Tópicos | Pavilhão 9

Surgido na década de 1970, na cidade de Nova Iorque, nos EUA, o Hip Hop transformou-se em um dos movimentos culturais mais sólido e popular do mundo. Baseado em quatro pilares - Mcing, DJing, B-Boying e Graffitti -, o estilo vai muito além da música e da rima podendo se expressar, também, nas artes plásticas e na dança. 

Tamanha importância tem o Hip Hop que o movimento tem um dia para chamar de seu. Nesta terça-feira (12), é celebrado o Dia Mundial do Hip Hop, data escolhida por ter sido nela que, em 1973, Afrika Bambaataa fundou a Zulu Nation, uma organização co objetivos de auto-afirmação que promovia um 'quinto elemento' para a cena, a 'paz, união e diversão'. Bambaataa é nome extremamente importante no segmento sendo considerado um de seus criadores, sendo assim, o pai do Hip Hop.  

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De tão grandiosa, a cena Hip Hop logo ultrapassou os limites do bairro do Bronx, em Nova Iorque, e ganhou espaço em todos os lugares do mundo. No Brasil, não foi diferente e o país ostenta grandes nomes para representar os quatro elementos do movimento. Rappers como o grupo Racionais Mc's e Sabotage; grafiteiros como Os Gêmeos, Kobra e Nina Pandolfo; os DJs Ice Blue e Caíque e os Bboys, Pelezinho, Leoni Pinheiro, sem falar na Bgirl Miwa; são apenas alguns dos que fazem do movimento Hip Hop nacional algo tão grandioso e consistente. 

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Rap

A expressão musical do Hip Hop talvez seja a mais popular entre os quatro elementos do movimento. Com ritmo acelerado e discursos geralmente ferinos, o rap é conhecido por ser a música que denuncia as necessidades dos moradores das periferias e do povo negro. O rap nacional tem um rico celeiro de artistas que fazem da cena no Brasil uma das mais respeitadas no mundo. O LeiaJá preparou uma lista com sete dos mais importantes discos que consagraram os brasileiros entre os melhores rappers do planeta.

1 - Hip Hop Cultura de Rua

Lançada em 1988, essa foi a primeira coletânea de rap do Brasil. O disco reunia Thaíde e DJ Hum, MC Jack, Código 13 e o Credo. O trabalho teve produção assinada por Nasi e André Jung, então integrantes da banda de rock Ira!, e contou com participações de músicos como André Abujamra e Raul de Souza. As oito faixas da coletânea ajudaram a construir a estética do rap paulistano, tanto em relação às temáticas das letras como nas bases instrumentais. 

 

2 - Gabriel O Pensador 

Com um álbum anônimo, o rapper Gabriel O Pensador foi um dos responsáveis pela entrada do rap nacional no mainstream. Branco, carioca e de classe média, o músico conseguiu abrir as portas para o estilo com seu disco de estreia. Uma das faixas desse álbum, Hoje eu tô feliz (matei o presidente), fez bastante barulho na época e chegou a ser censurada em algumas emissoras de rádio e TV. 

 

3 - Sobrevivendo no Inferno

O disco de 1997 do grupo Racionais MC's é considerado um divisor de águas no rap brasileiro. O álbum chegou com tamanha força que colocou os Racionais no programa de clipes mais popular da televisão brasileira, na extinta MTV, e ganhou o prêmio de Escolha da Audiência (1998), na premiação do canal, o MTV Music Brasil. O álbum consagrou o Racionais como o grupo de rap mais importante do país e, anos mais tarde, virou até 'leitura' obrigatória em um dos vestibulares mais concorridos do Brasil. 

 

4 - Cadeia Nacional

O Pavilhão entrou para a história do rap nacional ao misturar o estilo com o rock, em Cadeia Nacional, de 1997, algo pouco feito no país naquela época. As rimas do grupo ganharam ainda mais peso com a mistura dos beats com os riffs de guitarra. Esse disco traz ainda uma parceria da banda com os irmãos Cavalera, na época vocalista e baterista do Sepultura, respectivamente. 

 

5 - Rap é compromisso

Único disco gravado em vida de um dos maiores nomes do rap nacional, Sabotage, Rap é compromisso vendeu mais de um milhão e meio de cópias após seu lançamento em 2000. O álbum traz a parceria do rap com outros diversos estilos musicais com a participação de nomes como Negra Li, Black Alien, Rappin’ Hood, RZO e Chorão, ex-vocalista do Charlie Brown Jr. 

 

6 - À procura da batida perfeita

O rapper carioca Marcelo D2 trouxe ao estilo a tão conhecida malemolência brasileira com À procura da batida perfeita, de 2003. Ao misturar o rap com samba, desde seu disco solo de estreia, Eu tiro é Onda, de 1998,  Marcelo D2 provou que estilos tão distintos podem ir muito bem juntos. Abriu precedentes para que a música popular pudesse transitar livremente no meio do Hip Hop e vice e versa. 

 

7 - Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe

Com um disco longo - de 25 faixas - e intenso em suas rimas, Emicida estreou dando uma refrescada no rap brasileiro. O álbum traz bases instrumentais versáteis sem deixar de lado a crítica social característica do estilo. Esse trabalho garantiu a Emicida sua entrada no mainstream da música nacional, conquistando o respeito dos críticos e do público. Hoje, certamente, figura como um dos rappers mais importantes do país.  

A Justiça de São Paulo revogou a prisão preventiva do policial militar Walter Pereira da Silva Junior, acusado de participar da chacina que deixou oito mortos, na sede da torcida corintiana Pavilhão 9, em abril.

Na sexta-feira, 4, a defesa pediu a liberdade do PM depois da audiência do processo alegando falta de provas. O promotor Rogério Zagallo e a juíza substituta que presidiu a sessão concordaram. Silva Júnior foi solto na segunda-feira, 7.

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A decisão não agradou os familiares da vítimas, que acusam o promotor Zagalllo de simpatizar com policiais envolvidos em execuções e ignorar o fato de Silva Junior estar envolvido em uma chacina ocorrida em Carapicuíba, em 2013, com 12 mortos. A Defensoria Pública vai entrar com recurso para tentar reverter a decisão.

Segundo o promotor, as provas contra Silva Júnior são frágeis. "Temos uma testemunha protegida que deu quatro depoimentos diferentes e chegou a reconhecer um policial morto, em 2010, como participante da chacina. No caso do acusado, a testemunha o reconheceu na delegacia, mas não o reconheceu em juízo e, antes do primeiro reconhecimento, afirmou que não tinha condições de fazê-lo. A outra prova é uma denúncia anônima que não se sustenta tecnicamente", disse Zagallo, que nega as acusações.

"Se tivessem 99 processos com provas contra o Fernandinho Beira-Mar por qualquer crime, eu pediria as condenações. Mas, se no 100º caso, não houvesse provas, eu pediria a absolvição. É para isso que sou promotor de Justiça", afirmou.

O ex-PM Rodney Dias dos Santos, apontado como mandante, permanece preso.

Um policial militar e um ex-PM foram presos nesta quinta-feira (7), suspeitos de terem participado da chacina que matou oito pessoas na sede da Pavilhão 9, torcida organizada do Corinthians. A Justiça havia decretado a prisão dos dois a pedido do setor de investigações de chacinas do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

De acordo com investigações, o ex-policial Rodney Dias dos Santos, de 42 anos, que atuaria no tráfico de drogas na região da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), é apontado como orquestrador do crime. Ele teria mandado executar Fábio Neves Domingos, de 34 anos, ex-presidente da Pavilhão 9, após um desentendimento. A Polícia Civil ainda investiga se o motivo está relacionado a uma possível dívida ou disputa por pontos de venda.

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Com passagem pela polícia, Santos também teria participado diretamente da chacina, junto com comparsas. Segundo investigações, ele foi até a unidade da torcida organizada e atirado contra as vítimas. O ex-PM foi preso em casa, na Grande São Paulo. O outro suspeito é o soldado da Polícia Militar Walter Pereira da Silva Junior, que atua em Carapicuíba, preso no batalhão enquanto trabalhava.

O crime aconteceu na noite de um sábado, dia 18 de abril, véspera de um clássico entre Corinthians e Palmeiras, na zona oeste da capital paulista. Apesar de ter sido um dia de festa na unidade da torcida, apenas 12 pessoas estavam no local no momento da chacina - quatro conseguiram fugir, entre eles um faxineiro poupado pelos assassinos.

As vítimas eram homens entre 19 e 38 anos, dos quais quatro já haviam sido acusados de tráfico de drogas. Para os policiais, no entanto, o alvo era um só: Domingos. Os demais morreram por estarem no lugar errado, na hora errada.

Logo após a chacina, os policiais descartaram a hipótese de rixa entre torcidas organizadas e afirmaram o tráfico como a principal linha de investigação. Uma semana depois, a Folha de S. Paulo informou que a Polícia Civil passou a investigar a participação de PMs no caso. O DHPP e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), no entanto, tentaram desmentir a informação.

A Polícia Civil fez na quinta-feira, 23, o retrato falado de um dos suspeitos de ter matado oito pessoas, no sábado, na sede da torcida organizada do Corinthians Pavilhão 9, na zona oeste da capital. O desenho foi feito com base no depoimento de uma testemunha do crime, mas não havia sido divulgado até a noite de ontem.

Os investigadores do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) - órgão responsável pela investigação - queriam colher mais detalhes sobre o suspeito antes de divulgar o retrato falado.

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A principal linha de investigação é acerto de contas por tráfico de drogas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quatro dos oito mortos na chacina ocorrida dentro da sede da Pavilhão 9, torcida organizada do Corinthians, tinham passagem pela polícia por tráfico de drogas, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Entre as vítimas está Fábio Neves Domingos, de 34 anos, apontado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) como o único alvo dos criminosos. As outras sete pessoas teriam morrido porque estavam no local no momento da execução.

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De acordo com a principal linha de investigação da polícia, Domingos estaria envolvido com a venda de drogas na região da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na zona oeste. A polícia ainda não sabe se o crime foi cometido por causa de dívida ou disputa por pontos de drogas. A ordem para execução pode ter partido do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Domingos também é conhecido da polícia por ter sido um dos 11 corintianos detidos em Oruro, na Bolívia, após a morte de Kevin Espada, de 14 anos, torcedor do San José, em um jogo da Libertadores em 2013.

Além de Domingos, Ricardo Júnior Leonel de Prado, de 34 anos, André Luiz Fonseca de Oliveira, de 29, e Jonathan Rodrigues Nascimento, de 21, já haviam sido presos por tráfico.

Apesar de ser apontado como o alvo, Domingos foi atingido por dois disparos - um na cabeça e outro no braço direito-, enquanto Oliveira recebeu quatro tiros. Todos os outros foram baleados apenas uma vez.

Rosto à mostra

A chacina aconteceu na noite de sábado passado, na sede da Pavilhão 9, que fica embaixo da Ponte dos Remédios, perto da Marginal do Tietê, na zona oeste. Três pessoas usando capuz, mas com o rosto descoberto, entraram armadas e mataram os oito homens. Quatro conseguiram fugir - entre eles, um faxineiro, poupado pelos criminosos.

A polícia tem o nome de dois suspeitos: Domênico e André. Equipes do DHPP fizeram buscas em diversos endereços, principalmente na zona leste, mas não conseguiram localizá-los. Até a noite de ontem, ninguém havia sido preso. Foi decretado segredo de Justiça do caso.

Os policiais não descartam a participação de outras pessoas no crime. A suspeita é de que duas motos tenham ficado estacionadas em pontos cegos de câmeras de vigilância, instaladas em postos de gasolina perto da sede da Pavilhão 9, para dar cobertura aos criminosos.

Familiares das vítimas devem ser ouvidos pelo DHPP a partir desta quarta-feira, 22, com o objetivo de traçar um perfil dos mortos. Testemunhas do crime também serão chamadas para fazer um retrato falado dos assassinos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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