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O atacante Iago Silva, que tem seu nome ligado ao Santa Cruz, se despediu neste domingo (25) através das redes sociais dos seus companheiros do América-RN.

A despedida é mais um indício de que ele está na iminência de ser anunciado no Santa Cruz como reforço para a Série D. O jogador, inclusive, é esperado no Recife nesta semana.

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“O destino une e separa, mas nenhuma força é grande o suficiente para fazer esquecer pessoas que por algum motivo um dia nós fizeram felizes. Até breve nação”, postou o jogador na rede social.

O América abriu ampla vantagem em cima do Cruzeiro nas semifinais do Campeonato Mineiro ao vencer o rival por 2 a 0, neste sábado à tarde, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG), pela partida de ida. Na volta, os americanos podem perder até por um gol de diferença para ir à final, porque têm melhor campanha e entraram nesta fase com a vantagem da igualdade no placar agregado. Os cruzeirenses precisam ganhar por três gols de diferença ou por dois gols e levar a definição da vaga para a disputa de pênaltis.

Durante a derrota, o time comandado por Paulo Pezzolano teve de lidar com a revolta de parte da torcida, que chegou a gritar "time pipoqueiro" e disparou ofensas contra Ronaldo Fenômeno, acionista majoritário da SAF do clube, que estava na Arena do Jacaré. "Ei, Ronaldo, vai tomar no c...", gritaram. Enquanto isso, outros torcedores vaiavam aqueles que xingavam o ex-atacante.

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Além da superioridade do América, ficou claro que o Cruzeiro perde toda a vantagem como mandante atuando fora de Belo Horizonte. No ano passado, não houve um acordo da direção do clube com a administração do Mineirão para que os seus jogos fossem disputados no maior estádio de Minas Gerais.

Precisando vencer para tirar a vantagem do rival, o Cruzeiro foi bem mais presente no primeiro tempo. Dominou as ações em campo e passou a criar chances de gol, mas, ao mesmo tempo, errava muitos passes e permiti ao América os contra-ataques.

Aos 24 minutos, o América se aproveitou de um descuido na defesa cruzeirense pra abrir o placar. Após levantamento na área, o volante Juninho apareceu para ajeitar de cabeça para trás. Aloísio, de frente, bateu de chapa sem chances de defesa: 1 a 0. O Cruzeiro se perdeu por alguns minutos e só voltou a ter o controle de jogo nos minutos finais, quando criou duas chances importantes e perdeu. Uma com Nikão e outra com Gilberto.

O Cruzeiro voltou adiantado no início do segundo tempo, deixando claro a sua disposição de buscar o empate. E reclamou de um possível pênalti, aos 12 minutos, quando Gilberto lançou Wesley em velocidade e na disputa com Arthur ele caiu dentro da área. Nas imagens aparece um puxão no calção do atacante, mas o lance foi revisado pelo VAR e que considerou uma disputa normal.

Na primeira chegada à frente, o América ampliou o placar. Felipe Azevedo foi lançado em velocidade pelo lado esquerdo e cruzou rasteiro para o meio da área, onde Junhinho apareceu para chutar de chapa para as redes: 2 a 0, aos 16 minutos.

Mas o Cruzeiro não desistiu e manteve seu ritmo. E teve um segundo pênalti reclamado aos 27 minutos, quando Gilberto teria sido derrubado na linha da grande área. O árbitro Paulo César Zanovelli, desta vez, bem perto do lance marcou a falta. Depois de cinco minutos de análise pelo VAR, descobriu-se o impedimento no início da jogada do próprio Gilberto. O comandante do Cruzeiro, Ronaldo Nazário, num camarote, soltou um sorriso de incompreensão.

Depois disso, o clima de nervosismo predominou em campo. A torcida cruzeirense passou a gritar 'olé' quando o América trocava passes, como forma de protesto. O Cruzeiro, no desespero, pouco ameaçou e o América, em vantagem, priorizou a marcação para não correr riscos de confirmar a vitória.

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 0 X 2 AMÉRICA

CRUZEIRO - Rafael Cabral; William (Igor Formiga), Oliveira, Reynaldo e Kaiki; Ian Lucas, Ramiro (Stênio) e Nikão; Bruno Rodrigues, Wesley (Wallison) e Gilberto (Davó). Técnico: Paulo Pezzolano.

AMÉRICA - Matheus Cavichioli; Arthur, Iago Maidana, Ricardo Silva e Nicolas (Danilo Avelar); Alê, Juninho e Benítez (Emmanuel Martínez); Matheusinho (Everaldo), Felipe Azevedo (Adyson) e Aloísio (Wellington Paulista). Técnico: Vagner Mancini.

GOLS - Aloísio, aos 24 minutos do primeiro tempo. Juninho, aos 16 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Paulo César Zanovelli

CARTÕES AMARELOS - William e Bruno rodrigues (Cruzeiro). Emmanuel Martínez, Everaldo, Felipe Azevedo e Matheus Cavichioli (América)

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG) .

O América-PE voltou a criticar a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), nesta sexta-feira (04). Em nota divulgada, o clube acusa a entidade de ter tirado a vaga do América-PE da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha.

A Federação Paulista de Futebol disponibiliza quatro vagas para times pernambucanos disputarem o torneio. A FPF indicou Sport, Náutico, Retrô e Santa Cruz.

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Com isso, o América-PE se sentiu lesado, visto que o clube terminou o Campeonato Pernambucano Sub-20 de 2022 sendo eliminado nas semifinais, junto ao Retrô, enquanto o Santa Cruz caiu na fase anterior, nas quartas de final.

Na nota divulgada, o América-PE afirma que trata-se de "mais um abuso, uma imoralidade, uma covardia, desse que se acha dono do futebol pernambucano".

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O América vai entrar em campo pela Série A2 do Campeonato Pernambucano, nesta quinta-feira (15), com apenas 8 jogadores em campo. O clube, que durante a preparação do jogo contra o Torres, entrou em conflito com a FPF, teve alguns problemas na inscrição dos atletas e chegou a acusar a entidade e o presidente Evandro de Carvalho de perseguição política.

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Em novo comunicado publicado hoje, o América disse que a Federação Pernambucana de Futebol criou inúmeras dificuldades para dar baixa nas taxas que era promessa da entidade. Por isso alguns não tiveram tempo de ter seus nomes publicados no BID.

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O América Futebol Clube usou suas redes sociais para publicar uma nota em que acusa a Federação Pernambucana de Futebol de perseguição política. No texto, publicado na manhã desta quarta-feira (14), o clube alega que a inaptidão de parte de seus atletas para a disputa Série A2 do Campeonato Pernambucano se deve a uma decisão pessoal do presidente da FPF, Evandro Carvalho, que estaria descontente com o adiamento das eleições da instituição.

Ocorre que a menos de uma semana da eleição da FPF, a chapa de oposição, encabeçada Alexandre Mirinda, empresário ligado ao América, conseguiu uma liminar no TJ-PE para realizar a suspensão do pleito, que estava marcado para acontecer no próximo domingo (18).

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Agora, o clube diz que a FPF tinha deliberado no Conselho Arbitral que todos os times que disputassem o Campeonato Pernambucano da Série A2 teriam direito a inscrever 20 jogadores, sem nenhum custo em relação às taxas da federação.

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Ao consultar o presidente Evandro de Carvalho, contudo, o clube soube que teria que pagar os valores pendentes. A partir desta decisão, os jogadores do clube não ficam aptos para a estreia contra o Torres, marcada para acontecer nesta quinta-feira (15), às 15h, na Arena de Pernambuco. O América informou que está em busca de recurso para registrar os atletas a tempo. 

"Queremos dizer a imensa torcida do América que mesmo depois dessa covarde decisão, decisão essa escutada pelo nosso diretor executivo Abdias Venceslau que ao ligar para o senhor Evandro Carvalho ouviu de pronto a seguinte frase: 'aquele filho da **** do Mirinda cancelou minha eleição, agora é Guerra, não conte mais comigo para nada, acabou, é guerra contra o América'", diz a nota.

O clube também disse que ficará atento às arbitragens dos jogos do Campeonato Pernambucano. "Tristes pelo tratamento que recebemos da gestora do futebol pernambucano através da pessoa do senhor Evandro Carvalho, senhor esse que desconsidera a grande e valiosa história do nosso América por conta de uma briga política que nada tem a ver com as 4 linhas. Não obstante a isso, esperamos que esse problema político não entre nas disputas de campo. Estaremos todos alerta para as arbitragens dos nossos jogos", completa o texto.

A região das Américas se tornou o epicentro do surto de varíola dos macacos, com o maior número de casos no mundo, alertou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nessa quarta-feira (7).

Até 6 de setembro, mais de 30 mil casos da doença foram relatados nas Américas, especialmente nos Estados Unidos, Brasil, Peru e Canadá, informou a diretora da Opas, Carissa Etienne, em uma coletiva de imprensa virtual.

A maioria deles são de homens que fazem sexo com homens, mas também há registros de pelo menos 145 casos em mulheres e 54 entre menores de 18 anos, especificou.

Até agora, foram notificadas quatro mortes relacionadas à varíola dos macacos, no Brasil, Cuba e Equador.

Como as vacinas contra essa varíola são limitadas, a Opas recomenda que seja dada prioridade aos grupos de alto risco e à comunicação, evitando o estigma e a discriminação da comunidade LGBTQ+.

"O estigma não tem cabimento na saúde pública" e impede que pessoas em risco sejam testadas quando apresentam sintomas, disse Etienne. "Se não formos proativos em superar essas barreiras, a varíola dos macacos se espalhará silenciosamente", alertou.

A Opas fez um acordo com o laboratório Bavarian Nordic para fornecer 100 mil doses dessas vacinas aos países da América Latina e do Caribe por meio do fundo rotativo, que começará a distribuí-las em setembro aos 12 que já solicitaram.

Mas Etienne insistiu que as vacinas "só complementam" outras medidas como vigilância, testes e o rastreamento de contatos e, embora possam ser administradas preventivamente, por exemplo, a profissionais de saúde, a vacinação em massa não é recomendada.

Vírus como o da varíola dos macacos, que são compostos por material genético de DNA, apresentam "um processo de evolução e acúmulo de mutações" normalmente mais lentos que o da Covid-19, mas em alguns países já se observa uma "microevolução" que pode gerar sublinhagens, explicou Jairo Andrés Méndez Rico, assessor para doenças virais emergentes da Opas.

Ainda assim, "até o momento nenhuma mudança foi associada a uma maior capacidade de transmissão", especificou na coletiva.

Nessas circunstâncias e em uma região onde muitos países dependem do turismo, Ciro Ugarte, diretor de emergências sanitárias da Opas, aconselhou dar prioridade à informação para que turistas e nacionais que retornam saibam aonde ir em caso de sintomas. "Não deve haver nenhuma restrição às viagens", reiterou.

Além da varíola dos macacos, a Opas continua preocupada com a Covid-19.

Os casos, hospitalizações e mortes por covid diminuíram nos Estados Unidos, embora 4.954 mortes tenham sido registradas na semana passada, segundo a agência.

Em comparação com outras doenças, a Covid-19 “segue sendo uma ameaça relevante” porque o vírus continua a circular e podem surgir novas variantes.

É por isso que a organização pede aos países que alcancem cidadãos que não receberam nenhuma dose da vacina.

Dez países e territórios da região "ainda não vacinaram totalmente 40% de suas populações", disse Etienne, enfatizando que os não vacinados "serão os mais afetados quando a próxima onda de casos chegar".

O América-MG empatou em 2 a 2 com o Tolima (Colômbia) e viu acabarem suas chances de avançar na Copa Libertadores. Após o resultado alcançado na noite desta quarta-feira (18) no estádio Manuel Murillo Toro, em Ibagué, o Coelho passa a ter como ambição conquistar uma vaga nas oitavas da Copa Sul-Americana.

Porém, para atingir este objetivo o América, que ocupa a última posição do Grupo D com dois pontos, precisa terminar a primeira fase na terceira posição, que atualmente é ocupada pelo Independiente Del Valle (Equador), que tem cinco pontos e enfrenta o Atlético-MG na próxima quinta (19) no Mineirão. O Coelho disputa sua última partida pela Libertadores justamente contra o Del Valle, na próxima quarta (25).

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O jogo

A partida começou com a equipe colombiana melhor, empurrando o time mineiro para a defesa. Porém, o América-MG conseguiu aproveitar os espaços dados pelo adversário para contra-atacar e abrir o placar logo aos seis minutos, quando o lateral Marlon aproveitou sobra de bola dentro da área para finalizar no ângulo.

Com a desvantagem no marcador o Tolima partiu de vez para o ataque. Mas foi o Coelho que conseguiu marcar, desta vez aos 26 minutos em cobrança de pênalti do zagueiro Iago Maidana.

Após abrir uma diferença de dois gols em tão pouco tempo o técnico Vagner Mancini decidiu recuar ainda mais as linhas de sua equipe. Porém não demorou para esta se mostrar uma opção equivocada, pois ainda antes do intervalo o Tolima igualou o marcador com Plata, aos 39 minutos, e Michael Rangel três minutos depois.

Na etapa final o América-MG teve uma postura mais ousada, inclusive acertando uma bola no travessão, mas foi insuficiente para superar mais uma vez a boa defesa do Tolima.

Agora o Coelho volta as atenções para o Brasileiro, onde recebe o Botafogo no sábado (21) no Independência.

Desde que começou a ser disputado, no longínquo ano de 1915, o Campeonato Pernambucano de Futebol, quase sempre, foi dominado pelo Trio de Ferro. Sport, com 42 títulos, Santa Cruz, com 29, e Náutico, com 23, são os maiores vencedores.

O América aparece na quarta colocação com 6 taças e Salgueiro tem uma. Alguns times que não existem mais aparecem na galeria de campeões: Torre (3), Tramways (2) e Flamengo do Recife (1). Com exceção do Carcará, os títulos citados nesse parágrafo foram conquistados antes de 1944. 

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De lá pra cá, quando os três maiores clubes se firmaram, só deu eles. Por isso que é tão difícil uma rotatividade entre os campeões. O próprio Salgueiro, quando levantou o caneco em 2020, foi apenas o primeiro time do interior a vencer a competição.

Mas, esse ano, outro 'pequeno' pode conquistar sua primeira taça na elite estadual. Caso vença o Náutico na final, o Retrô será o nono clube campeão pernambucano e quebrará um tabu que já dura 76 anos. 

Desde 1946, que o nosso estadual não tem quatro campeões diferentes em quatro anos seguidos. A última sequência assim foi: Sport (1943), América (1944), Náutico (1945) e Santa Cruz (1946). Se der Fênix no sábado (30), teremos a seguinte continuidade: Sport (2019). Salgueiro (2020), Náutico (2021) e Retrô (2022).

Apesar de muito difícil de ocorrer, essa sequência de quatro campeões em quatro anos seguidos, no entanto, já aconteceu. O feito se deu nos anos 30 e 40, com Tramways (1937), Sport (1938), Náutico (1939) e Santa Cruz (1940).

Um museu dedicado aos NFTs ("token não-fungíveis"), as peças digitais que vêm causando furor no mercado de arte, abriu suas portas no estado americano de Washington.

O Museu de NFT de Seattle exibe obras de arte originais, assim como explicações da tecnologia usada para dar vida aos token não-fungíveis, buscando ajudar os visitantes a entender este novo universo.

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"O ponto de ter um espaço físico é facilitar a compreensão de todos", explicou o cofundador do museu Peter Hamilton, em entrevista à AFP.

"Não importa quanto você sabe, ou não, sobre arte digital, ou sobre os NFTs, porque você pode percorrer o museu e ver as peças de arte em um formato maior, de uma forma mais parecida com as exposições de um museu", acrescentou.

As NFTs são peças virtuais únicas, cujo proprietário obtém a titularidade da obra, apesar de não ser algo tangível.

Seu conteúdo pode ser copiado, mas o NFT é "o original", da mesma forma que existem no mundo inúmeras cópias da "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci. Já a pintura original pode ser encontrada apenas no Museu do Louvre.

Nos últimos meses, investidores e ricos colecionadores mergulharam de cabeça nesta mania digital, que funciona com a mesma tecnologia blockchain que sustenta as moedas digitais.

Em leilões recentes, os NFTs arrecadaram milhões, incluindo os US$ 69,3 milhões oferecidos por uma obra digital do artista Beeple, em um evento da Christie's.

Como acontece com todas as novas tecnologias, há quem questione essas peças. Alguns inclusive descartam o gênero, dizendo ser apenas uma moda.

Os visitantes do museu afirmam, no entanto, que veem essas peças como algo real.

"É como um fenômeno global, estamos vendo ele nascer", disse uma mulher que visitava o museu.

Ver essa evolução é parte da diversão, afirma o cofundador do museu.

"É difícil dizer para onde vamos com essa tecnologia, isso é apenas o começo", comentou Peter Hamilton.

"Quem disser que é especialista em NFT, está mentindo, porque estamos todos aprendendo. É uma experiência nova, estamos todos vivendo esse começo", acrescentou.

A pandemia da covid-19 nas Américas foi "sem dúvida pior" em 2021, quando a região registrou três vezes mais infecções e mortes do que no ano anterior, disse a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quarta-feira (15).

A diretora da organização, Carissa Etienne, disse em uma coletiva de imprensa que o segundo ano da pandemia marcou e desafiou o continente americano.

"Quando comparamos 2020 com 2021, este ano foi sem dúvida pior", disse. "Vimos o triplo do número de infecções por covid e mortes neste segundo ano de pandemia do que em 2020."

“Os hospitais estavam operando no limite, medicamentos e suprimentos vitais estavam em falta e nossos sistemas de saúde foram colocados à prova como nunca antes”, acrescentou.

O primeiro caso de covid-19 nas Américas foi identificado em 21 de janeiro de 2020, nos Estados Unidos. Desde então, mais de 98 milhões de pessoas na região sofreram da doença e mais de 2,3 milhões morreram, segundo dados oficiais compilados pela Opas.

O continente americano foi especialmente atingido pelo novo coronavírus, concentrando mais de um terço de todas as infecções e uma em cada quatro mortes por covid-19 relatadas em todo o mundo.

Etienne disse que na semana passada, as Américas relataram mais de 926.000 novas infecções, um aumento de 18,4% nos casos em relação às semanas anteriores.

O ressurgimento de casos foi registrado em particular nos Estados Unidos e Canadá, bem como no Panamá, onde houve um aumento "constante" das infecções no último mês. Equador, Paraguai, Uruguai e Trinidade e Tobago também tiveram uma nova alta.

Na última sexta (10), Lula encerrou seu segundo dia de visita à Argentina com um discurso na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, onde manifestantes se reuniram para celebrar os 38 anos de democracia no país. Ovacionado pela multidão, que entoava os dizeres “vai voltar, vai voltar, Lula vai voltar”, o petista dividiu o palanque com Alberto Fernández e Cristina Kirchner, respectivamente, presidente e vice-presidente da Argentina, bem como com o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica.

“Venho aqui, do fundo do coração, agradecer a cada homem e a cada mulher da Argentina que prestou solidariedade a mim quando fui preso no Brasil. Quero agradecer a cada sindicato, a cada mulher e a cada homem, a cada estudante, a cada companheiro dos partidos políticos, a cada deputado e senador que prestou solidariedade, que foi para a rua fazer manifestação”, declarou Lula.

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O petista lembrou que recebeu uma visita de Alberto Fernández quando se encontrava preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. “O companheiro Alberto Fernández era candidato a presidente e teve coragem de ir na cadeia me visitar, mesmo eu pedindo para ele tomar cuidado, porque talvez não fosse prudente para um candidato. E Alberto disse: ‘Diga a Lula que vou visitá-lo com muito orgulho e que quero dar uma entrevista, depois que sair da prisão, para que todo o povo argentino saiba que, independentemente das eleições, eu sou humanista, defendo os direitos humanos e quero defender a liberdade do companheiro Lula, que está preso injustamente’”, contou.

Lula defendeu ainda que, no período em que era presidente, a América do Sul vivia um momento de redução das desigualdades, com os governos progressistas de Cristina Kirchner, que era presidente da Argentina, e Mujica. “Nossa querida América do Sul viveu seu melhor período de 2000 a 2012, quando nós governamos democraticamente todos os países do continente, quando nós expulsamos a Alca e firmamos o Mercosul, criamos a Unasul e a Celac”, frisou.

Fernández encerrou o evento com uma fala em defesa da democracia. “A democracia, essencialmente, é a liberdade, é sermos livres, é respeitar a diversidade. E hoje, com o rótulo de liberais, aparecem os conservadores, os xenófobos, os negacionistas. Diante disso, nós não podemos ficar em silêncio, de braços cruzados, nem nos esquecer de que, na Argentina, houve um terrorismo de Estado que tirou a vida de milhares de pessoas", ressaltou, referendo-se à ditadura militar no país. 

O Campeonato Brasileiro chegou ao fim. Nesta quinta-feira (9) acontecem todos os últimos jogos em virtude da 38ª rodada do torneio nacional. Uma das partidas será no Estádio Independência, a partir das 21h30, entre América-MG e São Paulo. Ambos os times já estão classificados para a Série A do próximo ano e, portanto, não há mais risco de rebaixamento.

Atualmente, o time mineiro possui 50 pontos e está na 8ª colocação. Assim, o América-MG garante vaga na fase pré-eliminatória da Libertadores e precisa vencer o São Paulo para segurar sua posição na tabela. O último confronto não foi dos melhores, já que o clube mineiro ficou apenas no empate sem gols contra o Ceará jogando fora de casa, e agora tem a chance de ganhar uma última partida com o apoio da torcida.

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De acordo com o técnico do América-MG, Marquinhos Santos, o atual elenco está na história do clube, justamente pela campanha que fez nesta temporada. “Estamos vivos e contra o São Paulo na próxima quinta-feira não será diferente. Nós vamos jogar pra frente, e esperamos o apoio da torcida para fazer o Coelhão mais forte ainda, para fecharmos a temporada com uma grande festa”.  

Já o São Paulo acaba de garantir sua permanência na elite do Brasileirão, justamente em uma partida no Morumbi, contra o Juventude na última segunda-feira (6), que terminou em 3 a 1, com gols de Luciano e Jonathan Calleri. Atualmente, o Tricolor Paulista está com 48 pontos na 13ª posição, e dependendo dos resultados alheios, é possível subir mais algumas posições na tabela de classificação.

Para o treinador Rogério Ceni, o torcedor foi fundamental na campanha do São Paulo nesta temporada, que infelizmente se baseou em uma luta por não ser rebaixado. “Ainda não é o modelo de time que eu gosto, mas o elenco é bastante competitivo. O São Paulo precisa de equilíbrio, e mais jogadores em funções que não existe no clube, como os pontas que definem jogadas no um contra um”.

 

 

Nesta quarta-feira (6), América Mineiro e Palmeiras se enfrentam pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro 2021. O jogo ocorre no estádio Independência, em Belo Horizonte, a partir das 21h30 (horário de Brasília).

As equipes vivem momentos diferentes na tabela da competição. O América está na 14ª posição e vive uma sequência de bons resultados para fugir da zona de rebaixamento. Já o Palmeiras se manteve na segunda colocação, mas não vive uma boa fase no Brasileirão e vê o líder Atlético Mineiro se distanciar cada vez mais.

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O Coelho vive seu melhor momento na temporada, uma vez que a equipe está invicta há seis jogos na competição nacional. A última derrota foi em 23 de agosto, para o Bragantino. O treinador Mancini deseja fazer uma boa partida em casa e pontuar cada vez mais para se livrar do rebaixamento.

Após se classificar para a final da Libertadores, era esperado que a equipe de Abel Ferreira retomasse o bom desempenho no Brasileirão. Porém, o clube empatou em casa, por 1 a 1, contra o Juventude. O elenco já se prepara para o confronto de quarta-feira e irá buscar os três pontos na casa do adversário.

Neste domingo (19), Corinthians e América-MG se enfrentam pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo ocorre na Neo Química Arena, em São Paulo, a partir das 18h15 (horário de Brasília).

A equipe mandante está com seis jogos de invencibilidade. Por outro lado, o América se reencontrou com as vitórias e deseja sair da zona de rebaixamento.

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O Corinthians se reforçou no meio da temporada e vem numa ascendente no Campeonato Brasileiro. A equipe está em 6° colocado, com quatro pontos de diferença para o primeiro colocado do G4.

Nesta quinta-feira (16), o técnico Sylvinho fez trabalhos técnicos com o quarteto principal da equipe. Renato Augusto, Giuliano, Róger Guedes e Willian tendem a jogar juntos pela primeira vez no domingo (19).

O América deseja repetir o bom resultado conquistado na Copa do Brasil 2020. Na ocasião, a equipe mineira eliminou o Timão após vencer o time paulista em sua casa. Dessa forma, o América mineiro está na 17ª colocação e está a um ponto de sair da zona de rebaixamento. Nos últimos cinco jogos, o time conquistou 10 pontos.

O Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, detectou a presença de uma nova variante de Covid-19 no Brasil. A constatação foi feita através de amostras positivas para o vírus de um equatoriano e um colombiano, colhidas no Mato Grosso, onde as seleções de Colômbia e Equador se enfrentaram. A mutação em questão é a variante de interesse  B. 1.216, originária da Colômbia, que chegou nos Estados Unidos e na Europa.

As variantes de interesse do novo coronavírus são as cepas que precisam ser acompanhadas, embora ainda não haja evidências de que desenvolveram formas mais letais ou contagiosas. No levantamento mais recente da Conmebol, realizado em 24 de junho, foi registrado que 166 pessoas relacionadas à Copa América estavam com Covid-19. Estados, então, encaminharam amostras dos jogadores, comissão técnica e delegações dos países para o instituto.

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Por temer a possibilidade de que a vinda de estrangeiros expusesse o Brasil a novas variantes do novo coronavírus, especialistas se posicionaram contra a realização da Copa América no país. Alguns estados, como São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, vetaram a realização da competição.

O Adolfo Lutz já enviou alertas acerca da mutação colombiana para o governo do Mato Grosso e o Ministério da Saúde. Só em São Paulo, o instituto já detectou a existência de 21 variantes do novo coronavírus, segundo balanço divulgado pelo Butantan no dia 26 de junho.

O América anunciou, nesta sexta (9), Orlando Berrío como seu novo atleta. Com foco total na Série A, o atacante colombiano de 30 anos chegará com contrato definitivo até o fim de dezembro.

Ex-Flamengo, Orlando Berrío é campeão da Copa Libertadores com o Atlético Nacional, da Colômbia, clube no qual foi formado. Por lá, ele também somou diversas outras conquistas nacionais. Desde 2016, Berrío defende a seleção colombiana.

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O atacante chegará a Belo Horizonte na próxima semana, quando será apresentado pela diretoria americana e iniciará sua preparação no CT Lanna Drumond.

 Os jogadores da seleção brasileira decidiram disputar a Copa América, apesar da discordância com a realização do torneio durante a pandemia de Covid-19. A informação foi publicada na manhã desta segunda (7), pelo Globo Esporte, segundo o qual os atletas comunicarão o posicionamento junto com um manifesto, no qual criticam a organização do evento.

A tendência é a de que a declaração oficial seja dada depois da partida contra o Paraguai, marcada para acontecer às 21h30 da próxima terça, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. A Copa América começa no domingo (13), quando o Brasil enfrentará a Venezuela, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

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Com a decisão dos jogadores, o time que disputará a Copa América será praticamente o mesmo das Eliminatórias. A tendência é a de que o técnico Tite convoque mais três atletas, em lista que será anunciada na quarta-feira.

Nas próximas horas desta sexta-feira (21), a América Latina, que conta mais de 31,4 milhões de casos de covid-19, provavelmente vai ultrapassar o número simbólico de um milhão de mortos pela doença.

O vírus apareceu na região pela primeira vez em 26 de fevereiro de 2020, na cidade de São Paulo. Quase 90% das mortes registradas no continente estão distribuídas entre cinco países que representam 70% de sua população: Brasil, México, Colômbia, Argentina e Peru.

Com quase 445.000 mortos, o Brasil continua lutando contra o vírus, em um momento em que o presidente Jair Bolsonaro é investigado por sua gestão da crise de saúde.

"Quantas vidas poderiam ter sido sido salvas?", questionou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a pandemia, que iniciou sua investigação há três semanas.

Segundo país mais afetado do continente, com mais de 221.000 mortes, o México apresentou uma queda nos últimos dias. Sinal dessa melhora, as aulas serão retomadas na Cidade do México a partir de 7 de junho.

Em nível global, o coronavírus deixa mais de 3,4 milhões de mortos no mundo, conforme o último balanço da AFP divulgado hoje.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta que a sobremortalidade causada pela pandemia é até três vezes maior que as mortes atribuídas à covid-19 desde que os primeiros casos foram detectados na China, no final de 2019.

No ano passado, a covid-19 provocou ao menos três milhões de mortes diretas, ou indiretas. De acordo com a OMS, no entanto, o balanço oficial de mortes atribuídas ao vírus em 2020 gira em torno de 1,8 milhão.

"Isso corresponde às estimativas semelhantes, que previam que o número total de óbitos foi ao menos entre duas e três vezes maior" que o balanço oficial de mortos por covid-19, afirmou a vice-diretora-geral responsável pelos dados na OMS, Samira Asma.

- Espanha retoma turismo em junho -

Segundo destino turístico mundial antes da pandemia, a Espanha vai autorizar a entrada, a partir de 7 de junho, de todas as pessoas já vacinadas contra o coronavírus.

"A partir de 7 de junho, todas as pessoas vacinadas e suas famílias também serão bem-vindas ao nosso país, Espanha, independentemente de seu lugar de origem", anunciou o chefe do governo, Pedro Sánchez, nesta sexta.

A partir da próxima segunda-feira, 24 de maio, a Espanha também permitirá que os britânicos, o maior contingente turístico em tempos normais, visitem o país "sem restrições e sem requisitos sanitários", acrescentou Sánchez.

A expectativa é atrair cerca de 45 milhões de turistas estrangeiros em 2021, metade do que recebia no período pré-pandemia.

O retorno às praias espanholas é importante para o país, que tem no setor turístico 14% de seu PIB.

- Milhões de doses prometidas -

Na Europa, a Alemanha relaxou suas restrições e já autoriza tomar uma cerveja, ir à piscina, ou ao cinema, assim como a Noruega, onde os bares poderão vender álcool até meia-noite.

Uma situação que contrasta com a da Índia, onde à onda de coronavírus - mais de 291.300 mortes no total - soma-se agora outra epidemia, a de mucormicose. É uma infecção fúngica rara, que está-se espalhando a um ritmo alarmante, especialmente entre os convalescentes de covid-19.

Na África, um estudo publicado pela revista médica The Lancet revelou - apesar da dificuldade de se coletar dados exaustivos - que os pacientes graves de covid-19 morrem mais neste continente do que em outros, provavelmente devido à falta de instalações de cuidados críticos.

À frente da vacinação, a União Europeia (UE) anunciou nesta sexta-feira que repassará 100 milhões de doses de imunizante anticovid para os países mais pobres do mundo.

Além disso, os laboratórios Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson prometeram 3,5 bilhões de doses para estes países entre 2021 e 2022, durante uma reunião do G20.

Agora com dez departamentos em estado de emergência sanitária, o Japão aprovou, nesta sexta-feira, as vacinas da Moderna e da AstraZeneca, apesar das hesitações sobre esta última.

A pandemia de coronavírus está avançando nas Américas e está testando a flexibilização das medidas de controle em vigor em vários países para aliviar suas economias, incluindo o Peru, que nesta quinta-feira (2) superou a marca das 10.000 mortes por Covid-19.

O país andino de 33 milhões de habitantes deixou para trás a quarentena obrigatória decretada há mais de 100 dias na quarta-feira (1°), apesar do alto número de mortes e do aumento de infecções, tornando-o o segundo país latino-americano com mais casos (292.004), atrás do Brasil.

Diante da emergência econômica causada pelas medidas de isolamento, vários países das Américas começaram a encerrá-las.

É o caso do Brasil, onde os estados, responsáveis pelas medidas de contenção, retomam gradualmente as atividades econômicas, apesar da curva de contágio continuar aumentando e do apelo à cautela da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Rio de Janeiro reabriu bares e restaurantes nesta quinta após um fechamento de três meses, com uma restrição de capacidade de 50% e a obrigação de manter dois metros entre as mesas.

"Não há nada para comemorar, mas estamos nessa luta desde março", alertou o prefeito Marcelo Crivella na quarta. O número de mortos no país subiu para 61.884 nesta quinta, com os estados de São Paulo e Rio na liderança, enquanto o total de infectados é de 1.496.858.

- Fechamento de empresas na América Latina -

A pandemia causou pelo menos 517.416 mortes em todo o mundo desde o seu início, incluindo mais de 120.000 na América Latina e no Caribe. As medidas para conter seu avanço atingiram fortemente a economia mundial e seu impacto deverá ser especialmente severo na região.

A crise levará ao fechamento de mais de 2,7 milhões de empresas, principalmente microempresas, e à perda de pelo menos 8,5 milhões de empregos no nível regional, segundo estimativas publicadas nesta quinta-feira pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), uma agência das Nações Unidas com sede em Santiago.

Nesse contexto, os presidentes do Mercosul, reunidos nesta quinta para a primeira cúpula virtual do bloco, defenderam o trabalho conjunto para enfrentar a pandemia e manifestaram sua intenção de concluir o acordo comercial com a União Europeia.

A queda é especialmente forte na Argentina, onde a economia retraiu 26,4% em abril. O país sul-americano, que teve dois anos de recessão, é um exemplo do dilema que os governantes enfrentam: abrir a economia e se expor ao vírus, ou manter o confinamento apesar das consequências.

Em Buenos Aires e arredores, a quarentena, uma das mais longas do mundo, superou os 100 dias. Além do impacto econômico, o confinamento afeta o humor de uma população onde a ansiedade e a angústia se espalham.

Enquanto atingia o continente, a doença sobrecarregou serviços de saúde e funerários em lugares como a cidade boliviana de Cochabamba, onde cerca de 40 pessoas mortas pela Covid-19 ainda estão em casa esperando para serem cremadas.

As autoridades correm contra o relógio para ampliar a capacidade do cemitério público, enquanto o número de infecções no país chega a 34.227, com 1.201 óbitos.

- Surto na Flórida -

Os Estados Unidos são o país mais atingido pela epidemia em termos absolutos, com mais de 128.000 mortes e cerca de 2,7 milhões de casos. Na quarta-feira, as autoridades americanas registraram um novo recorde com 52.898 infecções em 24 horas.

O aumento nos contágios levou vários estados, como Califórnia e Flórida, a fechar restaurantes, bares e praias em algumas áreas, na véspera de um fim de semana de comemorações para 4 de julho.

Apesar da deterioração da situação na Flórida, que registrou um recorde de 10.000 novos casos diários nesta quinta-feira, o governador republicano Ron DeSantis rejeitou a ideia de fechar a economia novamente, que reabriu em etapas entre maio e junho e cujo processo de a reativação foi paralisada.

Nova York tornou obrigatória a quarentena de 14 dias para visitantes de 16 estados, afetando metade da população americana de 320 milhões de pessoas.

E o governador do Texas, Greg Abbott, republicano e aliado do presidente Donald Trump, decretou nesta quinta o uso obrigatório de máscara em espaços públicos devido ao surto.

O fim progressivo das medidas de isolamento nos Estados Unidos permitiu à economia adicionar um recorde de 4,8 milhões de empregos em junho, enquanto a taxa de desemprego caiu mais de dois pontos, para 11,1%.

- Plano de reconstrução europeu -

Na Europa, que deixou o pior para trás, os países estão de olho no futuro econômico. A União Europeia (UE) está negociando um plano de reconstrução comunitária de 750 bilhões de euros (cerca de 844 bilhões de dólares), sobre o qual os países membros buscam alcançar um compromisso antes da cúpula de 17 e 18 de julho.

Este plano beneficiará principalmente os países do sul, especialmente Itália e Espanha; mas levanta inúmeras reservas entre os quatro Estados chamados "frugal": Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca.

Na tentativa de salvar a temporada turística de verão, a UE abriu suas fronteiras para viajantes de 15 países, excluindo Estados Unidos, Brasil e Rússia, entre outros.

O Brasil encerrou sua pior semana da pandemia do novo coronavírus em número de contágios, enquanto os Estados Unidos continuam sofrendo um aumento importante no registro de casos e a China reportava uma recidiva, que as autoridades consideram grave.

Como disse nesta segunda-feira (29) o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a pandemia "está longe do fim". "Todos queremos que acabe. Todos queremos seguir com nossas vidas. Mas a dura realidade é que estamos longe do fim", acrescentou.

De fato, o número de contágios e óbitos continua aumentando globalmente, com 10.220.356 e 502.947, respectivamente, até as 19h de Brasília desta segunda, conforme contagem da AFP a partir de dados oficiais.

- "Explosão real" -

Os Estados Unidos registraram pelo menos 42.000 infecções por coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com a contagem desta segunda da Universidade Johns Hopkins, quando o país enfrenta um rápido aumento na doença. O número de mortos nos Estados Unidos chegou a 126.131 (355 nas últimas 24 horas), enquanto os contágios totalizam 2.588.582.

E embora a cifra de mortes diárias tenha diminuído sutilmente em junho, os contágios aumentaram em 30 dos 50 estados da União, particularmente nos maiores e mais populosos do sul e do oeste: Califórnia, Texas e Flórida. Além disso, a idade média dos infectados baixou para 33 anos, enquanto há dois meses era de 65 anos. 

A Flórida enfrenta uma "explosão real" da doença entre os jovens, admitiu o governador, Ron DeSantis. Miami e outras cidades decidiram voltar a fechar as praias a partir do próximo fim de semana, devido ao feriado nacional da Independência.

A cidade de Jacksonville, onde os republicanos vão celebrar sua convenção nacional em um evento que o presidente Donald Trump esperava realizar sem distanciamento físico, anunciou o uso obrigatório de máscara a partir desta segunda-feira.

A máscara se tornou um novo ponto de divisão política entre Trump e seus apoiadores republicanos e a oposição democrata.

Em Los Angeles e outros seis condados da Califórnia, as autoridades voltaram a ordenar o fechamento de bares no domingo.

As praias da cidade ficarão fechadas no feriado de 4 de julho, afirmaram autoridades, devido a um aumento dos casos no condado, que passaram dos 100.000 contágios confirmados nesta segunda.

- A pior semana do Brasil -

O Brasil teve sua pior semana na pandemia em números de novos casos, ao registrar 259,105 infecções em sete dias até este domingo (28), alcançando quase 1,35 milhão, segundo cifras do Ministério da Saúde.

Além disso, teve o segundo maior registro de mortes semanais, com 7.005, pouco abaixo do recorde da semana passada, de 7.285.

Nesta segunda, os casos confirmados no país totalizavam 1.368.195, com 24.052 novos contágios contabilizados desde o domingo. Os mortos chegaram a 58.314, com um aumento de 692 óbitos em um dia.

Michael Ryan, diretor-executivo do programa de gestão de emergências sanitárias da OMS, incentivou o Brasil a combater a doença e "unir os esforços federais e estaduais de forma sistemática".

Ele acrescentou que seria "estúpido subestimar a dimensão e a complexidade" da situação do Brasil, que "enfrenta um desafio importante e uma resposta exaustiva é necessária em todos os níveis", embora tenha destacado o histórico do Brasil em sua luta contra as doenças infecciosas.

No domingo, houve manifestações em várias cidades brasileiras e em outros países, como Estocolmo, Londres e Barcelona, contra o presidente Jair Bolsonaro, que tem minimizado o novo coronavírus, ao qual se referiu como uma "gripezinha".

Em Brasília, manifestantes colocaram 1.000 cruzes no gramado em frente ao Congresso para homenagear as vítimas do coronavírus, com um cartaz que dizia: "Bolsonaro, pare de negar!".

- "A vida me escapa" -

O Peru, enquanto isso, porá fim na terça-feira (30) uma quarentena de mais de cem dias, mas vai manter o confinamento obrigatório nas sete regiões mais afetadas pela pandemia.

A quarentena será suspensa em Lima, cidade de 10 milhões de habitantes, onde o coronavírus está na descendente, segundo o governo, apesar de a capital acumular 70% dos casos do país.

Entre estes casos está o da família venezuelana Hernández, com 14 membros, que chegou há dois anos a Lima em busca de uma vida melhor, mas a pandemia pôs em xeque seus sonhos, pois todos se contagiaram com o novo coronavírus, que causou a morte do avô, Wilmer Arcadio Hernández, de 63 anos.

"Acho que a vida me escapa", diz, com dificuldade, à AFP seu filho, Wilmer Ramón Hernández, de 44 anos, deitado em sua cama na casa na zona sul de Lima, ligado a um cilindro de oxigênio, que lhe permite respirar.

- Aceleração na Ásia -

A Ásia também vê uma aceleração dos casos, com a Índia à frente. Lá, nos últimos sete dias foram registrados quase 120.000 casos.

A China, onde a epidemia começou no fim do ano passado, vive uma recidiva. Sem contar Hong Kong e Macau, o país registra um total de 83.512 casos, entre eles 4.634 óbitos.

Em meio a esse novo surto "grave e complexo", segundo as autoridades, o Exército chinês autorizou o uso em suas fileiras de uma vacina contra o novo coronavírus, criada pela Academia Militar de Ciências Médicas e a companhia farmacêutica CanSinoBIO.

No Irã, que com 10.670 mortos é o país mais afetado do Oriente Médio, registrou nesta segunda um recorde de óbitos: 162 nas últimas 24 horas.

O Irã nunca impôs um confinamento obrigatório, embora em março tenha suspenso os eventos públicos e fechado estabelecimentos não essenciais e escolas. A partir de abril, começou a suspender gradativamente as restrições para impulsionar a economia.

As autoridades decretaram no sábado o uso obrigatório da máscara em certos locais públicos.

Enquanto isso, na Europa, que iniciou uma suspensão gradual do confinamento, vários países europeus realizaram eleições neste fim de semana, entre eles a França e a Polônia.

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