Com dois dias de acompanhamento das promoções de Black Friday, o site Reclame Aqui já somava 2.794 reclamações na atualização feita às 11h desta sexta-feira (23). Na lista de produtos com mais reclamações, as passagens aéreas apareceram pela primeira vez no ranking, ocupando a terceira posição, com 5,1% de representatividade.
Smartphones e celulares seguem na liderança, com 10,5%, acompanhados por TV, 6,5%, e tênis, 4,3%. Na quinta colocação, com 2,8%, aparece o cartão de crédito.
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Propaganda enganosa é mais uma vez o maior motivo de queixa, com 12,6% dos registros. Divergências de valores e problemas na finalização da compra são os outros dois motivos mais reclamados, com 8,4% e 6,7%, respectivamente.
Entre os Estados com maior número de reclamações, São Paulo é o primeiro, com 41%, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais, empatados com 11%.
O total de reclamações no site em 2017 foi de 3.500, no entanto, o acompanhamento havia começado mais tarde, às 18 horas de quinta-feira - este ano, a análise foi iniciada às 11 horas da última quarta-feira. Em 2016, que teve o mesmo tempo de análise de 2017, o total de reclamações foi de 2.900.
Comércio digital lidera
Já preparado para esse cenário e com plantão especial para a data, o Procon-SP divulgou no fim da manhã a primeira parcial das empresas mais reclamadas da sexta-feira de descontos desse ano. Novamente, o comércio digital lidera a insatisfação dos clientes.
A Cnova Comércio Eletrônico, responsável pelos sites casasbahia.com, extra.com e pontofrio.com, é a primeira colocada em reclamações, somando 30 desde a madrugada.
Em seguida vem a B2W Companhia Digital, responsável por americanas.com, submarino, shoptime e soubarato, com 15 reclamações.
As primeiras colocadas trabalham exclusivamente com e-commerce e são seguidas por Dell Computadores do Brasil LTDA (9 reclamações), Magazine Luiza S/A (5) e Carrefour Comércio e Indústria LTDA (4).
O problema mais registrado, com 34,23% das insatisfações, foi o de maquiagem de desconto, quando o consumidor considerou que a oferta não foi verdadeira.
O segundo motivo mais citado foi o de pedido de cancelamento pela empresa depois da compra (29%) e, em seguida, a mudança de preço ao finalizar a compra foi a terceira reclamação mais ouvida (27%).
No total o Procon-SP já registrou 149 reclamações, além de 151 consultas e orientações referentes à Black Friday.