento, que é demorado. Os princípios são: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

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A fabricação do 4 em 1 por Farmanguinhos é fruto de parceria feita em 2010 com o laboratório indiano Lupin. De acordo com a gerente do projeto na Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico da Farmanguinhos, Gisele Moreira, ao longo de três anos, o instituto receberá gradualmente a tecnologia para a produção no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), no Rio de Janeiro.

“De acordo com o cronograma, a produção em Farmanguinhos deve começar em 2017”, informou Gisele. Nesse período inicial, o laboratório indiano se compromete a abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS) com o medicamento.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), anualmente, o Brasil gasta cerca de R$ 11 milhões em ações contra a tuberculose. Com o 4 em 1, a Farmanguinhos ampliará para quatro a linha de medicamentos para tratamento da doença, já que produz também a etionamida, a isoniazida e a isoniazida + rifampicina.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, que afeta principalmente os pulmões. São notificados anualmente cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo. Embora curável em praticamente 100% das novas ocorrências, a doença mata mais de 1 milhão de pessoas por ano, informa a Organização Mundial da Saúde. A tuberculose matou mais de 4,4 mil brasileiros em 2012.

Entre os mais vulneráveis à doença estão os moradores de rua, cujo risco de infecção é 44 vezes maior do que o da população geral. Em seguida, vêm as pessoas com HIV/aids, cujo risco é 35 vezes maior, a população carcerária, com 28 vezes mais risco, e os indígenas, com risco três vezes maior.

Os moradores do Engenho Maranhão, situado em Ipojuca, no Litoral Sul do Estado, vão poder contar com uma Unidade de Saúde a partir desta sexta-feira (21). Haverá consultas em várias áreas médicas, além de pré-natal, atendimento a pacientes com hipertensão, diabetes, tuberculose e hanseníase, consultório odontológico, salas de vacina, curativo, nebulização e coleta. A inauguração será realizada às 9h, já com disponibilidade de atendimento ao público.

A unidade também conta com um auditório para a realização de palestras e outras atividades. O local demorou seis meses para ser entregue e atenderá também aqueles que precisam de acessibilidade. O funcionamento da unidade será de segunda à sexta-feira, das 8h às 16h.

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Vários serviços de saúde serão disponibilizados neste terça-feira (18) para moradores do Coque, área central do Recife. A partir das 8h até às 12h, haverá vacinação, aferição de pressão e orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis, tuberculose, hanseníase, além de prevenção de câncer de mama para as mulheres. A ação gratuita da Secretaria Municipal de Saúde será realizada em uma tenda montada próximo à estação de metrô.

Vários dentistas também estarão no escovódromo colocado no local para falar sobre a importância de cuidar da saúde bucal, onde os moradores poderão pegar gratuitamente kits de higiene. Os moradores também serão cadastrados por agentes comunitários de saúde para serem atendidos na Unidade de Saúde da Família do Coque.

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