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O comércio e a administração pública puxaram a abertura de vagas no trimestre encerrado em julho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na passagem do trimestre terminado em abril para o trimestre encerrado em julho houve geração de vagas em todas as atividades: comércio (692 mil ocupados a mais), indústria (189 mil), construção (123 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (148 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (648 mil), serviços domésticos (49 mil), outros serviços (66 mil ocupados), alojamento e alimentação (115 mil), transporte (108 mil) e agricultura (53 mil).

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Em relação ao patamar de um ano antes, a única atividade com perda foi a agricultura, que demitiu 162 mil trabalhadores.

Os demais setores contrataram: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,123 milhão de trabalhadores a mais), construção (516 mil), comércio (2,238 milhões), alojamento e alimentação (894 mil), serviços domésticos (711 mil), indústria (966 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (426 mil), transporte (430 mil) e outros serviços (913 mil).

A guerra na Ucrânia e os lockdowns em regiões industriais da China estão prolongando um problema que começou com a pandemia de Covid-19, em 2020. A escassez ou o encarecimento de insumos afeta 22 de 25 setores da indústria, revela levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo a CNI, há oito trimestres seguidos as indústrias citam a dificuldade de acesso a matérias-primas como o principal problema. No segundo trimestre deste ano, o setor mais afetado foi o das indústrias de impressão e reprodução, com 71,7% das empresas citando o problema. Em seguida, vêm os setores de limpeza, perfumaria e higiene pessoal (70%) e indústrias de veículos automotores (69,8%).

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Apenas três segmentos da indústria não mencionaram a falta ou os preços altos das matérias-primas como o principal problema. Entre as indústrias de couros e artefatos de couro o problema apareceu em terceiro lugar, citado por 37,2% das empresas entrevistadas. Nos segmentos de móveis (38,7%) e de manutenção e reparação (45,5%), o problema ficou em segundo lugar na lista.

Para a economista da CNI, Paula Verlangeiro, cerca de metade da produção industrial é consumida como insumo pela própria indústria. Dessa forma, a escassez ou os preços altos dos insumos não atingem apenas os fabricantes e se disseminam pela cadeia produtiva, atingindo o consumidor por meio de aumento de preços ou de queda na produção.

De acordo com a economista, os gargalos na cadeia logística e produtiva provocados pela pandemia de Covid-19, que persistiam desde o fim de 2020, foram agravados neste ano com a guerra entre Rússia e Ucrânia e os severos lockdowns na China. Esses dois últimos fatores atrasaram a normalização das cadeias globais de insumos, que ainda não tinham se recuperado da pandemia.

A pesquisa revela, ainda, que os empresários acreditam que a situação se normalizará apenas em 2023. “Diante disso, as principais consequências são dificuldades em recuperar – ou manter - a produção, o aumento dos preços de insumos e dos custos nas cadeias de produção, além dos reajustes nos preços dos bens de consumo e a maior pressão sobre a inflação”, explica a economista da CNI.

Juros altos

Além dos gargalos no acesso a matérias-primas, a pesquisa da CNI revelou que a alta dos juros preocupa a indústria brasileira. Segundo o levantamento, 16 dos 25 dos setores analisados consideram as recentes elevações da taxa Selic (juros básicos da economia brasileira) como um dos cinco principais problemas econômicos.

Para segurar a inflação, o Banco Central elevou a taxa Selic de 2% ao ano, em agosto de 2020, para 13,25% ao ano atualmente. Na avaliação da CNI, a alta é excessiva e prejudica a produção, o consumo e o emprego, ao encarecer o crédito.

Segundo a CNI, a preocupação com a taxa de juros cresce há cinco semestres seguidos, sendo cada vez mais citada pelos empresários industriais. Na divisão por setores, os segmentos de produtos diversos e de veículos automotores mencionaram a Selic como o segundo maior problema atual. Nos setores de alimentos, madeira, máquinas e equipamentos, materiais elétricos, metalurgia, têxteis e vestuário e acessórios, o item ocupa o terceiro lugar.

A agricultura foi o único setor que registrou fechamento de vagas no trimestre encerrado em abril, com 148 mil demissões em relação ao trimestre terminado em janeiro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na passagem do trimestre terminado em janeiro para o trimestre encerrado em abril houve geração de vagas nas atividades: comércio (32 mil ocupados), indústria (128 mil), construção (74 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (110 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (251 mil), serviços domésticos (151 mil), outros serviços (233 mil ocupados), alojamento e alimentação (72 mil) e transporte (152 mil).

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"Em outros serviços, o segmento de embelezamento teve expansão bastante importante. Também se destaca transporte, correio e armazenagem, e, dentro do grupo grande de administração pública, saúde e educação, a gente destaca a parte da educação. A gente sabe que é tanto a educação pública quanto a privada (gerando vagas)", apontou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Em relação ao patamar de um ano antes, houve ganhos em todas as atividades. A agricultura admitiu 55 mil trabalhadores, e a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais contratou 562 mil trabalhadores a mais. A construção contratou 940 mil, o comércio absorveu 2,227 milhões. Alojamento e alimentação abriu 1,202 milhão de vagas, e serviços domésticos ganharam 1,076 milhão de trabalhadores.

A indústria contratou 1,076 milhão de funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras absorveu 446 mil. Transporte ganhou 525 mil vagas, e outros serviços admitiram 903 mil pessoas.

A construção foi o setor que liderou o fechamento de vagas no trimestre encerrado em março, com 252 mil demissões em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2021, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A construção foi, sim, bastante afetada. Ela tem na sua composição ocupacional muitos trabalhadores informais, principalmente o conta própria sem CNPJ e empregados sem carteira assinada. Então essa queda na construção contribui bastante para essa redução na informalidade", disse Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

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Na passagem do trimestre terminado em dezembro para o trimestre encerrado em março houve extinção de vagas nas atividades: comércio (-104 mil ocupados), indústria (-90 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (-138 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (-95 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-31 mil) e serviços domésticos (-86 mil).

Houve contratações em outros serviços (41 mil ocupados), alojamento e alimentação (142 mil) e transporte (124 mil).

Em relação ao patamar de um ano antes, houve ganhos em todas as atividades. A agricultura admitiu 211 mil trabalhadores, e a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais contratou 292 mil trabalhadores a mais. A construção contratou 815 mil, o comércio absorveu 2,000 milhões. Alojamento e alimentação abriu 1,300 milhão de vagas, e serviços domésticos ganharam 921 mil trabalhadores.

A indústria contratou 931 mil funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras absorveu 439 mil. Transporte ganhou 469 mil vagas, e outros serviços admitiram 811 mil pessoas.

A abertura líquida de 313.902 vagas de trabalho com carteira assinada em setembro no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 143.418 postos formais, seguido pela indústria geral, que abriu 76.169 vagas.

Já o comércio gerou 60.809 vagas em setembro, enquanto houve um saldo de 24.513 contratações na construção civil. Na agropecuária, foram criadas outras 9.084 vagas no mês.

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No nono mês do ano, todas as 27 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi registrado em São Paulo novamente, com a abertura de 84.887 postos de trabalho. Já o menor saldo foi o do Amapá, que registrou a criação de 281 vagas em setembro.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada passou de R$ 1.813,57, em agosto, para R$ 1.795,46 em setembro.

A construção civil e o comércio foram destaque na geração de vagas de trabalho, entre formais e informais, no intervalo de um ano, na comparação do trimestre móvel encerrado em julho com igual período de 2020, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A construção civil abriu 1,217 milhão de postos de trabalho, enquanto o comércio gerou 1,197 milhão de empregos, quando se compara a evolução da população ocupada nesses setores. Ainda em relação ao patamar de um ano antes, no trimestre móvel terminado em julho de 2020, houve ganhos de postos nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras (866 mil a mais), alojamento e alimentação (638 mil) e outros serviços (183 mil).

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A agricultura ganhou 924 mil trabalhadores, enquanto a indústria em geral adicionou 717 mil postos. Transporte, armazenagem e correio geraram 379 mil vagas.

Na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, o comércio criou 703 mil vagas, quanto o contingente de trabalhadores na construção civil cresceu em 616 mil. Também houve contratações na indústria (298 mil), alojamento e alimentação (366 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (275 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (152 mil).

Tanto na comparação com o trimestre móvel terminado em abril quanto ante um ano antes, no trimestre até julho de 2020, todas as atividades econômicas apresentaram alta em suas populações ocupadas, apontando geração de postos de trabalho, tanto formais quanto informais.

Considerando a posição na ocupação, o contingente de trabalhadores domésticos, grupo que foi destaque na perda de vagas em meio à pandemia, subiu 16,1% em um ano, com 739 mil trabalhadores a mais na comparação com o trimestre móvel terminado em julho de 2020.

Na comparação com o trimestre móvel terminado em abril deste ano, são 381 mil trabalhadores domésticos a mais, alta de 7,7%. No total, 5,332 milhões de pessoas estão ocupadas no trabalho doméstico, formal ou informal, no País. A grande maioria (4,017 milhões) não tem carteira assinada, seja porque trabalha na informalidade, seja porque recebe por diárias, sem configurar vínculo.

O comércio fechou 289 mil vagas no trimestre móvel encerrado em maio ante o trimestre terminado em fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também houve perdas de vagas nos outros serviços (-80 mil) e em transporte, armazenagem e correio (-14 mil) em um trimestre.

Ainda na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, houve contratações na indústria (75 mil), alojamento e alimentação (95 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (167 mil), serviços domésticos (127 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (408 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (116 mil).

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Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura ganhou 770 mil trabalhadores. Também houve contratações na construção (653 mil) e em informação, comunicação e atividades financeiras (584 mil).

Houve perdas em todas as demais atividades. O comércio dispensou 290 mil trabalhadores. Alojamento e alimentação fechou 200 mil vagas; administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais demitiram 259 mil trabalhadores; a indústria dispensou 14 mil funcionários. Transporte e armazenagem perdeu 201 mil vagas, e os outros serviços demitiram 322 mil pessoas. Considerando a posição na ocupação, o setor público fechou 301 mil vagas em um ano.

Ainda entre os grupamentos de atividade econômica, os serviços domésticos ganharam 8 mil trabalhadores em um ano. Considerando a posição na ocupação, o contingente de trabalhadores domésticos caiu 0,1% em um ano, com 5 mil trabalhadores a menos na comparação com o trimestre móvel terminado em maio de 2020. Na comparação com o trimestre móvel terminado em fevereiro, são 120 mil trabalhadores domésticos a mais.

O quadro de estabilidade no trabalho doméstico não é motivo de comemoração, disse Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. "O serviço doméstico teve uma estabilidade, mas sofreu muito em 2020. A estabilidade remonta a perdas muito grandes", afirmou a pesquisadora.

Defasagem

A Pnad Contínua referente ao segundo trimestre, prevista para ser divulgada daqui a um mês, teve seu período de coleta prorrogado para a próxima quarta-feira, 4, diante da expectativa de ver a taxa de resposta elevada acima de 60%, afirmou Adriana Beringuy.

Apesar do otimismo com a melhora na taxa de respostas da Pnad Contínua, o IBGE ainda trabalha para divulgar ajustes na série histórica da pesquisa "nos próximos meses" e não tem data definida para diminuir defasagem da divulgação.

Desde março de 2020, por causa da pandemia de covid-19, o IBGE suspendeu as visitas presenciais de pesquisadores para coletar dados, o que piorou a taxa de resposta da Pnad Contínua e elevou a defasagem na divulgação. Atualmente, os dados são divulgados cerca de dois meses após o período de referência - a edição do trimestre móvel até maio foi divulgada hoje.

Na leitura referente ao trimestre móvel encerrado em abril, a taxa de resposta havia sido de 55,8%. Na Pnad Contínua do trimestre até maio, divulgada hoje, a taxa de resposta foi de 57,9%, como informou o IBGE ao Estadão/Broadcast no último dia 12. O aumento na taxa de resposta de um mês para o outro se deve ao retorno gradual da coleta presencial de informações, processo que continua ocorrendo, segundo Adriana.

No último dia 12, o IBGE informou que retornaria à coleta presencial de forma gradual, seguindo protocolos sanitários. Inicialmente, a coleta presencial está sendo feita apenas nos casos em que não for possível obter os dados pelo telefone. As unidades estaduais têm autonomia para decidir sobre a coleta presencial condicionada à evolução local da pandemia.

O comércio fechou 373 mil vagas no trimestre encerrado em abril ante o trimestre terminado em janeiro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Também houve perdas de vagas na construção (-96 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-94 mil) e outros serviços (-88 mil).

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Por outro lado, houve contratações na indústria (69 mil), alojamento e alimentação (14 mil), transporte (67 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (118 mil), serviços domésticos (19 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (278 mil).

Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura ganhou 532 mil trabalhadores. Também houve contratações na construção (96 mil) e em informação, comunicação e atividades financeiras (333 mil).

Houve perdas em todas as demais atividades. O comércio dispensou 1,120 milhão. Alojamento e alimentação fechou 871 mil vagas, e serviços domésticos perderam 562 mil trabalhadores. Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais demitiram 176 mil trabalhadores, a indústria dispensou 497 mil funcionários. Transporte perdeu 393 mil vagas, e os outros serviços demitiram 660 mil pessoas.

O comércio fechou 293 mil vagas no trimestre encerrado em março ante o trimestre terminado em dezembro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também houve perdas de vagas em alojamento e alimentação (-139 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-178 mil) e outros serviços (-173 mil).

Por outro lado, houve contratações na indústria (16 mil), transporte (59 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (35 mil), construção (2 mil), serviços domésticos (6 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (126 mil).

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Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura ganhou 329 mil trabalhadores.

Houve perdas em todas as demais atividades. A construção demitiu 361 mil, o comércio dispensou 1,636 milhão.

Alojamento e alimentação fechou 1,400 milhão de vagas, e serviços domésticos perderam 1,041 milhão de trabalhadores.

A administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais demitiu 62 mil trabalhadores, a indústria dispensou 914 mil funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras demitiu 55 mil. Transporte perdeu 542 mil vagas e os outros serviços demitiram 917 mil pessoas.

A indústria fechou 126 mil vagas no trimestre encerrado em fevereiro ante o trimestre terminado em novembro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na passagem do trimestre terminado em novembro para o trimestre encerrado em fevereiro, também houve perdas de vagas no comércio (-101 mil), alojamento e alimentação (-34 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-61 mil).

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Por outro lado, houve contratações nos outros serviços (87 mil ocupados), transporte (82 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (117 mil), construção (91 mil), serviços domésticos (102 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (151 mil).

Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura ganhou 226 mil trabalhadores, e a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais contratou 374 mil trabalhadores a mais.

Houve perdas em todas as demais atividades. A construção demitiu 612 mil, o comércio dispensou 1,984 milhão. Alojamento e alimentação fechou 1,536 milhão de vagas, e serviços domésticos perderam 1,288 milhão de trabalhadores.

A indústria dispensou 1,319 milhão de funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras demitiu 166 mil. Transporte perdeu 607 mil vagas, e outros serviços demitiram 917 mil pessoas.

A maioria dos recifenses apoia o fechamento dos setores de alimentação e educação, e das áreas públicas como praias e parques. De acordo com levantamento apresentado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU nesta quarta-feira (31), o agravamento dos índices da Covid-19 ainda preocupa a capital pernambucana e confere apoio às medidas restritivas instituídas pelo Governo de Pernambuco. 

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Com o total de 87 mil casos confirmados e 3.355 mortes, indicadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) nessa terça (30), 78% dos entrevistados respondeu que apoia o fechamento dos bares do Recife; 21% são contrários. Em relação aos restaurantes, o alinhamento com a quarentena cai para 66%, enquanto 33% não concordam com a medida.

Impedido duas vezes de abrir as portas em cerca de um ano, o setor de alimentação precisou se desdobrar em pontos de entrega e atendimentos delivery para evitar mais perdas. O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) foi atuante na fiscalização e chegou a interditar estabelecimentos que descumpriam as medidas sanitárias.

Para 69% do entrevistados, parques e praias devem permanecer bloqueados à população, e 39% sugeriu que as atividades físicas individuais ao ar livre devem ser impedidas. Nos dois casos, o número de entrevistados contrários às medidas ficou em 31% e 59%, respectivamente.

Já a retomada das aulas em escolas e universidades deve ser adiada para 67% dos entrevistados, enquanto 29% optam pela reabertura.

A lista é seguida por salões de beleza e templos religiosos, que contam com apoio de 60% e 57% para a proibição. Apesar de movimentar os demais setores, a restrição do comércio tem adesão de 54%.

Apontado como principal vetor do vírus, o transporte público teve os indicativos mais baixos. Tanto o funcionamento do metrô, quanto do ônibus, deve ser suspenso apenas para 26% dos avaliadores.

Reprodução

As entrevistas foram realizadas no período de 23 a 27 de março, por telefone, com 600 participantes. Os entrevistados tinham acima dos 18 anos e resultado final oferece 95% de confiabilidade, com margem de erro estimada em quatro pontos percentuais.

O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria subiu 14,8% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta quinta-feira (3) os resultados das Contas Nacionais Trimestrais. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o PIB da indústria mostrou queda de 0,9%.

Com comportamento oposto, o PIB da agropecuária caiu 0,5% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o PIB da agropecuária mostrou alta de 0,4%.

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Já o PIB de serviços subiu 6,3% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o PIB de serviços mostrou queda de 4,8%.

Exportações

As exportações diminuíram 2,1% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020, segundo o IBGE. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, as exportações registraram queda de 1,1%.

As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, caíram 9,6% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, as importações mostraram queda de 25%.

A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial.

No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

Depois de quase sete meses do início da pandemia, o governo publicou agora uma portaria que lista as 34 atividades econômicas mais prejudicadas no Brasil pela decretação do estado de calamidade pública devido à Covid-19. Elaborada pelo Ministério da Economia, a lista foi feita para priorizar e orientar as instituições financeiras oficiais de fomento, inclusive regionais, na concessão de crédito.

O governo diz que a lista é para orientar o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), mas o "carimbo" do Ministério da Economia reconhecendo as atividades mais prejudicadas animou as empresas de setores que foram incluídos oficialmente no levantamento de olho em políticas futuras da equipe econômica para a retomada da economia em 2021.

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Apesar de ter começado a fluir no último mês, o crédito ainda é um dos principais problemas no enfrentamento da Covid-19 pela dificuldade das empresas em dar garantia ao financiamento. A lista facilita o acesso a crédito com garantia da União via Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).

Desde o início da pandemia o governo contabiliza que lançou uma série de linhas de crédito voltadas para toda a economia. Até o momento, do total das ações anunciadas, 622 mil empresas foram atendidas e R$ 85,86 bilhões de crédito já chegou na ponta, segundo os dados oficiais.

Entre os setores mais impactados estão as atividades da indústria, comércio e serviços, como empresas de saúde e educação privadas, transporte, serviços de alimentação e alojamento, fabricação de veículos automotores, combustíveis e lubrificantes e metalurgia, além de exploração de petróleo.

Segundo o Ministério da Economia, a lista foi elaborada com base na variação do faturamento do setor com dados da Receita Federal. Não foram fornecidos detalhes pedidos pela reportagem do Estadão de como a lista será usada para a liberação do crédito e como ficam as empresas que estão de fora.

A Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade informou apenas que foram consideradas a relevância do setor na economia, tanto por valor agregado produzido quanto por pessoal ocupado, e as particularidades de cada atividade econômica.

Faturamento

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit), Fernando Pimentel, avalia que a lista facilitará a concessão de crédito para as empresas com faturamento além de R$ 300 milhões. Pela regra, elas não podem obter empréstimos com a garantia do Tesouro porque tiveram impactos severos com a crise. "Para os setores extremamente impactados pela crise, como os listados, esse financiamento pode ser dado para empresas que faturem acima de R$ 300 milhões". Pimentel considera que a lista traz uma boa radiografia da crise. O setor têxtil e de confecções teve de interromper as atividades por 90 dias no início da pandemia e até hoje ainda sente o impacto.

O economista Marcos Ferrari, presidente executivo do SindiTelebrasil, disse que a inclusão das telecomunicações torna mais "sensível" os pedidos de medidas de apoio à expansão da banda larga. "Caso tenha outra medida, o setor pode ser contemplado."

O advogado tributarista Luiz Bichara avaliou que, embora a lista não gere nenhum direito adquirido, a União não poderá indicar "algo e não cumprir". "É o princípio da confiança legítima", disse. Segundo ele, a publicação da portaria cria expectativa de atuação estatal no sentido da implementação de políticas públicas concretas visando a recuperação econômica.

O vice-presidente da Confederação Nacional dos Serviços (CNS), Luigi Nese, alerta que existem muitas empresas que ainda estão prejudicadas pela falta de crédito. Para ele, o Pronampe, programa com garantia do Tesouro, funcionou bem, mas os recursos acabaram. Ele cobra mais recursos com garantia. "O governo prometeu mais R$ 19 bilhões e ainda não vieram."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O emprego no segmento de alojamento e alimentação foi o mais afetado pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O total de trabalhadores atuando no ramo de alimentação e alojamento caiu 8,39% em maio de 2020 em relação ao mesmo mês de 2019. O número de empregos já tinha recuado expressivamente no setor em março (-9,66%) e abril (-15,25%).

"A questão do isolamento social certamente afeta muito, porque esse setor tem essa particularidade da necessidade do contato presencial, especialmente o de alojamento. No caso de alimentação você ainda consegue prestar esse serviço por delivery", justificou Carlos Henrique Corseuil, técnico de Pesquisa e Planejamento da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.

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Os dados têm como base um extrato da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo IBGE. A Pnad Contínua divulga mensalmente informações do mercado de trabalho referentes a trimestres móveis, mas os pesquisadores do Ipea desenvolveram uma metodologia para tratar as informações e obter os resultados de cada mês.

Além da Pnad Contínua, a análise incluiu dados de admissões e desligamentos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pedidos do seguro-desemprego e informações de abertura de empresas disponíveis para o Estado de São Paulo.

Segundo o Ipea, o conjunto de medidas para conter a disseminação da pandemia teve forte impacto sobre o emprego especialmente em abril. No emprego formal, a queda no número de trabalhadores ocupados nos meses de pandemia tem sido mais explicada pela forte retração nas admissões do que pelo aumento dos desligamentos.

A segunda maior perda de empregos foi na construção, uma redução de 9,67% no pessoal ocupado em março, seguida por recuo de 14,83% em abril, porém com recuperação de 9,46% em maio, sempre em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

A perda relativa no comércio foi menor em março (-2,84%), abril (-8,49%) e maio (-5,71%), mas a redução final em termos quantitativos é significativamente maior, por ser um setor bastante empregador. O emprego formal se mostrou mais resiliente, principalmente pela eficácia da Medida Provisória 936, que autorizou a redução de jornada e salário para os trabalhadores, explicou Corseuil. "O alcance é impressionante."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A queda de 21,9% registrada pela indústria em maio de 2020 ante maio de 2019 foi decorrente de perdas na produção em 22 das 26 atividades pesquisadas, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além dos reflexos negativos da pandemia do novo coronavírus, o efeito-calendário negativo contribuiu para intensificar a magnitude de perdas na produção, segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. O mês de maio de 2020 teve dois dias úteis a menos do que maio de 2019.

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Entre as atividades, o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias despencou 74,5%, a maior influência negativa para a média da indústria. Houve perdas relevantes ainda nos ramos de máquinas e equipamentos (-35,5%), metalurgia (-28,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-60,8%), produtos de borracha e de material plástico (-26,4%), outros produtos químicos (-17,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-36,5%), couro, artigos para viagem e calçados (-56,3%), produtos de minerais não-metálicos (-25,0%), produtos de metal (-25,0%), outros equipamentos de transporte (-71,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-31,1%), produtos têxteis (-46,5%), indústrias extrativas (-5,7%), produtos diversos (-50,6%) e bebidas (-16,5%).

Entre as quatro atividades que apontaram expansão na produção em relação a maio do ano passado, os avanços mais relevantes foram registrados por produtos alimentícios (2,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,6%).

O Índice de Difusão da indústria - que mostra o porcentual de produtos investigados com avanço na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior - desceu de 19,1% em abril para 17,3% em maio, o pior desempenho da série histórica.

"É o pior da série. O segundo porcentual mais baixo foi o do mês passado. O Índice de Difusão há oito meses está mostrando predomínio de produtos com taxas negativas. Não é um movimento de agora, mas houve aumento de intensidade de produtos com taxas negativas", frisou Macedo.

Segundo o gerente do IBGE, a flexibilização das medidas de isolamento social no combate à covid-19 pode levar a algum tipo de melhora da produção industrial no País nos próximos meses.

"Uma maior flexibilização pode se traduzir em resultado melhor à frente, mas sempre tendo a ressalva de que é um crescimento que se dá sobre uma base de comparação depreciada", ressaltou Macedo.

No caso de uma eventual necessidade de novo endurecimento das medidas de isolamento social, se a crise sanitária voltar a piorar, um novo fechamento de plantas industriais poderia novamente ter reflexos sobre a produção.

"A priori não tenho como dizer se esse movimento de crescimento (de maio ante abril) vai permanecer", disse Macedo. "(A indústria) Pode ter também problemas de natureza de demanda menor do âmbito doméstico. Com os dados do mercado de trabalho com contingente importante de pessoas fora dele, o ritmo da produção também vai estar diretamente associado à dinâmica desse demanda doméstica. E tem a questão do mercado externo, as exportações, para onde (a indústria) vai escoar a produção. São vários fatores que podem de alguma forma acelerar ou evitar a recuperação dessa produção industrial", alertou o pesquisador.

O Instituto de Pesquisa UNINASSAU publicou nesta quarta-feira (17) um levantamento referente à percepção dos recifenses em relação aos impactos econômicos provenientes da Covid-19. No geral, os entrevistados mostraram-se pessimistas ao avaliar os prejuízos financeiros e as competências da gestão pública.

Ao todo, 98% dos entrevistados acreditam que a Covid-19 vai prejudicar a economia do Brasil, sendo que 75% agravaram as consequências e ressaltaram que a doença 'vai atrapalhar muito'. Segundo a Federação das Indústrias de Pernambuco, a balança comercial sofreu uma queda de 55% no mês de maio. 

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Quando questionados sobre o mercado de trabalho, a maioria (53%) afirma que não perdeu o emprego ou teve a atividade profissional afetada, diante dos 43%, que admitem ter sofrido com a pandemia. Enquanto 38% apontam que a profissão foi afetada, 5% lamentam a perda do emprego.

A maior parte dos novos desempregados é de homens com faixa etária entre 25 e 34 anos. A suspensão das atividades econômicas fez com que 44% dos entrevistados afirmassem que houve queda na renda. Outros 49% - a maioria (61%) recebe mais de cinco salários mínimos -, apontam que a renda foi mantida. Para 2%, a pandemia foi benéfica no viés financeiro e aumentou a renda. 

Em relação ao Auxílio Emergencial oferecido pelo Governo Federal, 72% informaram que não receberam os R$ 600. A maior parte (81%) tem idade entre 45 e 59 anos. Ainda assim, 96% mostraram-se favoráveis ao benefício. Enquanto 3% não concordam com o repasse.

A pesquisa foi feita entre os dias 11 e 14 de junho. Ao todo, 628 moradores do Recife, com idade mínima de 18 anos, foram entrevistados por telefone. O levantamento do Instituto de Pesquisa UNINASSAU tem 95% de confiança, com margem de erro de quatro pontos percentuais.

A cidade de São Paulo negocia protocolos de reabertura comercial com 50 setores da economia, mas já enfrenta entraves de ordem financeira para conseguir dar fôlego a empresários e trabalhadores sem colocar em risco a capacidade do sistema de saúde de atender pacientes com a Covid-19.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) é uma das participantes da negociação. A entidade divulgou comunicado nesta terça-feira (2) detalhando parte das sugestões à cidade, mas destacou o posicionamento contrário a uma das principais medidas solicitadas pela gestão Bruno Covas (PSDB): que o setor privado faça testes de Covid em seus funcionários.

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"A federação enviou ofício (à Prefeitura) questionando o ônus da realização de testes laboratoriais para Covid-19 ao setor privado, tal como proposto no decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo, uma vez que o empresariado já passa pela crise e tem tido dificuldade de manter os negócios", diz o texto.

Entre as medidas que a Fecomércio entende ser possível acatar estão "uso de equipamentos de proteção por funcionários e clientes; oferta de álcool em gel e cartilha com as diretrizes sanitárias; distanciamento social de 1,5 metro; orientação para que não haja contato físico; horário de atendimento diferenciado para grupo de risco; restrição de viagens de negócios; proibição de eventos em larga escala; separação de lixo com potencial de contaminação; restrições aos serviços de valet nos estacionamentos, dentre outras", ainda segundo o documento.

A Prefeitura foi questionada pelo Estadão sobre o ofício, mas não respondeu. Deve divulgar amanhã balanço dos três primeiros dias de negociações com a iniciativa privada para definir a retomada, e há possibilidade de anunciar as datas da reabertura. Técnicos das áreas de Saúde e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho deveriam enviar entre ontem e hoje respostas às propostas já apresentadas, para a finalização dos protocolos ainda nesta quarta.

A capital está na etapa laranja (fase 2) do plano de reabertura do governo do Estado. O setor de bares e restaurantes, que não pode reabrir na atual fase (mantém apenas delivery), tem dois pleitos em negociação: que bares possam colocar mesas nas calçadas da frente dos estabelecimentos para garantir distância entre os clientes e os comerciantes sejam isentos da taxa do Termo de Permissão de Uso (TPU), paga anualmente por quem usa as calçadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os setores econômicos aprovaram a flexibilização da quarentena a partir do dia 1º de junho, mas fizeram cobranças para a retomada das atividades. Segundo os representantes ouvidos pelo Estadão, há detalhes que não foram esclarecidos.

O presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, Nabil Sahyon, reclama da restrição de quatro horas para o funcionamento dos estabelecimentos. Em outros Estados que liberaram a abertura dos shoppings, são oito horas.

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"Entendemos que é importante voltar a abertura para começarmos a respirar um pouco, porque os lojistas já estão muito prejudicados. Mas gostaríamos que mudasse a restrição do horário. É muito complicado abrir a loja e chamar o funcionário para atender por apenas quatro horas. Quanto mais tempo, menos aglomeração", disse Sahyon, que calcula prejuízo de R$ 26 bilhões nos 577 shoppings espalhados pelo Brasil.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo cobrava uma posição do governo para dar "um horizonte" aos empresários, de acordo com o assessor econômico da entidade, Altamiro Carvalho. "O prejuízo foi contundente em atividades varejistas e consequentemente em todo o setor econômico", afirmou Carvalho, que falou em perdas de R$ 45 bilhões.

A FecomercioSP conversa com o governo para haver medidas de amparos, como o processo burocrático rápido para a retomada e a postergação das obrigações tributárias. "É preciso dar fôlego aos comerciantes. Os que não quebraram vão estar muito fragilizados para retomar. Esperamos que haja sensibilidade", reforçou Carvalho.

O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, Luiz França, comemorou o fato de os stands de vendas de apartamentos poderem voltar a funcionar. Ele diz que o setor manteve 94% das obras em funcionamento na quarentena, com "normas sanitárias bastante rígidas". "Achamos que vai aparecer uma nova classe de comprador, que quer um conforto maior por passar mais tempo em casa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Todos os setores econômicos registraram saldo negativo de empregos em abril, mês inteiramente afetado pela pandemia do novo coronavírus, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira, 27. O fechamento foi puxado pelo setor de serviços, com saldo negativo de 362.378 vagas.

Em segundo lugar, veio comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com fechamento de 230.209 vagas. A indústria em geral foi responsável por um resultado negativo de 195.968 postos, e a construção perdeu 66.942 vagas. Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foram os setores que menos fecharam postos, com saldo negativo de 4.999.

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Dentro do setor de serviços, o pior resultado ficou Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 129.151 vagas fechadas. Em seguida vem Alojamento e alimentação, que perdeu 127.876 postos. Em terceiro está Transporte, Armazenamento e correio (-51.067), outros serviços (-30.748), Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-23.503), e Serviços domésticos (-33).

No acumulado de janeiro a abril, o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve saldo positivo de postos em 10.032. Os outros setores todos ficaram com resultados negativos. O pior resultado entre janeiro e abril foi de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com fechamento de 342.748 vagas. Depois vem o setor de serviços, com menos 280.716 postos. Em seguida está Indústria geral (-127.886), e depois Construção (-21.837).

Meses

Em janeiro, o setor de agricultura, produção florestal, pesca e aquicultura teve saldo positivo de 16.447 vagas. Em fevereiro, foram 5.233 postos. Em março, o resultado se torna negativo, com fechamento de 6.649 vagas. Na indústria geral, janeiro registrou criação de 58.364 vagas e em fevereiro foram 41.804 postos. Já em março, o resultado é revertido e 32.086 vagas são fechadas. Na construção, o saldo foi positivo em janeiro com 34.441 postos. Fevereiro teve resultado positivo de 26.229. Em março, o fechamento de vagas ficou de 15.565.

No Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas já foi registrado saldo negativo em janeiro, com fechamento de 50.922 vagas. Em fevereiro, houve criação de 12.986 postos, e em março, fechamento 74.603 vagas. Em serviços, o saldo foi positivo em janeiro, com 54.844 postos. Em fevereiro, foram 138.585 vagas criadas. Em março, o número reverte e 111.767 vagas são fechadas.

O comércio foi o setor que puxou a extinção de vagas no trimestre encerrado em março, com 628 mil demissões em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2019. No entanto, as dispensas de trabalhadores ocorreram de forma disseminada entre as atividades pesquisadas, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na passagem do trimestre terminado em dezembro para o trimestre encerrado em março, houve demissões também nas atividades de outros serviços (-211 mil ocupados), indústria (-322 mil), alojamento e alimentação (-308 mil), transporte (-27 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (-68 mil), construção (-440 mil), serviços domésticos (-376 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-4 mil).

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A única exceção foi o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, com 55 mil contratações no período.

Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura perdeu 156 mil trabalhadores. A construção demitiu 138 mil, o comércio dispensou 161 mil. Alojamento e alimentação fechou 70 mil vagas, e serviços domésticos perderam 134 mil trabalhadores.

As contratações ocorreram na indústria (176 mil vagas a mais), informação, comunicação e atividades financeiras (+159 mil), transporte (+80 mil), outros serviços (+102 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+543 mil vagas).

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