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A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai propor ao governador Paulo Câmara (PSB) que as reuniões de articulação do Pacto Pela Vida sejam regionalizadas.  A sugestão foi discutida na sétima edição do Pernambuco de Verdade, na noite dessa quinta-feira (28), em Petrolina, no Sertão. O objetivo, de acordo com o colegiado, é de que a temática seja debatida com os prefeitos para incluir as administrações municipais no combate à violência no estado. 

Na passagem por Petrolina, os parlamentares se reuniram com o 5º Batalhão da Polícia Militar, que, de acordo com eles, hoje trabalha com um déficit de 550 homens. “Vamos encaminhar ao governador Paulo Câmara solicitação para criação de um Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp) no São Francisco, além de cobrar as promessas feitas à população”, destacou o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da bancada.

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A agenda incluiu ainda um encontro com o prefeito Miguel Coelho (PSB). O prefeito destacou a importância do Biesp para a região e falou sobre outras demandas para a área de segurança, como a promessa de aquisição de um helicóptero para ajudar no combate à violência e ao tráfico na região.  "Apesar de constar no Plano de Segurança do Governo do Estado, anunciado em abril, até hoje segundo o Portal da Transparência nenhum helicóptero foi adquirido pelo Governo", destacou a deputada Priscila Krause (DEM).

Além da segurança pública, a situação da saúde também foi avaliada. O Hospital Dom Malan, responsável pelo atendimento à população de 54 municípios de Pernambuco, Bahia e Piauí, de acordo com a vistoria da oposição funciona com uma demanda 150% superior à sua capacidade, além dos problemas de infraestrutura. O teto de uma das alas, por exemplo, desabou há dois anos e o piso da Pediatria cedeu há um ano. 

“Ouvimos dos representantes da Fundação Imip, que administra o hospital, que há recursos disponíveis para as obras, mas falta autorização da Secretaria de Saúde para que o investimento seja realizado”, detalhou o deputado Augusto César (PTB). “É um verdadeiro descaso com a população”, completou Júlio Cavalcanti (PTB).

Ainda em relação à saúde, a administração municipal disse que aguarda a regularização de um débito da ordem de R$ 5 milhões do Estado com o município, de ações como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), entre outros programas. Outros locais visitados pelos parlamentares foram a rodoviária da cidade, o Instituto de Medicina Legal, o Corpo de Bombeiros, a Delegacia de Roubos e Furtos, a Compesa e a UPE. As próximas edições do Pernambuco de Verdade serão realizadas na Zona da Mata Sul e Região Metropolitana do Recife.

O maior mecanismo de incentivo à Cultura em Pernambuco, o Funcultura distribui anualmente R$ 36 milhões para a cadeia produtiva do segmento no Estado. No último edital, o fundo trouxe uma grande novidade, fruto de uma demanda antiga dos produtores culturais: o lançamento de um edital exclusivo para a área de música.

Marcelino Granja, secretário de Cultura de Pernambuco, e Márcia Souto, presidente da Fundarpe, conversaram com exclusividade com o LeiaJá sobre este e vários assuntos. O resultado das duas horas de entrevista está sendo publicado desde a última terça (18), quando o tema foi a exclusão do brega dos eventos bancados pelo governo estadual. Na quarta, o assunto foi a reforma no Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) de Pernambuco, que está tramitando na Assembleia Legislativa.

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Confira mais um trecho da entrevista, e saiba o que os gestores da Cultura no Estado de Pernambuco preparam para o Funcultura:

A Secretaria e a Fundarpe já falaram bastante em editais do Funcultura que contemplassem separadamente todas as regiões de Pernambuco, mas eles nunca foram realizados. Esse plano foi revisto?

Marcelino Granja - Em todos os editais, desde o ano passado, o sistema de pontuação passou a ter 'origem étnica', 'gênero' e 'origem regional' como itens que valem pontos. Os editais específicos para cada área geográfica não foram ainda implementados porque há uma heterogeneidade absurda entre as linguagens sobre isso. Então esse processo de inclusão social e regional depende da evolução daquela linguagem em cada área do Estado. Quando a gente foi ver o cadastro de produtores culturais, é muito pouco representativo ainda no interior. Então tem que se fazer uma trabalho de cadastrar quem existe em cada região.

Márcia Souto - Não adianta abrir editais regionais se esses editais não derem retorno. A gente precisa preparar esse ambiente, incentivar mais o cadastro cultural, fazer esse levantamento das demandas do interior, são estudos que levam um certo tempo e precisam ser mais detalhados. A gente não tem como, hoje, imaginar que, lançando editais para o interior a gente tá regionalizando. Seria fazer apenas uma coisa de fachada. Para regionalizar de fato, a gente precisa preparar esse ambiente nas regiões. Tem que trabalhar o cadastro nessas áreas, levantar as potencialidades de cada uma, ver as oportunidades, além da demanda de público também. Tem todo um estudo que precisa ser feito e um incentivo a outras fontes. Por exemplo: a gente discute hoje muito a questão da formação, porque os editais de formação, de maneira geral, são muitos abertos e a gente precisa saber o que a gente está precisando hoje formar no Estado em cada cadeia produtiva, pra que se possa ter o resultado e em seguida dar outro passo. E não ficar à mercê da demanda que a produção existe para a formação.

Marcelino Granja – E como a demanda está concentrada na Região Metropolitana, acaba ficando tudo aqui.

E esse cadastro está sendo feito de maneira ativa pela Fundarpe?

Marcia Souto - Está sim. E a gente está informatizando o Funcultura, e nesse pocesso mesmo a digitalização ajuda muito. É difícil trabalhar um cadastro do tamanho do Funcultura manualmente.

E quando a digitalização vai incluir os projetos que são apresentados ao fundo?

Marcelino Granja – Vai ser um processo. Primeiro digitaliza o cadastro, digitaliza o edital. Depois vai digitalizando os documentos. O Funcultura só termina para o produtor quando o projeto dele é arquivado.

Márcia Souto - Quando a gente lança o edital, tem alguns projetos em aberto ainda, em execução. E a gente não pode parar e dizer: 'Não vamos lançar edital para digitalizar tudo', não é o caso.

No próximo edital então os projetos deverão ser ainda entregues em papel?

Marcelino Granja - Nós vamos tentar e tudo indica que este ano a gente já vai receber os projetos on-line. O processamento dos projetos é uma terceira etapa.

Márcia Souto - Porque a gente vai ter que trabalhar com dois processos simultâneos, não adianta se esforçar para digitalizar projetos que já estão sendo encerrados. Então a gente precisa pensar numa transição. Depois vai ter o processo de digitalizar todo o passado, mas como arquivo, é diferente. Mas para a digitalização na execução dos projetos, vai ter esse processo de transição.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), defendeu a regionalização das políticas de desenvolvimento industrial do país ao participar, no Rio de Janeiro, de um seminário organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com os jornais “Financial Times” e “Valor Econômico”, para debater o estudo "Perfil da Competitividade Brasileira”, que detalhou o perfil econômico de cada região.  

Segundo ele, existe hoje uma polarização que aponta a necessidade das políticas industriais, de inovação e de comércio exterior terem uma dimensão regional.  “Este é um importante instrumento para o direcionamento dos investimentos públicos nas microrregiões que hoje se constituem em novas fronteiras de desenvolvimento produtivo”, declarou o ministro. “Algo que foi observado é que as microrregiões mais competitivas em termos de ensino superior e técnico eram também as mais competitivas no ensino fundamental. Isso porque há uma forte correlação entre os níveis básicos de educação e seus estratos superiores. Portanto, é preciso que haja um esforço dos três níveis de governo para superar esses obstáculos”, acrescentou.

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No âmbito da política nacional de desenvolvimento regional, Armando Monteiro assinalou que é  preciso repensar novos instrumentos que possam reduzir as assimetrias de competitividade apontadas no estudo, como adotar um modelo mais atrativo de concessões em infraestrutura para as regiões Norte e Nordeste. O ministro afirmou que a dimensão regional terá que ser levada em conta no processo em curso de reorientar a política industrial – que deverá ter mais foco na produtividade, modernização do parque industrial e maior acesso da pequena e média empresa a mecanismos de fomento à inovação.

Monteiro ressaltou, ainda, que o ajuste não é o fim em si mesmo, e que o MDIC está centrado em um trabalho de construir os canais da retomada do crescimento: “Um dos canais fundamentais é a exportação; o Brasil precisa integrar uma rede de acordos internacionais, em especial nas regiões de maior dinamismo. Por isso, já temos uma agenda importante para aumentar o comércio com os Estados Unidos. A ampliação do acordo com o México, celebrado recentemente, pode ser um caminho para fortalecer laços com os países da Aliança do Pacífico – como Chile, México e Peru”, finalizou.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), deputado Guilherme Uchoa (PDT), sugeriu nesta terça-feira (18) que o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) encaminhe à Casa um projeto de lei complementar para realizar alterações no código de organização judiciária do Estado. Segundo o parlamentar, é necessário que se estabeleça a regionalização judiciária, visando criar duas Câmaras Regionais em Caruaru e Petrolina. O pedetista destacou que a proposta tem por base o desenvolvimento de Pernambuco que, nos últimos sete anos, tornou-se um dos maiores centros econômicos do País. 

Segundo o presidente da Alepe, o Estado avança com foco na descentralização dos mais variados segmentos, para atender às demandas da população mais vulnerável. Uchoa afirmou que o Poder Judiciário tem a missão de acompanhar as mudanças e necessidades da sociedade contemporânea, que necessita de uma justiça mais rápida e eficiente. 

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De acordo com o pedetista, Pernambuco já é o sétimo Estado mais populoso do Brasil e o alto grau de desenvolvimento em que se encontra trazem reflexos diretos nas relações sociais, principalmente no interior. Para o parlamentar, a regionalização das atividades jurisdicionais é fundamental para acompanhar a grande transformação econômica local. Segundo ele, a iniciativa vai resultar na redução de custos para operadores do direito e cidadãos, além de garantir agilidade dos processos. 

O presidente do Legislativo pernambucano acrescentou que a Constituição Federal autoriza o Judiciário a fomentar a criação de Câmaras Regionais a fim de assegurar à população o pleno acesso à justiça em todas as fases do processo. Em sua opinião, a descentralização gera outros ganhos, como a permanência dos processos nas regiões judiciárias de origem e ainda facilita o trabalho dos advogados, que não precisarão se deslocar até a capital.

Os impactos do Projeto de Lei (PL) 5992/2013 que tramita no Senado Federal e estabelece os percentuais de regionalização da produção cultural, artística e jornalística das emissoras de radiodifusão sonora e de sons e imagens será debatido na próxima segunda-feira (12). A audiência pública, promovida pela deputa federal Luciana Santos (PCdoB), será realizada no Centro de Artesanato Pernambucano às 16h.

A ideia da iniciativa é colher opiniões dos envolvidos no processo de produção de conteúdo cultural e de informação voltados para o audiovisual em Pernambuco. A partir das sugestões, a deputada que preside a Frente Parlamentar de Cultura irá preparar emendas ao projeto de lei que visem o objetivo de garantir o princípio fundamental da regionalização da produção cultural, artística e jornalística.

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“Esta é uma luta estratégica para garantir a pluralidade e a democracia nos meios de comunicação. O Brasil é muito rico e diverso em sua cultura e não podemos aceitar que nossas tradições, nossa arte, nossos costumes sejam preteridos porque o eixo de produção se concentra no sudeste do país”, defendeu Luciana.

 

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