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Insatisfeitos por não terem sido recebidos por Paulo Câmara, familiares e amigos de Beatriz Angélica Mota decidiram protestar nas ruas do centro do Recife. O grupo, com cerca de 46 pessoas, saiu de Petrolina, no Sertão do Estado, para entregar um abaixo-assinado com 20 mil assinaturas ao governador.
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Segurando faixas, o grupo seguiu das imediações do Palácio do Campo das Princesas em direção a Ponte Duarte Coelho. O tráfego de veículos ficou bloqueado no cruzamento da Rua do Sol com Avenida Guararapes, com o grupo realizando um apitaço.
Em determinado momento o clima ficou tenso no ato. Alguns motoristas que queriam prosseguir viagem vieram reclamar com os manifestantes. Em tom debochado, um motorista começou a dizer que protesto não trazia resultados e que casos como o de Beatriz continuaria acontecendo. Um dos manifestantes acertou com uma buzina o para-brisa do carro do rapaz.
Por volta das 12h50, mesmo com a negativa de algumas pessoas do grupo, os manifestantes voltaram a fazer uma caminhada em direção ao Palácio do Governo. Eles interditaram a Ponte Princesa Isabel, que dá acesso ao palácio e pretendem deixar o local só após conversar com o governador. Os assessores de Paulo Câmara alegaram que o governador está em compromisso externo na manhã desta terça-feira e que não conseguiram contato com ele. Eles também lembraram que Câmara tem agenda hoje às 15h, quando realiza a entrega do 1° Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) se posicionou sobre o caso através da seguinte nota:
A Secretaria de Defesa Social (SDS) informa que o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, o secretário executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto, e o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, estiveram à disposição do grupo que veio de Petrolina ao Palácio do Campo das Princesas reivindicar a elucidação do caso Beatriz, garota barbaramente assassinada em uma escola privada da cidade no Sertão do estado, para tratar do andamento da investigação. Os pais da garota foram irredutíveis e não aceitaram a interlocução com a SDS e a Casa Civil e pretendiam ser atendidos pelo governador Paulo Câmara, que não se encontrava no Palácio no horário da visita do grupo. Em visita a Petrolina, este mês, o governador já havia se prontificado a receber, quando agendado o compromisso, os parentes de Beatriz. A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco assegura que todos os esforços estão sendo empenhados para solucionar o caso. Detalhes da investigação não podem ser revelados uma vez que o sigilo é precioso para que se chegue ao (s) culpado (s) do crime.
Entenda o caso
O crime aconteceu na noite do dia 10 de dezembro de 2015, dentro do ginásio do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. O pai da criança, Sandro Romilton Ferreira, trabalhava no colégio como professor de inglês e em um momento da noite, sentiu falta da filha. Ele chegou a subir ao palco onde ocorriam as apresentações e solicitou aos convidados que o ajudassem a localizar Beatriz.
Convidados escutaram gritos e minutos depois o corpo da garota foi encontrado numa sala de material esportivo desativada, com 42 perfurações de uma faca do tipo peixeira, que foi deixada cravada em seu abdômen. A polícia já descartou que a menina tenha sofrido agressão sexual.
O Disque Denúncia oferece R$ 10 mil para quem prestar informações que ajudem a encontrar o assassino de Beatriz. A denúncia pode ser feita pelo telefone (81) 3719-4545 ou através do site do órgão.
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Com informações de Jorge Cosme