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O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) anunciou a apresentação de três projetos de lei, incluindo os temas da reforma agrária, restrição da remessa de lucros ao exterior por empresas multinacionais e aprimoramento do sistema de educação pública.

Segundo o pedetista, o resgate desses temas é uma forma de homenagear a todos os brasileiros que lutaram, na década de 60, pelas reformas de base anunciadas pelo presidente João Goulart.

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Os três projetos, além da assinatura do parlamentar, serão também subscritos pelos senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Pedro Simon (PMDB-RS).

“A reforma agrária teria deixado o Brasil com uma cara completamente diferente e melhor hoje do que a que nós temos, mas não fizemos. Preferimos dar um golpe militar para impedir aquela reforma e ela foi impedida. E, ao ser impedida, nós tivemos a tragédia da migração urbana de imensas massas em direção às cidades, sem emprego, com a pobreza gritante, com os serviços degradados, com uma inflação crescente e com a consequente violência”, lamentou o senador.

O foco das mulheres da Via Campesina em Pernambuco nesta terça-feira (11) é propagar a campanha Mulheres Sem Terra na luta contra o capital e pela Reforma Agrária Popular. Durante todo o dia, elas realizam protesto em alguns pontos da cidade, com o objetivo de defender a Reforma Agrária Popular e lutar contra a paralisação das vistorias. 

Durante a manhã de hoje, cerca de 400 camponesas ocuparam a Sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). No período da tarde, elas devem seguir em marcha pelas ruas do Recife. Além da capital pernambucana, a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas também acontece em outras cidades da Zona da Mata, Agreste e Sertão do estado.

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Desde a ultima sexta-feira (7) as trabalhadoras seguem com mobilizações. Em Petrolândia, cerca de 200 mulheres do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam vários órgãos públicos do município de Petrolândia, como o INSS, Delegacia de Polícia e a Celpe, na região Sertão de Itaparica, há 462 quilômetros do Recife. 

Ontem (9), cerca de 300 mulheres Sem Terra foram até a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba – Codevasf, que fica no município de Petrolina, e mais 250 mulheres marcharam em protesto nas ruas do município de Orocó.  

 

Com informações da assessoria

Mulheres do Movimento Sem Terra (MST) realizam protesto, nesta segunda-feira (10), em frente à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), no município de Petrolina. As militantes exigem uma adutora para abastecimento de águas em todos os assentamentos do Vale do São Francisco, bem como o tratamento e estruturação de água para consumo das áreas de Reforma Agrária. 

As camponesas também combatem a parceria público-privada da fazenda Pontal Sul – Projeto Pontal –, a fim de que a área seja desapropriada para fins da Reforma Agrária. Os Sem Terra já ocuparam a fazenda, em 2004; segundo as mulheres, trata-se de um latifúndio público de 33.526 hectares. 

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Segundo as militantes, o projeto de implantação da infraestrutura de irrigação se arrasta há anos, já que parte da obra já foi concluída. “Com a implantação do projeto, as águas do Rio São Francisco, responsáveis em beneficiar toda a população que vive às suas margens, favorecerá apenas poucas empresas do agronegócio, possivelmente de capital estrangeiro”, combateu a integrante da direção estadual do setor de Gênero do MST, Suely Silva. 

Desde a semana passada, mulheres realizam mobilizações em todo o País, através da Jornada de Luta das Mulheres Sem Terra, em celebração ao Dia Internacional da Mulher (8 de março).

Com informações do MST

Imerso em um contexto rural, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), anunciou, nesta sexta-feira (17), investimentos para algumas áreas rurais do Estado. Durante uma rápida participação no 3º Congresso Nacional da Juventude Camponesa, Campos assinou uma Ordem de Serviço para obras de irrigação, abastecimento de água e assistência técnica de cultivos orgânicos para o Sertão e Agreste. No evento, o governador enalteceu luta do movimento por pautas da Reforma Agrária, ressaltou que o futuro do Brasil passa pelo diálogo com a juventude de todas as regiões e pontuou a participação da Igreja Católica na causa.

"A construção de um futuro melhor não há de ser feita sem ouvir a juventude das periferias, os jovens do campo. Acho importante que Pernambuco possa receber jovens de todo Brasil que lutam para construir um campo com mais dignidade e vida. Aqui nós vimos surgir as lutas pela reforma agrária, o primeiro acordo do campo, o primeiro movimento católico para a juventude rural, ainda com Dom Hélder Câmara... Pernambuco é uma terra de lutas libertárias fortes que sempre teve a influência da igreja”, frisou o socialista. 

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Como tem se posicionado, desde que assumiu uma postura mais crítica ao Governo Federal, Campos destacou a desigualdade de desenvolvimento no Nordeste e frisou a luta da população camponesa por uma vida mais digna, citando as suas últimas andanças pelo país tendo em vista a sua possível candidatura à presidência da República. “Eles desejam discutir o campo, mas também o Brasil, como o Brasil pode ir adiante e como podemos preservar as conquistas dos últimos anos. Olhando para o futuro e dizendo que queremos mais do futuro, não mais do mesmo jeito, mas diferente. Temos milhões de brasileiros que querem continuar a viver no campo, mas com vida digna”, disse.

Serão beneficiados os municípios de Iguaraci, Santa Terezinha, Tuparatema e São José do Egito, no Sertão do Pajeú; e Tupanatinga, Caetés e Garanhuns, no Agreste Meridional. Os investimentos são da ordem de R$ 707,6 mil. 

Pauta de reivindicações

O socialista recebeu da Pastoral da Juventude Rural (PJR) duas pautas com reivindicações da juventude a nível estadual e nacional. No texto local, o movimento pede que o governador viabilize uma maior qualidade de vida no campo. No âmbito nacional a PJR diz ser necessário que o governador assuma o enfrentamento da juventude camponesa contra o agronegócio e construa políticas de acesso à terra e à produção agroecológica. 

O Congresso

O 3º Congresso Nacional da Juventude Camponesa foi iniciado na última terça-feira (14) e segue até o domingo (19) no Parque de Exposições do Cordeiro. Quase 1.500 jovens estiveram presentes, incluindo índios de tribos pernambucanas e paraibanas. O evento foi organizado pela PJR e pela Pastoral de Juventude do Meio Popular (PJPM). 

O governo do PSDB no Estado de São Paulo e a gestão petista da União vivem hoje situações contraditórias na política fundiária do Pontal do Paranapanema. Por causa de duas medidas paradas, uma na esfera estadual e outra na federal, de um lado os ruralistas estão criticando o governo tucano e de outro militantes do MST acusam os órgãos federais de boicotar a reforma agrária na região - onde se concentram os maiores conflitos por terra no Estado.

No caso do PSDB, um projeto do governo tucano que regulariza áreas com mais de 15 módulos fiscais - acima de 400 hectares - que beneficia os fazendeiros está parado há cinco anos na Assembleia Legislativa paulista. O projeto partiu do então governador tucano José Serra, mas o PSDB, que detém maioria na casa, não deixou que ele seguisse adiante.

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Ao mesmo tempo, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão do governo federal, vem retardando a renovação de um convênio com a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) para arrecadar terras devolutas na região para futuros assentamentos A medida é defendida por grupos aliados como o Movimento dos Sem Terra (MST). O último convênio venceu em dezembro de 2007 e, apesar do interesse do Itesp, o Incra reluta em renová-lo.

De acordo com o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, o PL 578, de 2007, foi encaminhado à Assembleia junto com outra proposta que legalizava áreas com até 450 hectares. O projeto que permite a regularização de pequenas propriedades foi aprovado em março do ano passado e virou lei, mas a legalização das áreas maiores emperrou. "A regularização foi uma promessa do governo do PSDB ao setor produtivo da região, mas deixaram cair no esquecimento. Enquanto isso, o governo tucano continua movendo ações contra produtores que estão produzindo há mais de um século. Isso gera um clima de permanente conflito na região", atacou Nabhan.

Pressões

O deputado tucano Mauro Bragatto, coordenador da Frente Parlamentar pela Regularização Fundiária do Estado, disse que a proposta não avançou por força das pressões contrárias. "O PT e o PSOL são contra e uma proposta como essa depende também da oposição. Não havia apoio social para a regularização das áreas maiores e a Assembleia nem quis discutir. O projeto acabou indo para a geladeira." Segundo ele, nada impede que a proposta volte a ser examinada. "Quando surgirem condições objetivas, vamos colocá-la em pauta."

Já o convênio que permite ao governo paulista retomar as terras devolutas na região terminou há seis anos e não foi renovado. A recuperação das terras e sua destinação a assentamentos depende do aval do Incra, que repassa recursos para as benfeitorias. O dirigente estadual do MST, Márcio Barreto, acusa o governo federal de "trabalhar contra" a reforma agrária na região. "Houve um desmonte do Incra em São Paulo e o governo federal fez de tudo para evitar a parceria com o governo do Estado para arrecadar terras que estão com grileiros."

O Incra informou em nota que um novo convênio está em fase final de análise. "O órgão estadual apresentou uma minuta de convênio que passou por alterações", diz a nota. A assessoria do Itesp informou que o Estado tem interesse em fazer o convênio para a reversão de terras públicas, mas aguarda posição oficial do Incra.

A expectativa é arrecadar 33 mil hectares. No Pontal, já foram instalados 94 assentamentos estaduais e 17 federais. No Estado todo, são 180 assentamentos, sendo 136 estaduais e 44 federais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o apoio de 34 deputados estaduais, a deputada Terezinha Nunes (PSDB), através de requerimento, solicitou à Assembleia Legislativa de Pernambuco a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar o abandono e a depredação no assentamento das terras desapropriadas da fazenda Catalunha. Segundo a deputada, a fazenda, que já foi uma das mais produtivas da região do São Francisco, hoje está parecendo um deserto.

“O Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) investiu milhões no processo de desapropriação para  os assentados, chegou inclusive a entregar kits de irrigação e hoje  a fazenda está completamente abandonada e depredada”, denunciou afirmando que “é preciso saber quais os motivos que  culminaram com o fracasso do projeto, identificar os responsáveis e evitar que novas iniciativas sejam realizadas, fazendo o dinheiro público escorrer pelo ralo e sem trazer qualquer benefício aos trabalhadores”.

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Para ela é preciso ouvir todas as partes envolvidas, tantos os órgãos públicos responsáveis pelo processo de reforma agrária, quanto os agricultores. “Da forma como o programa nacional de reforma no campo tem sido conduzido, vem criando um ciclo vicioso. Sem orientação e controle, os recursos investidos pelo Governo acabam sendo empregados indevidamente e os assentados terminam abandonados à própria sorte. Sem alternativas eles são aliciados para novas invasões, provocando instabilidade no campo”.

“A instalação da CPI será de fundamental importância para evitar que novos erros sejam cometidos nos projetos de reforma agrária em andamento, onde são gastos milhões que, no final, acabam desperdiçados e os assentados abandonados, o que tem causado prejuízos econômicos e sociais profundos”, afirmou.

A fazenda Catalunha, situada entre os municípios de Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, na Região do Vale do São Francisco, foi desapropriada em 1998, pelo  Incra para  assentar 600 famílias de trabalhadores rurais sem terra.

Antes da desapropriação a fazenda era considerada como o maior investimento privado em irrigação no São Francisco, tendo implantado um projeto modelo que chegava a irrigar mais de três mil hectares. A propriedade contava com produção de frutas e um sofisticado processo de irrigação, contendo canais, bombas de sucção de água e uma primorosa estrutura de captação de água do Rio São Francisco. A fazenda foi entregue ao MST em plena capacidade de produção.

Hoje a propriedade está deserta. Nenhuma de suas benfeitorias está em funcionamento, tudo foi destruído. As terras que, no passado, estavam produzindo a todo vapor mais parecem um deserto. Os assentados que não abandonaram por completo a área estão trabalhando como assalariados em fazendas vizinhas para poder sobreviver.

No mês passado uma comissão de parlamentares esteve na região para acompanhar a onda de invasões, com fazendas e vinícolas ocupadas por integrantes do MST e constataram o clima de tensão no sertão do São Francisco.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

A presidente Dilma Rousseff editou, pela primeira vez neste ano, um decreto de desapropriação para reforma agrária. A expropriação de oito propriedades rurais foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 25, mas não garante a imediata redistribuição para assentamentos. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o primeiro passo é ajuizar, na Justiça, o pedido de posse.

Sergipe e Bahia tiveram duas fazendas desapropriadas. Mais quatro entraram na lista do governo em Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Goiás. Segundo o Incra, as terras ocupam uma área de 3,48 mil hectares, o que possibilita o assentamento de 159 famílias. Para cumprir a meta anunciada semana passada, quando o governo se comprometeu a assentar 5.050 famílias até 31 de dezembro, ainda é necessário expropriar pelo menos mais áreas entre 90 mil a 200 mil hectares.

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A retomada da reforma agrária foi anunciada há nove dias na cerimônia de lançamento do Plano de Agroecologia e Produção Orgânica, em Brasília, numa tentativa de conter as críticas que a presidente Dilma tem recebido de movimentos sem-terra, quilombolas, indígenas e ambientalistas.

Para rebater as acusações de que há desaceleração nos assentamentos, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) destacou que "a reforma agrária não se dá apenas em área desapropriada". "A obtenção de terras ocorre, também, por compra direta e destinação de terras públicas, seja pela União e pelos Estados", destacou o órgão em resposta ao Estado. O ministério afirma que, entre 2011 e 2012, mais de 2,2 milhões de hectares foram incorporados ao Programa Nacional de Reforma Agrária em benefício de 45 mil famílias de trabalhadores rurais.

Portarias publicadas este ano mudaram alguns ritos para desapropriação de terras e são usados como justificativa para a freada na reforma agrária. Agora, para que uma área seja expropriada, é necessário apresentar não apenas o laudo de improdutividade, exigido hoje, como também um estudo que comprove a capacidade de geração de renda no local.

Na ocasião em que anunciou a retomada do processo de reforma agrária, a presidente Dilma se comprometeu a editar, pelo menos, 100 decretos de desapropriação de terra para reforma agrária até o fim deste ano. Outros quinze Estados devem ter imóveis rurais destinados à reforma agrária: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal.

JOÃO PESSOA (PB) - Após seis horas de negociação, os integrantes do Movimento Sem Terra (MST) conseguiram marcar uma audiência com o Governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). Segundo a Secretaria de Comunicação Institucional (Secom), Coutinho está em viagem pelo interior do estado e, por este motivo, não poderia recebê-los durante esta segunda-feira (21).

A reunião, que deverá contar com a presença de secretários, foi marcada para a próxima quinta-feira (24), às 15h. Com a promessa, os manifestantes deixaram o Centro Administrativo Estadual (CDE) e se encaminharam para a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de onde devem sair apenas na hora da audiência.

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Durante o protesto, uma porta de vidro foi quebrada e uma arma de fogo foi encontrada. Segundo informações da Secom, carros foram riscados e cerca de 200 funcionários foram mantidos presos dentro do prédio. Três policiais militares e alguns manifestantes ficaram feridos.

Durante um confronto, pedras foram lançadas contra a Polícia, que revidou com spray de pimenta e bombas de efeito moral. Antes e depois da ocupação do CDE, os trabalhadores ocuparam a avenida Epitácio Pessoa, a principal via de João Pessoa, provocando grandes congestionamentos.

O MST quer a desapropriação de terras já plantadas e que, segundo o Movimento, está em época de colheita. Para tanto, pediam uma audiência com o Governador a fim de discutir o assunto.

JOÃO PESSOA (PB) - O Governador Ricardo Coutinho (PSB) falou sobre o protesto do Movimento Sem Terra (MST), que acontece desde a manhã desta segunda-feira (21), em João Pessoa. As declarações foram dadas durante o programa de rádio Fala Governador.

Segundo Coutinho, foi aberto espaço em sua agenda para receber os trabalhadores na última quinta-feira (17), mas o Movimento recusou o diálogo. O Governador afirmou ter esperado por mais de duas horas pela comissão.

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"Se eu fosse mesmo uma pessoa fechada para o diálogo já teria colocado a polícia para agir hoje pela manhã", salientou. A Polícia Militar agiu após a ocupação do Centro Administrativo do Estado, no fim da manhã.

"Sou parceiro das causas coletivas, não de vandalismo como fizeram hoje no Centro Administrativo", declarou Coutinho, se referindo a carros riscados, quebra de porta de vidro e pedras que teriam sido lançadas.

Ele falou que tem compromisso com a luta pela democratização da terra, mas se opõe a esta forma de agir. "Meu compromisso não pode ser com vandalismo, nem de forma que ameaça a integridade dos servidores", ressaltou.

Ainda de acordo com Ricardo Coutinho, a sua gestão investiu R$ 8 milhões nos assentamentos, na doação de medicamentos e nas escolas de campo. Para finalizar, o Governador declarou que os manifestantes não estão atacando o governo e sim atacando a sociedade.

O MST quer uma audiência com o Governador Ricardo Coutinho e ocupou o Centro Administrativo garantindo que só deixarão o local após serem atendidos. A principal reivindicação é referente a desapropriação de terras já plantadas pelos trabalhadores.

JOÃO PESSOA (PB) - O protesto do Movimento Sem Terra (MST) registrou um tumulto no Centro Administrativo do Estado da Paraíba, onde os manifestantes que caminharam por toda a avenida Epitácio Pessoa se encontraram com outros que os esperavam a chegada. Cerca de 800 integrantes do MST ocuparam o estacionamento.

A Polícia Militar foi acionada e, segundo testemunhas, foi recebida com pedras. Os policiais revidaram com bombas de efeito moral e gás de pimenta. Há informações, ainda não confirmadas pela PM, que três policiais e alguns trabalhadores ficaram feridos.

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Uma porta de vidro foi quebrada durante a confusão, mas ainda não foi possível saber quem causou a quebra. O Centro Administrativo continua ocupado e os integrantes do MST garantiram deixar o local apenas após serem atendidos pelo Governador Ricardo Coutinho (PSB).

A PM e agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) fecharam a rua que dá acesso ao Centro e evacuaram a frente dos prédios. A assessoria de imprensa da Polícia Militar e a Secretaria de Comunicação Institucional do Estado foram procuradas, mas não atenderam aos telefonemas.

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JOÃO PESSOA (PB) - O Movimento Sem Terra (MST) fechou novamente a Avenida Epitácio Pessoa, em João Pessoa, na manhã desta segunda-feira (21). Os cerca de 200 manifestantes bloquearam o sentindo praia-centro caminhando em direção ao Centro Administrativo do Estado.

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Segundo Paulo Sérgio, Coordenador do MST, a promessa feita pelo Governador Ricardo Coutinho (PSB) não foi cumprida na última sexta-feira (18), quando a comissão que representava o MST e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) não foram recebidas para discutir os problemas das categorias.

“O Governador colocou uma entrave. Queria receber apenas seis pessoas e nós estávamos em 20 representantes dos agricultores e só poderíamos discutir a nossa pauta com todos”, explicou.

Paulo informou que será montado um acampamento em frente ao Centro Administrativo até que a comissão seja recebida. O trânsito ficou lento por toda a avenida, que é a principal via da cidade, ligando os bairros a região central.

São ao todo, 9 mil hectares de terras entre os estados de Pernambuco e Paraíba, nas cidades de Goiana e Caaporã, que estão ocupadas por cerca de cinco mil pessoas, esperando desapropriação.

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JOÃO PESSOA (PB) - Integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) bloquearam a principal avenida de João Pessoa, a Epitácio Pessoa, nos dois sentidos, na manhã desta quarta-feira (16). Os manifestantes ocuparam a frente e o interior da agência central da Caixa Econômica Federal e afirmam que só deixarão o local após serem recebidos.

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São cerca de 300 pessoas e dois trios elétricos que interditam as ruas, com a ajuda da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob). Parte dos integrantes se sentou na pista, enquanto outros, com trio de forró, cantavam dentro da agência e impendiam a entrada de clientes e de policiais.

De acordo com a integrante do MST, Mirian Silva, o Movimento pede a liberação dos recursos para construção e reforma das casas nas terras desapropriadas. “Nós temos cerca de 50 acampamentos na Paraíba e muitos deles tem quase dois anos que tem famílias vivendo embaixo da lona preta”, declarou.

Mirian informou que existem 4.500 famílias na Paraíba que esperam por este dinheiro, e outras oito áreas que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) deve desapropriar em breve. “Mas em todas as mobilizações são só promessas que a gente ouve e nada de resolver”.

O INCRA recebeu representantes do MST nesta terça-feira (15) e uma resposta a carta de reivindicações será dada nesta tarde. Desde a última segunda-feira (14), as mobilizações estão acontecendo e bloqueando trechos das BR230 e BR101, além de ruas centrais da capital.

JOÃO PESSOA (PB) - A BR101/Sul foi interditada, na manhã desta quinta-feira (10), por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Eles protestam contra a reforma agrária, segundo informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Os manifestantes pedem a presença de representantes do Ministério Público para que haja negociação. A PRF orienta os motoristas a desviar pela cidade de Pedras de Fogo, via Alhandra, para fugir do congestionamento causado.

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Os policiais estão no local indicando o caminho a quem precisa deixar a Paraíba em direção a Pernambuco.

A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul (MPF/MS) contra 19 pessoas que são acusadas de fazer parte de uma organização criminosa que cobrava propina para autorizar a ocupação ou regularizar a comercialização de lotes da reforma agrária em Corumbá e Ladário, na fronteira com a Bolívia. A partir de agora, os acusados são réus em ação penal por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica.

Segundo do MPF/MS, a investigação comprovou a venda de lotes nos Assentamentos Taquaral, Tamarineiro II-Sul, Paiolzinho e São Gabriel. Os lotes chegavam a custar R$ 60 mil e a propina, R$ 6 mil. O MPF descobriu que comerciantes e empresários locais estão entre os beneficiados das negociações ilícitas feitas entre o assentado que queria desistir do lote e o terceiro interessado em sua aquisição.

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Os procuradores explicam que "as transações entre ocupantes e interessados em lotes tornou-se a regra nos assentamentos situados na fronteira, avalizadas por meio de documentos fraudulentos elaborados pelos sindicatos de trabalhadores rurais e pelas associações de assentados, e regularizadas por servidores do Incra. "Alguns acusados possuíam vários lotes, obtidos com o mesmo esquema", diz o MPF/MS.

A investigação descobriu que, na maioria das vezes, os servidores do Incra exigiam a concordância do sindicato e das lideranças dos assentamentos, que cobram para fornecer documentos e declarações de autorização. Segundo o MPF/MS, os processos eram formalizados na unidade do Incra em Corumbá, "para dar aparência de legalidade à ocupação do lote, por meio de documentos falsos que atestavam que pessoas sem perfil de beneficiário e que não estavam inscritas no Programa Nacional de Reforma Agrária, possuíam os requisitos para receber os lotes".

Uma reunião entre o governador de Pernambuco Eduardo Campos e os representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) aconteceu nesta segunda-feira (15). O encontro simbolizou o avanço nas negociações entre o governo do Estado e as referidas entidades, que têm mantido o diálogo desde o primeiro ano da atual gestão, em 2007.

No encontro com o MST, Eduardo Campos assinou um decreto desapropriando três fazendas (Camaragibe, Repouso e Cajueiro), todas no município de São Joaquim do Monte, que serão usadas para fins sociais. A decisão atendeu a uma das reivindicações históricas do movimento dos sem-terra no Estado.

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A direção da Fetape entregou ao governador a pauta com propostas para diversas áreas. O governo fará novas discussões com a entidade até o próximo dia 30, quando está agendado o Grito da Terra, evento que reunirá diversos movimentos sociais no Recife.

 

* Com informações da assessoria

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco inicia a Jornada Nacional de Lutas com cinco ocupações. Nesta segunda-feira (15), eles reocuparam a Fazenda Fruit Fort, localizada na BR-235, em frente ao Aeroporto Senador Nilo Coelho, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

O local já havia sido ocupado por militantes do MST em agosto do ano passado, que por determinação da justiça foram obrigados a sair. Já no município de Catende, Mata Norte de Pernambuco, um grupo ocupou o Engenho Juçaral, pertencente à Usina São Luiz. 

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No domingo (14), integrantes do movimento realizaram outras três ocupações. A primeira foi na granja Serra das Varas, em Arcoverde, Agreste do Estado. Simultaneamente eles ocuparam a fazenda Sítio Chocalho, em São Caetano, e o Engenho Jacarapina, em Itaquitinga, na Mata Norte.

Reforma Agrária - De acordo com o MST, em Pernambuco existem 163 acampamentos organizados pelo movimento, com mais de 16 mil famílias acampadas. Os dados representariam que há demanda para a reforma agrária no Estado, mas ela estaria parada, tendo uma única nova área desapropriada em 2012.

Conforme o MST, a primeira finalidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) seria “promover e executar a reforma agrária visando a melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social”. As recentes ocupações seriam a forma de pressionar para que o Instituto cumpra as determinações.

Evento – Além das ocupações, o MST está promovendo ações no Recife para debater com a sociedade durante a Jornada Nacional de Lutas. O evento acontece em todo o Brasil durante esta semana. 

A iniciativa é realizada desde 1997 em memória dos 19 companheiros assassinados no Massacre de Eldorado de Carajás, em operação da Polícia Militar, no município de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. Em 2002, o presidente FHC instituiu a data como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. 

Com informações da assessoria

A Jornada de Luta por Reforma Agrária chega nesta segunda (15) no Recife e segue até 17 de abril. O evento, que acontece no cinema São Luiz, no Teatro Arraial e na Casa da Cultura, conta com exibições de filmes, debates e feira de produtos orgânicos da Reforma Agrária, além da presença de João Pedro Stédile, diretor nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

A programação envolve longas que tratam as questões de conflito na luta pela terra, do agronegócio e agrotóxicos, bem como os que trazem discussões mais filosóficas sobre a temática. Também contará com apresentações musicais de repentistas e música nordestina.

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Confira programação:

Segunda (15)
19h - Filme Eles Voltam, com apresentação do diretor Marcelo Lordello – Cinema São Luiz

Terça (16)
19h - Filme O Veneno está na Mesa e debate com João Pedro Stédile - Teatro Arraial 

Quarta (17)
Das 11h às 14h - Feira de Produtos Orgânicos da Reforma Agrária, com apresentações musiciais de Talis Ribeiro, Edilson Ferreira e Antônio Lisboa e Adriana e Nelson – Casa da Cultura
19h - Filmes Raiz Forte e Vidas Cheias – Teatro Arraial

Serviço
Jornada de Luta por Reforma Agrária
De 15 a 17 de abril
Cinema São Luiz, Teatro Arraial e Casa da Cultura
Gratuito

O presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), d. Enemésio Angelo Lazzaris, bispo de Balsas (MA), afirmou nesta sexta-feira que a reforma agrária ainda não se tornou uma prioridade de governo no Brasil, nem mesmo no governo de Dilma Rousseff, porque a bancada ruralista no Congresso parece mandar mais que o Executivo. "Continua a opressão dos assentados e dos atingidos pelo impacto pelos grandes projetos do PAC, na área de mineradoras e de hidrelétricas", afirmou o bispo em conversa com jornalistas na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP). Segundo o bispo, 90% dos mandantes de crimes no campo não são condenados, mas absolvidos.

D.Enemésio disse, adiantando dados do documento a ser divulgado no encerramento da assembleia, dia 19, que a violência na terra continuou e até aumentou, desde o governo José Sarney, de 1985 a 1989, até os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, na administração do PT. "Os conflitos de terra que foram 685 com 614 mil pessoas atingidas entre 1985 e 1989 subiram para 1757 conflitos e 992 mil pessoas atingidas no governo Lula e para 1.363 conflitos com 600.925 mil atingidos no governo Dilma", informou o bispo. A média anual de conflitos foi menor durante o governo Fernando Collor - 445 conflitos e 432 mil atingidos - porque ele sofreu impeachment e governou apenas por três anos.

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Para o arcebispo de Mariana e ex-presidente da CNBB, d. Geraldol Lyrio Rocha, a questão da reforma agrária não está sendo levantada por políticos e partidos e, por isso, o documento dos bispos deverá soar como um grito daqueles que estão pedindo socorro. "Esperamos que o documento chegue ao ministro da Justiça e que seja bem acolhido pelo Executivo e pelos parlamentares", disse o presidente da CPT. A Igreja, disseram os bispos, continuará apoiando os movimentos populares que lutam pela posse da terra. "Precisamos ouvir os gritos abafados dos sem-terra, dos indígenas e das vítimas de trabalho escravo", disse d. Enemésio.

Denúncia

O bispo denunciou, conforme nota divulgada pela CNBB, que tem mantido contato com uma freira, cujo nome não revelou, que está ameaçada de morte "por denunciar o tráfico de seres humanos, sobretudo crianças para serem adotadas para prostituição infantil, inclusive pedofilia e para extração e venda de órgãos". D.Enemésio lembrou que também estão ameaçados de morte o presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), d. Erwin Krautler, bispo da Prelazia do Xingu, e d. José Azcona, bispo da Prelazia do Marajó, por lutarem contra a violência rural.

O presidente da CPT informou que tem acompanhado, na diocese de Balsas grupos de famílias acampadas que esperam assentamento em terras devolutas. "No Maranhão, estamos lutando pela legalização dos territórios indígenas e quilombolas", afirmou. O Maranhão, observou, tem cerca de 1 milhão de hectares de terras griladas.

Assentados da reforma agrária usam anúncios em jornais para vender lotes em assentamentos do interior de São Paulo. A prática é proibida e pode configurar crime. Um dos anúncios, publicado no último dia 10 na página de classificados do Jornal da Cidade, de Bauru, oferecia um lote de cinco alqueires (12,1 hectares) por R$ 60 mil. A reportagem entrou em contato com o telefone anunciado e o assentado, que se identificou como Nelson Pontes, confirmou o interesse em vender o lote 298, no Assentamento Aimorés, administrado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Pederneiras, município da região.

Ele deu as características do imóvel, em terreno plano, próximo da rodovia Marechal Rondon, com benfeitorias como uma casa de quatro cômodos com piso frio, poço artesiano e dois alqueires com plantações. Ao justificar o preço barato, disse que a terra ainda não tem escritura. "É uma terra de assentamento e o documento é um contrato de gaveta, mas o título do Incra deve sair em três anos", explicou. Pontes contou ter comprado o lote do assentado que o recebeu do Incra. "Estava cheio de eucalipto, ele vendeu a madeira e não conseguiu tocar o lote, por isso me vendeu. Quando ele pegar o título, ele transfere. Eu tenho uma procuração."

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Segundo ele, mais da metade dos 245 assentados puseram os lotes à venda. "O pessoal tirou o eucalipto e não sabe o que fazer com o lote. Mexer com a terra não é fácil." Pontes contou que pôs a terra à venda porque está montando um porto de areia e precisa do dinheiro. Ele tem negócios em Bauru e mantém "um moço" tomando conta do lote. "Já falei que ele precisa desocupar."

A superintendência do Incra em São Paulo informou, através da assessoria de imprensa, que a venda de lotes da reforma agrária é ilegal, pois se tratam de bens públicos e o assentado tem apenas a concessão de uso. "O lote de assentamento é patrimônio público e não pode ser negociado dessa forma." Segundo a assessoria, o Incra vai fazer uma vistoria no assentamento e tomar medidas para excluir eventuais ocupantes ilegais.

A reforma agrária está patinando no governo da presidente Dilma Rousseff. O sinal mais evidente está nos números acumulados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Segundo o último dado sobre assentamentos disponível no órgão, com data de 16 de novembro, o governo assentou 10.815 famílias neste ano. É a taxa mais baixa registrada neste mesmo período em dez anos e representa apenas 36% da meta estabelecida para 2012, de 30 mil famílias.

A menos que haja uma dramática alteração no ritmo de assentamentos nos próximos dias, a marca de assentamentos deste ano corre o risco de ficar atrás da registrada em 2011 - a pior dos últimos 16 anos, com 21.933 famílias beneficiadas pela reforma agrária.

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Nos dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a quem o PT acusava de menosprezar a reforma agrária, a marca mais baixa foi de 42.912 assentamentos - foi em 1995, primeiro ano de governo.

Neste ano, o Incra parece ter engatado a marcha lenta. Do total de R$ 3 bilhões destinados neste ano àquela instituição no Orçamento da União, só 50% foram liquidados até agora, segundo informações do Siga Brasil - sistema de acompanhamento de execução orçamentária do Senado. No caso específico da verba para aquisição de terras para a reforma agrária, o resultado é mais desalentador: até a semana passada haviam sido autorizados gastos de 41% do total de R$ 426,6 milhões desta rubrica.

No Movimento dos Sem Terra (MST), o maior do País e historicamente próximo do PT, a insatisfação é crescente. "Estamos insatisfeitos e decepcionados. O governo Dilma abandonou completamente o projeto da reforma agrária", diz Alexandre Conceição, integrante da coordenação nacional e porta-voz do movimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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