Tópicos | Operação Caixa D'Água

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) comparaceu nesta quinta-feira, 4, à Polícia Civil do Rio para concluir o retrato falado do homem que, segundo ele, o agrediu com um taco de beisebol dentro da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. A agressão, de acordo com a versão do ex-governador, teria ocorrido na madrugada de 24 de novembro.

Garotinho fez a denúncia logo após a suposta agressão. O retrato falado, porém, não havia sido concluído, segundo ele, por causa de uma pane no sistema operacional da Secretaria de Administração Penitenciária, ocorrida enquanto o desenho era feito.

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"O retrato estava praticamente pronto. Estávamos em Bangu e faltava apenas colocar o nariz quando o sistema deu pane, e estamos há mais de 30 dias querendo completar o nariz", afirmou o ex-governador nesta quinta.

As câmeras de segurança do presídio não indicaram a entrada de outras pessoas na cela em que Garotinho estava nem qualquer movimento anormal no estabelecimento.

O ex-governador foi preso em 22 de novembro, acusado de corrupção, organização criminosa e crimes eleitorais. Ele permaneceu detido até 21 de dezembro, tendo passado pela cadeia de Benfica e também pelo complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste.

No dia 25 de novembro Garotinho narrou a suposta agressão. Segundo ele, um homem com cerca de 1,70 m de altura, armado com um taco de beisebol e uma pistola, entrou na cela em que o ex-governador estava sozinho. Com o taco, o agressor teria desferido uma paulada no joelho direito do ex-governador e espremido os dedos de seu pé direito.

O caso é investigado pela Polícia Civil, que averigua também a hipótese de Garotinho ter se ferido propositalmente. "Pelo que se vê fui punido três vezes. Primeiro com a prisão injusta. Segundo com a agressão. E terceiro com a versão da 'auto lesão'", escreveu o ex-governador em seu blog, na quarta-feira, 3.

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) foi libertado da cadeia na noite desta quinta-feira, 21, e irá passar o Natal em casa. Ele estava preso havia um mês, acusado de crimes eleitorais, de liderar uma organização criminosa que extorquia empresários, e de receber dinheiro da JBS. Garotinho estava em Bangu 8 e foi solto por ordem do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, que suspendeu na quarta-feira, 20, a prisão preventiva.

A mulher de Garotinho, a ex-governadora Rosinha Garotinho (PR), presa no dia 22 de novembro com ele, já havia sido solta no dia 29, e está em casa, com tornozeleira eletrônica. Nesta quinta-feira, na entrada do complexo de presídios de Bangu, antes da soltura do ex-governador, a secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação do Rio, Clarissa Garotinho, filha do casal, afirmou que "nada vai reparar" o que o pai passou na prisão. Garotinho alega ter sido agredido em sua cela, e estava em greve de fome havia seis dias.

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"É isso que as pessoas precisam levar em consideração, que ele foi humilhado, agredido dentro da cadeia, por causa de uma prisão ilegal (a mando) de um juiz eleitoral de Campos, que tem praticado vários atos arbitrários contra ele", afirmou Clarissa, emocionada. "Estávamos tristes achando que ele não ia poder passar o Natal com a gente."

Em sua decisão, Gilmar argumentou que não existiam pré-requisitos que justificassem a prisão preventiva. O ministro alegou que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) não indicou nenhuma conduta de Garotinho que revelasse "minimamente" tentativa de afrontar a garantia da ordem pública ou econômica.

Garotinho enviara no dia 15 uma carta endereçada à direção de Bangu 8 informando que permaneceria em "jejum por tempo indeterminado" por ter sido preso injustamente e por estar no "limite do sofrimento". Ele já havia feito o mesmo em 2006, quando era pré-candidato à Presidência da República e ficou onze dias sem comer.

"Minha atitude é um grito de desespero contra a injustiça que venho sofrendo, abalando fortemente minha família, como visto durante a visita da última quarta-feira. Rosinha está com síndrome do pânico e meus filhos estão traumatizados. Tenho sido covardemente perseguido por juízes e promotores da cidade de Campos, que agem para proteger um desembargador que denunciei junto com a quadrilha do ex-governador Sergio Cabral. Em um ano, fui preso três vezes pela Justiça Eleitoral de Campos, por crimes que não cometi", escreveu então, referindo-se à divulgação de informações, em seu blog, sobre o grupo de aliados de Cabral, que teria liderado um esquema de corrupção no governo com movimentação de R$ 1 bilhão. Cabral está preso há um ano.

Garotinho afirmou ter sido agredido quando estava em outro presídio, a Cadeia Pública de Benfica. Disse ter recebido golpes de porrete, e machucado no pé e joelho direitos por um homem que invadiu sua cela. Agentes penitenciários disseram na ocasião que ele se autolesionou. O caso ainda está sendo investigado. Ele fora transferido para Bangu 8 dois dias depois de chegar a Benfica.

Acusação

O ex-governador é acusado pela 98ª Zona Eleitoral, de Campos, município do Norte Fluminense onde mora, de receber uma doação simulada ilegal de R$ 3 milhões da JBS para sua campanha eleitoral ao governo do Estado em 2014. Rosinha foi presa pelos mesmos motivos. Ao casal são atribuídos crimes como corrupção, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais.

Denúncia do Ministério Público Eleitoral mostra que a JBS fez a doação ilegal de R$ 3 milhões por meio de contrato com uma empresa indicada por Garotinho para financiar sua campanha em 2014, quando foi derrotado por Luiz Fernando Pezão (PMDB). O dinheiro não teria sido declarado em sua declaração de contas. O casal Garotinho nega as acusações.

Em abril de 2006, o ex-governador lançou mão do artifício da greve de fome após denúncias de irregularidades em sua pré-campanha à Presidência da República. Disse estar reagindo, "em defesa de sua honra", a reportagens que diziam que parte do dinheiro de sua campanha vinha de ONGs ligadas ao então governo de sua mulher, via empresas de fachada. Foram onze dias de alegado jejum, período em que disse ter perdido 6,7 quilos e permaneceu na sede fluminense do PMDB, seu partido à época.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, mandou soltar o presidente do PR, Antonio Carlos Rodrigues. O ministro também acolheu habeas corpus e revogou a prisão de Fabiano Rosas, genro de Antonio Carlos.

O ex-senador e ex-ministro dos Transportes (Governo Dilma - 2012/2014), entregou-se à Polícia Federal, em Brasília, no dia 28 de novembro, depois de uma semana foragido.

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Ele é alvo da Operação Caixa D’Água, investigação sobre propina de R$ 3 milhões da JBS para a campanha do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR).

Defesa

Em nota, o advogado Daniel Bialski, que defende Antonio Carlos e Fabiano, afirmou: "A operação Caixa D’água envolveu doações ao governador Anthony Garotinho. A partir da decisão inicial, o TSE estendeu os efeitos iniciais da decisão deferida pelo STF para Fabiano, para o ex-ministro e Presidente do PR e outro coacusado. As decisões declararam que a decisão inicial possuía motivação inidônea e nada indicava que seriam uma ameaça à ordem pública e instrução. Agora eles responderão em liberdade mediante condições".

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, suspendeu nesta quarta-feira, 20, a prisão preventiva do ex-governador Anthony Garotinho (PR), apontado como líder de uma organização criminosa.

Garotinho foi preso em novembro sob acusação de crimes como corrupção, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais entre os anos 2009 e 2016. A prisão foi pedida pelo Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro (MPE-RJ), decretada pelo juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, Glaucenir Silva de Oliveira, e mantida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RJ).

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A denúncia do MPE afirma que o grupo J&F fez doação ilegal de R$ 3 milhões por meio de contrato com uma empresa indicada por Garotinho para financiar sua campanha ao governo do Estado em 2014, derrotada pela de Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Os valores não teriam sido declarados em sua prestação de contas. O ex-governador é acusado também de intimidar e extorquir empresários que atuavam em Campos. Garotinho está no presídio de Bangu 8. Sua esposa e ex-governadora Rosinha Garotinho também tinha sido presa, mas saiu no último dia 30. Ela foi beneficiada por uma decisão do TRE-RJ, que acolheu seu habeas corpus e deixou a ex-governadora em liberdade restrita. A decisão, no entanto, não tinha sido estendida a Garotinho.

Em sua decisão, Gilmar Mendes verificou que não há no caso requisitos que justifiquem a prisão preventiva. O ministro alega que o TRE-RJ simplesmente relata o modus operandi dos alegados crimes praticados, "sem indicar, concretamente, nenhuma conduta atual do paciente que revele, minimamente, a tentativa de afrontar a garantia da ordem pública ou econômica, a conveniência da instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal".

Gilmar tomou a decisão de suspender a prisão no primeiro dia do recesso do Judiciário. O relator da ação é o ministro Jorge Mussi, mas cabe ao presidente cuidar dos despachos da Corte Eleitoral durante o recesso.

"Na verdade, o decreto de prisão preventiva, assim como o acórdão regional, busca o que ocorrido no passado (eleições de 2014) para, genericamente, concluir que o paciente em liberdade poderá praticar novos crimes, o que, a meu ver, trata-se de ilação incompatível com a regra constitucional da liberdade de ir e vir de cada cidadão, em decorrência lógica da presunção de inocência", continua Gilmar em sua decisão.

O ministro também suspendeu a prisão para Thiago Soares de Godoy e Antonio Carlos Rodrigues.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio negou nesta segunda-feira, 4, habeas corpus para o presidente nacional do PR Antônio Carlos Rodrigues, preso na semana passada pela Operação Caixa D’Água, por suposto envolvimento em um esquema de arrecadação de R$ 3 milhões em propinas da JBS para a campanha do ex-governador Anthony Garotinho em 2014.

A decisão da Corte eleitoral foi tomada por unanimidade pelos desembargadores.

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Caixa D’Água foi deflagrada em novembro pela Justiça eleitoral de Campos dos Goytacazes, ao norte do Estado do Rio. Foram presos os ex-governadores Garotinho e Rosinha. O presidente do PR, ex-ministro dos Transportes no Governo Dilma, entre 2012 e 2014, ficou foragido uma semana.

Na semana passada, Rodrigues se apresentou à Polícia Federal em Brasília. Ele foi transferido para a cadeia de Benfica, no Rio.

Defesa

A defesa do ex-ministro e presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues, exercida pelos advogados Daniel Bialski e Marcelo Bessa, informaram em nota que "já existe um pedido de habeas corpus no Tribunal Superior Eleitoral."

Os advogados reiteram que não existe motivação idônea e necessidade para continuidade da prisão.

O ortopedista e ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio Côrtes, preso da Operação Lava Jato na Cadeia Pública de Benfica, declarou à polícia que não detectou as lesões em um pé relatadas por Anthony Garotinho após suposta agressão dentro do presídio. Em depoimento nesta segunda-feira, 4, o médico disse que o ex-governador apresentava somente uma lesão no joelho direito, e que esta não poderia ser compatível com um porrete ou taco de beisebol - instrumento que Garotinho diz ter sido usado por seu agressor.

Côrtes o atendeu no dia 24 de novembro, logo após o ex-governador denunciar aos funcionários da cadeia que tivera sua cela invadida. "Sérgio Côrtes disse que fez um exame apurado de todo o corpo e não detectou outra lesão que não a do joelho direito. Ele fez um laudo, Garotinho leu e assinou. Ele não se queixou de lesão no pé. Estamos analisando para que não reste qualquer dúvida", afirmou o delegado Carlos César Santos, da 21ª Delegacia de Polícia Civil do Rio, em Bonsucesso.

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Cinco presos ouvidos nesta segunda-feira disseram não terem ouvido nada de suas celas, mas quatro ressalvaram que haviam tomado medicamento para dormir e um que usava protetor auricular. De acordo com Garotinho, um homem branco de estatura média entrou na cela de madrugada e o atingiu no joelho e no pé direitos. O homem ainda teria dito que ele "falava demais" e que só não iria matá-lo para não implicar os presos da Lava Jato que estão na mesma cadeia.

Nas fotografias tiradas pela polícia, o joelho e o pé direitos do político estão com manchas roxas. Agentes da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) disseram que ele se autolesionou. Garotinho ainda fará um retrato-falado do agressor. Depois do ocorrido, o ex-governador foi transferido para o presídio Bangu 8. Nesta segunda, a defesa dele enviou nota ressaltando que não se tratou de uma punição.

"A transferência do presídio de Benfica foi solicitada pelos advogados e pela família de Garotinho. A intenção foi garantir a integridade física de Garotinho, o que foi acolhido no pedido do Ministério Público estadual. Vale lembrar que o ex-governador foi ameaçado inúmeras vezes por autoridades atualmente presas em Benfica."

Privilégios na cadeia

Também em Benfica, o Ministério Público ouve o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e outros presos da Lava Jato sobre a doação de equipamentos para a instalação de uma sala de TV no presídio. A aquisição foi cancelada pela Seap depois que o caso foi divulgado, em novembro. Um procedimento foi aberto na 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal para apurar possível prática de crime contra a administração pública e falsidade ideológica. Os doadores, a Igreja Batista do Méier e a Comunidade Cristã Novo Dia, alegaram terem sido enganados pelos presos.

A compra dos equipamentos - aparelhos de TV, DVD e home theater - teria sido feita em dinheiro vivo por ordem de Wilson Carlos, que foi secretário de Governo de Cabral e também está em Benfica. Ele iria "operar a sala" em troca de remição de pena (a cada três dias de trabalho, a pena diminuiria em um dia).

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) negou nesta quarta-feira (29) habeas corpus impetrado pelo ex-governador do Estado Anthony Garotinho (PR), preso por ordem da 98ª Zona Eleitoral, de Campos dos Goytacazes, município do Norte Fluminense.

Sob a acusação de receber uma doação simulada ilegal de R$ 3 milhões da JBS para sua campanha eleitoral ao governo do Estado em 2014, ele está encarcerado desde o último dia 22. A relatora do processo, desembargadora eleitoral Cristiane Frota, afirmou em seu voto que "as medidas cautelares diversas da prisão não se mostram suficientes para resguardar a adequada e necessária instrução criminal".

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Garotinho é apontado como líder de uma organização criminosa que extorquia empresários com negócios em Campos no período em que a prefeita era Rosinha Garotinho (PR), sua mulher (2009-2016). No caso da ex-governadora, a desembargadora entendeu que "há evidências concretas de condutas ofensivas às investigações perpetradas por outros membros da organização, mas não há o liame entre tais condutas e alguma ação efetiva da ré (...) Fundamental, ainda, repisar que a prisão preventiva é medida extrema, que somente se justifica quando ineficazes as demais medidas cautelares".

Rosinha será solta e ficará com tornozeleira eletrônica. Ela poderá visitar o marido na prisão, mas estará proibida de manter contato com os demais réus da ação penal. Além disso, deverá permanecer em casa de noite e aos fins de semana. A Secretaria de Administração Penitenciária não informou se Rosinha sairia ainda nesta quarta-feira.

O casal foi preso sob acusação de crimes como corrupção, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais. Garotinho alegou ter sido agredido em Benfica e foi transferido para o Complexo de Bangu. Ambos negam as acusações.

Denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) mostra que a JBS fez doação ilegal de R$ 3 milhões por meio de contrato com uma empresa indicada por Garotinho para financiar sua campanha em 2014, quando foi derrotado por Luiz Fernando Pezão (PMDB). O dinheiro não teria sido declarado em sua declaração de contas.

Na Cadeia Pública de Benfica, o casal Garotinho teve como companheiros presos da Lava Jato no Rio, como o ex-governador Sergio Cabral (PMDB) e sua mulher, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo. Em breve, chegará ao presídio o presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues, alvo da mesma operação que prendera Garotinho e Rosinha.

O presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues, que se entregou na terça-feira, 28, à Polícia Federal, em Brasília, será levado para a Cadeia Pública de Benfica, no Rio, onde também estão dois ex-governadores do Estado, Sergio Cabral (PMDB) e Rosinha Garotinho (PR), além de deputados e presos da Lava Jato no Rio.

O ex-governador Anthony Garotinho (PR) está em Bangu 8. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio não informou se Rodrigues chegaria nesta quarta-feira de Brasília. Ex-senador e ex-ministro de Transportes, ele foi um dos alvos da Operação Caixa D'Água, como Garotinho e Rosinha, que investiga recebimento de R$ 3 milhões da JBS para a campanha dele ao governo do Estado do Rio em 2014. O presidente do PR estava foragido desde que a operação foi deflagrada, dia 22. Na ocasião, os dois ex-governadores foram encarcerados.

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Garotinho teria liderado uma organização criminosa no período de 2009 a 2016, quando Rosinha era prefeita do município de Campos, no Norte Fluminense. O esquema servia para levantar recursos para financiar campanhas políticas dos dois. O grupo de Garotinho é acusado de intimidar e extorquir empresários que atuavam em Campos. Rosinha teria um papel secundário nesta dinâmica, tanto que será liberada da prisão, por decisão nesta quarta-feira do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ).

Denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) afirma que o grupo J&F fez doação ilegal de R$ 3 milhões por meio de contrato com uma empresa indicada por Garotinho para custear sua campanha de 2014, derrotada pela de Luiz Fernando Pezão (PMDB). Os valores não teriam sido declarados em sua prestação de contas. Antônio Carlos Rodrigues, por sua vez, teria acertado com a J&F doação de R$ 20 milhões ao PR por ocasião da campanha de 2014 de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Garotinho teria pleiteado uma parte desses recursos.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) decidiu nesta quarta-feira, 29, soltar a ex-governadora Rosinha Garotinho (PR), presa na Cadeia Pública de Benfica desde o dia 22 sob suspeita de corrupção. Foram cinco votos a seu favor, uma decisão unânime.

Ela ficará sob monitoramento por tornozeleira eletrônica. O pedido pela conversão da prisão em monitoramento eletrônico havia sido feito nesta quarta-feira pela Procuradoria Regional Eleitoral no Rio (PRE-RJ), cujo entendimento é de que Rosinha apenas "consentiu com os crimes" praticados pelo marido, o ex-governador Anthony Garotinho (PR).

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O TRE ainda vai julgar se Garotinho, apontado como líder de uma organização criminosa, seguirá preso. O casal foi preso sob acusação de crimes como corrupção, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais entre os anos 2009 e 2016, quando Rosinha era prefeita de Campos, município do Norte Fluminense.

Agora, Rosinha ficará proibida de manter contato com testemunhas e de viajar. Outras obrigações são permanecer em casa de noite e aos fins de semana. Ela poderá ser liberada ainda nesta quarta-feira. "Cautelares menos gravosas também resguardariam a sociedade de prejuízos causados por aqueles que, ao revés, deveriam servir de exemplo de honestidade e probidade, mas que findam por frustrar a vontade popular", acredita o procurador regional eleitoral Sidney Madruga.

Já Garotinho, "como líder da organização, apresenta risco de interferir na instrução criminal em curso, como coação de testemunhas", argumentou Madruga, que pediu a manutenção de sua prisão preventiva. Denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) mostra que o grupo J&F fez doação ilegal de R$ 3 milhões por meio de contrato com uma empresa indicada por Garotinho para financiar sua campanha ao governo do Estado em 2014, derrotada pela de Luiz Fernando Pezão (PMDB). Os valores não teriam sido declarados em sua prestação de contas. Ele é acusado também de intimidar e extorquir empresários que atuavam em Campos.

O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) requereu formalmente à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) as imagens de vídeo gravadas na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) alegou ter sido agredido na madrugada da última sexta-feira, 24. Por não conseguir comprovar a acusação, Garotinho acabou punido e transferido para Bangu 8, no Complexo de Gericinó.

A solicitação das imagens partiu após o MP receber denúncia de possível edição do vídeo disponibilizado pela Seap. No ofício, o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, Eduardo Gussem, solicita as imagens do período entre 20h do dia 23 às 6h do dia 24 de novembro, período em que Garotinho ficou na cela em Benfica.

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O ex-governador foi transferido para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8) na noite da sexta-feira. Pela manhã, ele denunciara ter sido agredido em sua cela por um homem branco, com um taco de beisebol. O desconhecido teria atingido o ex-governador em um dos joelhos e em um dos pés e teria feito ameaças usando uma pistola. O agressor teria dito ainda que Garotinho "falava demais". O ex-governador deu queixa na 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso) e fez exames no Instituto médico-legal.

No mesmo dia, a Seap afirmou por meio de nota que não encontrara provas da agressão alegada pelo ex-governador. "O interno se encontrava sozinho em uma galeria composta por nove celas todas vazias", informou o órgão. "A Seap ressalta que examinou as imagens das câmeras da unidade que não detectaram presença de qualquer pessoa ou estranhos na galeria onde se encontra o detento que pudessem causar tais lesões."

A secretaria declarou na ocasião que a transferência para Bangu 8 era uma punição a Garotinho por ele não ter comprovado as agressões.

Procurada pela reportagem para se pronunciar sobre a exigência do MP, a Seap não tinha respondido até o início da noite desta terça, 28.

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) será transferido ao presídio de Bangu 8, no Complexo de Gericinó, como "punição por não ter provado as supostas agressões" que afirmou ter sofrido na cadeia de Benfica na madrugada desta sexta-feira, 24.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a partir de agora ele será monitorado inclusive no interior da cela durante as 24 horas do dia. Em nota, a Seap informou que "por volta de 1:30h da madrugada o interno Anthony Willian Garotinho Matheus de Oliveira chamou a segurança da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, alegando ter sido agredido com um taco de beisebol envernizado".

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Ainda de acordo com a secretaria, ele foi socorrido e levado à delegacia para registro de ocorrência. No comunicado, a Seap informou que Garotinho "se encontrava sozinho em uma galeria composta por nove celas todas vazias", e que examinou imagens das câmeras instaladas na cadeia pública.

Elas "não detectaram presença de qualquer pessoa ou estranhos na galeria onde se encontra o detento que pudessem causar tais lesões". Após o registro de ocorrência, Anthony Garotinho foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Agora, espera transferência para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8) "como punição por não ter provado as supostas agressões", informou a Seap.

O juiz eleitoral Ralph Machado Manhães Junior autorizou a transferência do ex-governador Anthony Garotinho (PR) para um presídio de segurança máxima. Nesta sexta-feira, 24, Garotinho alegou ter sido agredido a golpes de porrete na cadeia de Benfica, no Rio, para onde foi levado na quarta-feira, 22, na Operação Caixa D’Água, por suspeita de propina de R$ 3 milhões da JBS.

"Fica autorizada ao juízo da Vara de Execuções Penais, em sintonia com o Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, a transferência imediata do réu em tela para um Presídio de Segurança Máxima, visando assim garantir a integridade física do acusado e evitar novos questionamentos duvidosos, sendo este também um pleito da defesa ao que me parece, ficando, inclusive, desde já, autorizada por este juízo a transferência do preso para presídios federal, se assim entender o juízo da VEP-RJ", decidiu o juiz.

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De acordo com a decisão do magistrado, Garotinho "deverá ser mantido em cela separada dos demais e garantida a sua segurança pelos órgãos competentes".

Investigação preliminar apontou, no entanto, que ele teria se "autolesionado" para força sua saída de Benfica.

Ao autorizar a remoção de Garotinho, o juiz relatou que havia sido comunicado sobre o caso pelo juiz Guilherme Schilling, da Vara de Execuções Penais do Rio, e pelo Secretário Estadual de Administração Penitenciária, coronel Erir Ribeiro.

"Segundo agentes do SEAP, (Garotinho) estaria causando transtornos na Unidade Prisional onde se encontra, pois teria se autolesionado e afirmado, ainda, que as agressões sofridas foram realizadas por terceiros, tendo sido informado, outrossim, pela última autoridade que os vídeos da galeria onde se encontra o custodiado em questão não deixam dúvidas de que não ocorreu a conduta acima descrita, até porque o mesmo se encontrava em galeria vazia e cela individual, demonstrando ser totalmente duvidosa a versão dada pelo réu supramencionado", anotou o juiz.

Ralph Machado Manhães Junior afirmou que "o caso acima apontado é extremamente grave e merece a devida apuração, o que já está sendo realizado pelo juízo da Vara de Execuções Penais deste Estado".

O magistrado determinou "que sejam imediatamente encaminhadas a este juízo as imagens do circuito interno do local da cela do réu Anthony Garotinho, tal como mencionado pelo Secretário Estadual de Administração Penitenciária".

O ex-governador Anthony Garotinho (PR) denunciou que foi agredido na madrugada desta sexta-feira, 24, na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio. Ele afirmou ter sido abordado em sua cela por um homem de calça jeans.

O desconhecido teria lhe dado golpes com um porrete no joelho e no pé. Ele prestou queixa na 21ª Delegacia de Polícia, em Bonsucesso, de manhã, e foi encaminhado para exame no Instituto Médico-Legal (IML). Segundo relatado pelo ex-governador, o agressor teria dito "que ele falava demais".

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A Secretaria de Administração Penitenciária informou que "aguarda o laudo do Instituto Médico Legal que vai definir acerca (sic) das lesões alegadas pelo interno Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira". O Ministério Público Estadual informou que vai pedir a transferência de Garotinho para outra unidade prisional.

Na quinta-feira, 23, a filha do ex-governador, Clarissa Garotinho, secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação da capital, divulgou nota. Nela, relata preocupação com a integridade física de seu pai. "Peticionei (a) várias autoridades cobrando a responsabilidade do Estado pela integridade física de meu pai, Anthony Garotinho. Apesar do pedido impetrado pelo advogado de manter Garotinho custodiado em Quartel dos Bombeiros (do Humaitá, onde o ex-governador ficou preso algumas horas), ele foi transferido nesta quarta-feira para o mesmo presídio onde Sergio Cabral, (Jorge) Picciani, Sergio Côrtes e outros personagens da política fluminense estão presos. Acontece que Garotinho há anos acusa esses personagens publicamente de corrupção."

A secretária afirmou já ter entrado com habeas corpus em favor de Garotinho. "Esperamos que a Justiça seja restabelecida", declarou. "Mas enquanto isso não acontece estamos preocupados em garantir a integridade física deles. Denúncias graves não podem ser tratadas como meras fantasias, ainda mais vindo de agente que atua no sistema penitenciário. As petições são uma forma de proteção", completou. Ela relatou que ameaças contra o ex-governador teriam sido denunciadas por um agente penitenciário.

Segundo o advogado de Garotinho, Carlos Azeredo, agentes da SEAP serão chamados para depor. A Cadeia Pública José Frederico Marques abriga boa parte da cúpula do poder fluminense nos últimos 20 anos. Lá estão presos três ex-governadores (Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho) e três ex-presidentes da Assembleia Legislativa (de novo Cabral, Paulo Melo e Picciani).

Também estão detidos lá os ex-secretários Régis Fichtner (Governo), Sérgio Côrtes (Saúde), Wilson Carlos (Governo) e Hudson Braga (Obras). Na última quinta-feira, a prisão recebeu a ex-primeira dama Adriana Ancelmo, mulher de Cabral, que teve revogada a prisão domiciliar.

O presidente nacional do PR e ex-ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (SP), pediu liminar em habeas corpus ao Tribunal Regional Eleitoral no Rio. Ele teve mandado de prisão expedido quarta-feira (22) pela Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes, norte fluminense, e é considerado foragido.

O pedido de prisão de Rodrigues foi no âmbito da Operação Caixa D'Água, a mesma que prendeu os ex-governadores do Rio Anthony e Rosinha Garotinho. Os advogados de Rodrigues, os criminalistas Daniel Bialski e Marcelo Bessa, afirmam que ele pretende se entregar, mas aposta no habeas para tentar derrubar o decreto de custódia.

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O Ministério Público aponta que Garotinho e Rosinha teriam liderado uma organização criminosa, envolvendo empresários, políticos e secretários no período de 2009 a 2016, "cuja finalidade essencial era obter recursos financeiros para o financiamento das campanhas políticas do casal e do grupo a que pertenciam no Estado".

A acusação contra Antônio Carlos Rodrigues é montada com base na delação premiada do executivo Ricardo Saud, do Grupo J&F, controlador da JBS. Ele disse que teria sido ajustado com o PT e com o PMDB, uma doação de R$ 20 milhões ao PR para a campanha de 2014 que visava reeleger Dilma Rousseff.

A defesa de Rodrigues sustenta que ele está sendo "pré-julgado". "O que se tem é que as justificativas apresentadas na vã tentativa de fundar a custódia de natureza processual atropelam a ordem natural da ação criminal penal, adentrando o próprio mérito da causa, prejulgando o paciente (Antônio Carlos Rodrigues) a partir de suposições e fatos desconexos, e tudo isso antes mesmo da própria inauguração do devido processo penal", sustentam os advogados no pedido de liminar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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