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Trezentos cervos da espécie sambar (Rusa unicolor) serão sacrificados no parque Pampas Safari, na cidade de Gravataí a 30 quilômetros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O abate, que teve autorização do Ibama, acontece devido a uma epidemia de tuberculose que infectou os animais. 

Segundo o Ibama, o sacrifício dos cervos é necessário para que a doença não atinja os outros animais do parque e nem as pessoas que vivem na região.

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O caso se tornou público nesta quarta-feira (23), quando a deputada estadual Regina Becker (Rede) denunciou a liberação do abate em suas redes sociais. “Diante desta triste decisão, respaldada por legislações que visam tão somente as questões sanitárias, desconsideram a vida animal e a possibilidade destes serem tratados, buscarei junto aos órgãos judiciais o conhecimento na íntegra do processo, para analisar criteriosamente os laudos, exames, autuações e todos os demais dados que resultaram na decisão de morte de centenas de animais”, afirmou a deputada, que pede também para que o teste de tuberculose seja feito em todos os animais antes do abate, para que não corra nenhum risco de sacrificar um animal saudável.

Até agora 18 animais já foram abatidos em um local especializado e com ajuda de veterinários. O sacrifício é feito com o uso de uma pistola pneumática, instrumento que ejeta um cano de 15 centímetros de comprimento a 120 quilômetros por hora. Esse método, conhecido como “abate humanitário”, é o mais rápido e indolor que existe.

O Pampa Safari enfrenta casos de tuberculose desde 2007, quando búfalos foram contaminados com a doença. Em 2013, um novo surto atingiu camelos, lhamas e cervos, causando a interdição temporária do parque pelo Ibama, que impôs medidas rígidas para a saúde dos animais.

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Em abril deste ano, os donos do parque alegaram não ter dinheiro para fazer testes de doenças nos animais ainda vivos e sugeriu ao Ibama sacrificar todos os cervos e vender a carne dos que não estivessem contaminados. Mesmo que o abate e o consumo da carne de cervo sambar sejam legalizados no país, a ideia não foi aceita pelo instituto, que exigiu que os testes fossem feitos com os animais vivos, para que os cervos saudáveis pudessem ser separados do grupo.

Como a administração do parque não cumpriu as medidas exigidas pelo Ibama, o Pampas Safari foi fechado definitivamente em novembro de 2016. O parque ainda abriga cerca de 500 animais saudáveis que serão remanejados para outros zoológicos.

Criado em 1977 pelo Grupo Febernati, o Pampas Safari oferecia aos visitantes uma coleção com mais de 2 mil animais exóticos, como zebras, camelos, hipopótamos, cervos, flamingos, avestruzes, antílopes, lhamas e também animais naturais da fauna brasileira. Os animais eram distribuídos numa área de 320 hectares que os visitantes percorriam dentro de seus veículos. 

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