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A repórter norte-americana Lara Logan contou, durante entrevista, ter sofrido um estupro coletivo enquanto trabalhava na cobertura da Primavera Árabe, no Egito. Ela relatou os momentos de horror que viveu, no ano de 2011, e revelou que já havia compartilhado a história com outros dois veículos de comunicação que, segundo ela, preferiram não noticiar o crime por questões políticas. 

Lara contou que trabalhava na cobertura da renúncia de Hosni Mubarak pela CBS News, no Cairo, Egito, em 2011, quando se viu em meio a uma enorme confusão e acabou sendo brutalmente violentada. “As pessoas estavam comemorando. Parecia uma multidão pró-americana. De repente, nosso tradutor virou para mim com um olhar de puro terror e disse: 'Corra, corra!' Senti pessoas agarrando entre as minhas pernas. Fiquei bastante atordoada. Nosso segurança, Ray Jackson, e o resto de nós correu, e outros na multidão estavam correndo conosco. Pensei que estávamos fugindo, mas alguns dos homens correndo junto de nós se tornaram meus estupradores”.

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A repórter ainda detalhou a violência sofrida. “Lutei contra o ataque da melhor maneira possível por 15 minutos, mas eles arrancaram todas as minhas roupas e me estupraram com as mãos, com mastros de bandeira e com paus. Eles me sodomizaram várias vezes. Estavam lutando pelo meu corpo. Houve um momento em que desisti e não pude mais me segurar em Ray, mas fiquei pensando nos meus dois bebês". "Era tão difícil respirar; havia tanta pressão na minha caixa torácica. Eles tentaram arrancar meus membros. Eu caí e não consegui me levantar”. Lara relembrou ter sido jogada, por fim, no colo de uma mulher e acabou sendo socorrida. Ela foi levada, em seguida, de volta aos Estados Unidos onde passou quatro dias internada, para se recuperar dos ferimentos. 

Ao chegar em seu país, a jornalista recebeu uma ligação do então presidente, Barack Obama. A ex-primeira dama dos EUA, Hillary Clinton, também teria se comunicado com ela.  Lara afirma ter contado sobre o crime a dois veículos de imprensa americanos que preferiram omiti-la por questões políticas. Mas, agora, passados nove anos do ‘pesadelo’, ela garante que prefere falar abertamente sobre o assunto. “Não dá pra fazer um movimento como o #MeToo, a favor das mulheres e não dizer nada sobre uma jornalista mulher que foi estuprada e quase assassinada por vários homens”.  

 

 

Os cartazes da campanha do presidente Abdel Fatah al-Sissi invadiram as ruas do Cairo antes da eleição no final de março, mas alguns jovens que participaram da Primavera Árabe de 2011 decidiram boicotar um pleito que consideram "viciado".

"Desde a última eleição presidencial (em 2014), estamos em um terreno escorregadio: nada melhora", lamenta Sami, de 31 anos, um egípcio de classe média que pediu, como todos os entrevistados dessa reportagem, para não ser identificado por seu nome verdadeiro.

Assim como ele, primeiramente milhares, e então centenas de milhares de egípcios acamparam no início de 2011 durante 18 dias no centro do Cairo para reivindicar a saída do presidente Hosni Mubarak, que dirigia o Egito com mão de ferro há mais de 30 anos.

Mubarak teve de renunciar, o que fez dele o segundo presidente da região a cair pela chamada "Primavera Árabe", na esteira do tunisiano Zine El Abidin Ben Ali.

Após a revolta, as principais autoridades da era Mubarak foram detidas, e os casos de violência policial foram julgados - um dos gatilhos das manifestações.

- 'Esperança incrível' -

"Era um momento de esperança incrível, não havia limites", lembra Sami.

Em junho de 2012, Mohamed Mursi, membro da confraria Irmandade Muçulmana, tornou-se o primeiro presidente democraticamente eleito no Egito.

Alguns meses depois, a rua se fez ouvir mais uma vez. Os egípcios voltaram a se manifestar, denunciando o giro autoritário das autoridades e o poder crescente da confraria no país.

Al-Sissi, então ministro da Defesa, deu um ultimato, ao fim do qual as Forças Armadas derrubaram Mursi em julho de 2013.

No ano seguinte, Al-Sissi foi eleito presidente e instalou na sequência um regime autoritário que reprimiu, metodicamente, toda e qualquer oposição - islamista, laica, ou liberal.

Para Sarah, de 31 anos, trata-se de um recuo brutal, se for considerada a esperança de mudança alimentada em 2011, quando se somou às manifestações "animada por ter eleições livres e por votar em eleições, nas quais o voto podia fazer a diferença".

Quando Sami se uniu aos protestos de 2011, esperava "liberdade". Depois dos anos turbulentos que se seguiram à revolta, porém, muitos "optaram pela tranquilidade" com a esperança de obter segurança e estabilidade econômica.

"Hoje, o resultado é nulo e, economicamente, todo o mundo está sob pressão", lamenta Sami.

Em novembro de 2016, em plena crise econômica, o governo decidiu deixar flutuar a moeda, fazendo-a perder mais da metade de seu valor em relação ao dólar. Os preços dispararam.

Al-Sissi aspira a um segundo mandato de quatro anos na eleição que acontece de 26 a 28 de março. Ele é desafiado nas urnas pelo chefe do partido liberal Al Ghad, Musa Mostafa Musa. Os outros prováveis candidatos foram detidos, ou se retiraram da disputa, denunciando pressão das autoridades.

"Puseram alguém como em um espetáculo, para poder dizer que há competição", disse Sarah, com ironia. "Não vou votar em uma eleição viciada", afirma.

- 'Pior do que antes' -

"Socialmente estamos frustrados", acrescenta Sami, que lamenta uma "histeria de segurança" por parte do governo.

Para Safeya, de 31 anos, "a situação é pior do que antes".

"Prendem, ameaçam, condenam à morte, porque têm medo de que a gente se rebele de novo", insiste.

As ONGs acusam as autoridades de violarem os direitos humanos, de desaparecimentos forçados, de cometerem detenções arbitrárias e de detenções ilegais.

Já o governo nega as acusações e insiste em que os abusos são poucos e que seus autores são julgados.

Com a eleição cada vez mais próxima, Sami não quer nem pensar nela, enquanto Sarah pensa no trabalho e no futuro.

"Procuro trabalho em outro lugar, até em outros países onde nunca tinha pensado antes", desabafa, concluindo: "perdi toda esperança aqui".

O Governo de Pernambuco publicou no Facebook uma imagem de manifestantes no Egito como se fossem torcedores do Santa Cruz.  A gafe, uma postagem celebrando o acesso do clube tricolor a Primeira Divisão,  ficou cerca de 40 minutos no ar antes de ser apagada e substituída por outra do Estádio do Arruda.

A imagem do protesto é do fotógrafo italiano Marco Longari, profissional da agência AFP na África. Ela retrata manifestantes egípcios antigoverno na Praça Tahrir, no Cairo, capital do Egito, em 2011.

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As manifestações egípcias de 2011 fizeram parte da Primavera Árabe. Os atos contra os regimes ditatoriais resultaram em muitos mortos e feridos, um clima bem diferente do vivido pelos torcedores do Santa Cruz neste sábado (21).  

O Tribunal de Cassação de Doha ratificou nesta segunda-feira a condenação a 15 anos de prisão de um poeta do Catar por um texto considerado crítico ao regime do país, informou à AFP o advogado de defesa. "O Tribunal de Cassação condenou Mohamed al-Ajmi a 15 anos de prisão", declarou Nejib al-Naimi.

O poeta Mohamed al-Ajmi, conhecido como Iben al-Dhib, foi detido em novembro de 2011 por um poema no qual celebrava a Primavera Árabe e expressava a esperança de que ela se estendesse a outras monarquias do Golfo.

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Na próxima terça-feira (26), as Faculdades Integradas Barros Melo (AESO) promove debate sobre o trabalho de jornalistas em cobertura de confrontos. O evento conta com a presença de Klester Cavalcanti, único jornalista brasileiro a entrar na cidade de Homs, a mais devastada da Síria desde o início da guerra civil. A palestra é aberta ao público. Os interessados devem se inscrever até segunda-feira (25) através do site. O evento será no Cineteatro da instituição, às 9h30, que fica na Avenida Transamazônica, 405, Jardim Brasil II, em Olinda, Pernambuco.

O jornalista Klester ficou conhecido pela sua recente obra “Dias de inferno na Síria”, que relata como conseguiu o visto de imprensa do governo sírio para chegar até Homs. Lá, o autor foi detido pelas tropas do ditador Bashar al-Assad, torturado e ameaçado de morte.

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O evento objetiva discutir os riscos e as dificuldades mais comuns enfrentadas por jornalistas em coberturas de conflitos, e tentar entender o contexto político dos países que vivem a “‘Primavera Árabe”, onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde dezembro de 2010. Participam também do debate,  o repórter do Jornal do Commercio, Wagner Sarmento e o cientista político e cônsul honorário da República de Malta, Thales Castro.

Nos últimos anos, principalmente durante a “Primavera Árabe”, muitos jornalistas que desafiaram as restrições para entrar e trabalhar em países como Líbia e Síria foram presos por regimes autoritários. Ainda de acordo com a ONG internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF), em 2012, a Síria empatou com a Somália em número de jornalistas mortos. Foram 18 vítimas no total. Entre elas, a japonesa Mika Yamamoto (Japan Press), os franceses Rémi Ochlik (IP3 Press) e Gilles Jacquier (France 2), a americana Marie Colvin (Sunday Times/Inglaterra), além dos demais profissionais do próprio país.





O maior partido político ultraconservador islamita do Egito, al-Nour (luz, em árabe), elegeu nesta quarta-feira seu novo presidente, o dentista Younis Makhyoun, de 58 anos. Ele foi escolhido em uma votação de consenso entre os salafistas, que formam a base do al-Nour. O partido dos salafistas saiu da clandestinidade após a revolução de fevereiro de 2011 que derrubou Hosni Mubarak. Nas eleições parlamentares de 2012, o al-Nour emergiu como a segunda força política mais importante do Egito, atrás apenas do partido da Liberdade e Justiça, que representa a relativamente mais moderada Irmandade Muçulmana.

O al-Nour foi abalado, contudo, por uma disputa entre os radicais políticos e religiosos. Analistas políticos dizem que a disputa interna poderá custar votos aos salafistas na próxima eleição parlamentar. O dentista Makhyoun é considerado o líder da ala religiosa, que derrotou os radicais políticos na disputa interna. O presidente do Egito, Mohammed Morsi, deverá marcar a data das próximas eleições parlamentares no final de fevereiro. No ano passado, o al-Nour capturou cerca de 25% das 270 cadeiras da Câmara Baixa do Parlamento, a Shura. A Câmara Baixa foi dissolvida pela suprema corte.

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Makhoyun fez parte da Assembleia Constituinte do Egito, que redigiu a conservadora Constituição do país, aprovada recentemente em um referendo cujo resultado foi contestado pelos seculares, cristãos e mulheres. Apenas 33% dos eleitores participaram do referendo.

Os islamitas afirmam que a entrada em vigor da Constituição é apenas o primeiro passo para islamizar totalmente a sociedade egípcia. "Queremos libertar o Egito da escravidão e da submissão", disse hoje Makhyoun. Ele tentou acalmar os cristãos e as mulheres, ao dizer que a lei islâmica, a Sharia, "libertará até mesmo as mulheres ocidentais da moral decadente do Ocidente".

As informações são da Associated Press.

Facções palestinas que lutam contra e a favor do presidente da Síria, Bashar Assad, fizeram nesta terça-feira um apelo por um cessar-fogo no campo de refugiados de Yarmouk, que fica na periferia de Damasco. Os combates ocorrem em Yarmouk desde o ano passado, mas nesta terça-feira deixaram pelo menos cinco pessoas mortas. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres mas que conta com redes de ativistas locais, disse que das cinco pessoas mortas hoje, quatro foram atingidas por um morteiro disparado na avenida Yarmouk, enquanto uma quinta foi abatida por um franco-atirador.

Em Taftanaz, na província nortista de Idlib, insurgentes sírios afirmam que derrubaram um helicóptero militar que se dirigia à base aérea do governo, que há semanas está cercada por insurgentes, inclusive combatentes do grupo fundamentalista Jabhat al-Nusra (Frente para a vitória).

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Em comunicado, representantes de 14 facções palestinas que têm sede em Damasco pediram um cessar-fogo imediato e uma suspensão das operações militares para permitir a entrada de equipes médicas e de alimentos em Yarmouk. Eles pediram que os franco-atiradores deixem Yarmouk "para não serem responsáveis pela contínua fuga de moradores" do local.

Cerca de metade dos 150 mil moradores de Yarmouk fugiram do campo, que na prática é mais um bairro da capital síria, desde que começaram os combates entre palestinos a favor e contra Assad. Uma parte dos palestinos, principalmente os mais jovens e muçulmanos sunitas, se juntaram aos insurgentes sírios que tentam derrubar Assad desde março de 2011; uma outra parte, formada por combatentes da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral (FPLP-CG), grupo aliado à família Assad, defende o governo. Muitos palestinos que fugiram de Yarmouk cruzaram a fronteira para o Líbano, onde já vivem 450 mil refugiados palestinos e mais de 120 mil refugiados sírios. Outros buscaram escolas e escritórios da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, pela sigla em inglês) em Damasco e outras cidades da Síria.

Dezenas de civis foram mortos em Yarmouk desde que a luta chegou ao campo. Khaled Abdul Majid, representante das facções palestinas que se enfrentam, afirma que os grupos "estão trabalhando para acabar com esses confrontos". Um porta-voz da UNRWA, Sami Mishasha, afirmou que o exército sírio continua a bloquear as entradas do campo, embora moradores possam entrar e sair com relativa facilidade, inclusive para retirar pertences. Todos os escritórios da UNRWA em Yarmouk estão fechados, afirmou.

Yarmouk é o maior dos nove campos de refugiados palestinos na Síria, onde vivem 500 mil refugiados palestinos e descendentes. Criado em 1957 fora de Damasco, hoje o campo fica a apenas oito quilômetros do centro da capital. Várias gerações de palestinos, das quais pelo menos as duas mais jovens, nasceram na Síria e vivem em Yarmouk.

As informações são da Associated Press.

A oposição política tolerada na Síria rechaçou nesta segunda-feira uma oferta feita ontem pelo presidente Bashar Assad para entrar em negociações e encontrar uma solução pacífica para a guerra civil que já deixou mais de 60 mil mortos, quase 500 mil refugiados e arrasou o país. O Comitê de Coordenação Nacional para uma Mudança Democrática na Síria rechaçou qualquer negociação, mesmo que o primeiro-ministro sírio, Wael al-Halaqui, tenha dito que o gabinete se reunirá em breve para montar um plano que estabeleça um mecanismo de um plano de paz.

"Nós não faremos parte de qualquer diálogo nacional enquanto a violência não for interrompida", disse o chefe do Comitê, Hassan Abdel Azim, em Damasco. Hassan pediu que antes de qualquer diálogo o governo liberte os prisioneiros políticos, como gesto de boa vontade, permita o envio de alimentos e ajuda humanitária às cidades mais deflagradas e publique um comunicado sobre o destino dos sírios desaparecidos. "Qualquer negociação" - ressaltou Hassan - "precisa ocorrer sob a égide da Liga Árabe e do enviado especial das Nações Unidas, Lakhdar Brahimi".

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"Assad deveria ter feito essas propostas logo após os protestos começarem em abril ou maio de 2011. Ao invés disso ele optou pela força", afirmou Raja al-Nasser, outro integrante da oposição tolerada em Damasco, à agência France Presse (AFP).

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informou nesta quarta-feira que 84 mil pessoas fugiram da escalada da guerra civil na Síria apenas em dezembro, o que elevou o número de refugiados registrados a 478 mil até 1º de janeiro deste ano. O ACNUR afirmou que, se contadas as pessoas que aguardam registro como refugiadas, o número de pessoas que deixou a Síria desde março de 2011 atinge 569 mil. Em apenas um mês, o número de refugiados registrados subiu de 394 mil a 478 mil.

A Turquia hospeda o maior número de refugiados sírios, a maioria abrigados em mais de dez acampamentos ao longo da fronteira com a Síria. Em 1º de janeiro deste ano, a Turquia abrigava 150 mil refugiados sírios. Outros 130 mil sírios estão no Líbano e outros 120 mil na Jordânia. O Iraque abriga 68 mil.

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As informações são da Associated Press.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (21) que seu país não é um defensor do regime do presidente sírio Bashar Assad e quer ver um governo democraticamente eleito na Síria, mas manteve a postura de Moscou de que um acordo de paz só pode ser alcançado através de negociações. O comunicado de Putin, feito ao final de uma reunião em Bruxelas com líderes da União Europeia, pareceu um tentativa do presidente russo de se afastar do seu antigo aliado. Assad enfrentou recentemente derrotas nos campos de combates e um isolamento internacional progressivo. Putin também criticou a política europeia de energia, a qual ele afirmou ser "discriminatória" contra a Gazprom, gigante russa do gás natural.

Mas Putin não deu indicações de que Moscou poderá mudar sua postura e parar de bloquear as sanções internacionais contra o regime sírio. Ele disse que uma paz duradoura na Síria poderá ser alcançada apenas através de um acordo de paz que garanta a proteção dos vários grupos religiosos e étnicos que fazem parte da população síria.

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A Rússia tem usado seu poder de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) desde o primeiro semestre de 2011, quando começaram os protestos contra Assad e a repressão do governo, que levaram a uma escalada do conflito sírio. A China também usou seu poder de veto para bloquear as sanções ao governo sírio.

Mas a principal preocupação de Putin na reunião com os líderes europeus pareceu ser a regulamentação europeia dos mercados de energia, a qual ele considerou discriminatória contra a estatal russa de gás natural, Gazprom. A UE alertou a Rússia de que a Gazprom precisará permitir que outras produtoras de gás possam usar o gasoduto South Stream, como parte das novas regulamentações. A Rússia considera o South Stream como chave para sua estratégia de fortalecer o fornecimento de energia à Europa, seu mercado mais importante. A UE proíbe que grandes fornecedores de gás detenham o controle dos gasodutos. Atualmente, a UE compra um quarto do gás natural que consome da Rússia.

As informações são da Associated Press.

Manifestantes jogaram pedras e tomates contra os líderes da Tunísia nesta segunda-feira (17), durante uma cerimônia que marcava os dois anos do começo das revoltas que derrubaram regimes autoritários em todo o mundo árabe. Cerca de três mil pessoas enfurecidas com o governo liderado por islamitas exigiram empregos e protestaram no evento. Eles jogaram objetos e vaiaram o presidente Moncef Marzouki, que pediu paciência e disse que nenhuma "varinha mágica" poderia reduzir o desemprego.

Mas os manifestantes reclamaram que eles viam pouca melhora na região desde a posse do novo governo. Algumas pessoas seguravam placas com palavras de ordem. "O povo quer a queda do governo e uma nova revolução", dizia um dos cartazes.

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Marzouki e outras personalidades tiveram de ser escoltados para fora do palco.

A cerimônia desta segunda-feira marcava os dois anos desde o dia em que um vendedor de rua se matou com fogo em protesto contras o regime do presidente Zine El Abidine Ben Ali. A ação de Mohamed Bouazizi desencadeou demonstrações que se espalharam por toda a Tunísia e vários outros países árabes.

Nas últimas semanas, a economia em estagnação da Tunísia alimentou um impasse entre o partido dominante e o principal sindicato do país. Os radicais islamitas tunisinos também passaram a demonstrar sua insatisfação e os protestos de jovens descontentes por vezes acabaram em violência. As informações são da Associated Press.

O embaixador da Síria na Organização das Nações Unidas (ONU), Bashar Jafari, advertiu nesta segunda-feira (17) que grupos extremistas poderão usar armas químicas contra o povo sírio e depois colocar a culpa no governo do presidente Bashar Assad. Em cartas ao Conselho de Segurança da ONU, Jafari disse que o governo sírio "sob nenhuma circunstância usaria qualquer arma química que poderia possuir". Jafari fez o alerta no mesmo dia em que o jornal libanês Al-Akhbar, pró-sírio, publicou em Beirute uma entrevista com o vice-presidente sírio Faruk al-Shara, na qual o político defende uma solução negociada e política para a guerra civil síria, que começou em março de 2011 e deixou mais de 40 mil mortos.

Em Nova York, Jafari declarou que o governo jamais usaria armas químicas contra o povo. Segundo ele, o governo está defendendo a população "de terroristas que são apoiados por governos bem conhecidos, à frente dos quais estão os Estados Unidos da América". Relatos recentes da inteligência norte-americana mostram que o regime sírio pode estar pronto a usar armas químicas. Mas nesta segunda-feira Jafari alertou quer existe o risco de que países "que apoiam o terrorismo e os terroristas" possam fornecer armas químicas a grupos extremistas "e então acusarem o governo sírio". A Síria acusa, além dos EUA, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos de apoiarem os grupos extremistas sunitas que tentam derrubar Assad.

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Jafari disse que insurgentes sírios tomaram recentemente um laboratório de cloro ao leste de Alepo. "Essa fábrica, que contém toneladas de cloro tóxico, foi recentemente tomada por grupos terroristas", disse Jafari.

Jafari acusou os EUA de "amoralidade" porque Washington já usou no passado armas químicas e biológicas. Ele ressaltou que a Síria aderiu a um rascunho de tratado de 2003, da ONU, contra armas de destruição em massa no Oriente Médio. O Conselho de Segurança não aprovou o tratado.

As informações são da Associated Press.

Islamitas egípcios, brandindo cimitarras, atacaram opositores seculares na cidade de Alexandria, no Mediterrâneo, às vésperas da votação do referendo constitucional que deverá acontecer no país no sábado, deixando 19 pessoas feridas nesta sexta-feira. O confronto ocorreu após um clérigo ultraconservador local fazer um discurso e chamar os seculares de "infieis" e ter insuflado fanáticos salafistas. Os egípcios votarão amanhã e no próximo sábado, 22, a Constituição, formada por 234 artigos e baseada "nos princípios" da Sharia, a lei islâmica. Grande parte da população, contudo, é contra as menções à Sharia e defende uma Constituição secular que separe o governo da religião.

Mais de 51 milhões de egípcios estão habilitados a votar amanhã e no próximo sábado. Amanhã, o referendo será feito no Cairo, em Alexandria e em dez províncias, em um total de seis mil seções eleitorais. O voto não é obrigatório. A Constituição de 234 artigos foi redigida por 85 deputados, quase todos islamitas, após os deputados socialistas, cristãos, muçulmanos moderados e seculares deixarem a Assembleia em protesto.

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Existem dúvidas sobre a lisura do referendo. O judiciário egípcio ameaçou boicotar o referendo, mas no decorrer da semana parte dos juízes disseram que irão monitorar as seções. Pelo menos nove mil seções eleitorais serão montadas, seis mil para o dia 15.O Carter Center e a União Europeia não enviaram observadores, em grande parte porque o governo demorou para divulgar as regras de monitoramento do sufrágio.

No Cairo, opositores egípcios voltaram a se manifestar contra o presidente Mohammed Morsi perto do palácio presidencial e também na praça Tahrir, epicentro dos movimentos revolucionários que em fevereiro do ano passado levaram à queda do ditador Hosni Mubarak. Também ocorreram manifestações da Irmandade Muçulmana a favor da aprovação da Constituição, mas não foi registrada a mesma violência que em Alexandria - onde automóveis foram queimados à beira-mar. Os confrontos em grande parte envolveram os islamitas e muçulmanos seculares em Alexandria.

No Cairo, onde as manifestações aparentaram ser mais pacíficas, uma multidão de dezenas de milhares de cristãos egípcios (os coptas) fizeram uma vigília pelo futuro do país perto da Catedral de Samaan el-Kharaz, no bairro de Mokattam.

Autoridades religiosas ordenaram recentemente que as mesquitas não fossem usadas como palanque para o referendo. No entanto, diversos clérigos, especialmente os mais conservadores, aproveitaram para estimular seus eleitores a aprovarem a proposta elaborada por um painel constituinte dominado por islamitas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A agência estatal de notícia da Síria (Sana), informou nesta quinta-feira (13) que a explosão de uma bomba perto de uma escola, localizada num subúrbio de Damasco, matou 16 pessoas, a maioria mulheres e crianças. Já a explosão de um carro-bomba em outra localidade próxima à capital síria, Jdaidet Artuz, deixou oito civis mortos, também mulheres e crianças. As informações sobre os ataques partiram da Sana, agência estatal de notícias do governo, e da televisão estatal.

A primeira explosão, ocorrida no subúrbio de Qatana, sudoeste da capital, faz parte da mais recente onda de ataques semelhantes no interior e nas proximidades de Damasco. Segundo o governo, pelo menos 25 pessoas morreram vítimas dessas ações no últimos dois dias.

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Embora ninguém tenha assumido a responsabilidade pelos ataques, o fato de que alguns deles têm como alvo prédios governamentais, que resultaram na morte de autoridades, sugere que os rebeldes que não podem confrontar diretamente as forças de Assad em Damasco estão recorrendo a outros meios.

O governo diz que os ataques a bomba são realizados por terroristas, a forma escolhida pelas autoridades para se referir aos combatentes rebeldes.

No primeiro ataque desta quinta-feira, um carro estacionado explodiu nas proximidades de uma escola numa área residencial de Qatana, subúrbio residencial localizado a sudoeste da capital, informou a Sana. As informações divulgadas pela agência de notícias citam médicos de hospitais próximos ao local do ataque dizendo que 16 pessoas foram mortas, dentre elas sete crianças e "várias" mulheres. As fontes disseram também que dezenas ficaram feridas. Já o ataque em Jdaidet Artuz, confirmado pelo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos (grupo opositor sediado em Londres) informa que oito pessoas foram mortas, e maioria mulheres e crianças. O Observatório, contudo, informou que quatro pessoas, e não oito, foram mortas no ataque.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

 

Uma explosão teve como alvo o Ministério do Interior da Síria nesta quarta-feira (12), informou a televisão estatal síria. Não existem ainda informações sobre mortes, mas várias pessoas teriam sido feridas no ataque. Os rebeldes que lutam contra o governo do presidente Bashar Assad têm desfechado cada vez mais ataques na capital síria, atingindo o coração do regime nos últimos dias. Os combates têm se intensificado na zona sul de Damasco e nos subúrbios ao redor da capital síria.

Segundo o jornal libanês An-Nahar, ocorreram três explosões no Ministério do Interior da Síria na manhã de hoje, uma das quais parece ter sido provocada por um carro-bomba. O jornal noticiou que ocorreram "baixas" mas não soube informar quantas.

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As informações são da Associated Press.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) anunciou nesta terça-feira em Genebra que mais de 500 mil sírios foram registrados como refugiados ou estão em processo de registro em quatro países vizinhos à Síria ou nos países do Norte da África. Segundo o ACNUR, o número de refugiados sírios aumenta a uma média diária de três mil. "No total, 425.160 refugiados sírios estão registrados e outros 84.399 estão em fase de registro", disse Melissa Fleming, porta-voz do ACNUR.

Ela disse que, ao contrário da percepção geral, apenas 40% dos refugiados vivem no momento em acampamentos. "A maioria vive fora dos campos, frequentemente em casas alugadas, com famílias, em escolas ou centros de acomodação", disse. No Líbano e nos países do Norte da África, por exemplo, não foram montados acampamentos. Os refugiados sírios vivem em comunidades urbanas e rurais. Na Jordânia, apenas 24% vivem nos acampamentos. No Iraque, metade estão nos acampamentos, mas na Turquia o total de refugiados registrados vive em acampamentos administrados pelo governo local. Atualmente existem 14 acampamentos de refugiados sírios na Turquia, três na Jordânia e três no Iraque.

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Segundo os números mais recentes do ACNUR, o número de refugiados sírios no dia 10 era de 154.387 no Líbano; 142.664 na Jordânia; 136,319 na Turquia; 64.449 no Iraque; e 11.740 nos países do Norte da África (Egito, Argélia, Tunísia e Líbia). Fleming disse que, além dos sírios registrados como refugiados e dos que aguardam registro (o que permite receber alimentos e algum auxílio monetário da ONU), centenas de milhares de pessoas que fugiram não procuraram o ACNUR. A ONU estima que 100 mil sírios não registrados como refugiados estão na Jordânia, enquanto outros 70 mil não registrados na Turquia. O Egito estima que 70 mil sírios que fugiram da guerra vivem atualmente no país, a maioria no Cairo.

Ela disse que a partir do começo de novembro o número de sírios que buscaram registro subiu a 3.200 por dia, o que inclui pessoas recém chegadas da Síria. "Nós esperamos que aumente o número de sírios que lutam para sobreviver nas economias dos países vizinhos e que poderão buscar registro no ACNUR, à medida que suas reservas são gastas e que as famílias e comunidades que os abrigam não conseguem mais sustentá-los", disse.

Na segunda-feira, como parte dos esforços para atender os refugiados no inverno, que se aproxima no hemisfério norte, o ACNUR recebeu aquecedores a gás da Noruega. As temperaturas estão caindo a cada dia, principalmente nas montanhas da Turquia, Líbano e Jordânia, onde estão a maioria dos refugiados.

O presidente Mohamed Morsi concedeu poderes de polícia ao Exército egípcio nesta segunda-feira (10). A medida foi anunciada às vésperas do controverso referendo constitucional, que deu origem a enormes e violentos protestos de rua no país e resultaram na morte de sete pessoas, além de deixar mais de 600 feridos. O referendo constitucional ocorrerá em 15 de dezembro, em momento de profunda divisão na sociedade egípcia, que também enfrenta a crise econômica. Tanto a oposição quanto partidários da Irmandade Muçulmana, grupo que apoia Morsi, marcaram enormes manifestações para a terça-feira no Cairo, Alexandria e Ismaília.

A oposição egípcia rechaça o referendo, mas ainda precisa definir se pedirá que a população boicote a votação ou pedirá que vote pelo "não" nas urnas. "Nós ainda discutimos se vamos boicotar o referendo ou pediremos para a população votar 'não'. Por enquanto, rechaçamos o referendo assim como rejeitamos o rascunho de Constituição", disse Hossam Moanis, porta-voz da Frente de Salvação Nacional, formada por grupos seculares, cristãos, socialistas, muçulmanos moderados e feministas.

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O decreto, publicado hoje (10) no diário oficial, ordena que os militares cooperem com a polícia "para preservar a segurança e proteger as instituições estatais vitais, durante um período de tempo limitado, até o anúncio dos resultados do referendo", de acordo com uma cópia do documento obtida pela agência France Presse (AFP). Morsi também revogou nesta segunda-feira um outro decreto que havia emitido no domingo, o qual aumentava os impostos sobre cigarros, bebidas alcoólicas (legalizadas embora proibidas pelo Islã, mas consumidas por parte da população), telefones celulares e empréstimos bancários.

O judiciário egípcio entrou em greve após Morsi emitir um decreto em 22 de novembro que lhe deu superpoderes e o colocou acima do poder judiciário. Os juízes disseram que não monitorarão o referendo do dia 15. Nesta segunda-feira, o judiciário pareceu suavizar um pouco a sua posição, ao dizer que poderá acompanhar o referendo do dia 15, mas antes os partidários da Irmandade Muçulmana precisam suspender o cerco que fizeram à Corte Constitucional, tribunal máximo do país no Cairo. Desde a semana passada, partidários da Irmandade e os salafitas, mais radicais, cercam o prédio da Corte.

O Exército, que governou o Egito entre a queda do ex-presidente Hosni Mubarak em fevereiro de 2011 e a eleição de Morsi em junho deste ano, tem buscado permanecer neutro em relação à crise política, embora tenha advertido que "não vai permitir" que a situação se deteriore e pediu que os dois lados dialoguem.

Desde quinta-feira, tanques do Exército estão ao redor do palácio presidencial, mas os militares não entraram em confronto com os milhares de manifestantes que se reúnem no local toda noite.

A oposição, formada por seculares, liberais, esquerdistas, cristãos e feministas, afirmou que vai intensificar os protestos para prejudicar o referendo. Para os opositores, a nova Constituição, redigida principalmente por aliados islamitas de Morsi, enfraquece os direitos humanos, os direitos das mulheres, as minorias religiosas e prejudica a independência do Judiciário.

Na noite de domingo, a Frente de Salvação Nacional convocou a realização de enormes protestos no Cairo contra o referendo, marcado para 15 de dezembro.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Em uma aparente concessão para acalmar a oposição, o presidente do Egito, Mohammed Morsi, propôs que o referendo constitucional seja adiado, se a oposição concordar em não desafiar nos tribunais a nova data que será marcada para o referendo. A proposta de adiar o referendo, marcado para 15 de dezembro, foi feita na noite desta sexta-feira pelo vice-presidente Mahmoud Mekki. Líderes da oposição estão reunidos na noite de hoje e agora analisam se aceitarão a oferta de Morsi para o referendo ser adiado. Eles também analisam se aceitarão uma reunião com Morsi no sábado para discutir as divergências.

As informações são da Dow Jones.

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A Assembleia Constituinte do Egito aprovou na manhã desta sexta-feira um rascunho de Constituição, que será levada a referendo, substituindo a Lei magna egípcia que vigorou durante a era de Hosni Mubarak. O anúncio foi feito pelo deputado Hossam el-Ghiriani. A Assembleia, dominada pelos islamitas, aprovou os 234 artigos em uma maratona que começou na quinta-feira. O painel constituinte se apressou em aprovar a Constituição antes da reunião da Corte Constitucional do Egito, a qual poderia dissolver a Assembleia no domingo. A Assembleia passou a ser dominada pelos islamitas após os deputados cristãos e seculares se retirarem em protesto contra menções à lei islâmica (Sharia) incluídas na Constituição.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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O presidente do Egito, Mohammed Morsi, emitiu nesta quinta-feira emendas constitucionais por decretos que reforçam o próprio poder da presidência e dão imunidade aos parlamentares islamitas que redigem a nova Constituição do país. As emendas blindam qualquer tentativa do judiciário de dissolver o painel constituinte e além disso reabrem os julgamentos dos ex-funcionários públicos do regime de Hosni Mubarak. As medidas de Morsi também blindam de dissolução a Câmara Baixa do Parlamento, a qual também é dominada pelos islamitas.

Vários tribunais egípcios examinam no momento pedidos feitos para a dissolução do painel constituinte e da Câmara Baixa. Morsi também decretou que todas as decisões judiciais tomadas entre junho deste ano e até a entrada em vigor da nova Constituição não poderão sofrer apelos, uma medida que coloca o presidente acima de qualquer supervisão judiciária. O decreto que permite um novo julgamento para Mubarak, bem como para os ex-dirigentes do antigo regime, diz que aqueles que ocuparam cargos de chefia "política ou executiva" na administração derrubada em fevereiro de 2011 poderão ser afetados.

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Grupos de seculares, de defesa dos direitos humanos, das mulheres e da minoria cristã têm se manifestado contra a visão excessivamente islamita que o painel constitucional e a Câmara Baixa têm da sociedade egípcia.

As medidas de Morsi foram criticadas. O prêmio Nobel Mohammed ElBaradei disse que Morsi virou um "novo faraó" ao atribuir a si próprio os amplos poderes por decreto nesta quinta-feira. "Hoje Morsi usurpou todos os poderes do Estado e apontou a si próprio como o novo faraó. Foi um golpe duro na revolução que poderá ter consequências medonhas", escreveu ElBaradei em sua conta no Twitter.

Morsi também demitiu o procurador-geral do Egito, Abdel-Maguid Mahmoud. Em outubro, Morsi tentou demiti-lo pela primeira vez, mas teve que recuar quando descobriu que o poder presidencial não lhe permitiria tal medida. Mahmoud, indicado ainda na era Mubarak, é acusado de ser leniente na apuração de provas contra policiais e militares que atiraram e mataram pelo menos 850 manifestantes entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011, quando caiu o governo de Mubarak. Para o cargo, Morsi nomeou Talaat Ibrahim Abdallah.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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