A queda de 1,0% verificada na produção da indústria nacional no mês de setembro ante agosto teve perfil generalizado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maioria dos setores pesquisados registrou taxas negativas: 16 entre 27. O destaque foi o recuo de 4,8% no setor de máquinas e equipamentos, o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando no período uma perda de 8,5%.
Também contribuíram negativamente para a média da indústria as atividades de outros produtos químicos (-3,2%), alimentos (-1,9%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-10,0%), fumo (-11,7%), indústrias extrativas (-1,6%), bebidas (-2,2%), veículos automotores (-0,7%) e mobiliário (-5,3%). Na direção oposta, os setores que registraram melhor desempenho foram o farmacêutico (6,0%) e outros equipamentos de transporte (4,4%).
##RECOMENDA##Revisão
O IBGE revisou a produção industrial de agosto ante julho, de uma alta de 1,5% para uma alta de 1,7%. A taxa de julho ante junho também foi revisada, de 0,5% para 0,4%. A taxa de junho ante maio passou de 0,3% para 0,2%.
O IBGE também revisou a produção de bens de capital em agosto ante julho, de uma alta de 0,3% para uma queda de 0,4%. A taxa de julho ante junho saiu de 1,1% para 1,0%, enquanto a variação de junho ante maio passou de 1,1% para 0,9%. O número de maio ante abril saiu de -1,8% para -1,7% e o de abril ante março passou de 0,9% para 0,6%.
Subsetores bens de capital
Todos os subsetores da indústria de bens de capital registraram taxas negativas de produção na comparação com o mesmo período de 2011. Como resultado, o segmento registrou a maior queda entre as categorias de uso, um recuo de 14,1%.
O destaque foi o recuo de 9,0% na produção de bens de capital para equipamentos de transporte, devido à menor fabricação de caminhões, caminhões-trator para reboques e semi-reboques e chassis com motor para caminhões e ônibus.
As demais taxas negativas acentuadas foram verificadas em bens de capital para uso misto (-20,2%), para construção (-39,2%), para fins industriais (-9,3%), para energia elétrica (-10,3%) e agrícola (-6,0%).