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Uma cena marcou o Campeonato Mundial de esgrima, realizado na Itália, nesta quinta-feira (27). O combate entre a ucraniana Olga Kharlan e a russa Anna Smirnova terminou com as duas eliminadas. Após a vitória por 15 a 7 de Kharlan, a esgrimista da Ucrânia se recusou a cumprimentar a adversária e foi desclassificada da competição. Smirnova não deixou o local de competição depois de ser derrotada, em protesto, e não teve sua eliminação revertida.

O confronto entre as duas atletas nesta quinta-feira foi cercado de expectativa. Por causa da guerra entre Ucrânia e Rússia, Olga Kharlan teve que receber uma autorização governamental para ir para o combate, já que em torneios deste tipo atletas ucranianos não podem enfrentar russos. Na disputa, Kharlan, que é quatro vezes campeã mundial e dona de um ouro e dois bronzes olímpicos, dominou e ficou com o triunfo.

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Após o fim do duelo, a atleta da Ucrânia se recusou a encostar em Anna Smirnova e causou um mal estar. Por regulamento, a atleta que não cumprimentar a adversária após o fim de um confronto é advertida com um cartão preto, que significa a eliminação da competição em questão e uma suspensão de dois meses.

Apesar do regulamento obrigar a eliminação de Kharlan, a comissão do Mundial de esgrima demorou para oficializar a desclassificação. Durante o tempo em que a arbitragem e a direção da competição definia o que fazer, Anna Smirnova permaneceu na área de competição sentada em uma cadeira.

Depois de cerca de 50 minutos de análise do caso, organização do Mundial de esgrima oficializou a eliminação da representante ucraniana por não ter cumprimentado a adversária. Apesar de ter ficado todo o tempo esperando a definição da punição, Anna Smirnova não ficou com a vaga e também deu adeus para a competição.

Após o anúncio da desclassificação, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Ucraniana de Esgrima enviaram comunicado para a Federação Internacional de Esgrima pedindo que o caso fosse reconsiderado e a atitude fosse entendida de uma outra forma, mas a eliminação não foi revogada.

A brasileira Nathalie Moellhausen conquistou, neste domingo, a medalha de ouro na espada feminina no Grand Prix de esgrima em Doha, no Catar. A campeã mundial de 2019 venceu seis jogos da chave principal do torneio e levou o inédito título para o país.

A esgrimista bateu na final a francesa Marie-Florence Candassamy 15 a 8. O Grand Prix de Doha reuniu 27 das 28 melhores atletas do ranking mundial da atualidade e é terceiro torneio mais importante da esgrima, atrás do Campeonato Mundial e Jogos Olímpicos.

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A caminhada de Nathalie Moellhausen no Grand Prix de Doha começou na fase preliminar, onde a brasileira venceu seis duelos e avançou diretamente para a chave principal da competição.

Ela bateu a espanhola Sofia Cisneros por 4 a 3, a Tamila Muridova, da Geórgia, com 5 a 2, a checa Veronika Bieleszova por 5 a 4, passou por Beyza Halvaciay, da Turquia com placar de 5 a 3, a ucraniana Darja Varfolomyeyeva com 4 a 3 e, por fim, venceu Sevara Rakhimova, do Uzbequistão por 5 a 4. Com a performance, a brasileira ficou na 10ª colocação geral e seguiu de forma direta à próxima fase.

O primeiro jogo foi contra Kiria Rahman, de Singapura, que Nathalie venceu por 13 a 9. Em seguida, no quadro de 32, encarou a 22ª do mundo, Lauren Rembi, da França. Em duelo apertado, a brasileira fez 9 a 8 e avançou para as oitavas de final. A queniana Alexandra Ndolo, número 9 do mundo, foi sua adversária. Vice-campeã do mundo em 2022 ainda defendendo a Alemanha, Ndolo fez combate equilibrado com a brasileira, que marcou no toque desempate e avançou com 15 a 14.

Contra a italiana Alessandra Bozza, Moellhausen foi dominante, fazendo 15 a 7 e chegando na semifinal. Já garantida na disputa por medalhas, a campeã mundial de 2019 encarou a húngara Eszter Muhari, 24ª do ranking, em jogo mais difícil da competição. A brasileira chegou a estar perdendo por 8 a 4, a 70 segundos do fim do duelo, mas garantiu a igualdade. No desempate, Nathalie conseguiu o toque e se garantiu na decisão pelo ouro.

Na final, Nathalie Moellhausen encarou a francesa Marie-Florence Candassamy, número 7 do mundo, mas controlou o combate e venceu por 15 a 8. É a primeira medalha em grand Prix de Moellhausen defendendo o Brasil. Ela possui dois bronzes conquistados em 2009, quando ainda defendia a Itália.

A esgrimista Bia Bulcão está treinando na Itália para conseguir sua vaga olímpica para os Jogos de Tóquio, em julho. O país é um dos mais afetados pelo coronavírus, mas a atleta de 26 anos garante que está segura e que o foco do problema está em outras regiões do país.

Em meio à preocupação mundial com a doença, a atleta brasileira conversou com a reportagem do Estado. Confira os principais trechos da entrevista:

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Como está a situação na Itália após os casos de coronavírus?

O problema está mais no norte, na região da Lombardia. Eu estou em Frascati, uma cidade pequena, a 30 minutos de Roma, e não tem nenhum caso ou risco, a vida está seguindo normalmente. Quando voltei de competição, notei que no aeroporto as pessoas estão tendo mais cautela, usando máscaras, mas não teve medidas de emergência.

Você teve de mudar sua rotina aí por causa desse problema?

Minha rotina continua a mesma, apenas tomo cuidado com a minha saúde, lavo bem as mãos, presto atenção na alimentação, essas coisas.

Você pensa em retornar ao Brasil antes do previsto?

Meu plano não é voltar para o Brasil agora e seguir com meu planejamento visando a classificação olímpica. Claro, se a situação piorar, posso rever o que vou fazer. Mas por enquanto a ideia é continuar aqui com meus treinos.

Quais são suas chances de classificação olímpica?

São boas. Tenho na próxima semana um Grand Prix nos Estados Unidos, para tentar a vaga pelo ranking mundial. Caso não consiga, depois em abril tem o Pré-Olímpico. Só o vencedor classifica, mas tenho boas chances. Estou me preparando para isso e espero fazer uma boa prova para alcançar o resultado.

O Brasil conquistou nesta segunda-feira a sua primeira medalha na história dos Jogos Pan-Americanos no evento feminino da esgrima. O bronze foi assegurado logo no dia de abertura da modalidade por Bia Bulcão, que foi eliminada nas semifinais do florete com a derrota para a norte-americana Lee Kiefer, por 15 a 3, em Lima.

"Ainda nem entendi que ganhei uma medalha. Treinei muito, mas os resultados ainda não tinham aparecido. Mas eu sei que na esgrima é assim. Lutei pensando apenas em vencer e estou muito feliz", afirmou a medalhista pan-americana.

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Essa derrota determinou o bronze para Bia, mas a ida ao pódio havia sido garantida por ela na fase anterior, quando superou a mexicana Nataly Silva por 15 a 13. Nas oitavas de final, ela também havia triunfo por 15 a 13, diante da peruana Paola Piñero.

"Essa atleta do México é bem forte, conheço ela, perdi nos Jogos de Guadalajara. No início, aproveitei bem. Acabou sendo mais emocionante do que eu esperava, mas deu tudo certo", disse Bia, que na quinta-feira disputará o torneio por equipes em Lima.

Antes do mata-mata, Bia havia sido irregular na fase de grupos, tendo avançado de fase com duas vitórias, sobre a argentina Lucia Ondarts (5 a 3) e a salvadorenha Ivania Carballo (5 a 3), e três derrotas, para Piñero (5 a 3), a norte-americana Jacqueline Dubrovich (5 a 1) e a canadense Eleanor Harvey (4 a 2).

Os outros brasileiros que competiram nesta segunda-feira não foram ao pódio. Gabriele Cecchi foi eliminada nas quartas de final do florete, mesma fase em que caiu Athos Schwantes na espada. Já Nicolas Ferreira perdeu nas oitavas.

Pela primeira vez na história, o Brasil tem uma campeã mundial. Nesta quinta-feira, em um dia perfeito, a italiana naturalizada brasileira Nathalie Moellhausen, de 33 anos, conquistou a inédita medalha de ouro no individual de espada feminino do Mundial que está sendo disputado em Budapeste, na Hungria. Após passar por quatro fases até a decisão, derrotou a chinesa Sheng Lin por 13 a 12, no Golden Score.

Em partida emocionante e muito tensa, a decisão do título mundial ficou apenas para a prorrogação. Após os três períodos, ambas se alternaram na liderança, mas o placar ficou no 12 a 12. Com pouco mais de 40 segundos restantes, Nathalie Moellhausen, que ocupa a 22.ª colocação do ranking, conseguiu o toque que garantiu o ouro contra a chinesa, atual número 13.

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Muito emocionada após a vitória, a brasileira chorou bastante, abraçou o seu técnico e festejou ao lado de vários compatriotas, que invadiram o local de competição e até a jogaram para cima para comemorar o feito inédito da modalidade. Nathalie Moellhausen é nascida na Itália, filha de mãe brasileira com pai alemão. Tem dupla cidadania e, antes de competir pelo Brasil a partir de 2012, defendia a seleção italiana.

Para chegar à final, a brasileira percorreu um longo caminho. Na primeira etapa classificatória de grupo, as chamadas poules, realizada na última segunda-feira, fez seis duelos e venceu todos contra a russa Violetta Khrapina, a iraniana Paria Mahrokh, Hsieh Kaylin Sin Yan, de Hong Kong, a venezuelana Eliana Lugo, a argentina Tamara Chwojnik e a casaque Vladislava Andreyeva.

Classificada à fase final, entre as 64 melhores do mundo, passou na fase de classificação pela polonesa Renata Knapik-Miazga, por 15/12, e pela chinesa Mingye Zhu, por 15/10. Nas quartas de final, começou a fazer história, ao garantir a primeira medalha para o Brasil em um Mundial de Esgrima, com o triunfo sobre Lis Rottler, de Luxemburgo, por 11/10, no Golden Score, beneficiada pelo uso do VAR, que corretamente anulou um ponto dado à sua adversária.

Após passar pelas quartas de final, Nathalie Moellhausen pegou Man Wai Vivian Kong, de Hong Kong, terceira do ranking mundial, e venceu com autoridade por 15/11 para depois ser campeã mundial contra a chinesa Sheng Lin.

O próximo desafio da brasileira serão os Jogos Pan-Americanos de Lima. Na capital peruana, daqui duas semanas, ela vai defender as medalhas de bronze obtidas tanto no individual quanto por equipes para o Brasil, em 2015, durante a competição em Toronto, no Canadá.

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É impossível pensar em outra atleta com o tamanho que Yane Marques atingiu no Pentatlo Moderno. Pernambucana de Afogados da Ingazeira, Yane chega ao Rio de Janeiro com a experiência de quem foi mais longe na história do Brasil no esporte. Em Londres-2012, a pentatleta conquistou o bronze, primeira medalha do país na modalidade olímpica, e criou no público a esperança de uma atuação ainda mais grandiosa em 2016, no Rio.

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Aos 32 anos, Yane Marques é sinônimo de vitórias. Difícil imaginar algo diferente assistindo a pernambucana sobrar em competições de alto nível. Curioso que a pentatleta poderia ter se tornado nadadora se não fosse o convite da Federação Pernambucana de Pentatlo Moderno. Assim que foi fundada, em 2003, a entidade viu em Yane potencial para compor a equipe estadual. 

Logo tal expectativa se concretizou. No ano seguinte ao início dos treinos de hipismo, esgrima, tiro esportivo e corrida, a jovem venceu o Campeonato Nacional em Porto Alegre. O Pentatlo caiu no gosto de Yane. Em 2007, o ouro no Pan do Rio confirmou o que os treinadores já sabiam: Yane era uma excelente pentatleta. A partir daquele momento, as vitórias se tornaram rotina e as conquistas nos Jogos Militares em 2011 aumentaram a confiança dela.

Caminho até o Rio

A Prata no Pan de Guadalajara (2011) foi o último feito antes de Yane Marques cravar de vez seu nome na história do esporte. A conquista do bronze nas olimpíadas de Londres-2012 tornou Yane a única pentatleta brasileira medalhista em Jogos Olímpicos. O momento, inesquecível para a pernambucana, foi também o maior do Brasil no pentatlo moderno. 

Yane Marques chega ao Rio de Janeiro, ainda mais consagrada pelas conquistas do Sul-americano de 2014 e o Pan de Toronto, em 2015. Se preparando na cidade onde conquistou o ouro nos jogos pan-americanos há 13 anos, Yane tem status de favorita ao ouro. Nada mais justo para quem faz história desde o momento em que trocou uma vida junto da família, na modesta cidade do interior pernambucano, pelo sonho olímpico.

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro  reúne disputas de nada menos que 39 modalidades, valendo medalhas e recordes mundiais. Dentro desse amplo grupo, encontram-se esportes que não são comuns ao público brasileiro e que vão ter representantes disputando o ouro pelo Brasil. Vale a pena conhecer um pouco mais dessas categorias curiosas.

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Esgrima

Não chega a ser uma novidade, mas a esgrima é um esporte que deixa sempre curiosidade sobre seu funcionamento. Na verdade, é bem simples. Dois esgrimistas se posicionam em uma pista de 1,5m a 2m de comprimento e têm três tempos de três minutos para tentar dar quinze toques válidos no adversário com a ponta do florete (corpo inteiro), espada ou sabre (apenas acima da cintura), dependendo da categoria. Caso nenhum dos adversários consiga a pontuação total, vence quem tiver mais pontos ao final do tempo completo. A esgrima tem competições individuais e coletivas e faz parte das modalidades do pentatlo moderno, modalidade que a pernambucana Yane Marques disputa. (Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB)

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Rugby de 7

O próprio Rugby já é um esporte que causa estranheza ao público brasileiro, mas nas olimpíadas é uma versão reduzida do esporte bretão que irá ser disputado. O objetivo do Rugby é marcar pontos, seja correndo, chutando ou tocando, mas os passes para frente não são permitidos. Como é um esporte de muito contato, é permitido derrubar o adversário. A maior pontuação vem do Try, quando um time toca a bola no chão da linha de fundo do campo adversário. Apesar do campo parecido com o de futebol, o único momento parecido é quando a bola passa por entre as traves e o time ganha o ponto pela 'conversão', ou cobrando penalty. Um jogo de Rugby seven-a-side tem dois tempos de sete minutos e, como diz o nome, tem duas equipes com sete jogadores cada. O Brasil está garantido na competição. (Foto: Reprodução/CBRu)

Badminton

Não é peteca. Ao menos, não como a brincadeira que muita gente teve na infância. O badminton é um esporte que causa curiosidade entre os brasileiros. As regras são bem parecidas com o tênis, mas tem uma diferença bem importante; a peteca não pode tocar o chão. O objetivo do jogo é, justamente, fazer a peteca cair no campo adversário, passando por cima da rede. Lohaynny Vicente e Ygor Coelho de Oliveira serão os representantes brasileiros nas disputas individuais. O time brasileiro de badminton estará estreando em olimpíadas na Rio-2016. (Foto: Paulo Múmia/Rio 2016)

 

Golfe

O torcedor provavelmente já ouviu falar ou viu na televisão. O golfe é um esporte tradicional por todo o mundo, mas não aparecia em olimpíadas há 102 anos. A última disputa foi em 1904, nos jogos de Saint Louis-EUA. Em 2016, o golfe está de volta e o Brasil estará representado, tanto no feminino, quanto no masculino. Adilson da Silva e Miriam Nagl vão tentar conquistar medalha logo na reestréia do esporte. (Foto: Pixabay/WolfBlur)

 

Tiro Esportivo

Nas competições antigas, os veados e pombos eram as vítimas. Mas o tiro esportivo mudou, para sorte dos animais. Agora, o objetivo é acertar alvos, parados ou móveis, e pratos. Os competidores disputam várias modalidades de tiro com diferentes alvos e distâncias, utilizando pistolas ou carabinas. O objetivo, na maioria das provas, é acertar mais alvos em menos tempo, ou com menos disparos. Apesar de pouco conhecida, a modalidade foi a responsável pela primeira medalha olímpica do Brasil, conquistada por Guilherme Paraense em 1920 na Antuérpia. Serão 9 brasileiros tentando medalhas no tiro na Rio-2016. (Foto: Divulgação/Rio 2016)

 

Luta greco-romana

Apesar do nome, a luta greco-romana está mais para um esporte do que uma luta em si. Esse estranho combate corpo a corpo tem por objetivo somar pontos com golpes bem-sucedidos ou vencer fixando os ombros do adversário no chão, configurando uma queda. Em dois tempos de três minutos, os lutadores têm que usar apenas os membros superiores para derrubar, erguer ou descolar o oponente. Na vitória por pontos, ganha automaticamente quem abrir dez de vantagem no placar. Em caso de empate, outro round de três minutos será disputado. (Foto: Alex Ferro/Rio 2016). 

Hóquei sobre grama

Mais comum aos jogos de inverno, o hóquei tem uma versão para disputas longe do gelo e não é aquele de patins na quadra. O hóquei sobre grama não é o mais famoso, mas é, provavelmente, o mais intenso. Com chuteiras e tacos, dois times de onze integrantes brigam para marcar gols com uma bolinha e só o goleiro pode usar partes do corpo para tocar nela. Dividido em dois tempos de 35 minutos, os atletas tem um campo com duas barras de medidas bem semelhantes ao futebol e somente são válidos gols marcados dentro da área marcada por um semicírculo à frente das barras. Com pouca proteção corporal, os jogadores dessa modalidade estão mais expostos a lesões do que na versão tradicional. As partidas podem ser disputadas em campos de grama natural ou sintética. E sim, o Brasil estará representado no masculino e feminino. (Foto: Alex Ferro/Rio 2016)

Marcha Atlética

Você já pode ter visto alguém treinando marcha atlética na rua ou em parques com pistas de corrida. Aquele caminhar desengonçado em que a pessoa parece ter pressa na verdade é um esporte, e é muito sério. A marcha atlética é uma modalidade do atletismo na qual as pernas devem estar sempre retas e um dos pés precisa estar sempre em contato com o chão. É uma prova de velocidade na qual os quadris se movimentam bastante. Geralmente praticado em rua, existem provas de 20km e 50km. Pernambuco terá duas representantes nos Jogos Olímpicos: Cisiane Dutra (foto) e Erica de Sena. (Foto: Reprodução/FEPA)

A chegada dos Jogos Olímpicos significa que milhares de atletas de outros países estarão disputando medalhas no Brasil nos próximos dias. Esses estrangeiros chegam com o desejo de levar para casa o máximo possível de conquistas. Porém, alguns dos 'gringos' que estarão no Rio de Janeiro já falam português e não têm a menor intenção de deixar isso acontecer.

Esse grupo é formado por gente de vários cantos do planeta, mas que, durante o Rio-2016, são tão brasileiros quanto os atletas que nasceram por aqui. O LeiaJá preparou uma lista com alguns estrangeiros para você torcer sem medo de perder o patriotismo.

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O Brasil foi eliminado nesta quinta-feira (11) da esgrima na competição de espada feminina por equipes. As brasileiras Amanda Simeã, Nathalie Moellhausen e Rayssa Costa enfrentaram as ucranianas Yana Shemyakina, Kseniya Pantelyeyeva e Olena Kryvytska, que venceram por 45 a 32.

Na esgrima, o Brasil ainda participa das etapas por equipe na espada masculina, amanhã (12), e florete masculino, no domingo (14).

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A esgrimista brasileira Marta Baeza sofreu uma lesão no joelho em sua estreia nos Jogos do Rio e teve que abandonar a disputa na categoria sabre quando perdia por 4 a 2 para a polonesa Bogna Jozwiak. Marta recebeu atendimento médico, mas não tinha condições de voltar à disputa. A atleta chorou muito ao deixar a competição no Parque Olímpico.

A esgrima brasileira obteve ótimos resultados nos dois primeiros dias de disputa, com dois atletas chegando às quartas de final, feito inédito para o país em competições olímpicas.

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No sábado (6), Nathalie Moellhausen se destacou na espada e Guilherme Toldo brilhou no florete, no domingo (7), derrotando Yuki Ota, dono de duas pratas olímpicas, e perdendo apenas para o italiano, que acabou faturando o ouro.

O italiano Daniele Garozzo conquistou neste domingo o título olímpico no florete ao derrotar na final o americano Alexander Massialas, vice-campeão do mundo e líder do ranking mundial, por 15 a 11 na final.

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Na disputa do bronze, o russo Timur Safin venceu o britânico Richard Krause por 15-13.

A esgrimista Nathalie Moellhausen, nascida na Itália, filha de pai alemão e mãe ítalo-brasileira, ficou perto de conquistar a primeira medalha olímpica do Brasil na modalidade, mas foi derrotada nas quartas de final da espada individual pela francesa Lauren Rembi, neste sábado (6), nos Jogos do Rio.

Nathalie defendeu a Itália por muitos anos, conquistando um ouro e dois bronzes por equipes em Mundiais com seu país, mas resolveu competir pelo Brasil em 2014, com a perspectiva de disputar uma Olimpíada 'em casa'. Em Londres-2012, ela tinha ficado em sétimo lugar por equipes. Com a seleção, os resultados não demoraram a aparecer, com dois bronzes no Pan de Toronto, em 2015.

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Mas o momento mais esperado era a competição olímpica, diante de um público que não esperava muito de um esporte sem tradição no Brasil, mas se surpreendeu com o que viu.

No primeiro duelo, Nathalie superou a americana Kelley Hurley, por 15 a 12. Em seguida, quis o destino que as duas próximas adversárias fossem francesas, como a técnica da brasileira, Laura Flessel, lenda viva do esgrima, dona de cinco medalhas olímpicas (dois ouros, uma prata e dois bronzes). "A gente treina juntas em Paris, treino com a equipe do INSEP (centro de alto rendimento do esporte francês), a federação francesa sempre me convida para treinar com elas, então a gente se conhece muito bem", lembrou Nathalie.

Contra Emilie Candassamy, a brasileira venceu por 15 a 12, mas não deu para repetir a dose diante de Lauren Rembi, para a qual perdeu pelo mesmo placar. "Já tinha vencido contra ela uma vez, mas dessa vez foi ela que ganhou. Sempre costumava ganhar das francesas. Acho que hoje foi a primeira vez que perdi. Acontece", reconheceu Nathalie.

Quando perguntada sobre o que achou da sua participação, a esgrimista de 30 anos ficou perplexa. "A resposta que vou dar agora talvez não seja a mesma daqui a uma hora, mas fica aqui (ela faz o sinal de 'entalado na garganta'). Doí, porque eu estava muito perto. Se ainda falta algo, quer encontrar o que é. Para mim, é assim", analisou.

Nathalie se disse feliz pela experiência, mas admitiu que se encontrou numa situação inusitada. "Nunca é fácil. Eu deixei a Itália, Laura deixou a França, as duas para defender o Brasil. Então quando competimos contra italianos ou franceses, sempre tem um sentimento estranho, mas isso é normal. Depois, na hora do combate, o uniforme é branco e a gente esquece tudo", completou.

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Os jogos olímpicos de 2016 estão marcados para acontecer apenas no Rio de Janeiro, mas outros diversos estados entraram no clima esportivo do evento. E, neste sábado (6), a Praia de Boa Viagem, em Recife, recebeu diversas atividades esportivas que não eram praticadas somente por atletas, mas por qualquer pessoa que estivesse aproveitando o final de semana na orla e desejasse entrar um pouco dentro do famoso 'espírito olímpico'. A Arena Olímpica UNINASSAU utilizou do tema inclusão para mostrar que todos podem praticar esportes e se exercitar, independente de qualquer outro fator.

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Vôlei sentado, dança, judô, além de aferições de saúde foram algumas das atividades proporcionadas pelo evento organizado pelo UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. Atraindo grande público, a Arena Olímpica contou com parceria do Projeto Praia Sem Barreiras, que tem o intuito de levar pessoas com deficiência para a praia, e deu o grande tom de esporte para todos no dia. “Estamos no momento olímpico do Brasil e a UNINASSAU teve essa ideia de trazer para praia de Boa Viagem, na arena do projeto Praia sem Barreiras, a Arena Olímpica, para que a população, os frequentadores da praia, pudessem conhecer essas modalidades e participar delas. Quem veio pôde verificar judô, esgrima, atletismo, levantamento de peso, vôlei sentado, então são diversas atividades que pessoas com deficiência ou não podem praticar. É o espírito olímpico e queremos trazer essa sinergia para praia de Boa Viagem”, destacou o organizador do evento Sérgio Murilo Júnior.

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A atleta paralímpica Suely Guimarães, também esteve presente no evento para destacar a importância da inclusão no esporte. Medalhista olímpica em 1992, 1996 e 2004, e tendo cinco edições de Jogos paralímpicos no currículo, ela elogiou a iniciativa do Centro Universitário, onde é formada em educação física. “Esse evento está sendo muito bonito, é onde podemos lutar pela inclusão, que ainda não e regulamentada no nosso país. Estou vendo aqui que estamos tendo essa oportunidade de participar das atividades. Inclusão é isso, ter pessoas com deficiência junto com outras pessoas, mostrando que não há diferença. Sabemos que temos condições de superar limites. Não podemos deixar que as pessoas com deficiência sejam vistas como coitadinhas, porque não somos, somos cidadãos e mostramos até no esporte que temos grandes atletas que estão aí para arrebentar nas paralímpiadas”, exaltou ela, que foi uma das condutoras da tocha olímpica na cidade.

Assim como Suely, diversas pessoas deficientes estiveram no local e mostraram que quando se trata de esportes não há barreiras. Exemplo disso é Emídio Fernando, que além de praticar tradicionalmente o vôlei sentado, no Náutico, e o arremesso de peso, disco e dardo, no Santos Dumont, mostrou disposição para conhecer e praticar as outras modalidades que estavam sendo oferecidas. “Já conheço essa área porque pratico vôlei sentado aqui e fiquei sabendo desse evento hoje por conta de uns amigos que ligaram para mim. Vim conhecer porque são várias modalidades e tenho vontade de conhecê-las como, por exemplo, a esgrima. O esporte para mim abriu as portas do trabalho, da qualidade de vida e através dele pude conhecer quase o Brasil todo. Incentivo todas as pessoas deficiente a praticarem esporte”, afirmou.

A curiosidade por algumas das modalidades paralímpicas foi tanto que mesmo pessoas que não eram deficientes também participavam das atividades para conhecer os desafios. Laís Karen, que já trabalha no Projeto Praia sem Barreiras foi uma das que quis conhecer a prática do vôlei sentado e pontuou as diferenças do estilo mais tradicional do esporte. “É muito difícil do que você pensa quando está olhando. Você não pode tirar o corpo do chão, tem que se locomover rastejando. É uma experiência diferente de ser vivenciada”, pontuou. Outras diversas pessoas aderiram também a ideia do projeto e participara da Arena Olímpica que ocorreu com exclusividade neste sábado.

A esgrimista Ibtihaj Muhammad quer ajudar a combater o fanatismo quando se tornar a primeira esportista americana a competir nos Jogos Olímpicos usando um véu muçulmano. A atleta, uma articulada afro-americana e muçulmana de 30 anos, saltou para a fama em janeiro, após conquistar vaga na equipe olímpica dos Estados Unidos no Mundial da Grécia.

A participação de Muhammad nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016 chega em meio a uma campanha presidencial nos Estados Unidos, marcada pela retórica contra o Islã, enquanto ameaças e o vandalismo contra mesquitas alcançaram um recorde histórico no ano passado.

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É um clima muito familiar para Muhammad, que enfrentou a discriminação desde a infância porque a combinação de sua cor de pele e o véu que usava com frequência atraía olhares inquisidores e insultos.

De fato, parte da atração pela esgrima foi porque o esporte permitia que Muhammad se integrasse mais ou menos sem problemas. "Testei diferentes esportes quando era jovem e minha mãe e eu passamos um dia de carro perto de um colégio e vimos um grupo praticando esgrima", lembrou. "Minha mãe viu que usavam calças largas e camisetas de manga comprida e, não sabia que esporte era, mas quis que eu tentasse porque se ajustava às minhas crenças religiosas", afirmou.

Muhammad não estava muito convencida a princípio, mas persistiu quando se deu conta de que o esporte podia ser um passaporte para uma educação melhor. "As dez melhores escolas do país tinham programas de esgrima, sendo assim a vi como uma porta de entrada e por isso insisti", disse Muhammad, que acabou se formando em relações internacionais e estudos africanos na respeitada Universidade de Duke em 2007.

Mudando atitudes

Muhammad tem a esperança de que seu périplo olímpico ajude um pouco a mudar as atitudes vistas na campanha eleitoral dos Estados Unidos. "É um ambiente político difícil o que estamos vivendo, não é fácil", disse Muhammad. "Os muçulmanos estão sendo examinados com lupa e espero mudar a imagem que as pessoas têm das muçulmanas", acrescentou.

"Sei", continuou, "que as muçulmanas são muito diversas, especialmente aqui nos Estados Unidos. Viemos em diferentes formas, cores e tamanhos, de origens diferentes, e somos membros produtivos da sociedade. Quero que as pessoas o vejam".

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, tem sido acusado de fomentar o sentimento antimuçulmano, e chegou a defender que se proíba a entrada no país dos fiéis desta religião. Diplomaticamente, Muhammad se negou a especular como seria a vida dos muçulmanos se Trump for eleito presidente dos Estados Unidos em novembro.

De qualquer forma, insistiu, ela quer ajudar a melhorar as coisas com um bom desempenho no Rio. "Lembro que quando criança, me dizia que não pertencia a este esporte por causa da minha cor de pele, porque era muçulmana. Assim, se puder ser um motivo de mudança para outras minorias, me sentiria afortunada".

Foram longos 44 anos de jejum até que o Brasil finalmente voltasse a se classificar para uma final nas competições de esgrima dos Jogos Pan-Americanos. Os autores do feito são Guilherme Toldo, Ghislain Perrier e Fernando Scavasin, que levaram a equipe brasileira de florete à decisão do ouro em Toronto.

Depois de chegar seguidamente ao pódio do Pan entre 1967 e 1975, a esgrima brasileira passou por três décadas de quase ostracismo. Só foi voltar a ganhar medalha no Rio (2007), com três de bronze. Depois, em Guadalajara (2001), também voltou para casa com três medalhas bronzeadas.

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Agora, já tem garantidas quatro medalhas, sendo uma pelo menos de prata. O time masculino de florete faz final às 21h05 contra os Estados Unidos, que são amplos favoritos e contam com dois dos três melhores do ranking mundial. No caminho até a decisão, o Brasil passou por Porto Rico (45 a 19) e Venezuela (42 a 34).

Exceto na final do Pan, o Brasil torce pelos Estados Unidos. Isso porque, se os americanos terminarem o ranking olímpico entre os cinco primeiros (estão no quarto lugar), abrem uma vaga no Rio-2016 para a melhor equipe das Américas na lista. E esse posto é ocupado hoje exatamente pelos brasileiros, que estão em 11.º, duas posições à frente do Canadá. O Pan, entretanto, não vale pontos.

Também neste sábado, a equipe feminina de florete disputa o terceiro lugar, contra o México, às 18h05 (de Brasília). O time é formado por Taís Rochel, Gabriela Cecchini e Bia Bulcão e caiu exatamente diante dos EUA na semifinal. As americanas, terceiras do ranking mundial, venceram fácil, por 45 a 26.

Em Toronto, o Brasil ganhou medalha de bronze com Renzo Agresta, no sabre, Nathalie Moellhausen, na espada, Ghislian Perrier, no florete, e com a equipe feminina de espada. A disputa do florete feminino por equipes não está no programa dos Jogos do Rio-2016 porque existe um rodízio de armas e uma delas fica de fora em cada edição da Olimpíada.

O Brasil já ganhou quatro medalhas de bronze na esgrima dos Jogos Pan-Americanos e tem a chance de faturar mais uma neste sábado (25), no último dia das competições desta modalidade. Afinal, a equipe feminina de florete está classificada para a disputa do terceiro lugar, contra o México, às 18h05 (de Brasília).

Na manhã deste sábado em Toronto, o time formado por Taís Rochel, Gabriela Cecchini e Bia Bulcão venceu o Chile nas quartas de final, por 45 a 19, mas na sequência foi derrotado pelos Estados Unidos na semifinal. As americanas, terceiras do ranking mundial, venceram fácil, por 45 a 26.

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Independente dos resultados deste sábado - o Brasil ainda compete por equipes no florete masculino -, o País já tem seu melhor desempenho em Jogos Pan-Americanos em termos quantitativos. Afinal, subiu ao pódio quatro vezes, contra três em Guadalajara (2011) e no Rio (2007).

Em Toronto, o Brasil ganhou medalha de bronze com Renzo Agresta, no sabre, Nathalie Moellhausen, na espada, Ghislian Perrier, no florete, e com a equipe feminina de espada. A disputa do florete feminino por equipes não está no programa dos Jogos do Rio-2016 porque existe um rodízio de armas e uma delas fica de fora em cada edição da Olimpíada.

Italiana naturalizada brasileira, Nathalie Moellhausen garantiu mais uma medalha para o País na esgrima dos Jogos Pan-Americanos. Depois de ganhar o bronze na disputa individual, ela levou a equipe feminina da espada nas costas para faturar a medalha bronzeada também na competição por equipes, nesta sexta-feira (24), em Toronto.

Afinal, foi responsável por 21 pontos da vitória do Brasil sobre Cuba, por 38 a 29, na disputa do terceiro lugar. Diferente da competição individual, em que os derrotados na semifinal ficam com o bronze diretamente, por equipes existe o jogo que decide quem termina em terceiro e quem fica em quarto.

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Antes, Nathalie também havia fundamental na vitória por 45 a 39 sobre a Argentina, na estreia. Por pouco o Brasil não venceu também os EUA, favoritos da competição, na semifinal. O jogo terminou empatado por 31 a 31 e foi para o golden score. Ali, Nathalie foi tocada primeiro pela americana Katherine Holmes, exatamente a rival que a tirou da final pan-americana.

A medalha, lógico, não é só de Nathalie. A equipe, afinal, também teve grandes atuações de Amanda Simeão e Rayssa Costa nessa que é a principal arma do País. O Brasil é 20.º do ranking mundial, atrás de EUA (10.º), Venezuela (16.º) e Canadá (17.º). Só o melhor das Américas vai ganhar vaga na Olimpíada.

Na espada masculina, a equipe formada por Athos Schwantes, Nicolas Ferreira e o garoto Alexandre Camargo, de apenas 16 anos, levou 45 a 28 da Venezuela na estreia e foi eliminada da briga pelo ouro. Na repescagem, perdeu do Canadá e venceu a Argentina, terminando em sétimo.

RECORDE - Com mais esta medalha de bronze, a quarta conquistada em Toronto, o Brasil já tem, quantitativamente, sua melhor campanha na história da esgrima no Pan. Superou as três medalhas obtidas (todas de bronze) obtidas tanto no Rio, em 2007, quanto em Guadalajara, em 2011.

Depois de subir ao pódio com Renzo Agresta (sabre), Nathalie (espada) e Ghislain Perrier (florete). Na sexta-feira, o País ainda tem mais duas chances de pódio nas competições por equipes no florete. No masculino, estreia contra Porto Rico e depois pega Canadá ou Venezuela. No feminino, começa contra o Chile e depois enfrenta EUA ou Canadá.

Não foi em Toronto que o Brasil quebrou um tabu que já dura 44 anos e voltou a disputar uma final individual na esgrima dos Jogos Pan-Americanos. No Canadá, foram três oportunidades, nenhuma delas bem sucedida. Nesta quarta-feira, foi a vez de Ghislain Perrier, no florete, ser derrotado na semifinal e ficar com o bronze.

Ghislain nasceu em Fortaleza, mas foi adotado por um casal francês quando tinha um ano de idade. Diante da possibilidade de competir pelo país natal, resolveu mudar a cidadania esportiva em 2013, tornando-se um dos principais nomes da esgrima nacional, o primeiro a ganhar medalha em uma etapa de Copa do Mundo.

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Em Toronto, acabou derrotado na semifinal por 15 a 12 pelo norte-americano Gerek Meinhardt, oitavo do mundo e medalhista de bronze no Campeonato Mundial, há apenas seis dias. O brasileiro garantiu o bronze porque, nas disputas individuais de esgrima, não existe jogo pelo terceiro lugar.

Na segunda-feira, o Brasil subiu pela primeira vez ao pódio na esgrima em Toronto com o bronze de Renzo Agresta, que, no sabre, venceu no caminho o vice-campeão mundial. Na terça, foi a vez de Nathalie Moellhausen terminar em terceiro, na espada.

Em Guadalajara, o Brasil também ganhou três medalhas, todas de bronze, mas duas delas vieram nas disputas por equipes, que começam apenas nesta quinta-feira. Como cada país tem apenas uma equipe, as chances de o Brasil ir ao pódio são maiores.

ELIMINADOS - No florete masculino, o Brasil também foi representado nesta quinta-feira por Guilherme Toldo, número 51 do ranking mundial, que foi eliminado por Massialas, melhor do mundo na atualidade. Ele volta a competir no sábado, por equipes, com Ghislain e Fernando Scavasin.

Entre as mulheres, a caçula Gabriela Cecchini, de apenas 18 anos, medalhista em Mundial Cadete, foi quem chegou mais longe. A gaúcha perdeu nas quartas de final, para Lee Kiefer, dos Estados Unidos, quarta do mundo. Já Bia Bulcão parou na canadense Kelleigh Ryan, nas oitavas de final. Por equipes, elas terão a companhia de Taís Rochel

Nem Marcus Vinicius D’Almeida (16 anos completados em janeiro), nem Hugo Calderano (18 comemorados em junho), muito menos Matheus Santana (fez 18 em abril). O caçula da delegação brasileira nos Jogos do Rio/2016 poderá ser o garoto Alexandre Camargo, que fez 15 em abril e deu, para o blog, a primeira entrevista da sua curta carreira. O curitibano é o atual campeão brasileiro adulto na espada e já pinta como a mais nova esperança de um futuro melhor para a esgrima.

Alexandre, até agora, competia sem pressão. Talento reconhecido, não é o brasileiro de melhores resultados na base. Esse papel cumpre principalmente sua amiga Gabriela Cecchini, que, no ano passado, ganhou bronze no florete no Mundial Cadete, e o também gaúcho Pedro Morostega, melhor do País no Mundial Cadete de 2014. Enquanto os dois estão à beira da maioridade e ano que vem já competem no Juvenil, Alexandre ainda tem outros dois Mundiais Cadetes pela frente. No deste ano, viveu a maior decepção da breve carreira.

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"Eu nunca tinha ido para um Mundial e era inexperiente ainda. Sabia que tinha que fazer uma boa poule (fase de ranqueamento). Comecei super bem, fiz uma ótima poule (ficou em terceiro). Fiquei de bye na primeira rodada, peguei um coreano bom e acabei me complicando", conta. A eliminação precoce no Mundial fez Alexandre perder a chance de disputar os Jogos da Juventude, em Nanquim (China). "Fiquei super triste em casa. O tempo passou, treinei dobrado e foquei nos adultos, que foi onde vieram as medalhas", explica.

O primeiro bom resultado surgiu antes ainda da Olimpíada da Juventude. Em agosto, em Barbacena (MG), em etapa do Circuito Nacional, Alexandre ficou com o bronze. Um mês depois, em Porto Alegre (RS), a prata. Faltava mais um degrau, alcançado no Brasileiro, disputado no começo do mês, no Rio.

A vitória na final, por 15 a 12, ainda teve um gosto todo especial. Afinal, foi sobre Athos Schwantes, de 29 anos, que defendeu o Brasil nos Jogos de Londres/2012 e há anos domina a espada brasileira. Mais do que isso: Athos é o exemplo diário para Alexandre, seu colega de treino na Academia Mestre Kato, em Curitiba.

"Ele (Athos) é um dos responsáveis pelo meu resultado. Sua ajuda em sala e seu apoio sempre me fez crescer mais", diz o garoto, que não se vê como rival de Athos. "Me vejo com um cara que está incomodando. Eu vejo ele como um cara que tenho que superar, pois ele é um exemplo de atleta. Mas por enquanto estamos tranquilos. Mais próximo da Olimpíada começa a ficar bem forte essa briga."

Como pode-se perceber, Alexandre já vê os Jogos do Rio como uma meta possível. Se até agosto ele ainda era um menino sonhando em um dia defender o Brasil, a sequência de pódios o fez acreditar que pode estar em uma Olimpíada aos 17 anos. "Meu sonho sempre foi um dia ser campeão olímpico, desde o primeiro dia de esgrima. Se eu conseguir a vaga olímpica, também sei que minhas chances de conquistar meu sonho serão poucas, mas talvez em 2020 seja outra história", avisa.

Se continuar nesse embalo de resultados, Alexandre tem grandes chances de estar na próxima Olimpíada. O Brasil tem direito a oito convites para 2016 e a Confederação Brasileira de Esgrima vai dividi-los igualmente: quatro para os homens, quatro para as mulheres. No masculino, levará a equipe de florete e um atleta da espada (porque Renzo Agresta tem enormes chances de conquistar a vaga por méritos próprios no sabre).

Assim, tanto Athos quanto Alexandre têm a possibilidade de conquistar uma vaga extra a partir dos critérios usuais (dois melhores do continente no ranking, campeão do Pré-Olímpico, sempre excluindo o país que conseguir vaga por equipes - no caso, EUA ou Venezuela). O xadrez das vagas será mais favorável se os EUA ficar entre os quatro melhores por equipes no florete - hoje é quinto. Aí o Brasil entra como melhor da América (disputa com o Canadá) e não precisa mais dos convites nessa arma, liberando três credenciais para a espada.

O fim de semana esportivo dos brasileiros será movimentado, principalmente nas competições paraolímpicas. Campeões mundiais da natação, atletismo, halterofilismo e esgrima estarão disputando na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o Circuito Loterias Caixa. Já em Brasília, atletas do hipismo paraolímpico participam do Campeonato Internacional de Adestramento Paraequestre.

Brasileiros também participam de competições nas seguintes modalidades: judô, rúgbi, tênis, ginástica, canoagem, golfe, handebol, boxe e tênis de mesa.

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Confira a agenda esportiva completa:

Judô
A Supercopa de Caxias do Sul irá levar o judô ao Rio Grande do Sul neste sábado (14.09). A competição é a sétima etapa do circuito estadual da Federação Gaúcha de Judô em 2013 e irá reunir 846 atletas de 31 equipes, recorde na temporada.

Além de outras 27 filiadas do Rio Grande do Sul, a Supercopa de Caxias terá a participação de uma equipe formada por cinco atletas uruguaios, que lutarão na condição de convidados. Paralela às lutas, duas seletivas irão movimentar o torneio: a que formará a seleção gaúcha sênior e outra para definir o time do Rio Grande do Sul no Meeting Infantil e sub-13 de Santa Catarina.

Rúgbi
A cidade de São José dos Campos recebe, a partir deste domingo (15.09), o Campeonato Sul-Americano Juvenil de rúgbi, o Consur A, da categoria M-19. Além do Brasil, a competição contará com representantes da Argentina, Chile e Uruguai. O torneio segue até o dia 21 de setembro e é a principal competição deste ano para os atletas até 19 anos.

Os quatros países participantes se enfrentarão em partidas únicas para definir o ranking sul-americano da categoria e o das equipes que disputarão para o Junior Trophy, em 2015.
 
Tênis de Mesa
Os melhores mesatenistas nacionais e internacionais da nova geração estão no Rio de Janeiro para a disputa do Aberto de Jovens do Brasil, etapa válida pelo Circuito Mundial Juvenil da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, na sigla em inglês). A competição segue até o próximo domingo (15.09).

Paraolímpicos
A cidade de Porto Alegre recebe a partir desta sexta-feira (13.09) até o domingo (15.09) o Campeonato Brasileiro de Esgrima em Cadeira de Rodas. Serão 37 esgrimistas que estarão no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE) brigando pelo título nacional.

Também em Porto Alegre, começa nesta sexta-feira a 2ª etapa nacional Loterias Caixa de halterofilismo. A competição contará com a participação de 96 atletas de todo o país.  No sábado e domingo (14 e 15.09), terão início as disputas do Circuito Loterias Caixa de atletismo e natação com a presença dos campeões mundiais Alan Fonteles e Terezinha Guilhermina, na pista do clube Sogipa, e Daniel Dias e Andre Brasil, na piscina do Grêmio Náutico União.

Ainda no fim de semana, Brasília receberá a elite do hipismo paraolímpico brasileiro para a disputa do Campeonato Internacional de Adestramento Paraequestre (CPEDI 3*). O torneio, que será disputado a partir desta sexta-feira (13.09) até o domingo (15.09), Brasília Country Club, reunirá 14 atletas brasileiro, além de dois da Argentina e um da Venezuela.

Ginástica
A cidade de Aracaju será palco do Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística Juvenil, neste sábado e domingo (14 e 15.09). A competição reunirá jovens talentos da modalidade, entre eles ginastas da seleção brasileira da categoria, como Ângelo Assumpção, Lucas Cardoso, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Lorrane Oliveira. Além disso, o evento contará com uma atração a mais: a presença de Daniele Hypólito e Letícia Costa, que se preparam para o Campeonato Mundial, de 30 de setembro a 6 de outubro, na Bélgica. Elas estarão na capital sergipana, no Ginásio Constâncio Vieira, para treinamentos e avaliações.

Canoagem
A cidade de Praga, na República Tcheca, recebe até o próximo domingo (15.09) o Campeonato Mundial de Canoagem Slalom. Participam da disputa 367 atletas de 51 países.

O Brasil tem dois canoístas classificados para as semifinais da disputa: Pedro Henrique Gonçalves, no K1 masculino; e Ana Sátila Vieira Vargas, no C1 feminino; disputam a etapa nesta sexta e sábado, respectivamente.

Golfe
Começou nesta quinta-feira (12.09) a etapa final do Circuito Brasileiro de Golfe, principal série de torneios do golfe profissional nacional.  O torneio segue até o próximo sábado (14.09), no Clube de Campo de São Paulo. O campeonato faz parte da Série de Desenvolvimento do PGA Tour Latinoamérica, que dá vagas para o mais importante circuito do continente.

Handebol
As equipes Ipanema (AL) e HCP/Unipe (PB) disputam a fase zonal do Campeonato Brasileiro Feminino de Handebol, que garante a vaga para a competição, em novembro. Os confrontos serão realizados a partir desta sexta-feira (13.09), às 20h, e têm como palco o Ginásio Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa. No sábado (14.09), as equipes voltam a se encontrar, às 14h.

Boxe
O boxeador Cassio Oliveira é o único representantes brasileiro no Mundial de Boxe Cadete, que está sendo disputado em Kiev, na Ucrânia. Na quinta-feira (12.09), o brasileiro venceu o indiano Ashish e alcançou a vaga para a semifinal da disputa, garantindo, no mínimo, a medalha de bronze e se tornando o primeiro brasileiro a subir ao pódio em um Mundial Cadete. As semifinais acontecem neste sábado (15.09), quando o brasileiro enfrenta o russo Ilya Kulikov. As finais acontecem no domingo (15.09).

Tênis
A partir deste sábado (14.09), a cidade de Campinas recebe o Campeonato Internacional de Tênis. A competição é realizada com recursos captados por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte e segue até o dia 22 de setembro.

 

Com informações da assessoria

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