O prefeito de Agrestina, cidade localizada no Agreste de Pernambuco, Thiago Nunes (MDB), e o vice, Zito da Barra, foram presos pela Polícia Federal na terceira fase da Operação Pescaria, deflagrada nesta quinta-feira (10). A ação investiga desvio de recursos públicos na prefeitura e conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo a PF, as vantagens ilícitas eram obtidas por meio da contratação fraudulenta de empresa de fachada com recursos oriundos de verbas federais. Tal ato frustrava o caráter competitivo do processo licitatório e promovia a execução de contratos por meio de terceiros desqualificados.
##RECOMENDA##A investigação que culminou com a deflagração da Operação Pescaria III mira a lavagem dos lucros ilícitos da organização criminosa, feito por meio de conta bancária de titularidade de um "laranja" vinculado ao grupo. De acordo com a PF, a conta bancária servia aos investigados para o recebimento de transferências bancárias; depósitos em espécie, em sua maioria de valores baixos e sem a identificação de origem; realização de saques de valores vultuosos; e para utilização de cheques assinados em banco, tudo com o propósito de dificultar a identificação da origem criminosa do dinheiro.
A polícia está cumprindo cinco mandados de prisão preventiva, 13 de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, mandados de afastamento de funções públicas dos ocupantes de cargos na administração municipal de Agrestina, e de afastamento de sigilos bancário e fiscal dos investigados.
Os crimes investigados na atual fase são de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. As duas fases anteriores ocorreram em 21 de fevereiro de 2019 e 28 de março de 2019.