Tópicos | Rússia 2018

A Colômbia demorou, mas, no fim do jogo deste sábado (24), abriu uma goleada de 3 a 0 sobre a Polônia, em jogo disputado na Arena Kazan, válido pela segunda rodada do grupo H. Com o placar, a Polônia, que era cabeça de chave, se despede da Copa do Mundo da Rússia e acumula duas derrotas.

Yerry Mina abriu o placar aos 39 minutos, em uma cobrança de escanteio com jogada envolvendo James Rodríguez e Cuadrado. Aos 70 minutos, Falcão balançou as redes e fez o segundo para o time sul-americano. O terceiro ficou por conta de Cuadrado, que aproveitou um contra-ataque e deu uma arrancada para balançar as redes.

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O jogo foi marcado por várias trombadas entre os atletas. O camisa 8 colombiano, Aguilar, se lesionou e deixou os gramados em uma maca, sendo substituído por Uribe.
    As duas seleções eram as grandes apostas do grupo H, com os poloneses como cabeças de chave, mas decepcionaram.

Os times entraram em campo pressionado, pois o perdedor se despediria da Copa do Mundo. Um empate manteria os dois, mas os deixaria afastados dos líderes, Japão e Senegal.

A Colômbia perdeu na estreia, mas se manteve viva hoje e disputará uma vaga nas oitavas de final. A terceira e última rodada ocorre na quinta-feira, dia 28: Senegal enfrenta a Colômbia às 11h, enquanto o Japão encara a Polônia. 

Da Ansa

Em jogo equilibrado, entre duas equipes obedientes taticamente, as seleções de Japão e Senegal empataram por 2 a 2 neste domingo, em Ecaterimburgo, e perderam a chance de dar um passo gigantesco rumo às oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia. A partida foi marcada por quebras de recordes dos dois lados.

Os senegaleses estiveram na frente do placar em duas oportunidades, mas não conseguiram segurar as vantagens. Craque do time, Sadio Mané marcou o primeiro e Wagué fez o segundo para se tornar o jogador mais jovem de uma seleção africana a balançar as redes em um Mundial. Ele tem 19 anos e oito meses.

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Muito pacientes, os japoneses contaram com o talento do jovem Inui, que fez o primeiro, e com a experiência de Honda. Este saiu do banco para buscar o empate e também conseguiu uma marca importante. Com o gol, o meia do Pachuca, do México, passou a ser o primeiro japonês a marcar em três Mundiais.

O resultado pode embolar o Grupo H, dependendo do resultado de Polônia e Colômbia, que se enfrentam ainda neste domingo, e deixa a decisão das vagas para a última rodada da primeira fase. Ambos somam quatro pontos, mas os japoneses lideram no momento por terem um cartão amarelo a menos que o Senegal.

Os jogos da rodada final da chave serão disputados na próxima quinta-feira, às 11 horas (de Brasília). O Japão tenta a classificação contra a Polônia, em Volgogrado, e o Senegal joga pela vaga diante da Colômbia, em Samara.

O JOGO - O primeiro tempo em Ecaterimburgo pode ser dividido em duas partes. Na primeira, os senegaleses comandaram as ações, com mais posse de bola e imposição nas jogadas ofensivas diante de um Japão fechado, e que não deixava os atacantes rivais, especialmente Mané, terem espaço.

No entanto, a seleção africana não precisou de muitas chances para chegar ao seu gol. Foram eficientes em poucas chegadas e abriram o placar com Mané, meio sem querer, aos dez minutos. O astro do Liverpool estava na hora e lugar certos e viu chute de Sabaly ser espalmado pelo goleiro Kawashima e bater em seu joelho antes de entrar.

Em desvantagem, os japoneses deixaram a timidez de lado e equilibraram as ações. Com Inui, Kagawa e Haraguchi no comando da criação das jogadas, a equipe asiática trocou vários passes e foi paciente para chegar ao empate, que veio com Inui.

Aos 33 minutos, o jovem meia foi acionado na esquerda da área e bateu colocado, com muita precisão, na rede lateral esquerda do gol, tirando qualquer possibilidade de defesa de K. N'Diaye. O gol de empate foi dedicado à princesa do Japão, Takamado, que esteve no estádio acompanhado a partida.

O cenário da etapa final não foi muito diferente em relação ao primeiro tempo. Novamente o equilíbrio deu o tom, os senegaleses foram superiores nos minutos iniciais e os japoneses na parte final. Depois de se assustar com uma bola na trave de Inui, a seleção africana respondeu rápido e voltou a ficar na frente do placar.

O gol saiu aos 25 minutos, em uma boa trama coletiva, com nova participação do lateral-esquerdo Sabaly. Ele recebeu de Mané e cruzou para a pequena área. A bola passou por Niang e chegou no lateral-direito Wagué, que acertou o gol de primeira, no alto, para recolocar o Senegal em vantagem. Aos 19 anos e oito meses, Wagué se tornou o jogador mais novo de uma seleção africana a marcar em Copas.

Bem como nos primeiros 45 minutos, o Japão mostrou resiliência e paciência para tentar o empate. O técnico Akira Nishino apostou na experiência de Honda, que entrou na vaga de Kagawa, para ter êxito na busca pela igualdade e foi recompensado. A estrela do treinador brilhou aos 32 minutos.

No lance, o goleiro K. N'Diaye saiu muito mal do gol na tentativa de cortar o cruzamento, e viu Inui cruzar para Honda, sem goleiro, empatar a partida, que seguiu equilibrada nos minutos finais e sem mais gols.

FICHA TÉCNICA:

JAPÃO 2 X 2 SENEGAL

JAPÃO - Kawashima; Sakai, Yoshida, Shoji e Nagatomo; Hasebe, Shibasaki, Inui (Usami), Kagawa (Honda) e Haraguchi (Okazaki); Osako. Técnico: Akira Nishino.

SENEGAL - K. N'Diaye; Wagué, Koulibaly, Sané e Sabaly; A. N'Diaye (Kouyaté), Gueye e B. Ndiaye (N'Doye); Mané, Sarr e Niang (Diouf). Técnico: Aliou Cissé.

GOLS - Mané, aos 10, e Inui, aos 33 minutos do primeiro tempo; Wagué, aos 25, e Honda, aos 32 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Gianluca Rocchi (Itália).

CARTÕES AMARELOS - Niang e Sabaly (Senegal); Inui e Hasebe (Japão)

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Ecaterimburgo, em Ecaterimburgo (Rússia).

A seleção inglesa alcançou neste domingo sua maior vitória em Copas do Mundo. O time comandado por Gareth Southgate passeou em campo, goleou o Panamá por 6 a 1 em Nijni Novgorod, e garantiu classificação às oitavas de final no Grupo G.

Foi a primeira vez que os ingleses marcaram mais de cinco gols em uma mesma partida de Mundial. A maioria dos gols, cinco deles, saiu no primeiro tempo. O principal destaque foi o centroavante Harry Kane, que marcou três vezes. Ele fez dois de pênalti e um outro que a bola tocou sem querer em seu calcanhar e entrou.

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Kane já havia feito dois na estreia, na vitória sobre a Tunísia por 2 a 1, e agora é o artilheiro isolado da competição com cinco gols - Lukaku, da Bélgica, e o português Cristiano Ronaldo têm quatro. Stones, com dois gols, e Lingard completaram o histórico triunfo para a Inglaterra.

A seleção panamenha, estreante em Copas do Mundo, ao menos conseguiu seu gol de honra. O zagueiro Felipe Baloy, que já passou por Grêmio e Atlético-PR, marcou de carrinho e os torcedores panamenhos no estádio comemoraram o tento como se fosse título.

O resultado deixou a equipe inglesa empatada com a Bélgica na ponta da tabela. As duas seleções somam seis pontos, têm oito gols marcados e dois sofridos. A Inglaterra, inicialmente, tem a vantagem de jogar pelo empate no duelo da próxima quinta-feira, às 15h (de Brasília), em Kaliningrado, porque tem menos cartões amarelos (2 a 3). O Panamá no mesmo dia e horário, em Saransk, faz o duelo dos eliminados com a Tunísia.

O JOGO - O Panamá chegou a assustar bem no começo da partida, com chutes de longa distância. Mas não esboçou a menor reação depois que a Inglaterra abriu o placar logo aos sete minutos. Após cobrança de escanteio do lado direito, o zagueiro Stones apareceu livre no meio da área e mandou de cabeça para as redes. Foi o terceiro gol da Inglaterra na Copa, o terceiro em escanteio.

A Inglaterra precisava tirar o saldo de gols da Bélgica e manteve a pressão. E a zaga panamenha não demonstrava o menor jeito para conter as investidas do adversário. Aos 22, Escobar derrubou Lingard na área e o juiz marcou pênalti. Kane bateu forte no ângulo direito de Penedo e ampliou.

Os panamenhos não conseguiam nem passar do meio de campo direito e viram o adversário marcar o terceiro aos 36 minutos. Lingard recebeu passe de Sterling, e acertou belo chute de fora da área no ângulo esquerdo de Penedo.

Quatro minutos depois, Kane ajeitou de cabeça, Sterling cabeceou para defesa de Penedo e na sobra o zagueiro artilheiro Stone mandou para as redes. O Panamá não se acertava em campo e conseguiu a façanha de cometer dois pênaltis em uma mesma jogada. Murillo abraçou Stones na área e Kane foi agarrado por Godoy. Kane bateu da mesma maneira, um chute forte buscando o ângulo direito do goleiro panamenho: 5 a

0.

No segundo tempo, a Inglaterra tirou o pé. Mesmo assim, meio sem querer, chegou ao sexto gol. Loftus-Cheek chutou cruzado de fora da área, a bola tocou no calcanhar de Kane, que estava em posição duvidosa, e enganou o goleiro Penedo. O árbitro de vídeo entendeu que a posição era legal e assinalou gol para o centroavante, o terceiro dele na partida e que garantiu a artilharia isolada.

Antes da saída de bola, o técnico Southgate tirou Kane de campo. O Panamá então passou a se arriscar ao ataque e chegou ao gol de honra com o zagueiro Baloy, já defendeu Grêmio e Atlético-PR. Aos 32 minutos, o jogador aproveitou cruzamento na área e desviou de carrinho para as redes.

FICHA TÉCNICA:

INGLATERRA 6 X 1 PANAMÁ

INGLATERRA - Pickford; Walker, Stones e Maguire; Trippier (Rose), Loftus-Cheek, Henderson, Lingard (Delph) e Young; Sterling e Harry Kane Vardy. Técnico: Gareth Southgate.

PANAMÁ - Penedo; Murillo, R. Torres, Escobar e Davis; Gomez (Felipe Baloy), Cooper, Godoy (Ricardo Ávila), Barcenas (Arroyo) e J. Rodríguez. Perez. Técnico: Gomez Hernan.

GOLS - Stones, aos sete, Harry Kane, aos 22, Lingard, aos 36, Stones, aos 40, e Harry Kane, aos 46 minutos do primeiro tempo; Harry Kane, aos 17, e Felipe Baloy, aos 32 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Ghead Grisha (Egito)

CARTÕES AMARELOS - Murillo e Cooper (Panamá) e Loftus-Cheek (Inglaterra)

PÚBLICO - 43.319 torcedores.

LOCAL - Nijni Novgorod Stadium - Nijni Novgorod.

A Associação de Futebol da Argentina (AFA) decidiu manter o técnico Jorge Sampaoli como treinador para a partida decisiva diante da Nigéria, terça-feira, em São Petersburgo. Os jogadores haviam se rebelado e pedido a saída do técnico após a catastrófica derrota para a Croácia por 3 a 0. Sampaoli continua. A decisão foi tomada pelo presidente Claudio Tapia e informada aos atletas neste sábado.

O encontro foi confirmado pelo volante Mascherano, que voltou a criticar a imprensa. "Tivemos uma reunião para cada um poder acrescentar seu grão de areia. Poder melhorar, buscar o objetivo de classificar para as oitavas de final. Não há muito para falar. Somos conscientes de todo o ruído que existe. Isso não ajuda nada nossa realidade. Mas é assim que é, já convivemos com isso no passado, tratamos de conviver agora com isso no presente", disse o jogador em entrevista coletiva neste domingo, em Bronitsy, nos arredores de Moscou. O presidente da AFA participou da coletiva.

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Para o jogo decisivo, a Argentina precisa vencer a Nigéria e torcer para a Islândia não vencer a Croácia. Se os islandeses vencerem, os argentinos dependem do saldo de gols. Um dos líderes da equipe, Mascherano tentou minimizar a crise e classificou como "normal" o relacionamento com o treinador. Mas confirmou as reclamações.

"A relação com o técnico é totalmente normal. O que acontece é que quando sentimos incômodos dentro do campo, falamos para o técnico. É a coisa mais normal do mundo. É uma coisa em busca do coletivo. Somos 23 pessoas, estamos todos buscando pelo coletivo, não pelo individual. Inclusive quem não está jogando."

Depois de ter passado sufoco para conseguir se classificar à Copa da Rússia, conseguindo a vaga no último jogo das Eliminatórias Sul-Americanas, a Argentina empatou com a Islândia na estreia - resultado que pode ser considerado como uma zebra - e perdeu para a Croácia de maneira contundente.

"Não estamos aqui dando desculpas. Se o time não funciona, os responsáveis somos nós. Os responsáveis são os jogadores. Temos isso claro. E também está claro que todo este ruído não ajuda. Por isso tratamos de vir aqui, sermos o mais claros possível, em todos os aspectos. Para nós chegam coisas de todos os lados, e uma hora você precisa dizer: "Para, chega", porque isso é uma loucura", desabafou Mascherano.

O jogador sueco Jimmy Durmaz foi vítima de insultos e comentários racistas, e até mesmo ameaças de morte, depois de cometer a falta que permitiu a Toni Kroos marcar nos acréscimos para a vitória alemã por 2-1 sobre a seleção escandinava.

A conta no Instagram do jogador de 29 anos recebeu esses comentários após o jogo. Durmaz, que joga no Toulouse, nasceu na Suécia de pais emigrados da Turquia.

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Os companheiros de Durmaz não demoraram em sair em defesa do jogador de futebol.

"Ninguém pode culpar uma pessoa. Você ganha como um time e você perde como um time", declarou o meia Albin Ekdal ao jornal Aftonbladet.

"Ele correu e lutou durante toda a partida. Foi azar. É totalmente idiota atacá-lo por isso", acrescentou o atacante John Guidetti.

Durmaz disse que é comum receber tais ataques nas redes sociais.

"Se você viveu isso toda a sua vida, não dá importância. Estou orgulhoso de representar o meu país", ressaltou.

Comentaristas esportivos do país também saíram em defesa do jogador.

"Há pessoas enlouquecidas abertamente racistas contra Jimmy Durmaz depois depois de uma partida de futebol, e isso diz muito sobre o mundo em que vivemos, infelizmente", escreveu o jornalista Patrick Ekwall no Twitter neste domingo.

Durmaz também recebeu mensagens de apoio em sua conta no Instagram, de outros fãs que o defenderam.

A Suécia, que soma 3 pontos após dois jogos, vai disputar sua vaga nas oitavas da Copa do Mundo na quarta-feira contra o México (6 pontos), em Ekaterinburgo, no terceiro e último dia do Grupo F.

A Nigéria venceu pela primeira vez na Copa do Mundo da Rússia nesta quinta-feira. Em Volgogrado, a seleção africana fez a festa de sua torcida e da Argentina ao passar pela Islândia por 2 a 0, resultado que a deixa mais próxima da vaga às oitavas de final e aumenta a esperança do time sul-americano na briga.

Quem também comemorou o placar foi a Croácia, que já estava classificada e se aproximou de garantir a liderança do Grupo D, em que tem seis pontos. A segunda colocação é justamente da Nigéria, com três, enquanto Islândia e Argentina somam apenas um, mas seguem na briga por vaga.

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Na última rodada, a Croácia depende de um empate contra a Islândia, terça-feira, em Rostov, para passar como líder, enquanto os islandeses precisam vencer. Na outra partida, a Argentina tem que bater a Nigéria em São Petersburgo, no mesmo dia, e torcer contra os islandeses para avançar. Aos nigerianos, até um empate pode bastar, desde que a Islândia não derrote a Croácia por dois gols de diferença.

O triunfo nigeriano foi fruto da inspiração de Musa, atacante que marcou dois belos gols no segundo tempo. Foi na etapa final, aliás, que a equipe africana acordou, após um primeiro tempo em que sequer finalizou ao gol e viu os islandeses imporem seu estilo de jogo.

Nos pés de seu principal jogador, a Islândia levou perigo em duas oportunidades nos minutos iniciais. Gylfi Sigurdsson exigiu boas defesa de Uzoho em cobrança de falta e em finalização da meia-lua. Mas parou nisso. Os europeus tinham muita dificuldade na criação e limitavam-se a tentar em cruzamentos para a área, com os pés ou em arremessos laterais.

Mesmo sem levar perigo, ainda eram superiores à Nigéria, que insistia em jogadas pela direita com Moses e terminou o primeiro tempo sem um chute a gol. Os islandeses, menos piores, assustaram em duas oportunidades pelo alto. Aos 44, com Finnbogason, e dois minutos mais tarde, com Bodvarsson.

O técnico Gernot Rohr deve ter dado um chacoalhão em seus comandados, porque a Nigéria voltou completamente diferente do intervalo e marcou logo aos três minutos, aproveitando contragolpe justamente após arremesso lateral adversário para a área. Iheanacho ficou com a sobra e abriu rapidamente com Moses, que avançou com espaço e cruzou para Musa. O atacante dominou com estilo e fuzilou para a rede.

O gol obrigou a Islândia e se lançar mais ao ataque, e aí os europeus mostraram claro desconforto. Sem criatividade, apenas deram mais espaços aos contragolpes nigerianos. Aos 11, Ndidi recebeu com liberdade e arriscou de fora, parando em Halldorsson. Aos 20, foi a vez de Moses tentar e jogar rente à trave.

O domínio nigeriano se tornou amplo. Com posse de bola e muito mais qualidade, atacou a Islândia de todas as formas e passou a acumular chances perdidas. Aos 26, Balogun aproveitou escanteio da direita e testou por cima. Dois minutos mais tarde, Musa recebeu na área e chutou com estilo, no travessão.

Mas não demoraria para o atacante do CSKA Moscou voltar às redes. No minuto seguinte, ele recebeu pela esquerda, passou como quis por Arnason e ainda driblou o goleiro antes de marcar.

Quando tudo parecia definido, a defesa nigeriana se complicou e deu vida nova à Islândia. Aos 35 minutos, errou na saída de bola, Ebuehi atropelou Finnbogason e o árbitro, auxiliado pelo VAR, assinalou pênalti. Gylfi Sigurdsson bateu por cima. Finnbogason ainda teve uma última grande chance, mas o dia não era mesmo da seleção europeia.

 

FICHA TÉCNICA:

NIGÉRIA 2 X 0 ISLÂNDIA

NIGÉRIA - Uzoho; Omeruo, Ekong e Balogun; Moses, Etebo (Iwobi), Mikel, Ndidi e Idowu (Ebuehi); Musa e Iheanacho (Ighalo). Técnico: Gernot Rohr.

ISLÂNDIA - Halldorsson; Saevarsson, Ragnar Sigurdsson (Ingason), Arnason e Magnusson; Gunnarson (Skulason), Gislason, Bjarnason e Gylfi Sigurdsson; Bodvarsson (Sigurdarson) e Finnbogason. Técnico: Heimir Hallgrimsson.

GOLS - Musa, aos três e aos 29 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Matt Conger (Fifa/Nova Zelândia).

CARTÕES AMARELOS - Idowu (Nigéria).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Volgogrado, em Volgogrado (Rússia).

Com um gol aos 46 minutos do segundo tempo e outro aos 51, o Brasil derrotou a Costa Rica por 2 a 0 e assumiu a liderança provisória do grupo E da Copa do Mundo de 2018.

A vitória, no entanto, não esconde a má atuação do time de Tite, que sofreu contra uma defesa bem postada e um Keylor Navas em tarde inspirada.

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Em determinado momento, o Brasil estava em campo com Philippe Coutinho, Neymar, Douglas Costa, Roberto Firmino e Gabriel Jesus, mas o placar só foi aberto aos 46 do segundo tempo: Marcelo levantou na área, Firmino ajeitou de cabeça para Jesus, porém a bola sobrou para Coutinho, que empurrou para a rede.

Depois, já aos 51, Douglas Costa encontrou Neymar sozinho dentro da área, e o atacante do PSG ampliou. O craque, que fazia uma partida ruim e tentara cavar um pênalti no segundo tempo, desabou e caiu no choro após o apito final.

A vitória coloca o Brasil na liderança provisória do grupo E da Copa, com quatro pontos, mas Sérvia, com três, e Suíça, com um, ainda jogam nesta sexta-feira (22).

Para Tite, um motivo de preocupação passa a ser os cartões amarelos: tanto Neymar quanto Coutinho estão pendurados e correm risco de desfalcar o Brasil em um eventual duelo de oitavas de final, que pode ser inclusive contra a Alemanha.

O próximo jogo da seleção será no dia 27 de junho, contra a Sérvia, às 15h.

Da Ansa

A seleção brasileira sofreu uma baixa de última hora para o duelo com a Costa Rica, sexta-feira, pela segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo da Rússia. O lateral-direito Danilo sofreu lesão no quadril durante o treino desta quinta, na Arena Zenit, em São Petersburgo, e foi vetado pelo departamento médico. A sua vaga será ocupada por Fagner.

A ideia de Tite, confirmada nos últimos treinos e na entrevista coletiva desta quinta, era repetir a mesma formação que empatou com a Suíça por 1 a 1, domingo, na estreia brasileira na Copa. Mas, com a lesão de Danilo, isso se tornou impossível. Assim, a equipe que vai encarar a Costa Rica terá: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Gabriel Jesus e Neymar.

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Danilo se queixou de dores durante o treinamento desta quinta, o que levou a realização de exames, que confirmaram uma lesão muscular na região do quadril direito do lateral do Manchester City. Ainda não há informações sobre a gravidade da lesão do jogador.

"Sem condições de jogo, Danilo iniciará tratamento com a fisioterapia e seguirá em observação pelo departamento médico da seleção", afirmou a assessoria de imprensa da CBF.

A partida deste domingo será a primeira de Fagner em uma Copa do Mundo. E o lateral precisará lidar com um período de quase dois meses sem jogar, pois não entra em campo desde 29 de abril, quando se lesionou ainda durante o primeiro tempo da derrota do Corinthians por 1 a 0 para o Atlético Mineiro, pelo Campeonato Brasileiro.

Com uma atuação para relembrar a épica campanha de 1998, a Croácia derrotou a Argentina por 3 a 0 e garantiu uma vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo. Já a Albiceleste ficou à beira de uma eliminação precoce, após uma jornada apagada do craque Lionel Messi.

Os gols croatas foram marcados todos no segundo tempo, com grande contribuição do goleiro Willy Caballero, escalado por Jorge Sampaoli apesar dos apelos quase unânimes em defesa de Franco Armani.

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Aos oito minutos, o arqueiro argentino rebateu uma bola para o alto dentro da área, e Rebic emendou de primeira, marcando um golaço. Aos 35, Luka Modric, craque do Real Madrid, acertou um belo chute de fora da área e ampliou. Aos 46, a Croácia tocou como quis dentro da área argentina, e Rakitic, do Barcelona, fechou a conta.

Com a vitória, a Croácia chegou a seis pontos e garantiu uma vaga nas oitavas de final pela primeira vez desde 1998, quando terminou na terceira colocação. Já a Argentina fica no aguardo da partida entre Islândia e Croácia, nesta sexta (22).

Se os nórdicos ganharem, um empate de cavalheiros com a Croácia pode lhes dar a segunda posição no grupo, ainda que a Argentina bata os africanos. Se a Nigéria vencer, no entanto, a Albiceleste pode ter mais chances de chegar à próxima fase.

Da Ansa

Antes de iniciar o último treino preparatório para o segundo jogo da Copa do Mundo da Rússia, o técnico Tite anunciou hoje (21) a escalação da seleção brasileira que enfrentará a Costa Rica, em São Petersburgo. O Brasil entrará em campo com o mesmo time que começou a partida de estreia: Alisson, Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus. No próximo jogo, o zagueiro Thiago Silva usará a braçadeira de capitão, mantendo o rodízio adotado por Tite.

A escalação da equipe brasileira foi anunciada em entrevista coletiva do técnico, na Arena Zenit, em São Petersburgo, palco da partida válida pela segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo. O técnico cobrou uma boa atuação de seus comandados e afirmou que foram feitos ajustes táticos para buscar a primeira vitória na Copa da Rússia. "[É preciso] ser efetivo. Transformar as oportunidades em gol. Continuar proporcionando muito poucas oportunidades ao adversário. Eu também estava na expectativa do primeiro jogo. Hoje, já tem foco maior, abstração maior. Alguns ajustes, vamos continuar fazendo, de posicionamento", argumentou.

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Para o zagueiro brasileiro, sua atuação em campo não depende de ser ou não o capitão do time. “Fico bastante tranquilo. É dar o máximo para a seleção brasileira, independentemente de estar com a braçadeira ou não. A gente consegue dividir essa responsabilidade dentro de campo. Temos características diferentes, mas estamos muito bem servidos [de líderes]”, afirmou.

Thiago Silva era o capitão brasileiro no Mundial de 2014, quando seleção foi eliminada pela Alemanha, pelo placar de 7 x 1. Para Tite, o zagueiro teve maturidade para recuperar seu espaço no time após o vexame na Copa do Mundo do Brasil. “Se pegássemos todo mundo que foi criticado na última Copa do Mundo, teríamos terra arrasada. E a vida, o futebol não são assim. Coloquei, coerentemente, que havia uma série de atletas com maturidade suficiente para continuar esse rodízio. Thiago é um deles. Quando ele buscou titularidade, não foi por nível baixo. Os três estavam jogando muito. Tem maturidade suficiente para saber da necessidade de resultado, mas antes a necessidade de desempenho”, afirmou.

A seleção fez, nesta tarde, um treino de reconhecimento do estádio. Seguindo o protocolo da Fifa, a atividade foi cronometrada: uma hora exata de treinamento. Tite comandou um trabalho tático que ele chama de “treino fantasma”: os 11 titulares atuam sozinhos, mas recebem orientações de posicionamento e movimentação. Na segunda parte, enquanto os reservas faziam o mesmo trabalho com os auxiliares do técnico, os titulares treinaram as bolas paradas.

Costa Rica

O time da Costa Rica para enfrentar o Brasil terá uma mudança na lateral esquerda em relação à formação que perdeu para a Sérvia, na abertura do Grupo E da Copa da Rússia. “A única variação será Oviedo no lugar de Calvo. A estrutura será mantida, pensando em um jogo aberto”, disse o técnico da Costa Rica, Óscar Ramírez. A Costa Rica terá Navas, Gamboa, Acosta, González, Duarte e Oviedo; Venegas, Borges, Guzmán e Ruiz; e Ureña.

Na entrevista, Ramírez disse que se conformaria com o empate, mas que gostaria de ver a Costa Rica com chances de vencer o Brasil. “Eles, às vezes, deixam o setor defensivo para buscar o contra-ataque, e isso pode nos dar o momento oportuno de ganhar”, avaliou. O técnico adiantou que sua equipe vai marcar a seleção brasileira por zona, com atenção especial no atacante Neymar, que classificou como um jogador “habilidoso e com recursos espetaculares”.

Ramírez elogiou a preparação da seleção brasileira e sinalizou que seu time não vai apelar às faltas violentas para conter os brasileiros. “Não gostaria que houvesse faltas duras ou outros problemas. Acho que existem outras formas, e os garotos sabem disso”, disse. A seleção da Costa Rica também fez hoje reconhecimento de gramado, no Estádio Krestovsky.

A partida Brasil x Costa Rica está marcada para as 9h (horário de Brasília) desta sexta-feira, em São Petersburgo. O Brasil soma um ponto do empate em 1 x 1 com a Suíça, e a Costa Rica ainda não pontuou.

*Com informações da CBF e da Agência EFE

A França se tornou a terceira seleção garantida com antecipação nas oitavas de final da Copa do Mundo ao derrotar o Peru nesta quinta-feira, em Ecaterimburgo. Com boa atuação no primeiro tempo, a seleção europeia confirmou o favoritismo e levou a melhor com um magro 1 a 0, gol de Mbappé. Pior para os peruanos, que estão eliminados.

O resultado garantiu os franceses entre os dois melhores do Grupo C da Copa. A seleção chegou aos seis pontos, dois à frente da Dinamarca, com quem brigará pela liderança da chave na última rodada, terça que vem, em Moscou. O Peru está na lanterna e tentará somar seu primeiro ponto no torneio em sua despedida, diante dos australianos, também na terça, em Sochi.

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Se não foi brilhante, a França contou com ótima atuação de Griezmann e Mbappé na primeira etapa para garantir o triunfo. O atacante do Paris Saint-Germain se tornou o mais jovem francês da história a marcar um gol em Copas do Mundo, com 19 anos, ultrapassando Trezeguet, que tinha 20 quando balançou a rede em 1998.

No segundo tempo, os franceses trataram de se fechar na defesa em busca de um contra-ataque, que não saiu. Ao menos, não levaram pressão do Peru, que até tentou, mas não conseguiu criar. Titular pela primeira vez em uma Copa, Guerrero teve uma chance na etapa inicial, mas falhou. Para piorar, foi quem iniciou a jogada do gol de Mbappé ao perder a bola na defesa.

O início peruano, porém, foi animador. Como diante da Dinamarca, o time cumpriu a promessa de seu técnico e partiu para cima. Mas, rapidamente, os atacantes franceses encontraram espaço na defesa adversária para criar. Aos 10, Griezmann aproveitou sobra e ficou em ótimas condições, mas pegou mal e jogou para fora. Cinco minutos depois, Giroud fez bem o pivô e ajeitou para o atacante do Atlético de Madrid, que finalizou em cima de Gallese.

Griezmann e Mbappé encontravam muito espaço nas costas dos volantes peruanos, o que só mudou quando o time sul-americano conseguiu ficar com a posse de bola. E em sua primeira grande oportunidade, quase abriu o placar aos 30. Cueva avançou pela esquerda e tocou no meio para Guerrero, que se antecipou a Umtiti, dominou e bateu firme, mas em cima de Lloris.

Depois de quase dar a liderança ao Peru, Guerrero se tornou "vilão" três minutos mais tarde. Ele foi antecipado na intermediária defensiva por Pogba e gerou contra-ataque, que os franceses aproveitaram bem. Giroud foi acionado em velocidade e bateu travado por Rodríguez, mas a bola encobriu Gallese e ficou para Mbappé tocar para o gol vazio, aos 33 minutos.

O gol fez o Peru se lançar ao ataque, e aí a França teve ainda mais espaços para avançar. Só não marcou mais um porque a grande chance caiu nos pés errados. O lateral Hernández ficou com a bola livre na área, após grande jogada de Mbappé e Griezmann, e bateu em cima de Gallese.

Precisando reagir, Gareca voltou com mudanças no segundo tempo e colocou a seleção peruana para frente. Farfán entrou na vaga de Yotún e, logo na primeira participação, ajeitou para Aquino encher o pé de fora da área, na trave. Aos 16, foi Carillo quem teve liberdade para arriscar de longe e jogou por cima.

O Peru mantinha a posse, encurralava a França, mas não conseguia encontrar uma forma de entrar na área adversária. O desespero e o cansaço tomaram conta da seleção, que tentava em lançamentos longos e cruzamentos para a área. Na base da insistência, ainda fez uma pressão nos minutos finais, mas a zaga francesa se comportou bem e garantiu o triunfo.

 

FICHA TÉCNICA:

FRANÇA 1 X 0 PERU

FRANÇA - Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Lucas Hernández; Kanté, Pogba (Nzonzi) e Matuidi; Mbappé (Dembélé), Griezmann (Fekir) e Giroud. Técnico: Didier Deschamps.

PERU - Gallese; Advíncula, Christian Ramos, Alberto Rodríguez (Santamaría) e Trauco; Aquino, Yotún (Farfán), Carrillo, Cueva (Ruidíaz) e Édison Flores; Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca.

GOL - Mbappé, aos 33 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Mohammed Abdulla Mohammed (Fifa/Emirados Árabes Unidos).

CARTÕES AMARELOS - Matuidi, Pogba (França); Paolo Guerrero, Aquino (Peru).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Ecaterimburgo, em Ecaterimburgo (Rússia).

A Espanha espantou a zebra e o "fantasma" da Copa de 2014 ao conquistar uma suada vitória sobre o Irã por 1 a 0, nesta quarta-feira, em Kazan. Um gol de Diego Costa, com a ajuda da defesa iraniana, manteve os campeões mundiais de 2010 na briga pela classificação e pela primeira posição do Grupo B da Copa do Mundo da Rússia.

O gol veio no início da segunda etapa, após boa dose de sofrimento e frustração no primeiro tempo, diante da retranca do rival. Depois de abrir vantagem, a Espanha ainda precisou superar sustos em sua defesa. O limitado Irã chegou a marcar o gol de empate, devidamente anulado, por impedimento.

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O primeiro triunfo espanhol em solo russo afastou o risco de queda precoce na Copa, como aconteceu há quatro anos, no Brasil. E também deixou a chave embolada. Espanha e Portugal estão empatados em praticamente todos os quesitos, ambos com quatro pontos. Os espanhóis ocupam o primeiro lugar por conta do número de cartões amarelos. O Irã é o terceiro, com três, e o Marrocos, já eliminado, segue sem pontuar.

A Espanha encerrará sua participação no Grupo B, em busca da classificação, contra o Marrocos na próxima segunda-feira, em Kaliningrado. O Irã vai duelar com Portugal no mesmo dia, em Saransk.

O JOGO - Depois do empate com Portugal na estreia, a Espanha entrou em campo com uma formação mais ofensiva nesta quarta. Fernando Hierro trocou Koke por Lucas Vázquez. E fez um ajuste na defesa ao devolver Carvajal, poupado na estreia por estar se recuperando de lesão, para a lateral direita.

Hierro sabia que sua seleção iria encarar uma retranca complicada em Kazan. E a Espanha precisou de poucos segundos em campo para perceber que o Irã iria se defender com até seis jogadores na primeira linha defensiva. E que teria até 11 jogadores atrás da linha da bola.

O resultado foi um duelo franco entre ataque e defesa, em que o Irã levou a melhor durante todo o primeiro tempo ao congestionar sua área e a intermediária. Para ajudar, os espanhóis exibiram afobação de forma precoce no jogo, gerando erros bobos e jogadas mais óbvias.

A Espanha também sofria por priorizar as jogadas pelo meio, em detrimento dos laterais. Iniesta tinha pouca mobilidade e David Silva desperdiçava as raras oportunidades no ataque. A primeira surgiu aos 24, em cobrança de falta. O goleiro Beiranvand defendeu com facilidade.

Cinco minutos depois, o meia do Manchester City tentou um chute meio atrapalhado enquanto girava, quase na pequena área. Mandou por cima do travessão. E, aos 46, em sua melhor chance, encheu o pé de fora da área. Mas viu a bola desviar na defesa e passar perto da trave direita do goleiro iraniano.

O Irã, estacionado na defesa, tentou lances esparsos de contra-ataque no início da partida. E, a partir dos 30, permaneceu no ataque por raros minutos, o que não foi aproveitado pela Espanha como contragolpe.

Para o segundo tempo, Hierro manteve a confiança em seus titulares e evitou mudanças. Ele quase foi premiado nos primeiros minutos, quando Piqué e Vázquez perderam grandes chances. Em uma etapa mais movimentada, o Irã buscou o ataque e quase abriu o placar aos 7, com Karim Ansarifard, dando um susto na defesa europeia.

Os espanhóis foram do susto à festa em apenas um minuto. Numa rápida trama no ataque, a bola sobrou para Diego Costa na defesa iraniana. O zagueiro tentou tirar, mas bateu em cima do atacante, que viu a bola morrer no fundo das redes.

Em desvantagem, o Irã passou a buscar o ataque. Levou perigo aos 14 e até balançou as redes dois minutos depois. Mas o árbitro assinalou correto impedimento de Ezatolahi, que comemorava o gol com toda a delegação iraniana quando o lance já estava anulado.

Passado o novo momento de apreensão na defesa, a Espanha acalmou o jogo e passou a administrar a vantagem. O Irã teve mais uma boa chance de gol, aos 36, mas não converteu. E os favoritos confirmaram a primeira vitória na competição.

 

FICHA TÉCNICA:

IRÃ 0 x 1 ESPANHA

IRÃ - Beiranvand; Ramin, Hosseini, Pouraliganji e Hajsafi (Mohammadi); Omid, Ezatolahi, Karim (Jahanbakhsh), Mehdi, Amiri (Ghoddos); Sardar. Técnico: Carlos Queiroz.

ESPANHA - De Gea; Carvajal, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Lucas Vázquez (Asensio), Iniesta (Koke), Isco e David Silva; Diego Costa (Rodrigo). Técnico: Fernando Hierro.

GOL - Diego Costa, aos 8 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Amiri, Omid.

ÁRBITRO - Andrés Cunha (Fifa/Uruguai).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Arena Kazan, em Kazan (Rússia).

A seleção brasileira treinou com a presença de Neymar nesta quarta-feira, em Sochi. O atacante havia sido poupado da atividade da terça por ter sentido dores no tornozelo direito, porém, como havia programado a comissão técnica, conseguiu repousar e integrar o trabalho comandado pelo técnico Tite no campo de treinos da seleção, na última atividade antes da viagem para São Petersburgo, onde encara a Costa Rica pela Copa do Mundo na sexta.

A CBF divulgou imagens do treino nas redes sociais. Toda a movimentação foi sem a presença dos jornalistas. Neymar trabalhou com a mesma proteção no tornozelo direito que tem utilizado durante a preparação para a Copa da Rússia e integrou o grupo em todo a atividade. Tite organizou a tática para o jogo com a Costa Rica, na sexta-feira, e vai finalizar a preparação com um outro treino na quinta, já no estádio onde a partida será realizada.

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Na terça-feira, Neymar saiu mais cedo do treino da seleção. O atacante sentiu o tornozelo durante o aquecimento, uma roda de bobinho com os demais titulares. As dores fizeram o camisa 10 fazer careta, reclamar e sair de campo irritado. No caminho até o vestiário, ele chutou uma bola para longe e deixou o gramado mancando, sob a companhia do fisioterapeuta da seleção Bruno Mazziotti.

A comissão técnica explicou que o problema no tornozelo direito de Neymar não tem ligação com a cirurgia no pé direito realizada em março para corrigir uma fratura. O problema atual é apontado como fruto de faltas recebidas na estreia da seleção na Copa do Mundo, o empate em 1 a 1 com a Suíça, em Rostov. De acordo com as estatísticas da partida, o atacante sofreu dez faltas dos suíços.

A seleção tem se preocupado com o estado físico de Neymar, assim como o grande volume de faltas que ele recebe. Apesar de a recuperação da cirurgia ser considerada um sucesso, o técnico Tite admite que o jogador só estará na plenitude de forma física a partir das oitavas de final da Copa do Mundo.

O Uruguai precisou suar mais do que o esperado, mas venceu a Arábia Saudita nesta quarta-feira e definiu a situação do Grupo A da Copa do Mundo com uma rodada de antecedência. Graças à estrela de Luis Suárez, a seleção sul-americana passou pelo adversário com um magro 1 a 0, em Rostov, e se juntou à anfitriã Rússia como já garantidos da chave nas oitavas de final.

Se técnica e taticamente o Uruguai voltou a decepcionar, como na vitória da estreia sobre o Egito, também por 1 a 0, desta vez teve a celebrar mais um gol de Luis Suárez. E este bastante especial. Afinal, o atacante do Barcelona fez sua centésima partida com a camisa da seleção.

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Suárez não mostrou a qualidade e o apetite costumeiros, mas aproveitou erro grave do goleiro adversário para marcar o único gol, seu 52.º pela seleção, da qual é o maior artilheiro da história. Além disso, o atacante se tornou o primeiro uruguaio da história a marcar em três Copas diferentes, repetindo o que havia feito em 2010, na África do Sul, e em 2014, no Brasil.

Os números de Suárez só não mascaram a nova atuação decepcionante do Uruguai, mas que se provou eficiente. Com dois gols marcados e nenhum sofrido em dois jogos, a seleção tem seis pontos no Grupo A e está garantida nas oitavas. Diante da Rússia na última rodada, segunda-feira, em Samara, precisa da vitória para passar como líder da chave. No mesmo dia, em Volgogrado, Egito e Arábia se enfrentam no duelo de eliminados.

Já no começo, o jogo desta quarta não aconteceu da forma que a torcida uruguaia esperava. Carlos Sánchez e Cristian Rodríguez, escalados nas vagas de Arrascaeta e Nández, eram pouco mais participativos do que seus antecessores foram na estreia, o que fez com que o Uruguai seguisse insistindo na ligação direta. Para piorar, a defesa cedia alguns espaços, principalmente pelo lado esquerdo, que a Arábia só não aproveitava por causa de sua baixa qualidade técnica.

Aos poucos, porém, Sánchez e Rodríguez encontraram terreno nas costas dos laterais. E em uma destas investidas, Rodríguez conseguiu o escanteio que originaria o primeiro gol uruguaio. Sánchez cobrou, o goleiro Alowais errou de forma crassa, e Suárez aproveitou na pequena área para empurrar para a rede, aos 22 minutos.

Parecia o necessário para que o Uruguai finalmente exercesse sua superioridade. Quando Cavani foi acionado na área apenas dois minutos mais tarde, e só não marcou porque acabou travado na hora certa, o esperado "passeio" ficou mais próximo da realidade. Mas parou aí. O time voltou a cometer os mesmos erros na saída de bola, a Arábia ganhou o campo de ataque e, mais uma vez, só não incomodou porque esbarrou nas próprias pernas.

Logo na volta para o segundo tempo, Suárez levou perigo em cobrança de falta, mas rapidamente o jogo caiu no marasmo da etapa inicial e as falhas voltaram a ser apresentadas. O técnico Óscar Tabárez tentou resolver o problema do distanciamento entre volantes e meias com as entradas de Lucas Torreira e Laxalt nas vagas de Vecino e Rodríguez, respectivamente.

As mudanças pouco melhoraram a equipe. Suárez tentava algo de diferente ao buscar jogo na intermediária, mas as chegadas uruguaias se limitavam aos cruzamentos para a área e os chutes de longe. Em um lance fortuito, a finalização torta de Torreira encontrou a cabeça de Cavani e quase foi para a rede, aos 34 minutos. O mesmo Cavani brigou aos 40 minutos e ficou livre na área, mas bateu em cima do goleiro no último momento de perigo da partida.

 

FICHA TÉCNICA:

URUGUAI 1 X 0 ARÁBIA SAUDITA

URUGUAI - Muslera; Varela, José Giménez, Godín e Cáceres; Vecino (Lucas Torreira), Bentancur, Carlos Sánchez (Nández) e Cristian Rodríguez (Laxalt); Luis Suárez e Edinson Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

ARÁBIA SAUDITA - Mohammed Alowais; Osama Hawsawi, Ali Albulayhi, Mohammed Alburayk e Salman Alfaraj; Hatan Bahbri (Mohamed Kanno), Yasser Alshahrani, Abdullah Otayf, Taiseer Aljassam (Hussain Almoqahwi), Salem Aldawsari; Fahad Almuwallad (Alsahlawi). Técnico: Juan Antonio Pizzi.

GOL - Luis Suárez, aos 22 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Clement Turpin (Fifa/França).

CARTÕES AMARELOS - Não houve.

PÚBLICO - 42.678 torcedores.

LOCAL - Arena Rostov, em Rostov (Rússia).

A Rússia está praticamente classificada à próxima fase da Copa do Mundo. Os donos da casa venceram o Egito com autoridade por 3 a 1 em São Petersburgo, nesta terça-feira, e estão muito próximos de se confirmarem como a primeira seleção nas oitavas de final. Para que isso aconteça, basta que o Uruguai derrote a Arábia Saudita nesta quarta-feira no fechamento da segunda rodada do Grupo A do Mundial.

Depois de vencer os árabes na estreia por 5 a 0, os russos mostraram novamente grande poder ofensivo. Foram oito gols em dois jogos. Desde 1970, quando ainda era União Soviética, a Rússia não vencia dois jogos seguidos em uma Copa do Mundo. Naquela ocasião, superou Bélgica e El Salvador, na fase de grupos. Assim que o árbitro apitou o final, a arena entrou em festa nas arquibancadas e no gramado.

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O Egito, por outro lado, está praticamente fora do Mundial. As chances de classificação são muito remotas. O time africano precisa torcer para a Arábia Saudita vencer os uruguaios. Dessa forma, teria de tirar uma grande desvantagem no saldo de gols na última rodada do Grupo A. Depois de encerrar um jejum de 28 anos sem disputar uma Copa, Egito deve cair na primeira fase.

A queda precoce representa grande frustração para o atacante Mohamed Salah, autor do gol egípcio. Depois de se contundir na final da Liga dos Campeões, o atacante realizou tratamento intensivo para se recuperar de uma lesão no ombro para jogar a Copa. Ele fez sua estreia nesta terça-feira, mas não conseguiu evitar o drama africano. Sua atuação foi apenas razoável.

O estádio de São Petersburgo, o mais caro da Copa, com investimentos de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 4,8 bilhões). Viu uma grande festa das duas torcidas. O Egito usou e abusou de várias cornetas e conseguiu um efeito impressionante. As vuvuzelas, que fizeram sucesso na África 2010, estão de volta com uma versão tão estridente quanto às originais. Os russos responderam com o apoio da maioria do estádio da Arena Zenit, em São Petersburgo, o estádio mais caro deste Mundial.

A primeira grande chance do Egito foi com Trezeguet, que puxou para a perna direita e bateu colocado, perto do gol russo. A grande esperança pela estreia de Salah na Copa foi frustrada no primeiro tempo. Sem ritmo de jogo, a grande esperança egípcia teve muitas dificuldades para sair da marcação russa. Seu grande lance na etapa inicial foi um chute de fora da área, à esquerda do goleiro.

A Rússia conseguiu repetir a boa atuação da estreia, quando venceu a Arábia Saudita. Bem organizada do meio para a frente, a equipe conseguiu criar chances a partir, principalmente, da jogada aérea. Faltou ao time inspiração para jogadas individuais para furar o bloqueio egípcio. O primeiro tempo foi equilibrado, interessante, mas morno em São Petersburgo.

A Rússia conseguiu abrir o placar em uma jogada esquisita. O goleiro El Shenawy saiu de soco, mas a bola sobrou para Zobnin. O camisa 11 chutou meio sem jeito e Fathi tentou cortar a bola, mas conseguiu mandar contra o próprio gol ainda mais sem jeito.

A vantagem no placar deu confiança para os donos da casa e escancarou a fragilidade da defesa egípcia. O brasileiro naturalizado russo Mario Fernandes fez uma grande jogada na linha de fundo e cruzou para Cheryshev marcar. Foi o seu terceiro gol em dois jogos.

Três minutos depois, a Rússia transformou a vitória em "passeio". Agora foi a vez de Dzyuba fazer uma jogada de craque. Ele dominou no peito, driblou o zagueiro e tocou no canto. Ele completou dois gols em dois confrontos na Copa.

Desesperado, o Egito se abriu, trocou volantes por meias e foi ao ataque. Com a ajuda do árbitro de vídeo, o paraguaio Enrique Caceres marcou pênalti em Salah, que ele mesmo converteu. É o primeiro do craque nesta Copa, mas agora ele se vê praticamente fora do Mundial.

FICHA TÉCNICA

RÚSSIA 3 X 1 EGITO

RÚSSIA - Akinfeev; Mario Fernandes, Kutepov, Ignashevich e Zhirkov (Kudriashov); Samedov, Zobnin, Golovin, Gazinskii e Cheryshev (Kuziaev); Dzyuba (Smolov). Técnico: Stanislav Cherchesov (Rússia).

EGITO - El Shemany; Fathi, Ali Gabr, Hegazy e Abdelshafy; Trezeguet (Sobhy), Elneny (Warda), Tarek Hamed e Salah; Mohsen (Kharaba). Técnico: Hector Cúper.

GOLS - Fathi (contra), a 1 minuto do segundo tempo; Cheryshev, aos 13, Dzyuba, aos 16, e Salah, aos 27 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Trezeguet e Smolov.

ÁRBITRO - Enrique Caceres (Paraguai).

PÚBLICO - 64.468 pagantes.

LOCAL - Arena Zenit, em São Petersburgo (RUS).

Itália, Espanha e França sentem na pele o peso de defender seu título, e fracassar no mundial seguinte. Nesta copa do mundo de 2018, a Alemanha tenta defender seu título mundial, e buscar o pentacampeonato. Porém, existe uma situação que pode colocar os alemães em perigo.

Desde a França campeã do mundo em 1998, todos os campeões mundiais (exceto o Brasil em 2002), acabaram caindo na primeira fase no mundial seguinte, além disso, a Itália e a Espanha também passaram por isso. A Alemanha começou perdendo para o México, por 1 x 0. É bom abrir o olho. Veja como foram seus colegas de continentes.

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França 2002 - Uma seleção que dominava o mundo desde o título de 1998, a França era, de longe, uma das favoritas a conquistar o mundial em 2002, disputada na Coréia e no Japão. Além da Copa, conquistaram a Eurocopa (2000) e a Copa das Confederações (2001). Porém, o craque da seleção Zinedine Zidane sofreu um estiramento na coxa, o tirando dos dois primeiros jogos do mundial. A França sentiu muito a ausência de seu camisa 10.

Perdeu para Senegal por 1x0 na estreia. Foi para o segundo jogo contra o Uruguai, jogo esse marcado por confusões no primeiro tempo, e futebol no segundo. O Henry foi expulso nesta partida, que terminou 0x0. O duelo “vida ou morte” seria contra a Dinamarca. Os franceses teriam que vencer por dois gols de diferença, e torcer para que Senegal x Uruguai terminasse empatado, isso que de fato aconteceu (3x3). Mas, nem com o retorno de Zidane, a França jogou bem. Com gols de Rommedahl e Tomasson, a Dinamarca venceu por 2x0, e eliminou os campeões mundiais de 1998. O Pior de tudo, foi que os franceses não marcaram nenhum gol neste mundial, sendo uma das piores campanhas da história da seleção Francesa.

Itália 2010 - Vindo do tetracampeonato mundial em 2006, a Itália não manteve boa parte daquele elenco campeão de quatro anos antes. O técnico Marcello Lippi ainda tinha nomes como Gianluigi Buffon, Genaro Gattuso, Andrea Pirlo, Fábio Cannavaro, dentre outros. Na primeira fase empatou com o Paraguai e com a Nova Zelândia, ambos por 1x1. No jogo decisivo, Itália e Eslováquia faziam o jogo para definir tudo, já que a Eslováquia mesmo com um ponto ganho, tinha chance de se classificar. A Itália era a favorita, e os neozelandeses corria por fora. No caso, a Itália foi derrotada pela Eslováquia por 3x2, e a Nova Zelândia empatou sem gols com o Paraguai. A Itália no qual todos esperavam fazer uma grande copa, acabou nem passando na fase de grupos.

Espanha 2014 - Já o caso da Espanha de 2014, se compara com a França em 2002. Seleção dominando o futebol, e ainda com a base campeã europeia de 2008 e 2012, e campeã do mundo 2010. Nomes como Xávi, Xabi Alonso, Iniesta, Fernando Torres, Iker Casillas, entre outros, faziam o futebol se render ao talento espanhol.

Porém no mundial de 2014 disputado no Brasil, estrearam contra a Holanda. Chegou a abrir o placar, mas foi goleada por 5x1. Depois disso, perderia também para o Chile, sendo eliminado na segunda rodada do mundial. Ainda venceriam a Austrália, mas não adiantou de nada.

Festa africana em Moscou. Senegal conquistou a primeira vitória entre as seleções do continente na Copa do Mundo da Rússia. Em jogo disputado contra a Polônia, no Spartak Stadium, na capital do país, o time do craque Sadio Mané venceu o rival por 2 a 1 e deu importante passo rumo à classificação para as oitavas de final no Grupo H do Mundial.

Os primeiros 15 minutos foram de muito estudo. Enquanto os poloneses tentavam chegar à meta do goleiro Ndiaye mais na base da troca de passes, Senegal explorava as saídas rápidas para o contra-ataque como principal arma.

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Todas as jogadas de ataque da Polônia passavam pelos pés de Robert Lewandowski. O problema é que o atacante do Bayern de Munique estava muito bem marcado e soltava a bola rapidamente para seus companheiros, que não são do mesmo nível.

Com o passar do tempo, o técnico do Senegal, o ex-jogador da seleção senegalesa Aliou Cisse, percebeu a pouca movimentação dos poloneses e armou o bote: a ideia era agilizar a transição da defesa para o ataque, usando Mané, o craque do time, que fez excelente temporada no Liverpool ao lado do brasileiro Roberto Firmino e do egípcio Mohamed Salah.

A estratégia deu certo. Aos 36 minutos de jogo, Mbaye Niang recuperou a bola, Mané atraiu a atenção de dois marcadores apenas com o deslocamento em campo e o volante Gana Gueye apareceu na entrada da área, livre. Niang então rolou a bola e Gueye chutou forte, mas sem direção - no caminho, ela desviou no zagueiro brasileiro Thiago Cionek e enganou o goleiro Wojciech Szczesny.

Depois, até o final da primeira etapa, os dois times não tiveram mais nenhuma grande oportunidade para balançar as redes

Na segunda etapa, o técnico da Polônia fez uma alteração e subiu o posicionamento de seus meio-campistas e defensores. Assim, mais compacto, com os jogadores mais perto um do outro, o time ficou mais ágil.

A primeira boa chance para empatar surgiu aos quatro minutos. Lewandowski recebeu ótimo passe no meio dos zagueiros e partiu em velocidade do meio-campo. Ele só foi parado com falta. Ele mesmo cobrou muito bem, mas, atento, o goleiro Ndiaye conseguiu espalmar.

O time teve outra excelente chance de marcar o primeiro gol no Mundial aos dez minutos. Em boa jogada pela esquerda do ataque, Rybus cruzou na segunda trave e Lukasz Piszczek, sozinho, pegou mal na bola, que mesmo mascada, passou com perigo, rente à trave.

O problema é que a Polônia, mais uma vez, entregou um gol de graça para Senegal. Aos 14, Kalidou Koulibaly deu um bico para a frente desde a defesa africana. Jan Bednarek foi cortar, mas errou. O goleiro Szczesny saiu mal do gol e Mbaye Niang ficou sozinho, com o gol aberto, livre para fazer o segundo e aumentar a festa da pequena torcida da seleção no estádio.

A Polônia ainda tentou se arrumar em campo e, mais na base da raça do que da técnica, chegou ao seu gol aos 41 do segundo tempo. Em falta levantada na área, Grzegorz Krychowiak subiu mais do que todo mundo e fez um lindo gol de cabeça, para explosão polonesa no estádio. O árbitro chegou a consultar o VAR (Árbitro Assistente de Vídeo, na sigla em inglês) para ver se havia impedimento, mas o lance foi normal.

Depois, até o final do jogo, Senegal soube segurar a bola para não sofrer mais nenhuma pressão. As duas equipes voltam a campo no domingo. Às 12h, Senegal joga contra o Japão (que também venceu na estreia) e às 15h, a Polônia encara a Colômbia. Os horários são os de Brasília.

 

FICHA TÉCNICA:

POLÔNIA 1 x 2 SENEGAL

POLÔNIA - Wojciech Szczesny; Lukasz Piszczek (Bartosz Bereszynski), Michal Pazdan, Thiago Cionek e Maciej Rybus; Grzegorz Krychowiak e Piotr Zielinski; Jakub Blaszczykowski (Jan Bednarek), Arkadiusz Milik (Dawid Kownacki) e Kamil Grosicki; Robert Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka.

SENEGAL - Khadim Ndiaye; Moussa Wagué, Salif Sané, Kalidou Koulibaly e Youssouf Sabaly; Ismaila Sarr, Pape Ndiaye (Cheikhou Kouyaté) , Gana Gueye e MBaye Niang (Moussa Konate); Sadio Mané; Mame Diouf (Cheikh NDoye). Técnico: Aliou Cisse.

GOLS - Thiago Cionek (contra), aos 37 minutos do primeiro tempo; Mbaye Niang, aos 15, e Grzegorz Krychowiak, aos 41 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Grzegorz Krychowiak, Salif Sané, Gana Gueye.

ÁRBITRO - Nawaf Shukralla (Bahrein).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 44.190 pagantes.

LOCAL - Spartak Stadium, em Moscou.

A esperada estreia do Brasil na Copa do Mundo da Rússia ficou abaixo do esperado. O empate por 1 a 1 com a Suíça, em Rostov, foi fruto de um primeiro tempo no qual o time nacional exibiu bom futebol, toque de bola, demonstrações de talento, mas também em que apresentou na etapa final um desempenho errante, de falhas na defesa e falta de criatividade. Desde 1978 a seleção não começava um Mundial sem vitória.

O placar igual em Rostov deixa lições para o próximo compromisso na Copa, contra a Costa Rica, sexta-feira, em São Petersburgo. Neymar e Gabrel Jesus sofreram com a marcação adversária e pouco produziram. A defesa cometeu uma rara falha. A outra reflexão é que talvez um outro árbitro possa ser mais enérgico e coibir os lances violentos.

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O bom futebol do Brasil demonstrado durante grande para das Eliminatórias levou alguns minutos para aparecer na Copa. Os primeiros instantes foram de domínio suíço, com uma finalização perigosa de Dzemaili. A seleção pareceu no começo mesclar a ansiedade com um estudo do adversário, até começar a dominar o jogo depois de dez minutos. A paciência para tocar a bola, a aproximação dos jogadores e as triangulações pela esquerda iniciar a ditar o ritmo.

O lado do campo com Marcelo, Neymar e a aproximação de Philippe Coutinho passou a trocar passes, ter paciência e buscar uma brecha para o gol. Na primeira investida, Paulinho quase fez. Foi uma amostra de que ali era o caminho. Então, era preciso insistir. Aos 20, nova jogada pela esquerda e na sobra da zaga, Coutinho chutou de fora da área, com curva, para colocar a bola no canto de Sommer e fazer 1 a 0.

A vantagem deixou a seleção ainda mais confiante a ponto de Alisson arriscar passes ousados com os pés e a defesa sair para o jogo com classe. O Brasil prosseguiu o domínio, porém sentia mais falta da participação de Neymar. Caçado pelos suíços, sofreu faltas duras e, em uma delas, fez o adversário levar amarelo. Em outros lances, porém exagerou da individualidade.

A equipe diminuiu o ritmo antes do intervalo e viu a Suíça passar a ter mais posse de bola. Ainda assim, sem finalizações de perigo. A torcida brasileira, presente em maior número, terminou o primeiro tempo cantando "o campeão voltou" para logo se calar quando começou a etapa final. No começo, logo aos cinco minutos, escanteio para a Suíça, Zuber se desmarca de Miranda e na pequena área, cabeceia para empatar.

O lance gerou muita reclamações dos brasileiros, principalmente sobre um empurrão do suíço no defensor antes da chegada da bola. O fato é que o empate mostrou o quanto a seleção desperdiçou no primeiro tempo um bom momento e a chance de ter ampliado, ao se acomodar. O segundo tempo era de erros de passes e perda no vigor na marcação no meio. Tite sentiu isso e para tentar conter o crescente domínio adversário, colocou Fernandinho e Renato Augusto para reforçar o setor.

O Brasil melhorou, voltou a comandar a partida, mas se viu de frente a um obstáculo cruel. A arbitragem insegura do mexicano Cesar Ramos, de 34 anos, havia irritado os jogadores no momento do gol suíço, tinha deixado de marcar faltas em Neymar e não assinalou pênalti em um lance de Akanji em Gabriel Jesus.

Nos minutos finais a seleção se arriscou em busca do segundo gol e a Suíça se fechou na defesa. O goleiro Sommer passou a trabalhar em cabeçadas perigosa de Neymar e Firmino. Miranda quase fez o segundo gol em um chute. A bola, definitivamente, não quis entrar, para a frustração do Brasil.

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 1 x 1 SUÍÇA

BRASIL - Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro (Fernandinho), Paulinho (Renato Augusto) e Philippe Cooutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus (Firmino). Técnico: Tite.

SUÍÇA - Sommer; Lichtsteiner (Lang), Schär, Akanji e Rodriguez; Behrami (Zakaria), Xhaka (Embolo), Dzemaili, Shaqiri e Zuber; Seferovic. Técnico: Vladimir Petkovic.

GOLS - Philippe Coutinho, aos 20 minutos do primeiro tempo; Zuber, aos 5 do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Lichtsteiner, Casemiro, Schär e Behrami.

ÁRBITRO - César Ramos (Fifa/México).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 43.109 pagantes.

LOCAL - Arena Rostov, em Rostov (Rússia)

O México surpreendeu a Alemanha neste domingo de calor em Moscou. Com um futebol veloz e determinado, a equipe soube explorar os contra-ataques, segurou os atuais campeões do mundo e saiu de campo com uma excelente vitória por 1 a 0, em jogo disputado no estádio Luzhniki. É deste grupo que saem os adversários dos times da chave da seleção brasileira e, agora, já não há mais ninguém certo de quem vai enfrentar quem nas oitavas de final.

O jogo foi muito bom, em ritmo eletrizante, como os mexicanos presentes nas arquibancadas - eles foram a maioria absoluta. No primeiro tempo, a velocidade foi a maior arma da seleção do México. O time chamou a Alemanha para o seu campo, correu riscos, mas conseguiu explorar muito bem os contra-ataques durante os primeiros 45 minutos.

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A primeira boa chance surgiu aos dois minutos, quando Vela fez ótimo lançamento pelo lado esquerdo da área alemã, Lozano deixou Kimmich no chão e bateu firme, mas Boateng se esticou todo e conseguiu mandar a bola para escanteio. A resposta da Alemanha veio um minuto depois, quando Muller esticou passe para Timo Werner, que passou nas costas de Gallardo e chutou cruzado, mas a bola passou raspando a trave esquerda.

Aos seis minutos, a Alemanha chegou de novo com perigo. Müller e Özil tentaram tabelar pelo lado esquerdo do campo, Salcedo travou mas a bola sobrou para Hummels. O zagueiro alemão arriscou para o gol, mas Ochoa defendeu bem, sem rebote.

Perto dos 15 minutos foi a vez de o México assustar. Guardado cobrou falta na pequena área e Moreno testou firme no meio do gol, para defesa firme do goleiro alemão. Um minuto depois, a Alemanha respondeu com perigo. Kimmich cruzou da ponta direita na segunda trave, Khedira não alcançou a bola e Ayala quase mandou para dentro do próprio gol.

A Alemanha chegou com perigo de novo aos 19, quando Kimmich encontrou Timo Werner dentro da área. Ele dominou, girou em cima de Ayala e bateu firme de esquerda, mas Ochoa, bem colocado, fez a defesa. O México foi com força para o ataque aos 25. Guardado partiu em velocidade e acionou Lozano na esquerda, ele invadiu a área e rolou para trás. Layún bateu colocado e a bola raspou o travessão.

Depois de muito lá e cá, os mexicanos saíram na frente do placar aos 34 minutos. Em rápido contra-ataque puxado por Layún, Lozano recebe de Chicharito na área pela esquerda, deu um corte seco em Hummels e bateu firme no canto direito de Neuer para fazer o gol, para explosão da torcida mexicana no Luzhniki.

A Alemanha quase empatou aos 38, em linda cobrança de falta de Kroos - a bola passou pela barreira, Ochoa resvalou e ela explodiu no travessão. Antes do intervalo, o México ainda perdeu mais uma boa chance. Mais uma vez Layún disparou em contra-ataque pela esquerda e tocou para Lozano, que encontrou Guardado na meia-lua da grande área. Ele encheu o pé e a bola passou rente à trave direita do goleiro Ochoa.

O segundo tempo continuou em ritmo acelerado. Logo aos dois minutos, Kimmich cruzou para a área, a zaga do México cortou muito mal e Plattenhardt chutou forte da entrada da área, mas o goleiro Ochoa defendeu mais uma. Aos sete, Kimmich foi acionado por Draxler na entrada da área, mas finalizou sobre o gol mexicano.

Aos nove, quase o empate alemão. Kroos disparou pela direita, Ozil recebeu a bola próximo a meia-lua e lançou na área pela esquerda. Draxler bateu de primeira, a bola explodiu em Salcedo e saiu tirando tinta da trave esquerda. Aos 19, Ozil lançou no bico da área pela direita, Boateng deu cavadinha para dentro da área e Kimmich tentou uma bicicleta, que saiu por cima do gol de Ochoa.

Aos 26, Boateng lançou na área pela direita, Marco Reus encheu o pé, mas a bola bateu no rosto de Gallardo e sobrou limpa para o alemão, que chutou forte por cima da meta do goleiro mexicano. A equipe do técnico colombiano Juan Carlos Osorio poderia ter definido a partida aos Chicharito Hernández disparou em contra-ataque, lançou na entrada da área, Layún passou por Hummels, mas bateu por cima do gol de Neuer.

O técnico alemão, Joachim Löw, tentou de tudo e mandou a campo Mario Gomez, Marco Reus e Julian Brandt para tentar o empate. Osorio respondeu tentando fechar ainda mais o México, com a entrada de Rafa Marquez, Alvarez e Jimenez. Aos 36, mais uma chance desperdiçada pelo México. Em rápido contra-ataque puxado por Gallardo, Layún foi lançado na entrada da área e entrou sozinho pela direito, mas bateu por cima do gol de Neuer. Dois minutos depois, Kroos foi acionado por Draxler na entrada da área, e bateu forte. Ochoa pulou no canto esquerdo e defendeu em dois tempos.

O jogo ficou eletrizante no final, Aos 43, Reus invadiu a área pela esquerda, bateu cruzado, Mario Gomez desviou no gol e Ochoa defendeu. No rebote, Mario Gomez tocou a bola para trás, Kimmich dividiu com Gallardo e a bola sobrou para Brandt, que bateu de primeira da meia-lua, mas a bola explodiu na trave esquerda.

Já nos acréscimos, o goleiro Neuer foi para a área para tentar o empate. Ele foi para a área em cobrança de escanteio quase aos 47, mas não havia mais tempo. O México dá um passou importante para avançar às oitavas de final e, quem sabe, evitar o Brasil já na primeira disputa eliminatória da Copa do Mundo

FICHA TÉCNICA

ALEMANHA 0 X 1 MÉXICO

ALEMANHA -Neuer; Kimmich, Hummels, Boateng e Plattenhardt (Mario Gómez); Khedira (Marco Reus), Kroos, Ozil, Muller e Draxler; Timo Werner (Brandt). Técnico: Joachim Löw.

MÉXICO - Ochoa; Salcedo, Héctor Moreno, Ayala e Gallardo; Guardado (Rafael Márquez), Herrera, Layún, Vela (Alvarez) e Lozano (Jimenez); e Javier Hernández. Técnico: Juan Carlos Osorio.

GOL - Lozano, aos 34 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Alireza Faghani (Fifa/Irã).

CARTÕES AMARELOS - Hector Moreno, Hummels, Herrera.

PÚBLICO - 78.011 torcedores.

LOCAL - Estádio Luzhniki, em Moscou (RUS).

Um espaço dedicado especialmente a combater a discriminação a torcedores homossexuais ou de minorias étnicas, batizado como Casa da Diversidade, teve que mudar de localização no último momento em São Petersburgo, em uma decisão que alguns consideram ter motivações políticas.

Os proprietários do edifício em que havia sido instalada a Casa da Diversidade, criada para que as pessoas acompanhassem as partidas da Copa do Mundo em um ambiente de luta contra as discriminações, afirmaram aos organizadores poucos dias antes da inauguração o fim da colaboração com o projeto.

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Piara Powar, diretora da Fare (Football Against Racism in Europe), que supervisiona a iniciativa, disse que a forma como a decisão foi tomada é "familiar" aos grupos de defesa dos direitos humanos em São Petersburgo.

"Reconhecem como o método com o qual as autoridades da cidade vão contra as atividades que não respondem a suas políticas", afirmou em um comunicado.

Powar considera que a decisão de último momento parece "um ataque político dos que mostram como os debates sobre direitos humanos são limitados pelas poderosas forças conservadoras políticas da Rússia".

Ela afirmou no mês passado à AFP que sua organização havia obtido garantias das autoridades russas para a instalação das Casas da Diversidade em Moscou em São Petersburgo.

A Casa da Diversidade de Moscou foi inaugurada na semana passada e já recebeu diversos eventos no centro da capital.

O ativista britânico Peter Tatchell foi detido por algumas horas na quinta-feira, dia de abertura do Mundial, por um protesto no centro de Moscou contra a política do governo de Vladimir Putin a respeito da comunidade LGTB.

Em 2013, uma lei que contempla multas e até pensa de prisão foi aprovada para combater a "propaganda homossexual" diante de menores de idade, uma questão que provocou muitos protestos internacionais.

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