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O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, aumentou a pena do ex-presidente Lula, manteve a absolvição do presidente do Instituo Lula (IL), Paulo Okamotto, e reduziu, levando em consideração a colaboração com as investigações, as penas dos executivos da OAS Léo Pinheiro e Agenor Medeiros.

Em seu voto, cuja leitura durou três horas e 40 minutos, o desembargador afirmou entender que Lula tinha papel importante nos esquemas da Petrobras e que o triplex e suas reformas, supostamente bancadas pela empreiteira, foram formas de propina ao petista.

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Veja as penas:

Lula: 12 (doze) anos e 01 (um) mês de reclusão, em regime inicialmente fechado, e 280 (duzentos e oitenta) dias-multa, à razão unitária de 05 (cinco) salários mínimos vigentes ao tempo do último fato criminoso;

Léo Pinheiro: 03 (três) anos, 06 (seis) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, e 70 (setenta) dias-multa, à razão unitária de 05 (cinco) salários mínimos vigentes ao tempo do último fato criminoso;

Agenor Medeiros: 01 (um) ano, 10 (dez) meses e 07 (sete) dias de reclusão, em regime aberto, e 43 (quarenta e três) dias-multa, à razão unitária de 05 (cinco) salários mínimos vigentes ao tempo do último fato criminoso.

O desembargador João Pedro Gebran, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, rejeitou a tese de que a Corte tenha acelerado o julgamento do ex-presidente Lula, nesta quarta-feira, 24. Relator do processo na 8ª Turma, Gebran pediu o aumento da pena contra o petista para 12 anos e um mês, mas explicou que nenhum juiz condena alguém por "ódio".

"Ainda que houvesse uma aceleração estaria cumprido o que diz meta quatro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O que nós estamos fazendo é cumprir aquilo que é o ideal processual", justificou ao lembrar que a Justiça tem a obrigação de apreciar com mais celeridade casos de corrupção e improbidade.

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"É com sentimento amargo que cumpro meu dever e apresento essa condenação. Nenhum juiz condena alguém por ódio. É dever do julgador entender os fatos e as circunstâncias em que ocorreram. O fato de se tratar de um ex-presidente torna esta tarefa mais dramática. Não julgamos nome ou personagem, julgamos fatos concretos", explicou.

Ele também rebateu a tese de que o PT, partido do ex-presidente Lula, teria sido alvo da Justiça diante do avanço da Operação Lava Jato. "Os membros do PT não foram nem sequer os primeiros a ser investigados", disse.

Após a leitura do voto do relator, o presidente da 8ª Turma do TRF-4, desembargador Leandro Paulsen, interrompeu a sessão para um intervalo de uma hora para almoço. O julgamento será retomado a partir das 15h, quando o desembargador Victor Laus irá anunciar seu voto. Em seguida será a vez de Paulsen. Esta fase não tem tempo limite predeterminado.

Terminou em confronto com a Polícia Militar um ato em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, 24, em João Pessoa, capital da Paraíba. Um grupo ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) teria tentado invadir o prédio da Justiça Federal, causando a reação da Polícia Militar, que disparou balas de borracha e bombas de efeito moral contra os manifestantes. Um policial e ao menos três manifestantes ficaram feridos.

Um dos atingidos, o deputado estadual Frei Anastácio (PT), tomou uma bala na testa e caiu. Os manifestantes atiraram pedras contra os policiais militares e agentes da Polícia Federal que protegiam o prédio. Um policial, atingido por uma pedrada, chegou a desmaiar. Um manifestante ferido foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma da capital. O grupo havia marchado da Praça João Pessoa até o prédio da Justiça e, segundo a PM, os manifestantes tentaram forçar o portão.

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Também houve manifestações a favor de Lula em Campina Grande, Sapé, Jumé e Cajazeiras, no interior do Estado. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Movimento dos Sem-Terra (MST) interditou trechos das rodovias BR-101, BR-230 e BR-361, mas as estradas já estavam liberadas no início da tarde.

O ex-ministro Gilberto Carvalho defendeu a construção de uma "frente ampla de esquerda" no Brasil. Em ato em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Porto Alegre, o antigo chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República disse que o momento poderia servir para ajudar a esquerda a se unir.

"Sempre que eles exageram na mão eles nos ajudam", disse. "Nos ajudaram a nos unir novamente", acrescentou Carvalho. "Agora, temos que ter o juízo de não sentar em cima disso, de fazer as pessoas entenderem o que está acontecendo", concluiu.

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O petista considerou que o que mobiliza a esquerda é "a volta da fome e a falta de acesso às universidades". "Uma eleição sem o Lula é uma falsificação da democracia", declarou.

Carvalho ainda criticou a tese da acusação segundo a qual Lula seria o dono do tríplex no Guarujá. "A história do tríplex é uma palhaçada de quem não achou nada contra Lula", disse. "Lula pode ter muitos defeitos, mas nunca levou uma Bic (caneta) para casa", afirmou.

Durante o ato, o senador petista Lindbergh Farias (PT-PB) reforçou a ideia de uma união dos grupos de esquerda. "O que estamos vendo aqui é o renascimento da esquerda", declarou.

O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo de apelação da sentença do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva no caso triplex do Guarujá, manteve a condenação do petista pelo crime de corrupção passiva no esquema Petrobras e negou pedido de absolvição da defesa do petista em seu voto.

"Considero um ato de corrupção", afirmou Gebran Neto, ao final da leitura de seu voto, em que manteve a sentença de condenação do juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato de Curitiba, contra Lula. "Há provas acima de dúvida razoável."

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Em seu voto, que ainda está lendo na sessão histórica desta quarta-feira, 24, no Tribunal da Lava Jato, Gebran sinaliza que vai condenar Lula ainda no crime de lavagem - ele ainda está lendo seu voto nesse item. Depois dele, ainda votam os desembargadores Leandro Paulsen e Victor Laus.

Nesse processo, Lula foi acusado pelo Ministério Público Federal - e condenado em 12 de julho de 2017 - pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá. Ele teria recebido R$ 2,2 milhões em propinas da OAS, em forma de reformas e equipamentos no imóvel, como contrapartidas a contratos da empresa em obras nas refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná.

Em primeira instância, sua pena foi estabelecida em 9 anos e 6 meses de prisão por Moro.

"Ainda também há prova acima de dúvida razoável que as reformas, compra da cozinha e os utensílios foram feitos em favor do ex presidente e customização feita a pedido e consoante projeto aprovado por este e por sua esposa", votou o relator.

Gebran Neto indicou que deve negar aumento da condenação da pena de Lula, como pediu o Ministério Público Federal, que queria a condenação do petista por três atos de corrupção e não um, como entendeu Moro na primeira instância - além da manutenção da condenação do crime de lavagem de dinheiro. O fato era justificado para aumentar os anos de pena dados por Moro.

Perseguição

"A tese não é original", afirmou Gebran ao abrir seu voto sobre o principal argumento da defesa de Lula de que os processos da Lava Jato representam uma perseguição política ao ex-presidente. Eram 10 horas e 28 minutos quando o paranaense Gebran Neto pediu escusas por ler seu voto e não fazê-lo livremente, como gostaria.

Um a um, o desembargador foi derrubando as teses levantadas pela defesa de Lula, que questionou a competência da 13.ª Vara Federal, de Curitiba, para julgar o caso, a suspeição de Moro, apontou cerceamento de defesa, falta de provas no processo, entre outros.

Depois de uma hora de leitura dos itens que a defesa alega existirem invalidades processuais no caso, Gebran Neto refutou todos e iniciou a análise do mérito do processo. A defesa de Lula pediu absolvição alegando não existirem provas de corrupção do petista, nem elo dele com os crimes na Petrobrás, nem do dinheiro gasto no imóvel com os crimes na estatal na mira da Lava Jato.

"A atuação de Luiz Inácio Lula da Silva decorreu do amplo apoio que deu para o funcionamento deste sistema ilícito na captação de recursos com a interferência direta na nomeação de dirigentes da estatal, os quais deveriam obter recursos em favor dos partidos aliados e mais especificamente do partido dos trabalhadores", afirmou Gebran Neto.

Para o relator, "há cristalina comprovação da capacidade de influência do ex-presidente no processo de nomeação dos agentes políticos na Petrobrás e sua ciência no esquema criminoso".

"Apesar de sua negativa com relação a isso, há clara delineação dos bastidores de indicação e os movimentos de agremiações partidárias na tarefa de manter pessoas de confiança que pudesse levar a diante o projeto de financiamento político. O tema foi muito bem abordado na sentença", afirmou o desembargador.

Com duas horas de leitura do voto, Gebran Neto analisava o mérito das questões levantadas, quando deixou claro o papel central de Lula no caso, no seu entendimento. "Há prova acima do razoável de que o ex-presidente foi um dos articuladores, se não o principal do amplo esquema de corrupção."

"As provas aqui colhidas levam à conclusão de que, no mínimo, tinha ciência e dava suporte àquilo que ocorria no seio da Petrobras, destacadamente destinação de boa parte da propina para o Partido dos Trabalhadores para o financiamento de campanhas políticas. Episódios como a nomeação de Paulo Roberto Costa e a outro episódio que talvez eu mencione, Nestor Cerveró e Jorge Zelada, entre outros, não deixam margem às dúvidas da intensa ação dolosa no esquema de propinas", disse o relator.

O julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), condenado em primeira instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, recebeu 133,5 mil menções no Twitter entre a meia-noite e as 10 horas da manhã desta quarta-feira, 24, mostra levantamento elaborado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (Dapp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo é divulgado com exclusividade pelo Estadão/Broadcast. Na terça, 23, as postagens sobre o tema chegaram à marca de 307,6 mil, superando o volume de 225,6 mil menções registradas na segunda-feira, 22.

Em comparação à semana passada, quando o número mínimo de postagens foi de 97,4 mil no dia 16 e o número máximo chegou a 117,9 mil no dia 19, os dados reforçam a avaliação de que o julgamento tem crescido no interesse dos usuários do microblog. Na manhã desta quarta, o link do julgamento no canal de Youtube do TRF-4 foi compartilhado em 1,6 mil postagens (0,8% do total). Já na terça, 23, 1% das postagens compartilhou links relacionados a artigo do jornal The New York Times sobre o julgamento do ex-presidente. Esta foi a publicação de imprensa mais compartilhada sobre o assunto no País.

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As menções diretas ao ex-presidente Lula ocorreram em 79% dos tuítes desta quarta-feira, 24, no Brasil, o que corresponde a 105,6 mil. Com volume relevante, ainda que muito inferior às citações a Lula, aparecem o juiz federal Sérgio Moro (4,2 mil) e a ex-presidente Dilma Rousseff (4,1 mil).

Os políticos da família Bolsonaro receberam menções em 3,2 mil publicações, "sobretudo a partir de um tuíte feito pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (filho do presidenciável Jair Bolsonaro) com críticas à desarticulação da direita sobre a definição de uma candidatura para as eleições presidenciais", releva a FGV.

POLARIZAÇÃO

Nesta quarta-feira, aponta o Dapp, o debate está mais concentrado nas manifestações a favor e contrárias a Lula. "O julgamento, em específico, é abordado em 51,2 mil postagens (38,3%), com predomínio de questionamentos, de um lado, sobre as razões políticas que levaram à condenação de Lula, com uso da hashtag #cadeaprova; e, de outro, de críticas às acusações de parcialidade pelo Judiciário brasileiro, com argumentos associados aos autos do processo e à premissa de que o ex-presidente está sendo julgado como outros atores políticos do País."

Entre os críticos ao ex-presidente, os perfis com maior volume de retuítes até as 10 horas desta quarta-feira foram o perfil de humor @jqteixeira e da blogueira do jornal O Estado de S. Paulo Ana Paula Henkel (@anapaulavolei). Já entre os perfis favoráveis a Lula, os destaques ficam justamente com a conta oficial do ex-mandatário, @LulapeloBrasil, e com a página do Partido dos Trabalhadores, @ptbrasil.

O levantamento verificou que, nesta quarta-feira, a hashtag #cadeiasemlulaefraude despontou como a mais usada no debate. "Até as 10 horas desta quarta, #condenaTRF4 foi citada em 9,5 mil postagens, frente a 22,1 mil citações à hashtag #cadeiasemlulaefraude", relata o Dapp da FGV. Por outro lado, as duas principais hashtags em apoio a Lula foram #EleiçãoSemLulaÉFraude e #cadeaprova, com 12,3 mil e 7,4 mil publicações no Twitter, respectivamente.

Em números absolutos, São Paulo (27%), Rio de Janeiro (16%) e Rio Grande do Sul (11%) concentram as menções ao julgamento. Ainda assim, proporcionalmente, Estados do Nordeste - Rio Grande do Norte (14,3%); Sergipe (13,7%); Bahia (11,3%) - são os que mais abordam o tema, aponta a FGV.

Trending topic mundial

Já figurando entre os assuntos mais comentados no mundo desde o início do dia no Twitter, a hashtag TRF-4, ocupa, no início da tarde desta quarta-feira, o primeiro lugar no trending topics mundial. A hashtag refere-se ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que julga, em segunda instância, a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá.

A capital capixaba também realiza ato em favor do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O ato ocorre nesta quarta-feira, 24, na praça Costa Pereira, no centro de Vitória, no Espírito Santo. A movimentação no local começou logo pela manhã, imediatamente ao início do julgamento do petista, no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), sobre o caso do tríplex do Guarujá.

Vestindo camisas vermelhas e segurando bandeiras do PT, os manifestantes acompanham o julgamento em televisões instaladas na praça. Em alguns momentos os militantes realizam seus discursos em um local equipado com caixa de som e microfones, instalados para o ato.

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Logo pela manhã, o presidente do PT no Espírito Santo, João Coser, disse que as expectativas quanto ao resultado do julgamento são positivas, e acredita que o julgamento tem um viés político. "Acreditamos na absolvição do nosso ex-presidente. Ele foi condenado sem provas e não há como justificar isso", disse.

Lula foi condenado na primeira instância pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na sentença, Moro sustenta que o ex-presidente ocultou a propriedade do tríplex e que o imóvel foi recebido como propina da empreiteira OAS em troca de favores na Petrobras.

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) disse na manhã desta quarta-feira, 24, em ato em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Porto Alegre que não haverá trégua na defesa do direito de Lula de se candidatar à Presidência.

"Nossa luta não termina hoje. Eles não querem Lula candidato porque sabem que se o povo se manifestar vai se manifestar a favor das bandeiras do ex-presidente", disse Zarattini. "Nós vamos fazer uma grande onda para garantir o direito de Lula. Não vai ter trégua. Vamos mostrar que o Brasil somos nós e nós somos Lula", avisou.

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O deputado e outros parlamentares participam de ato em acampamento de simpatizantes petistas e apoiadores do ex-presidente que se deslocaram para Porto Alegre para acompanhar o julgamento que ocorre no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

O acampamento reúne pessoas de todo o Brasil e até de outros países da América Latina. Segundo o PT do Rio Grande do Sul, há 30 mil pessoas na vigília.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), manifestou-se, por meio de seu perfil nas redes sociais. Nesta quarta-feira, 24, ele disse acreditar na inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Como governador, como cidadão brasileiro e defensor da democracia, espero que, acima de tudo, prevaleça a justiça. Que o julgamento se dê à luz dos fatos, verídicos e sem retoques, e não submetido a questões políticas ou partidárias. Pessoalmente, acredito na inocência de Lula. Conhecemos sua história, sua luta e seus princípios. Que a verdade prevaleça", escreveu Camilo Santana.

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Manifestantes contrários à condenação do ex-presidente Lula se reuniram, pela manhã, na Praça General Murilo Borges, no Centro de Fortaleza, onde fica o fórum da Justiça Federal no Ceará. Para o presidente do PT-CE, De Assis Diniz, a intenção da julgamento é tirar Lula das eleições deste ano.

Ma avaliação do presidente da CUT no Ceará, Will Pereira, atos que estão sendo realizados em todo o Brasil em defesa do ex-presidente representam a defesa da democracia. A chuva, que começou a cair na capital cearense, dispersou um pouco o público. Mesmo assim, a programação deve seguir na praça até às 16h.

No interior do Ceará, militantes do MST bloquearam a BR-402, no trecho próximo à Itapipoca. Os manifestantes atearam fogo em pneus. Também ocorriam protestos em favor de Lula nas cidades de Quixadá, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Crateús, Sobral e Aracapé.

O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso tríplex do Guarujá (SP) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), afirmou que não há margens para dúvidas da "intensa ação dolosa" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema de propinas da Petrobras. "Há prova acima do razoável de que Lula foi um dos articuladores, se não o principal, do esquema." Poro volta das 12h15, o relator realizava a leitura do seu voto havia mais de uma hora a meia - sem ainda ter entrado no mérito do processo.

Gebran Neto citou trechos dos acordos de delações premiadas de nomes como Alberto Youssef, Nestor Cerveró, Delcídio Amaral e Pedro Corrêa, que vincularam Lula ao esquema de corrupção. "Tomados isoladamente, cada um dos depoimentos pode parecer frágeis - mas em conjunto, com outras provas, é possível confirmar todas as assertivas que tenham feito", declarou o relator. Ele também avaliou que há prova de que a OAS pagava propina para dirigentes da Petrobras.

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Durante sua fala, o relator também considerou que não é necessário um ato de ofício para relacionar Lula ao caso. "No caso, a corrupção passiva perpetrada pelo réu difere do padrão dos processos julgados na Lava Jato. Não se exige a demonstração de participação ativa de Lula em cada um dos contratos. O réu em verdade era o garantidor de um esquema maior que tinha por finalidade de modo sub-reptício o financiamento de partidos. Pelo que agia nos bastidores pela nomeação e manutenção de agentes em cargos-chave para organização criminosa", disse o relator Gebran sobre o ex-presidente Lula.

O relator da Lava Jato no Tribunal Regional Eleitoral da 4.ª Região, desembargador João Pedro Gebran Neto, rejeitou todas os pedidos de nulidade realizados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na condenação feita em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro no caso do triplex do Guarujá (SP). "Não há nulidade há ser declarada. O pedido se funda em mera discordância das partes com os parâmetros do juiz de 1º grau", afirmou.

Sobre a alegação da defesa que não há correlação entre a denúncia do Ministério Público e a sentença de Moro, Gebran Neto disse que a denúncia é clara no sentido de que o réu solicitou e recebeu vantagens indevidas as quais foram oferecidas por Léo Pinheiro, da OAS. "Não há nulidade a ser declarada por ausência de fundamentação na sentença", sustentou.

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O relator também disse que não cabe a terceiros questionar os termos de um acordo de delação premiada, se referindo à alegação da defesa relativa a questionamentos feitos às testemunhas. Segundo Gebran Neto, as perguntas indeferidas não dizem respeito ao processo, mas a eventuais colaborações que estariam sendo tabuladas.

'Esquema maior'

O desembargador Gebran Neto, afirmou que a corrupção passiva cometida pelo ex-presidente, conforme a condenação do juiz Sergio Moro, não exige demonstração ativa de Lula em cada um dos contratos. "O réu em verdade era o garantidor de um esquema maior que tinha por finalidade o financiamento de partidos."

O relator estava se referindo à alegação da defesa de Lula que dizia que a sentença não havia indicado o ato de ofício para imputação de corrupção passiva. "Há equívoco da defesa."

Segundo ele, citando decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), provas indiretas podem ser utilizadas quando há sustentação com outras provas. Ele afirmou que os depoimentos de outros réus no processo podem ser utilizados se suportadas com outros indícios e colocadas sob o contraditório, referindo-se a Léo Pinheiro e Agenor Franklin.

O relator da Lava Jato no Tribunal Regional Eleitoral da 4.ª Região, desembargador João Pedro Gebran Neto, realiza no final da manhã desta quarta-feira, 24, a leitura de seu voto no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá (SP). Gebran voltou a destacar que "não toma posição de antagonista em relação a qualquer réu".

O desembargador rebateu diversas teses da defesa de que o juiz Sérgio Moro não deveria ter julgado o caso e que a sentença de nove anos e 6 meses de prisão contra Lula deveria ser anulada.

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Para Gebran, Moro não é suspeito para julgar o caso. Ele avaliou que práticas de Moro em nenhum momento prejudicaram Lula e fazem parte do "cotidiano judicial".

Sobre a condução coercitiva, em 2016, criticada pela defesa de Lula, o desembargador disse que a prática dura apenas o tempo necessário do julgamento. Ele defende que trata-se de um instrumento penal e não é exclusividade da Lava Jato. "A condução coercitiva, por si só, não viola direito constitucional. Houve participação de advogados de Lula para dar garantias constitucionais."

Gebran argumentou também que o fato do processo ter sido julgado pela Justiça Federal do Paraná e, posteriormente, pelo TRF-4, não confere usurpação de competência. Ele argumentou que outros processos da Operação Lava Jato também chegaram ao TRF-4.

Gebran Neto afirmou que até mesmo o relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin, descartou a possibilidade de "envio dos autos para outras varas".

Perseguição

Gebran Neto afirmou, ainda, que "a tese não é original", ao abrir seu voto e refutar um dos principais argumentos da defesa de Lula de que os processos da Operação Lava Jato representam uma perseguição política ao ex-presidente.

Eram 10h28 quando o desembargador paranaense pediu escusas por ler seu voto e não fazê-lo livremente, como gostaria.

Um a um, o desembargador passou a ler seus argumentos nos quais derruba as teses levantadas pela defesa de Lula, que questionou a competência da 13.ª Vara Federal, de Curitiba, para julgar o caso, a suspeição de Moro, apontou cerceamento de defesa, falta de provas no processo, entre outros. A leitura do voto ainda ocorria às 11h55

Ao final, Gebran dirá se aceitará pedido de absolvição feito pela defesa de Lula ou se mantém a condenação e acata pedido do Ministério Público Federal de aumento de pena e crimes imputados ao petista, que foi condenado em 12 de julho de 2017 pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso tríplex a 9 anos e 6 meses de prisão por Moro.

Em meio a expectativa sobre o resultado do julgamento do recurso de Lula, que acontece nesta quarta-feira (24), a vereadora do Recife Marilia Arraes (PT), em entrevista ao LeiaJá, se mostrou bastante otimista. Ela chegou a dizer que as pessoas querem que o PT volte a governar o Brasil e também garantiu que o ex-presidente vai ganhar a eleição para presidente deste ano.

"Queiram ou não queiram os juízes parciais que condenam sem provas, Lula vai ser candidato porque o povo quer e vai ganhar a eleição. Lula tem chances reais de ganhar de todo jeito. A prova é todos estes anos de desgaste que a grande mídia tem feito em relação ao nome dele e mesmo assim Lula só faz crescer nas pesquisas. O maior cabo eleitoral do presidente é o golpe contra os direitos do povo que está acontecendo e está tornando as pessoas cada vez mais conscientes e querendo que o PT volte a governar o Brasil", afirmou a petista.

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A neta do ex-governador Miguel Arraes falou que com o decorrer do tempo o Brasil vai se mobilizar cada vezes mais para lutar pelos seus direitos. "Não em torno do nome de Lula, mas da manutenção da democracia e da imparcialidade do Judiciário. É importante que fique cada vez mais claro não só para os brasileiros, mas para o mundo inteiro que nós não estamos de olhos fechados para o que está acontecendo. Nós estamos bastaste conscientes do que está acontecendo é que a intenção é simplesmente tirar Lula da disputa porque sabe que ele indo às urnas vai ganhar a eleição", declarou.

 

Marilia contou que vai acompanhar "de perto" todo o processo e disse esperar que o resultado do julgamento não continue "envergonhando" o Judiciário brasileiro. "Como foi a sentença conta o ex-presidente, que foi praticamente uma peça condenatória", criticou.

Manifestantes reunidos em ato pró Lula em frente ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de Porto Alegre vaiam o juiz federal Sérgio Moro, que condenou o ex-presidente no caso que ficou conhecido como tríplex do Guarujá. Eles também pedem "iluminação" ao desembargador Gebran Neto, que é o relator do processo no tribunal de 2ª instância - e que, pela manhã, estava lendo seu voto.

As vaias a Moro e o apelo ao desembargador ocorreram logo depois que os manifestantes receberam um informe do que está acontecendo dentro do tribunal. O ato ocorre em um acampamento onde estão concentrados simpatizantes petistas que se deslocaram ao Rio Grande do Sul para acompanhar o julgamento.

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Durante o evento, são intercaladas falas de parlamentares favoráveis à absolvição de Lula e apresentações de músicos. Já falaram em favor de Lula o deputado Luiz Carlos Caetano, do PT da Bahia, e a deputada Jandira Feghali, do PCdoB do Rio de Janeiro.

O acampamento reúne pessoas de todo o Brasil e até simpatizantes de outros países da América Latina. Segundo o PT do Rio Grande do Sul, há 30 mil pessoas na vigília. A polícia não fez estimativas. (Gilberto Amendola, enviado especial)

Por meio de nota, a Globo entende que protestar é um direito do cidadão, sempre que dentro da legalidade. "A emissora aproveita para reiterar que cobre os fatos com isenção e profissionalismo e que assim continuará a fazer o seu trabalho", diz o comunicado.

A nota da empresa diz respeito à vigília que manifestantes realizam nesta quarta-feira, 24, na porta de um prédio administrativo da emissora, no Jardim Botânico, zona sul do Rio, em defesa do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que está sendo julgado pelo TRF-4 de Porto Alegre.

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A imprensa europeia destaca na manhã desta quarta-feira, 24, o início do julgamento do recurso do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva no TRF-4 em Porto Alegre.

Como o Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou mais cedo, os sites do britânico Financial Times, dos americanos New York Times e Washington Post e do argentino La Nación trazem matérias sobre o processo que envolve o petista.

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O jornal francês Le Monde destaca o fato de a cidade que serve de palco para o julgamento do recurso de Lula é a mesma que acompanhou o triunfo internacional do petista em 2003, quando, poucos meses após sua posse, Porto Alegre foi sede do primeiro Fórum Social Mundial. A publicação ressalta que o PT insista que não há "plano B" à candidatura do ex-presidente, ainda que considere nos bastidores os nomes do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

O site da rádio alemã Deutsche Welle traz reportagem na qual diz que neste dia 24 de janeiro haverá um "teste de estresse" para a democracia brasileira. O texto resgata ainda um artigo publicado pela ex-ministra da Justiça alemã Herta Däubler-Gmelin, no qual ela acusa o juiz federal Sergio Moro de "preconceito político" contra o ex-presidente Lula.

O português Público faz cobertura ao vivo do julgamento do recurso de Lula, considerando que "o mais duro combate de Lula tem lugar em um tribunal". O Diário de Notícias diz que esta quarta-feira "marca a primeira fase das eleições presidenciais".

América Latina

O chileno El Mercurio fala que os presidenciáveis brasileiros preparam estratégias para campanhas "com e sem Lula", enquanto o peruano El Comercio frisa os protestos favoráveis ao ex-presidente pelo País.

O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira, 24, "que o tríplex não é do ex-presidente Lula". Segundo o defensor, que falou durante cerca de 15 minutos no julgamento do petista, perante o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), Lula "também não tem a posse" do imóvel do Guarujá, no litoral de São Paulo.

O imóvel é o pivô da condenação de nove anos e seis meses, por corrupção e lavagem de dinheiro, imposta ao petista pelo juiz federal Sérgio Moro. A sentença está sendo agora analisada pelo tribunal de segunda instância da Lava Jato.

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"Todos nós sabemos que o triplex pertence e sempre pertenceu à OAS Empreendimentos. A propriedade, segundo a lei, segundo o artigo 1228, é aquele que detém, que consta no cartório de registro de imóveis. Também não tem a posse, ficou claro pela prova dos autos que o ex-presidente jamais recebeu as chaves, jamais passou um dia e jamais passou uma noite. Não há nada que se possa demonstrar essa propriedade", afirmou.

A defesa de Lula atacou o juiz federal Sérgio Moro. O criminalista defendeu a "nulidade do processo e nulidade da sentença" do magistrado de primeira instância que impôs nove anos e seis meses de prisão ao ex-presidente por corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex.

"Eu sei que essa Turma já tratou dessa questão, mas não se pode deixar de analisar todos os graves fatos que foram praticados pelo juiz de primeiro grau. Ao longo das investigações, ao longo da ação, inclusive, atos com claros objetivos de gerar fatos políticos", afirmou.

Cristiano Zanin disse que o processo criminal já tratava o petista como culpado desde o começo. Zanin lembrou a peça de acusação elaborada com ajuda do programa Power Point, utilizado pelo Ministério Público Federal, e que viralizou nas redes sociais.

"A ação já tratava Lula como culpado no recebimento da denúncia", afirmou o defensor de Lula. Zanin citou como argumentou o fato do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ter solicitado a um membro da Operação Lava Jato que deixasse de fazer manifestações políticas em suas redes sociais. "Se a acusação tem motivação política, não precisa a defesa identificar", ironizou.

Zanin também atacou o juiz Sérgio Moro ao citar a iniciativa do magistrado de liberar acesso a grampos telefônicos realizados contra Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, quando ela ainda tinha foro privilegiado. "O juiz de primeira instância praticou ato político contra Lula e Dilma", disse.

Caminho do dinheiro

Cristiano Zanin afirmou que não há nenhuma prova no processo que apresente o "caminho do dinheiro" supostamente recebido pelo ex-presidente. "O que se vê na sentença é completa distorção quanto à vantagem indevida. Estamos tratando de delitos financeiros, não há prova do caminho do dinheiro."

Ele reforçou que "ficou claro" no processo que Lula "jamais recebeu as chaves do apartamento" e que o tríplex "sempre pertenceu à OAS. O defensor questionou ainda trecho da denúncia que dizia que o apartamento teria sido atribuído ao ex-presidente Lula durante a investigação. "O que significa atribuir?", questionou, dizendo que o termo não está especificado na legislação.

Rui Falcão, ex-presidente do PT, disse nesta quarta-feira, 24, que o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) é "político" e tem o objetivo de tirá-lo da disputa pelo Palácio do Planalto.

"Se fosse pela Justiça, (o placar) seria de 3 a zero a favor do Lula, mas, como o julgamento é político, não dá para prever. É vergonhoso. Um atentado à democracia", afirmou Falcão, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). Ao lado de Lula, Falcão acompanhará na sede do sindicato o julgamento que ocorre em Porto Alegre.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou por volta das 10h15 desta quarta-feira, 24, ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, local onde vai acompanhar o julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que começou às 8h30 em Porto Alegre. Lula chegou acompanhado do ex-prefeito de São Bernardo (SP) e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, Luiz Marinho, e entrou pela garagem do prédio.

No sindicato, Lula irá acompanhar o julgamento do recurso de sua defesa acompanhado de um pequeno grupo de pessoas, entre sindicalistas, amigos pessoais e petistas. Também já chegaram ao local o ex-chanceler Celso Amorim, o ex-presidente do PT Rui Falcão o ex-ministro Aloizio Mercadante e o ex-prefeito de Santo André Carlos Grana.

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O procurador da República da 4ª Região, Maurício Gotardo Gerum, atacou, durante sua sustentação oral em julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal da Lava Jato, o que chamou de "tropa de choque" de apoiadores do ex-presidente que estaria tentando "contaminar o processo judicial" com "falta de maturidade democrática".

As declarações foram feitas durante a sessão da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que julga recurso de Lula contra a sentença do juiz federal Sérgio Moro no caso tríplex do Guarujá (SP), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ao lado de fora do Tribunal, nas ruas de Porto Alegre e outras capitais do País, manifestantes a favor e contra o ex-presidente aguardam o resultado da sessão.

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Em manifesta crítica aos apoiadores de Lula, que dizem não haver provas para condenar o ex-presidente, Gerum afirmou que "por um cacoete de uma vida que já se acostumou as baixezas e vilanias que povoam o nosso caquético mundo político, patrocinou-se um movimento que procurou contaminar o processo judicial com essa falta de maturidade democrática".

"Uma tropa de choque com atuação nos mais diversos espectros foi criada para garantir a perpetuação de um projeto político pessoal, que não admite outra solução neste processo que não seja a absolvição", continuou;

Segundo Gerum, "às favas com o que há no processo, mais fácil dizer que o julgamento político, e que não é possível a condenação de réu é inocente". "Essas frases foram sendo repetidas como mantra a ponto de se transformarem em conceitos dogmáticos a quem vê no ex-presidente Lula o redentor de um país que está dando certo, segundo os mais diversos interesses".

"O processo judicial não é parlamentar. A técnica que caracteriza a decisão judicial é incompatível com a pressão popular. A truculência dessa tropa de choque no processo judicial está muito próxima de configurar o crime de coação no curso do processo", afirmou.

Discordando da pena de 9 anos e 6 meses de prisão imposta pelo juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a Corte de apelação da Lava Jato. Ele nega ser dono do imóvel do Guarujá, que é visto pelo magistrado, em sentença de julho de 2017, como propina de R$ 2,2 milhões da empreiteira OAS.

No início da sessão desta quarta-feira, 24, o presidente da 8ª Turma do TRF-4, Victor Laus, concedeu questão de ordem à defesa do ex-presidente para que sua fala fosse a última entre os advogados.

Em seguida, foi passada a palavra ao relator do processo, João Pedro Gebran Neto, que leu o resumo da sentença de Moro e dos pleitos das defesas e do Ministério Público Federal até às 9h14. O procurador se manifestou por cerca de 20 minutos.

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