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Cerca de 40 mil litros de óleo diesel foram derramados em um terminal de uma remota ilha da Patagônia, no extremo sul do Chile, informaram as autoridades locais. O incidente foi registrado no último sábado (27), no terminal de ilha Guarello, 250 km ao noroeste de Porto Natales, e reportado às autoridades pela empresa chilena de mineração CAP, que faz a exploração do local.

A Marinha chilena revelou que várias unidades foram mobilizadas para a região com o objetivo de controlar a proliferação do óleo derramado, que já atingiu as águas do Pacífico sul. "Diante dessa emergência, a Terceira Zona Naval dispôs o envio imediato de unidades, com o objetivo de controlar e mitigar os possíveis danos causados pela emergência na zona", informou a Marinha.

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Uma investigação foi aberta pelo governo chileno para determinar as causas do derramamento e apurar as responsabilidades. No último domingo (28), as autoridades revelaram que aproximadamente 15 mil litros de água que havia sido contaminada foi contida. A CAP, por sua vez, ressaltou que deu início a "um processo de monitorização permanente na área", além das medidas padrão de controle e mitigação.

A área é uma das mais intocadas do planeta, com importante biodiversidade. Segundo comunicado do Greenpeace do Chile, o petróleo derramado pode ter consequências devastadoras para o meio ambiente. 

Da Ansa

Um campo de gelo com 12 mil quilômetros quadrados rompeu-se em dois pedaços na região da Patagônia, no Chile. Novas fraturas na geleira devem se tornar mais frequentes como consequência de mudanças climática, segundo um time de cientistas chilenos.

Temperaturas crescentes ao longo da Cordilheira dos Andes resultaram em menor quantidade de neve e gelo para manter as geleiras da região, segundo Gino Casassa, chefe da Divisão de Neve e Geleiras na Direção Geral de Águas, órgão do governo chileno. "O que ocorreu foi uma fratura pois o gelo retraiu", disse Casassa.

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O pedaço de gelo que se soltou da geleira principal é de aproximadamente 208 quilômetros quadrados. Segundo Casassa, que foi com a equipe de cientistas à região em março deste ano, isso pode ser um sinal do que virá pela frente.

O campo de gelo, afirmou, está agora "partido em dois e, provavelmente, descobriremos novas rachaduras ao sul".

Dois icebergs se soltaram da Geleira Cinza, no sul do Parque Nacional Torres del Paine no Chile. Os cientistas temem que essas rupturas possam se tornar mais frequentes.

Uma espécie de dinossauro herbívoro que viveu há 140 milhões de anos, dotado de espinhos defensivos no pescoço e nas costas, foi descoberta na Patagônia argentina, região conhecida como o "parque jurássico" do Hemisfério Sul.

A descoberta foi publicada nesta segunda-feira (4) na seção Relatos Científicos da revista Nature.

Chamado Bajadasaurus pronuspinax, o dinossauro pertence à família dos dicraeosauridae. Uma reprodução de seu pescoço espinhoso foi exibida no Centro Cultural da Ciência de Buenos Aires.

"Acreditamos que os longos e pontiagudos espinhos, extremamente longos e finos, no pescoço e nas costas do Bajadasaurus e do Amargasaurus cazaui (outro dicraeosauridae) deviam servir para dissuadir possíveis predadores", indicou Pablo Gallina, pesquisador adjunto do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet) e da Fundação Félix de Azara da Universidade Maimónides.

Os saurópodes eram quadrúpedes que viveram entre o Triássico Superior e o final do Cretáceo Superior, caracterizados por seu grande tamanho e pelo comprimento de seu pescoço e rabo.

"Achamos que se (os espinhos) fossem apenas estruturas de osso nuas ou forradas unicamente de pele poderiam ter sofrido rompimentos ou fraturas facilmente com um golpe, ou ao serem atacados por outros animais", acrescentou Gallina.

Portanto, o paleontólogo sugeriu que "esses espinhos tiveram que ser protegidos por uma camada córnea de queratina, semelhante ao que acontece nos chifres de muitos mamíferos".

O Amargasaurus cazaui habitou o continente sul-americano cerca de 15 milhões de anos após o Bajadasaurus. Ambas as espécies foram descobertas na província de Neuquén, 1.800 quilômetros a sudoeste de Buenos Aires.

Na região foi encontrado em 1993 o Giganotosaurus carolinii, considerado o maior dinossauro carnívoro de todos os tempos. A região da Patagônia é palco de frequentes descobertas paleontológicas.

- Atração sexual -

"Algumas hipóteses indicam que os espinhos (de dicraeosauridae) serviam de suporte para uma espécie de vela que regulava a temperatura corporal dos dinossauros ou que formavam uma crista de exibição que lhes dava mais atrativo sexual", indicou o Conicet em comunicado.

O organismo disse que "especularam, por exemplo, que essas espécies podem ter tido uma corcunda carnuda entre os espinhos que servia para armazenar reservas".

"Outra presunção é que os espinhos estavam cobertos com revestimentos de chifre que cumpriam uma função defensiva contra possíveis ataques", acrescentou a agência.

O crânio do Bajadasaurus é o mais bem preservado que se conhece de um dicraeosauridae. "Seu estudo sugeriu que esses animais passavam grande parte do seu tempo alimentando-se de plantas do solo, enquanto suas órbitas oculares, perto do topo do crânio, permitiam que controlassem o que acontecia no seu entorno", disse o Conicet.

O nome da espécie se deve ao fato de ter sido encontrada na cidade de Bajada Colorada, com a participação do Museu Paleontológico Ernesto Bachmann de Villa El Chocón.

A Marinha da Argentina confirmou em anúncio pelo Twitter neste sábado, 17, que pesquisadores encontraram o submarino ARA San Juan, que desapareceu há um ano com 44 tripulantes a bordo nas águas do Oceano Atlântico. A embarcação foi detectada a 800 metros de profundidade na Península Valdés, na Patagônia argentina.

De acordo com o anúncio, a confirmação foi realizada por um veículo operado por controle remoto da companhia norte-americana Ocean Infinity, contratada para auxiliar nas buscas. A empresa receberá US$ 7,5 milhões pelo achado.

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O submarino desapareceu no dia 15 de novembro de 2017, quando realizava o percurso entre Ushuaia, no extremo sul da Argentina, e sua base em Mar del Plata.

No último contato com a embarcação, a cerca de 400 quilômetros da costa do país, a tripulação relatou avarias causadas por uma entrada de água pelo sistema de ventilação, que "provocou um curto-circuito e um princípio de incêndio" nas baterias. Horas depois, uma explosão foi detectada pela Marinha.

O navio Seabed Constructor da Ocean Infinity, companhia responsável pelas buscas sem sucesso do avião da Malaysia Airlines desaparecido em 2014, foi utilizado nas buscas.

O anúncio da descoberta do submarino acontece apenas dois dias depois de as famílias dos tripulantes realizarem um evento em homenagem ao aniversário de um ano do desaparecimento. (Com Agências Internacionais).

A descoberta de fósseis de dinossauros e flora pré-histórica na Patagônia chilena reforça a teoria de que espécies pré-históricas da América e da Antártica migraram há milhões de anos por pontes que os uniam, assinalam pesquisadores do Chile e do Brasil.

Uma expedição de cientistas encontrou no cerro Guido - uma zona inóspita da Patagônia 3.000 quilômetros ao sul de Santiago - um depósito de fósseis de dinossauros e restos fossilizados de flora e folhas cuja idade seria remontaria a 68 milhões de anos atrás, quase no fim da era dos dinossauros.

"Na Antártica, foram encontrados restos de ossos de dinossauros típicos das zonas continentais (América), que tenham atravessado por pontes formadas entre a América do Sul e a Antártica", disse à AFP Marcelo Leppe, líder da expedição e do Departamento científico do Instituto Antártico Chileno (Inach). Leppe acredita que tudo começou com uma queda brusca de temperatura.

Isso "produziu queda da neve que se acumulou como gelo e causou o declínio dos oceanos entre 25 e 200 metros, permitindo a emergência para a superfície de porções de terra que estavam sob o mar, formando pontes", garante o paleontólogo, que foi responsável pela base do Inach na Antártica.

Entre os fósseis descobertos no continente branco estão o saurópode, o maior e mais meridional dinossauro encontrado no Chile em 2014, que chegou a medir 30 metros de comprimento e pesar 35 toneladas, e também o hadrossauro, um herbívoro que atingia 10 metros de comprimento e chegava a pesar 20 toneladas.

Ambas as espécies foram encontradas no depósito de fósseis de Cerro Guido, cuja extensão chegaria aos sete quilômetros. Neste local, um dos maiores da América, os dinossauros viveram milhões de anos antes de chegar à Antártica há 68 milhões de anos.

Os cientistas fizeram longas caminhadas e subiram uma colina de mais de mil metros de altitude para encontrar esses fósseis. Durante a expedição, que durou duas semanas, dormiram em barracas num acampamento montado cerca de três quilômetros de distância de qualquer contato humano, suportando frio intenso e fortes ventos patagônicos.

Vegetação da Antártica

No Cerro Guido, os cientistas também descobriram as folhas fossilizadas de nothofagus, uma espécie arbórea no hemisfério sul e cuja idade atinge 68 milhões de anos.

De acordo com os investigadores, estas folhas são as mesmas que foram descobertas na Antártida, mas que datam de 80 milhões de anos atrás. Elas são muito mais velhas do que as da Patagônia, indicando que são originárias do continente branco, quando esse tinha vegetação.

"Alguns fósseis de flores, folhas de árvores e plantas encontrados tinham como local de procedência a Antartica, o que reforça a teoria de que estes tenham migrado por pontes formadas entre o continente branco e o americano", acredita Leppe.

A pesquisa indica que na Antártica descobriram fósseis de espécies como canela, mirtasias, eucaliptos, pinheiros, manios, que atualmente são típicos das florestas do sul do Chile, e também migraram por essas pontes de vento, chuva e a estrada de terra. "Podemos dizer que as florestas dessas regiões chilenas são registros do que foi a vegetação na Antártica cerca de 70 milhões de anos atrás", disse o paleobotânico brasileiro Thiers Wilberger.

As plantas mais antigas da América do Sul estão no Brasil há mais de 120 milhões de anos, enquanto na Argentina há registros de fósseis de plantas de 80 milhões de anos, garante Wilberger.

O especialista brasileiro destacou o bom estado de conservação dos restos de folhas, flores e ossos de dinossauros encontrados em Cerro Guido, na fronteira com a Argentina, e que pode ser acessado a pé ou em um trator contornando colinas e cruzando rios.No local também foi encontrado pólen, algo muito raro devido à sua fragilidade.

Wilberger afirma que algumas espécies como as araucárias - uma árvore hoje típica do sul do Chile - migraram para o Brasil e outras até a Nova Zelândia e Nova Caledônia. "Apesar de não ter uma fronteira na atualidade,a conexão entre Chile e Brasil, graças a esta migração da flora, é muito próxima", disse o brasileiro.

Desde 2013, os pesquisadores viajam para esta remota região por duas semanas durante o ver]ao austral, já que no restante do ano a zona está coberta de neve e as temperaturas ficam perto de zero.

Uma equipe científica argentina anunciou a descoberta de uma jazida de fósseis da era jurássica, de entre 160 milhões e 140 milhões de anos, que envolve uma superfície de 60.000km² na Patagônia argentina, em que vêm trabalhando há vários anos.

"Não existe outro lugar no mundo que contenha esta quantidade e diversidade de fósseis do jurássico", declarou Juan García Massini, líder da pesquisa e membro do Centro Regional de Pesquisas Científicas e Transferência Tecnológica (Crilar), ligado ao Conselho Nacional de Pesquisas de Ciência e Tecnologia (Conicet).

O sítio foi descoberto quatro anos atrás, no centro-norte da província de Santa Cruz (sul da Argentina), e divulgado esta semana pelo site Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTyS), da Universidade de La Matanza (UNL), após a divulgação de um relatório pela revista especializada "Ameghiniana".

"Os fósseis estão na superfície, porque a erosão expôs as rochas recentemente, e se pode ver a paisagem como era no jurássico: como se distribuíam as águas termais, as lagoas, os córregos, e as plantas e demais componentes do ecossistema", disse o cientista.

García Massini, doutor em geologia, explicou que "a preservação aconteceu de forma suave e quase imediata, em menos de um dia em alguns casos, e se pode ver o movimento que tinham em vida os fungos, as cianobactérias e os vermes, por exemplo".

Ignacio Escapa, do Museu Paleontológico Egidio Feruglio, de Trelew (sudeste), e integrante da equipe, disse que foi encontrada "uma grande diversidade de micro e macro-organismos". Os pesquisadores estimam que cada rocha extraída desta zona do Macizo del Deseado poderia abrir as portas para uma nova descoberta.

Uma representação de gesso de um dos maiores dinossauros já descobertos, um 'titanosaurian' de 37,2 metros de comprimento encontrado na Patagônia Argentina, será exposta pela primeira vez em Nova York nesta quinta-feira.

Trata-se de uma espécie de dinossauro cuja descoberta é tão recente que seu nome científico ainda não foi divulgado oficialmente, disseram os paleontólogos que o descobriram em 2014 na região da Patagônia, no sul da Argentina. Os restos mortais foram encontrados numa escavação no deserto perlo de La Flecha, 216 quilômetros ao oeste de Trelew, por uma equipe do Museu Paleontológico Egidio Feruglio.

A mostra gigantesca no Museu de História Natural dos Estados Unidos é tão longa, que o pescoço e a cabeça da criatura vai para o lado de fora da sala de exposições rumo ao lobby do prédio, perto dos elevadores.

O animal, cujos pesquisadores acreditam tratar-se de um jovem adulto de sexo ainda desconhecido, deve ter pesado 70 toneladas, o equivalente a dez elefantes africanos, afirmou o museu.

Esta espécie vivia nas selvas da atual Patagônia há 100 ou 95 milhões de anos, durante o período Cretácico Tardío.

O museu indicou que trata-se de um dos maiores dinossauros já descobertos.

Ventos que mudaram levaram as chamas para cima de um grupo de bombeiros que lutavam contra um incêndio na região de Cautin, no sul do Chile, matando 6 deles, provocando queimadura graves em 2 e deixando um desaparecido, informou nesta quinta-feira o governador de Cautin, Miguel Mellado. No momento, a região sul do Chile é atingida por 50 incêndios florestais. O fogo já destruiu centenas de casas, forçou a retirada de milhares de moradores e atingiu parcialmente o parque Torres del Paine, na Patagônia. Cautin fica 700 quilômetros ao sul da capital Santiago.

As informações são da Associated Press.

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O ministro do Interior do Chile, Rodrigo Hinzpeter, estimou que o incêndio na floresta do Parque Nacional Torres del Paine, na Patagônia, no Sul do país, poderá ser controlado nas próximas horas ou dias. O fogo, que destruiu cerca de 12,5 mil hectares, começou há cinco dias. Três dos seis focos de incêndio foram controlados.

“As condições meteorológicas de ontem permitiram um bom trabalho. Cada um desses focos, em seus perímetros, têm uma área desprovida de vegetações, o que permite que o incêndio, nesses três focos, não esteja avançando descontroladamente”, disse Hinzpeter.

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O israelense, Rotem Singer, de 23 anos, foi acusado por fiscais chilenos de iniciar o incêndio de forma negligente. Singer foi preso no sábado e liberado poucas horas depois. Segundo os fiscais, o israelense admitiu sua negligência.

O incêndio na floresta começou na terça-feira (27). O Parque Nacional Torres del Paine está localizado a cerca de 2 mil quilômetros de distância da capital chilena, Santiago.

Turistas que estavam no parque foram retirados. Visitas e viagens estão suspensas na região. Dois dos principais hotéis que estão na área do parque foram atingidos pelas chamas.

Um dos principais polos turísticos do Chile, o Parque Nacional Torres del Paine reúne um sistema de organização invejável, com rede própria de hotéis, guias de turismo e orientações adequadas para os turistas. A área completa do parque é 242 mil hectares. O local é considerado reserva mundial de biosfera.

*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur, e da emissora pública de televisão do Chile, TVN

Cerca de 350 brigadistas chegaram nesta sexta-feira ao parque nacional de Torres del Paine, no sul do Chile, para combater um incêndio florestal que nos últimos três dias destruiu 8.500 hectares de bosque nativo. A Força Aérea do Chile enviou aviões e helicópteros para combater as chamas, mas as aeronaves ainda não puderam iniciar as operações de combate às chamas por causa das condições climáticas adversas.

"Até o momento mais de 8.500 hectares foram afetados pelo incêndio e infelizmente a área atingida cresce com rapidez, por causa das dificuldades climáticas e topográficas", disse o presidente do Chile, Sebastián Piñera, sobre o incêndio.

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Piñera interrompeu seu descanso na mansão balneária presidencial em Viña del Mar e realizou uma reunião ministerial sobre o incêndio e maneiras para combatê-lo. O Parque Nacional Torres del Paine, com 240.000 hectares e localizado 3.100 quilômetros ao sul da capital Santiago é a principal atração turística da região de Magallanes, na Patagônia chilena. Torres del Paine é visitado por 150 mil turistas por ano, dos quais 75% são estrangeiros. O parque é declarado um santuário da natureza e uma reserva da biosfera na Patagônia.

Piñera disse que os 400 turistas que estavam no parque foram retirados do local após o começo do incêndio. A previsão do clima indica que chuvas que poderão cair a partir do sábado devem melhorar a situação. As autoridades não sabem o que provocou o incêndio e fecharam o acesso ao parque.

As informações são da Associated Press.

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