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No último sábado (10), foi inaugurado na Arena de Pernambuco o espaço Pernambuco Imortal, um 'Hall da Fama' no qual serão eternizado atletas do Estado que se destacaram. Dez competidores de diferentes modalidades receberam a homenagem e ganharam um lugar especial na área. Yane Marques (pentatlo), Roseane Ferreira dos Santos (paratletismo), Adriana Salazar (natação), Jemima Alves (judô), José João da Silva (atletismo), Felipe Nascimento (pentatlo), Suely Guimarães (paratletismo), Ted Monteiro (vela), Cláudio Cardoso (vela) e Cisiane Dutra (marcha atlética) foram os primeiros homenageados.

"Todos os pernambucanos que fizeram história no Estado merecem estar aqui. Agora foram dez, mas muitos outros atletas serão imortalizados na Arena de Pernambuco. Pelo menos mais 50 virão por aí. É um equipamento que é patrimônio do povo pernambucano e todos os atletas e paratletas merecem ser homenageados, principalmente para que sejam exemplos na formação de novos esportistas e cidadãos", afirmou Felipe Carreras.

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O espaço Pernambuco Imortal foi inaugurado antes da partida entre Náutico e Bahia pela Copa do Nordeste. O local agora fará parte do Tour da Arena de Pernambuco.

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Os jogos olímpicos de 2016 estão marcados para acontecer apenas no Rio de Janeiro, mas outros diversos estados entraram no clima esportivo do evento. E, neste sábado (6), a Praia de Boa Viagem, em Recife, recebeu diversas atividades esportivas que não eram praticadas somente por atletas, mas por qualquer pessoa que estivesse aproveitando o final de semana na orla e desejasse entrar um pouco dentro do famoso 'espírito olímpico'. A Arena Olímpica UNINASSAU utilizou do tema inclusão para mostrar que todos podem praticar esportes e se exercitar, independente de qualquer outro fator.

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Vôlei sentado, dança, judô, além de aferições de saúde foram algumas das atividades proporcionadas pelo evento organizado pelo UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. Atraindo grande público, a Arena Olímpica contou com parceria do Projeto Praia Sem Barreiras, que tem o intuito de levar pessoas com deficiência para a praia, e deu o grande tom de esporte para todos no dia. “Estamos no momento olímpico do Brasil e a UNINASSAU teve essa ideia de trazer para praia de Boa Viagem, na arena do projeto Praia sem Barreiras, a Arena Olímpica, para que a população, os frequentadores da praia, pudessem conhecer essas modalidades e participar delas. Quem veio pôde verificar judô, esgrima, atletismo, levantamento de peso, vôlei sentado, então são diversas atividades que pessoas com deficiência ou não podem praticar. É o espírito olímpico e queremos trazer essa sinergia para praia de Boa Viagem”, destacou o organizador do evento Sérgio Murilo Júnior.

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A atleta paralímpica Suely Guimarães, também esteve presente no evento para destacar a importância da inclusão no esporte. Medalhista olímpica em 1992, 1996 e 2004, e tendo cinco edições de Jogos paralímpicos no currículo, ela elogiou a iniciativa do Centro Universitário, onde é formada em educação física. “Esse evento está sendo muito bonito, é onde podemos lutar pela inclusão, que ainda não e regulamentada no nosso país. Estou vendo aqui que estamos tendo essa oportunidade de participar das atividades. Inclusão é isso, ter pessoas com deficiência junto com outras pessoas, mostrando que não há diferença. Sabemos que temos condições de superar limites. Não podemos deixar que as pessoas com deficiência sejam vistas como coitadinhas, porque não somos, somos cidadãos e mostramos até no esporte que temos grandes atletas que estão aí para arrebentar nas paralímpiadas”, exaltou ela, que foi uma das condutoras da tocha olímpica na cidade.

Assim como Suely, diversas pessoas deficientes estiveram no local e mostraram que quando se trata de esportes não há barreiras. Exemplo disso é Emídio Fernando, que além de praticar tradicionalmente o vôlei sentado, no Náutico, e o arremesso de peso, disco e dardo, no Santos Dumont, mostrou disposição para conhecer e praticar as outras modalidades que estavam sendo oferecidas. “Já conheço essa área porque pratico vôlei sentado aqui e fiquei sabendo desse evento hoje por conta de uns amigos que ligaram para mim. Vim conhecer porque são várias modalidades e tenho vontade de conhecê-las como, por exemplo, a esgrima. O esporte para mim abriu as portas do trabalho, da qualidade de vida e através dele pude conhecer quase o Brasil todo. Incentivo todas as pessoas deficiente a praticarem esporte”, afirmou.

A curiosidade por algumas das modalidades paralímpicas foi tanto que mesmo pessoas que não eram deficientes também participavam das atividades para conhecer os desafios. Laís Karen, que já trabalha no Projeto Praia sem Barreiras foi uma das que quis conhecer a prática do vôlei sentado e pontuou as diferenças do estilo mais tradicional do esporte. “É muito difícil do que você pensa quando está olhando. Você não pode tirar o corpo do chão, tem que se locomover rastejando. É uma experiência diferente de ser vivenciada”, pontuou. Outras diversas pessoas aderiram também a ideia do projeto e participara da Arena Olímpica que ocorreu com exclusividade neste sábado.

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Desde o início da tarde desta terça-feira (31), o Recife se mobiliza e volta os olhares para o desfile da Tocha Olímpica que corta a cidade de norte a sul. Dentre os personagens que participaram do desfile, muitos atletas, funcionários de empresas e blogueira. No entanto, um dos destaques foi a pernambucana Suely Guimarrães, medalhista no paratletismo nos Jogos Paralímpicos, conquistando ouro em Barcelona e Atenas, e bronze em Atlanta. 

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“Toda essa emoção de estar levando a tocha dá esperança, vontade, garra e determinação que todo atleta precisa”, conta emocionada a paratleta consagrada, que fez seu percurso de 200 metros na Avenida Jean Emile Favre, no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife. 

O orgulho de participar do momento foi exaltado por Jeziel Bezerra, paraplégico escolhido para conduzir o símbolo olímpico pelas ruas. “Estou muito feliz por fazer parte dessa celebração com a tocha olímpica no Recife. Para mim, isso era algo inimaginável!”, detalha. 

Jeziel contou que o convite foi feito há dois meses e desde então estava ansioso para que essa terça-feira chegasse. Além disso, destacou que, a contar desta data, faltam apenas 100 dias para o início das Paralimpíadas Rio 2016. "É muito representativo participar deste evento faltando apenas 100 dias para os Jogos, na minha cidade e com toda essa importância que tem as Olimpíadas”, declarou Jeziel.

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Com informações de Lívio Angelim 

Um dos maiores nomes do esporte paralímpico pernambucano se prepara para encarar um novo desafio, mas dessa vez como gestora pública. A bicampeã paralímpica Suely Guimarães foi nomeada para chefiar o setor de Paradesporto da Secretaria de Esportes e Copa do Mundo do Recife.

E como primeira meta, a atleta vai conscientizar o setor hoteleiro para se adaptar às necessidades da pessoa com deficiência. Segundo Suely, isso possibilitará que a cidade receba campeonatos paradesportivos de nível sulamericano e mundial.

“Perdemos muitos eventos importantes devido à falta de hotéis acessíveis no Recife, principalmente em relação aos banheiros. Existem poucos quartos também. Fortaleza e Natal são exemplos de acessibilidade. O transporte aqui também é muito ruim”, critica. “Se conseguirmos superar esse problema, teremos condições de atrair competições internacionais, pois a pista do Santos Dumont já está adaptada e o Geraldão também ficará adaptado após a reforma”, afirma.

A gestora conta que também pretende estimular a descoberta de talentos paradesportivos nas escolas públicas e comunidades carentes do Recife, mas de maneira comprometida. “Não revelamos mais nenhum novo talento há muito tempo, pois não adianta só achar o atleta, tem que dar estrutura e corpo técnico para que ele se desenvolva”, revela.

Suely também conta que sua gestão será de contatos com as associações de deficientes e empresas. “Vamos ter um diálogo para fazer um trabalho conjunto. Mas eles também não podem esperar apenas pelo poder público. Vamos conversar com empresários para conscientizá-los da importância de se investir no paradesporto”, afirma, adiantando que, futuramente, pode vir a ser criada uma bolsa municipal para os atletas.

Currículo

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Suely é bicampeã paralímpica no arremesso de disco (Barcelona-1992 e Atenas-2004) e conquistou o bronze em Atlanta-1996. Ela estabeleceu o recorde mundial da categoria em 1992 e bateu a marca, até hoje não superada, em 1996 e 2004. No total, disputou seis paralimpíadas, seis mundiais e sete parapanamericanos.

Ela conta que irá conciliar as carreiras de paratleta e administradora pública sem problemas. “Vou abraçar as duas com muita seriedade. Estou me preparando para encerrar minha carreira nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, mas sem esquecer das outras obrigações”, garante.

 

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