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Após quase noventa dias do assassinato da estudante de sete anos, Beatriz Angélica Mota, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) divulgou na manhã desta segunda-feira (22) o retrato falado do suspeito de cometer o crime. O assassinato aconteceu durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no Centro de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A imagem do suspeito foi construída com base no depoimento de três testemunhas que afirmam ter visto o homem circulando pelo evento com "atitudes suspeitas".
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De acordo com informações divulgadas pela polícia, o homem é moreno, tem altura entre 1,65 e 1,70 e aparenta ter 70 quilos. O retrato falado mostra um homem com olhos fundos, nariz largo e lábios grossos. O chefe da PCPE, Antônio Barros, e o delegado especial designado para o caso, Marceone Ferreira Jacinto, estão à frente da investigação e explicaram que a processo conta agora com a ajuda da população. "Com o retrato falado do suspeito, queremos que os moradores principalmente de Petrolina, nos ajudem a achar este homem", concluiu o delegado.
Entenda
O crime aconteceu na noite do dia 10 de dezembro de 2015, dentro do ginásio do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. O pai da criança, Sandro Romilton Ferreira, trabalhava no colégio como professor de inglês e em um momento da noite, sentiu falta da filha. Ele chegou a subir ao palco onde ocorriam as apresentações e solicitou aos convidados que o ajudassem a localizar Beatriz.
Convidados escutaram gritos e minutos depois o corpo da garota foi encontrado numa sala de material esportivo desativada, com 42 perfurações de uma faca do tipo peixeira, que foi deixada cravada em seu abdômen. A polícia já descartou que a menina tenha sofrido agressão sexual.
O Disque Denúncia oferece R$ 10 mil para quem prestar informações que ajudem a encontrar o assassino de Beatriz. A denúncia pode ser feita pelo telefone (81) 3719-4545 ou através do site do órgão.
Federalização do caso
Durante a visita da presidente Dilma Rousseff no município de Petrolina na semana passada, os pais de criança, Sandro Romilton e Lúcia Mota, fizeram um apelo para que o caso seja federalizado. Na ocasião, Isaac Carvalho, o chefe do executivo municipal, afirmou ter entregue um ofício ao Ministério da Justiça para que a Polícia Federal assumisse ou apoiasse o caso.
O chefe da PCPE, no entanto, afirmou que a informação da federalização seria algo que surgiu na imprensa, sem haver formalizações. Ele contou ainda que a mudança só seria necessária caso os responsáveis pela investigação atual não estivessem se empenhando. "Não há necessidade nenhuma disso, a Polícia Civil em parceria com a Polícia Científica tem trabalhado bastante na resolução do crime. Nossa equipe está focada e esse caso é nossa primeira prioridade", concluiu.